Luna LottiUma onda de emoção me envolve, misturando alegria, esperança e uma sensação de que tudo vale a pena. Aqui, neste momento, vejo o poder transformador do amor e da conexão humana. Dom e seus irmãos de estrada, que muitas vezes carregam uma imagem intimidadora, se revelam como homens cheios de sensibilidade e capacidade de proporcionar momentos de felicidade genuína.É um lembrete de que, apesar das circunstâncias sombrias que estamos enfrentando, há sempre espaço para a luz penetrar e trazer consigo a redenção e a esperança. E com Deana ao meu lado, fortalecendo nossa amizade e oferecendo seu apoio incondicional, sinto-me mais confiante para enfrentar os desafios que ainda estão por vir.Rimos contagiados pela imagem cômica de homens imponentes brincando com crianças pequenas. Luke segura uma xícara rosa em suas mãos grandes, fingindo tomar chá com uma garotinha encantada. Dom está sentado ao lado de Aurora, mergulhados em uma brincadeira com um balde de areia, enquanto Dante
Luna LottiChegamos à academia, localizada no subsolo do clube. Ao entrar, vemos Dominik e Lorenzo treinando. Deana olha para Lorenzo e percebo que suas bochechas ficam rosadas. Aí tem!, penso. Enquanto isso, Dominik exibe seus músculos com um short curto, e os golpes são rápidos e fortes.— Limpa a baba, Luna. — Diz Deana, rindo e passando o dedo pelo meu queixo. — Está caindo aqui.Desvio meu olhar de Dominik, virando-me para ela.— Olha quem fala. Você está babando por Lorenzo. — Rebato, assistindo a sua carranca.— Vamos lá. — Chamo-a enquanto caminho em direção aos tatames, e eles param de lutar para nos observar.— Achei que ficariam apenas nos assistindo. — Diz Dominik, cruzando os braços.— Estávamos admirando a paisagem. — Diz Deana.Ele rosna para ela, que revira os olhos. Estou tentando segurar o riso, mas não consigo, pois Dom já percebeu que algo está acontecendo entre nossos irmãos.— O que estão fazendo aqui, Luna? — Lorenzo pergunta.— Vamos treinar.— Pode deixar, vou
Dominik SantoroAo entrar na sala, encontro uma senhora sentada no sofá e Lorenzo em pé, com o celular na mão. A senhora, com um vestido branco de listras azuis e sapatilhas nos pés, deve ter por volta dos sessenta anos, é baixinha, com cabelos grisalhos e olhos azuis amorosos. Ao me ver, assisto-a se levantar, e Lorenzo a abraçar com um sorriso no rosto.— Nana, esse é o Dominik, o pai da Aurora.Estendo a mão para cumprimentá-la, porém, ela me puxa para um abraço, fazendo com que eu fique sem jeito, mas acabo abraçando-a também.— A menina Luna não é nenhuma boba. — Diz, piscando para mim assim que se afasta, com os olhos cheios de ternura, e eu dou um sorriso de canto de boca.— Não seja assanhada, Nana. — Brinca Lorenzo, provocando-a carinhosamente.— Eu sou velha, não sou cega. — Ela responde com um sorriso solto, revelando a sabedoria que os anos lhe trouxeram.— A senhora pode ficar à vontade... — Começo a dizer, mas ela interrompe com uma expressão enérgica.— Senhora é a pu…
Dominik SantoroQuando acordo, estou sozinho na cama e me recordo do que se passou. Contudo, busco não pensar no pesadelo. Levanto-me apressado e faço minha higiene matinal, onde visto uma calça jeans escura e uma blusa preta, denotando como se encontra minha alma esta manhã.Sigo para o quarto ao lado, onde minha filha está, e encontro a porta aberta. Luna está inclinada sobre a cama, trocando Aurora, mas não consigo deixar de admirar seu corpo delineado. Ela também veste uma calça jeans e sandálias de salto. Sinto uma ereção contra a minha roupa.Droga. Sinto falta do seu calor sobre o meu corpo. Olho em direção à nossa filha e noto que ela sorri ao me ver; com isso, me aproximo, retribuindo seu sorriso mágico.— Bom dia, pequena! — Beijo sua testa e acaricio seus cabelos antes de me direcionar à mulher que está causando uma dor latejante aqui embaixo.— Bom dia, Luna! Quero te agradecer por ter ficado comigo. — Falo, com esperança de que ela não veja o meu estado.— Não precisa agr
