Saio dos meus devaneios quando Luke se senta ao meu lado, praguejando.— Dia ruim, cara? — Questiono, oferecendo uma cerveja para ele.Ele range os dentes, furioso. Pega a cerveja, dando um longo gole.— Porra, essa mulher teimosa do caralho. Quem ela pensa que é? — Fala consigo mesmo.Gargalho diante de sua expressão indignada.— O que está acontecendo, cara? E quem é a mulher que te deixou desse jeito? — Indago.— Aquela louca da Gaia. Você acredita que ela me agarrou, me beijou, depois me deu um tapa na cara e disse que eu a agarrei? Aquela mulher só pode ser maluca, Dom. Quando dei em cima dela, ela me rejeitou, e agora que eu a ignorei, enlouquece. Estou fora de gente doida!Ele toma o restante do líquido em um único gole, se levanta e sai, me permitindo um pouco de divertimento por conta da sua situação.Sei que o Luke passou pelo inferno por causa de uma mulher, que só o fez sofrer e quase destruiu sua vida. Por isso, ele foge de relacionamentos. Mas essa é uma história para el
Luna LottiUm mês se passou desde aquele terrível dia em que fui baleada. A frustração, a irritação e o mau-humor têm sido companheiros constantes durante minha recuperação em repouso. Olho para Deana, sentada ao meu lado, mas estou tão absorta em meus pensamentos sobre Dominik que mal a escuto.— Terra chamando Luna. — Diz Deana, me cutucando levemente. — Estou falando da festa da Aurora e você parece perdida no mundo da lua. — Reclama ela, um tanto chateada.— Desculpe, é que não estou no melhor dos humores hoje. Mas fala aí, quais são suas ideias para a festa? — Pergunto, tentando parecer animada. Ela me explica a decoração planejada para a festa da Aurora e, confesso, suas ideias são realmente boas. A empolgação dela acaba me contagiando um pouco.De repente, Hera entra no quarto e nos cumprimenta, trazendo um pouco de alívio para o clima tenso. Ao ouvir meu desejo de ser liberada, ela diz com seriedade:— Primeiro vamos te examinar.Levanto-me e a acompanho para o exame. Minutos
Dominik SantoroApós fornecer a senha de entrada do escritório para Luna e pedir que ela me espere por lá, envio uma mensagem rápida para Luke, Martelo e Deana, solicitando que se juntem a nós.Ao entrar na sala, me deparo com Luna segurando um copo de uísque; tão linda ao ponto de fazer meu coração acelerar.Também me sirvo de um copo, enquanto a observo e ela retribui o meu olhar. Sinto o líquido quente queimar minha garganta, tentando afastar os pensamentos mais ousados que invadem minha mente, pois Luna é uma mulher irresistível, e seu charme provocador torna a situação ainda mais complicada.Tomo outro gole do uísque, sentindo seu calor espalhar-se pelo meu corpo. Luna e eu temos uma história complicada, cheia de altos e baixos. E eu sei que não posso simplesmente ceder à atração que sinto por ela, pelo menos por agora.Saio dos meus pensamentos com o som da porta sendo aberta. Deana foi a primeira a entrar, seguida por Martelo e o meu amigo.Luke, ao perceber a tensão sexual que
Luna Lotti— Mas que diabos aconteceu? — Solto as palavras para o vazio, no quarto, olhando para a porta, que foi deixada aberta por Dominik ao sair. Meu coração está disparado e meus pensamentos estão um turbilhão. Com a mente repleta de interrogações, eu saio do quarto e permaneço parada no corredor, buscando me recompor, respirando fundo várias vezes na esperança de acalmar a tempestade interna. Balanço a cabeça, tentando afastar as preocupações, mas a ansiedade não me larga.Quando entro na cozinha, encontro Deana sentada com Aurora em seu colo, oferecendo uma banana para a pequena. Ela me examina com um olhar perspicaz, pois me conhece tão bem que é impossível esconder a inquietação gravada no meu rosto.— Aconteceu alguma coisa, Luna?Respiro fundo antes de responder, escolhendo minhas palavras com cuidado.— Você tem percebido algo estranho acontecendo no clube? — Indago, tentando não expor demais meus sentimentos.— Nada além do que você sabe, por quê? — Deana responde com as
