Dominik SantoroNem sei por quanto tempo fico aqui, observando Aurora adormecida, mergulhando em reflexões sobre a pista que o meu tio deixou. Saio dos meus devaneios quando Deana irrompe no quarto, lançando-me um olhar furioso.— Não tinha ideia de que você estava aqui. — Diz ela em voz baixa, para não perturbar o sono de Aurora.— Já estou de saída. Estava apenas ponderando sobre a pista que o tio deixou.— Que pista é essa?— A que ele escreveu na última carta que encontramos.— E qual é a pista?Suspiro fundo antes de contar:— A pista diz que está onde buscamos conforto, uma palavra amiga ou conselhos.Deana fixa o olhar na janela, repetindo a pista em voz alta.— Vou cuidar de algumas coisas no escritório. Se precisar de mim, é só ligar. — Quando me viro para sair, ela me detém ao falar.— Sei onde está, mas não vou te contar. Você merece sofrer.— Droga, Deana, se sabe, então fale. Quero resolver essa situação logo. Todos nós corremos perigo, e são essas pistas que nos levarão
Luna LottiQuando cheguei à ONG, uma sensação de desolação me envolveu. Estava exausta, tanto fisicamente como emocionalmente. Dirigi-me diretamente ao escritório, que incluía um pequeno quarto anexo. Antes de tomar um banho, liguei para Nana e pedi que cuidasse da Aurora, além de contar o que havia acontecido. Ela me tranquilizou, com sua típica visão romântica da vida, dizendo que cuidaria de tudo e que, no final, tudo se resolveria. Tirei minhas roupas e entrei debaixo do jato de água, esperando que ele lavasse toda a tristeza e amargura que sentia. Desliguei o chuveiro, peguei uma toalha e me enxuguei. Enquanto estava saindo do banheiro, ouvi uma batida na porta.— Entre. — Falei, e Gaia entrou, fechando a porta.— Vem aqui, Luna. — Ela abriu os braços, e eu me joguei em seu abraço, desabando em lágrimas novamente. Gaia, apesar de sua aparência durona, é amorosa e protetora. Contei-lhe tudo o que aconteceu, e ela ficou furiosa, andando de um lado para o outro.— Vou acabar com ele
Luna LottiFinalmente chegou o dia da festa da Aurora. O jardim dos fundos da casa está em pleno alvoroço, com uma equipe fantasiada, de fadas e duendes, trabalhando em conjunto para criar um cenário verdadeiramente encantado para o primeiro aniversário da minha filha. A luz da manhã derrama um brilho dourado sobre o local, tornando tudo ainda mais mágico.Um arco de flores, onde rosas, margaridas e girassóis se entrelaçam em uma explosão de cores vibrantes, aguarda os convidados. Fitas de cetim cor-de-rosa e douradas dançam suavemente ao vento, convidando todos a adentrar este mundo de fábulas.Lanternas de papel em forma de astros e luas pendem nas árvores, criando uma atmosfera de magia suave à medida que balançam com a brisa. As árvores ao redor do jardim ostentam guirlandas de flores e luzinhas de fada que cintilam como estrelas na noite.Há também uma tenda translúcida e branca, que se ergue, sustentada por postes adornados com heras e flores. O interior da tenda está decorado c
Dominik SantoroOlho para a mulher que acaba de entrar com Deana, e meu coração dispara, deixando-me paralisado.— Quem é você? — Pergunto com uma aceleração frenética no peito.— Sou Maia.— Nossa prima, Dom. — Deana completa, sorrindo.— Traidora desgraçada! — Lisa grita, transtornada, e avança em direção a Maia, mas a loira a segura pelo pescoço e diz bem perto do seu rosto.— Posso até morrer, mas não vai ser agora. Afinal, você está na fila, e hoje quem morre é você. Lisa tenta correr, mas eu a seguro.— Você tem muito o que explicar, não acha? — Falo ironicamente.— Não adianta mentir mais, Lisa. Sei onde você foi hoje à tarde. Implantei um rastreador em você. Agora nos conte o que tanto conversava com aquele homem? — Pergunta Luna.— Vamos para a sala vermelha. — Digo, arrastando Lisa comigo.Abro a porta e a jogo lá dentro, esperando os outros entrarem, e a fecho.— Agora pode nos explicar, Luna, como descobriu que ela é a traidora? — Peço, apontando para Lisa, que está na mi