Mulheres vestidas de preto materializam-se à minha frente, deslocando-se com uma destreza e agilidade que me deixam momentaneamente catatônico. Uma pergunta emerge em minha mente: Quem são essas mulheres? Entretanto, antes mesmo que eu possa verbalizá-la, a resposta ecoa através do ponto em meu ouvido.— São as Fênix, as garotas da Luna. — Diz Linux.Elas empunham uma variedade de armas, desde bastões até armas de fogo e facas, mas o que mais me surpreende é a habilidade com que manejam esses instrumentos letais. Cada movimento delas é um cálculo preciso, uma demonstração de destreza que desafia a própria gravidade.Uma das Fênix executa uma sequência relâmpago de chutes, desarmando um oponente com uma facilidade que beira o sobrenatural. Outra empunha uma adaga com maestria, cortando o ar com golpes velozes e fatais, como se estivesse conduzindo uma dança mortal. Uma terceira destaca-se com uma arma de longo alcance, disparando tiros precisos que mantêm os inimigos à distância, garan
Luna LottiAinda sinto um peso nos olhos; a náusea e a tontura me dominam quando a enfermeira ergue a cabeceira da maca.Uma mulher de aparência elegante, trajando jaleco, entra na sala e me cumprimenta.— Como você está se sentindo, Luna?— Parece que minha alma foi separada do meu corpo. Hera, eu simplesmente não me reconheço. Estou toda dolorida.— É compreensível que esteja se sentindo assim. Ainda está sob efeito da anestesia. Sua cirurgia foi complexa. A bala da arma se alojou em uma alça do seu intestino. Apesar da gravidade do ferimento, conseguimos agir a tempo. Ganhou uma segunda chance, querida. Essa situação poderia ter sido fatal se tivesse atingido um órgão mais vital.— Eles não estavam tentando me matar.Hera concorda com um movimento de cabeça, compreendendo o que quis dizer.— Vou ficar de plantão hoje. Se precisar de qualquer coisa, estarei aqui.— Obrigada, Hera. — Minha voz soa rouca e ressecada.— Atena, você poderia verificar a diurese dela e administrar um medi
Deana entra no quarto, segurando Aurora em seus braços, e sorrio emocionada quando ela acende a luz, permitindo-me ver que minha filha está bem. Estico os braços, pedindo-a, e Deana se aproxima ainda mais, colocando-a ao meu lado. Beijando seu rostinho e sentindo o seu cheiro, meu coração se aquece e me deixa mais calma. Gaia entra logo em seguida carregando uma bandeja onde vejo que contém uma sopa para mim. Agradeço, pois estou realmente com fome.— Luna, precisamos conversar. — Ela fala com seriedade ao colocar a bandeja na mesinha, e vejo que seu olhar está carregado de preocupação.Fixo meus olhos nela, pronta para ouvir o que ela tem a dizer. Sinto a gravidade da situação pairar no ar.— Pode falar, Gaia. — Respondo, enquanto faço carinho nos cabelos de Aurora, mantendo-me firme, preparada para enfrentar qualquer notícia que venha a seguir.Ela respira fundo antes de continuar, revelando uma informação chocante.— A prima que todos estão procurando — Gaia olha para Deana antes d
Dominik SantoroQuando pego Luna nos meus braços, sinto um enorme desespero me percorrer de cima a baixo. Seu corpo frágil e inerte parece tão vulnerável, que meu coração gela com o medo de perdê-la. Eu não quero soltá-la dos meus braços, mas sei que é necessário levá-la para ser atendida por um médico.O carro parte em alta velocidade, enquanto eu peço silenciosamente para que ela fique bem. Depois que tudo termina, vamos para a ONG, pois preciso saber como a Luna está.Finalmente, chegamos onde fomos informados de que Luna está passando por uma cirurgia. Meu peito se aperta ainda mais, e a preocupação se mistura com a impotência. Enquanto Luna luta pela vida, eu estou aqui, incapaz de fazer algo além de esperar, com os nervos à flor da pele.Enquanto esperamos notícias, Lorenzo permanece sentado, com a cabeça baixa, claramente abalado. Seu semblante reflete a mesma preocupação que me domina. Não consigo ficar imóvel, movo-me de um lado para o outro, com as mãos trêmulas e os pensame