Dois dias se passaram...Hoje é sexta-feira, o dia da festa na boate, e estou decidida de que vou a essa festa. Chamo Deana para conversar e conto meu plano. Ela parece preocupada e tenta intervir, mencionando que falará com Dominik. Entretanto, peço a ela que não o faça. Quero chegar de surpresa e descobrir o que tanto estão tentando esconder.— Tem certeza de que quer fazer isso, Luna? — Deana questiona, olhando-me com uma expressão cheia de dúvidas. — Você pode não gostar do que verá lá.Suspiro, compreendendo as palavras dela, mas minha determinação está firme. Atento-me em seus olhos e respondo com convicção:— Sei que pode ser difícil ouvir isso, Deana, mas precisamos saber o que está acontecendo. Algo está estranho, e tenho a sensação de que não estamos sendo informadas sobre algo importante. Preciso descobrir por conta própria.Deana olha para mim por um momento, parecendo ponderar minhas palavras até que finalmente assente, ainda com uma expressão preocupada, mas apoiando min
Dominik SantoroQuando Lorenzo volta para o escritório, seu semblante está tomado por dois sentimentos, o da raiva e o da tristeza. Afunda-se em uma das cadeiras, deixando os cotovelos repousarem sobre as coxas, preso em pensamentos.— Onde está Luna? — Deana indaga, com um visível rancor, e os punhos cerrados ao lado do corpo.— Por que tanta preocupação com ela? — Lisa, como de costume, não consegue evitar abrir a boca na hora mais inadequada. Deana lança-lhe um olhar impregnado de ódio.— Você tem cinco segundos para desaparecer daqui, senão vou te matar e ninguém ousará me impedir. — A raiva que ela exala deixa claro que não está blefando.— Vá, Lisa, me aguarde no quarto. — Peço, tentando evitar mais confusões, pois, com Lisa por perto, não conseguirei perguntar sobre Luna. Lisa sai da sala, ostentando uma expressão fechada.Não posso permitir que transpareça o que estou sentindo, embora meu coração esteja dilacerado. Assim que Lisa fecha a porta, Deana volta seu olhar na minha d
Dominik SantoroNem sei por quanto tempo fico aqui, observando Aurora adormecida, mergulhando em reflexões sobre a pista que o meu tio deixou. Saio dos meus devaneios quando Deana irrompe no quarto, lançando-me um olhar furioso.— Não tinha ideia de que você estava aqui. — Diz ela em voz baixa, para não perturbar o sono de Aurora.— Já estou de saída. Estava apenas ponderando sobre a pista que o tio deixou.— Que pista é essa?— A que ele escreveu na última carta que encontramos.— E qual é a pista?Suspiro fundo antes de contar:— A pista diz que está onde buscamos conforto, uma palavra amiga ou conselhos.Deana fixa o olhar na janela, repetindo a pista em voz alta.— Vou cuidar de algumas coisas no escritório. Se precisar de mim, é só ligar. — Quando me viro para sair, ela me detém ao falar.— Sei onde está, mas não vou te contar. Você merece sofrer.— Droga, Deana, se sabe, então fale. Quero resolver essa situação logo. Todos nós corremos perigo, e são essas pistas que nos levarão
Luna LottiQuando cheguei à ONG, uma sensação de desolação me envolveu. Estava exausta, tanto fisicamente como emocionalmente. Dirigi-me diretamente ao escritório, que incluía um pequeno quarto anexo. Antes de tomar um banho, liguei para Nana e pedi que cuidasse da Aurora, além de contar o que havia acontecido. Ela me tranquilizou, com sua típica visão romântica da vida, dizendo que cuidaria de tudo e que, no final, tudo se resolveria. Tirei minhas roupas e entrei debaixo do jato de água, esperando que ele lavasse toda a tristeza e amargura que sentia. Desliguei o chuveiro, peguei uma toalha e me enxuguei. Enquanto estava saindo do banheiro, ouvi uma batida na porta.— Entre. — Falei, e Gaia entrou, fechando a porta.— Vem aqui, Luna. — Ela abriu os braços, e eu me joguei em seu abraço, desabando em lágrimas novamente. Gaia, apesar de sua aparência durona, é amorosa e protetora. Contei-lhe tudo o que aconteceu, e ela ficou furiosa, andando de um lado para o outro.— Vou acabar com ele