Dominik SantoroQuando entro em casa, Maia está sentada no sofá, então pergunto com um toque de curiosidade:— Cadê as garotas?— Foram descansar. Ela responde com uma perceptível apreensão.— E você, não está cansada? — Pergunto, arqueando uma sobrancelha em questionamento, e noto que Maia está nervosa.— Queria saber sobre o meu pai. Como ele era? — Ela pergunta, seus olhos buscando conforto.Sento-me no sofá com um sorriso nostálgico e começo a contar o quão maravilhoso Mark foi.— Ele era um cara incrível! Quando perdemos nossos pais, ele se tornou nosso pilar. Nos acolheu, cuidou de nós, nos deu amor e, é claro, vários puxões de orelha quando precisava. — Lembro-me das broncas que ele costumava dar, e sorrio. — Cuidava da Deana como se ela fosse uma criança, e ela sabia exatamente como tê-lo na palma da mão.Maia sorri e isso me estimula a contar mais.— Ele não hesitava em tomar decisões difíceis quando necessário, sempre guiado por sua integridade e senso de justiça. Sua bondad
Dominik Santoro— De vocês? — Minha expressão provavelmente entrega minha incredulidade, pois Lorenzo pega as fotos para explicar.— Sim! Essa aqui é a Luna. — Ele mostra a foto em que a criança está sozinha. — E esta outra, dos dois bebês, um sou eu. Já o outro, eu não faço ideia de quem seja.Fico perplexo, e esta é a melhor palavra para descrever meu estado neste momento. Luna também parece estar boquiaberta.— Essas fotos estavam no microchip. — Falo, sentando-me.— Mas por que diabos o Cobra quer essas fotos? — Luna pergunta, saindo do transe.— Não faço ideia, nada faz sentido. — Falo, levantando-me e indo até o bar para pegar uma bebida.— Adoraria saber quem é esse bebê ao meu lado na foto. — Lorenzo ainda segura a imagem.— Ele se parece com você. — Luna diz exatamente o que eu estou pensando.— Sim, é verdade. — Ele concorda. — Mas até onde sei, não temos parentes.— Então precisamos descobrir por que diabos ele quer essas fotos. — Falo, tentando montar o quebra-cabeça.— Po
Dominik SantoroSeis meses depois...— Quem poderia imaginar que um dia eu estaria me escondendo de uma mulher? — Pergunto enquanto me ajeito na cadeira.— Os hormônios devem deixá-la enlouquecida, só pode ser isso! — Luke comenta, claramente assustado, se escondendo ao meu lado, assim como Lorenzo.— Cara, eu adoro sexo, mas ela está sugando até minha alma, Luna me procura o tempo todo para fazer amor. — Digo, exausto.— Fui pegar Aurora e deixei um copo em cima da mesa de centro, ela quase me fez engolir o copo, saí de lá correndo. — Lorenzo passa as mãos nos cabelos. — Havia esquecido como ela ficou na gravidez.— Ela chorou vendo uma propaganda na TV, e quando eu ri, ela chorou ainda mais, dizendo que eu estava rindo dela. — Falo.— Como você aguenta? Viu por que fujo de relacionamentos? Mulheres já são difíceis, e na gravidez só piora. Estou fora.— Eu a amo, e quando ela chora, a seguro no colo e dou carinho, mesmo que ela pareça a Cruella.— Cara, tenho medo dela. — Luke parece
Luna LottiEstou na ONG com as Fênix, Maia e Deana, discutindo minhas oscilações de humor e minha libido nas alturas, chegando a um ponto em que me sinto uma ninfomaníaca. Os rapazes estão evitando me encontrar, o que me diverte, especialmente porque Dominik anda se escondendo. De repente, recebo uma mensagem de Dominik avisando que ele e Lorenzo estão vindo para cá, pois precisam fazer uma reunião. Olho para o celular e faço uma careta.— O que foi? — Pergunta Maia.— Esse sossego estava bom demais para ser verdade. — Falo. — Vamos ter uma reunião daqui a pouco, ou seja, algo deve ter acontecido ou está para acontecer.Depois do casamento, as coisas estão calmas, mas parece que essa tranquilidade acabou. Isso me deixa preocupada, especialmente porque estou grávida e não posso correr riscos. O Cobra chegou a atacar alguns carregamentos da máfia, mas tivemos sorte em apenas alguns casos.Tentei acompanhá-los, mas, como sempre, Kai ficou atrás de mim, não me permitindo fazer nada que pu