Sabrina Marques
O silêncio que corrompe o Palácio, posso escutar alguns murmúrios educados, sei que algo de errado está acontecendo, mas todos os empregados hajem como se eu fosse uma rainha, o centro das atenções como um bebezinho.
Confesso que a comida não estava ruim, é até boa, talvez seja porque estou sozinha em uma grande mesa de jantar com talheres de ouro e prata e enquanto engulo a sobremesa de chantilly, só posso sentir o sabor das minhas lágrimas salgadas escorrendo pelos olhos em um choro silencioso, nocivo pra mim acompanhada de uma música melódica de opera.
Meu casamento simples em uma igreja, a felicidade de uma gravidez, uma vida inteira jogada no lixo por causa dele. O que ele me faz sentir, a raiva que se triplica a cada informação nova que recebo. A saudade, a dor. Eu sinto que vou
Sabrina Marques— Eres um intrujão futre, grasnador!— Adoro quando me xinga em português.Tento a todo custo me soltar de suas mãos, meu corpo está fervendo com uma dor e um sofrimento único. Hector abre o zíper do vestido e tira do meu corpo a força, com brutalidade.— Não, Hector...— Eu disse pra ficar sem calcinha, porra!Suas mãos amaceiam minhas nádegas de forma violenta, ele me puxa com força, ainda me colando ao seu corpo sem dar direito que eu possa ao menos tentar agredi-lo em vão. Segura minhas bochecha e beija meus lábios mordiscando.— Vou te dar uma lição tão bem dada pra deixar marcas em toda sua pele.Quero você nua no chuveiro agora, não tente me desobedecer, voc
Manhã seguinteFoi necessário um banho quente para minha pele parar de latejar tanto e não resolveu muito, mas segundo as empregadas que vinherem me acordar eu terei um dia inteiro no spar e tudo mais. Eu não consigo chorar, eu não conseguia sorrir para seus comentários sobre minha beleza, no entanto eu tentei me forçar a agir de uma forma natural para não acabar com o que resta da minha sanidade.Acordei sem Hector do meu lado, mas com as lembranças da noite passada na minha pele e cabeça.Faça alguma coisa, Sabrina.Depois de me arrumar eu me olhei no espelho e vi os traços vermelhos na pele pálida, abalada eu só conseguia pensar em como fazer? Só tenho 23 anos, e só tenho hoje pra fazer alguma coisa, fugir é inútil, ele mataria todos que sobraram s&o
Sabrina Marques— Senhor, ela estava dizendo coisas sem sentido e de repente apagou.— Está dormindo há alguns minutos, não sabemos...— Deveriam ter contado! Não se preocupem, tudo vai ficar bem. Se retirem.Aprisionada em um sonho, sinto meu corpo tentando lutar para acordar, tento me mexer mas não consigo. É um pesadelo com poucas palavras. Eu estava correndo para o mar e uma espécie de cachorro gigante tenta me pegar, medo, aflição, esperança é o que corre por minhas veias.— Eu não... O que...Eu sei que é um sonho, eu sei que é, eu só estou presa nele e pedir socorro é impossível. Eu só quero acordar.— Ajuda, me ajuda.Mesmo presa em um pesadelo eu pod
Hector WeyneTarde seguinte / O dia.Em meu escritório silencioso o velho alfaiate arrumava os detalhes precisos do smoking preto, clássico, retinto ao qual meu pai usara em seu casamento com detalhes em couro, principalmente as luvas e a lapela. Pelas vidraças vejo o dia de sol, os empregados cuidando dos jardins para a comemoração que haverá a noite inteira, um belo dia de grandes, fortes emoções sem dúvidas.Roger entra no cômodo depois de duas batidas na porta, vestido em sua estampa francesa cinza elegante, e dessa vez tirara o chapéu branco, subtituindo por um trilbly casual em uma tonalidade mais escura que a roupa. O Alfaiate Frederick se retira nos deixando sós.— Quem diria que o jovem Weyne, calado e de poucas amizades ouviria tão bem as ordens do pai, dos concelheiros que obrigara a ser o h
Sabrina WeyneSabrina WeyneOlhei para a aliança de rubi em meu dedo fino, fiquei encarando-a por todo tempo desde que o príncipe colocara. O beijo dele, o toque era tudo novo mas eu senti que já conhecia, além da sensação que esse era meu sonho mais belo e mágico. Na saída da igreja ele parecia feliz e fomos juntos em um grande carro luxuoso até a mesma grande casa, um palacete digno de filmes.Estava tudo fervorosamente elegante, com decoração exuberantes em tonalidade de prata cara com flores brancas e rosas totalmente a vista, o jardim aromático com esculturas angélicais fechado somente para os convidados, com mesas e um buffet espetacular e música romântica. Todos pareciam emocionados, felizes pela nossa união e homens em ternos e chapéus me comprimentaram orgulhosos sempre dando coment&a
Hector me levou com ele, pegamos um elevador ao qual não dizemos uma palavra, contudo ele me encarava e a vergonha tomava conta de mim. Ele percebera que tinha algo diferente comigo, porém podia pensar que era somente a tensão que tê-lo por perto me observando do jeito que olha passava, mas tava além disso... Tento afastar a fotografia que tinha visto da cabeça, devo esquecer afinal não sei exatamente quem seja, ou o porquê e como.***Chegamos em um salão quase vazio, somente músicos tocavam um piano e um cantor cantando melodicamente uma música que parecia ser a favorita dele, e ele não pareceu gostar disso dizendo para um mordomo que estava ali que depois "resolveria isso" vidraças lustrosas como de um Palácio, o piso tão polido que seria possível ver rostos se não fossem tão pretos. Um lustre grande de cristai
“ O assasinato de Grace Lee estava estampada em todos os jornais, em uma manchete gritante. A pobre garotinha loira de vestido florido da Califórnia, encontrada esfaqueada em uma casinha no parque do bairro. Um anjo. Sem indícios de quem fora o assassino, sem nenhuma testumanha ou arma encontrada. A polícia procurava respostas às quais não encontrara. Quem desconfiaria de Hector Weyne o promissor filho do multimilionário Heitor Weyne? Ninguém, nem mesmo os próprios integrantes de toda máfia. Mas Victor, Victor sentiu que naquele dia, naquele dia Hector estava estranhamente bem demais quanto todos da cidade até mesmo a própria família Weyne não estava tão radiantes assim, Agatha Carter, mãe de Hector, grávida de oito meses se sentira muito mal pelo ocorrido e até fora na cerimônia do velório dar
Entrar no jato foi como entrar em uma máquina espacial, eu olhei com o olhos brilhantes para o que me parece novo, não posso evitar não olhar para as coisas dessa maneira mesmo que eu tente, o avião metalizado na cor preta e cinza, com luzes brancas brilhantes e podia se ver que até elas eram caras, o chão era totalmente de veludo preto, com duas portas espelhadas e automáticas! As poltronas que tinham de couro negro bem massisos, sentei em um colocando o cinto de segurança e me aconchegando no que parecia ser uma poltrona de urso! Ao meu lado tinha uma e na minha frete mais duas. Também não muito distante tinha uma televisão. As moças, aeromoças vestidas em um uniforme preto e azul escuro me ajudaram com as malas e eu simplesmente não conseguia parar de admirá-las.— Quer alguma água? Bebida? Vinho...?— Vinho? Eu... Bebi um p