MuriloCheguei à quadra no horário marcado para encontrar Túlio. Ao chegar, avistei ele e Marcelo conversando. Aproximei-me, cumprimentei Marcelo com um aceno e depois Túlio, que se levantou para me saudar. Sentei-me ao lado deles e, sem demora, Túlio começou a falar.— Valeu por vir. Achei que você não toparia conversar comigo — disse ele, a voz tranquila.— Por que eu não viria? — Respondi. — Quero resolver isso de uma vez. Esse clima ruim entre a gente não está legal, você sabe — ele assentiu, respirando fundo.— Pois é, por isso te chamei aqui. Fiquei pensando sobre o que aconteceu. Sei que boa parte foi culpa minha. Eu relaxei no meu relacionamento com a July, me descuidei e vocês acabaram se envolvendo.— Fiquei próximo dela sem segundas intenções. Sempre respeitei seu namoro com ela. Mas a maneira como você falava dela, sua infidelidade, o jeito que a tratava... me afetava muito, porque eu gostava dela — confessei.— Entendo que errei, fui negligente — admitiu. — Mas você acha
Cristine Sentia uma raiva fervilhando dentro de mim por Marcelo, uma mistura de ira e atração que me deixava confusa. Ele era irresistivelmente atraente e eu estava gostando de ficar com ele, mas agora precisava manter minha pose de durona, continuando a dar-lhe o gelo que ele merecia. Fiquei ali, fingindo indiferença à sua presença, conversando brevemente com July e Murilo. Meu coração batia rápido, lutando contra o impulso de me jogar nos braços dele e beijar aquela boca ousada. Ele até tentou chamar minha atenção, mas me mantive firme, fingindo desinteresse, enquanto por dentro uma tempestade de raiva e desejo me consumia. Percebi Murilo brincando com ele, mas fingi desatenção. Assim que July foi embora, virei-me e caminhei em direção ao meu portão, tentando não olhar para Marcelo. Queria correr, escapar antes que ele me alcançasse, mas ele foi mais rápido. Marcelo largou a moto e correu em minha direção. — Ei! — Ele segurou meu braço e eu o encarei, com um olhar gelado. Olhei
Cristine Terminei meu banho, envolvendo-me em uma toalha e respirando fundo para me acalmar. Vestida, fui até a cozinha, peguei um pote de sorvete no congelador e segui para o meu quarto. “Preciso me congelar por fora e por dentro — pensei. — Do jeito que estou, é capaz de eu chamar ele aqui para terminar o que começamos, e isso seria um erro enorme.”Mais uma vez, respirei fundo, apertei o play do controle em um filme aleatório e peguei meu celular. — Caramba, esse garoto não desiste — murmurei, vendo as notificações de mensagens dele. Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios.Mensagem:— O que você quer que eu faça para me desculpar? Fala o que você quer de mim, estou disposto a fazer qualquer coisa — implorou por mensagem.— Cristine, me responde, por favor. Chega de fingir que eu não existo. Eu não fiquei com ela — ele tentava me convencer, e sua próxima mensagem, transpirava uma mistura de arrogância e desespero. — Você é muito marrenta, baixinha. Vou voltar na sua casa
July Assim que chegamos na casa de Murilo fomos tomar banho e depois nos deitamos, me acolhi em seus braços e ali conversamos um pouco antes de adormecer. — Qual é a do Marcelo com a Cristine? — Pergunto, curiosa. — Acho que ele está mesmo afim dela, mas ele é cabeçudo demais, muito mulherengo, faz merda e depois arrependi. — Ele se parece com o Tulio? Nas ações. — Ele escuta muito o Tulio, porém é mais racional. — O que seria ser racional? — O Tulio não escuta ninguém, ignora os sentimentos das pessoas, só pensa nele mesmo. O Marcelo, não, quando ele está apenas para curtição, sem nenhum compromisso sério, ele realmente curte, mas quando está afim, ele é estilo Murilo. — Sorri. — Mas você acha que ele quer ficar mesmo com a Cristine ou só, quer passar o tempo, só quer curtir. — Eu não sei mesmo meu amor, ele parece está bem afim dela, em breve vamos descobrir. — Eles formam um casal bonito, a Cristine está muito afim dele, mas tenho medo que minha amiga se machuque,
Cristine Acordei com a porra de uma moto acelerando na porta da minha casa, mais que merda, esse barulho todo só pode ser o Marcelo, peguei um short qualquer e caminhei em direção ao portão para ver se era ele mesmo. — Mais que porra é essa, Marcelo, tá querendo acordar a rua inteira. — Falo, brava, e ele começa a rir. Ele para de acelerar a porra da moto e veio até mim. — Bom dia, gatinha, eu disse que passaria aqui cedinho para beijar sua boca. — Ele fala, animado. — Ainda está escuro, que horas são? Você disse cedo, não disse de madrugada. — Revirei os olhos e entrei, ele me chamou, mas como eu não dei ideia ele apenas guardou a moto na garagem, fechou o portão e caminhou atrás de mim. Fui até o banheiro e quando retornei ele estava em meu quarto todo a vontade em minha cama. — Quem te convidou para entrar? — Você! — Respirei fundo. — Você é tão folgado. Que horas são? — Pego meu celular para olhar o horário. — Você ficou doido? — Falo mostrando o horário para ele. —
Cristine Sentir aquelas mãos firmes em minha cintura enquanto nosso beijo esquentava cada vez mais, era maravilhoso, Marcelo é o tipo de cara que eu curto, tem um beijo quente e uma pegada poderosa que me deixa maluca. Mas não é apenas pelo sex0, temos química, ele é engraçado e eu realmente me sinto bem com ele, estamos ficando a poucos dias, mas temos uma conexão incrível e muita vontade de estarmos juntos. — Você está perturbando meus pensamentos baixinha, não consigo parar de pensar em você. — Ele fala, ansioso, após paralisar nosso momento. — Por que perturbando? — Pergunto, divertida, enquanto acaricio seu rosto. — Não consigo parar de pensar em você, parece um parasita. — Ele acha graça, eu sorri encarando seus olhos. — Eu não sou um parasita. — Falo, alegre. — É minha carrapatinha. — Ele sorri, me abraça forte e morde meu lábio. — Eu não gostei, não sou carrapatinho. — Sorri ao dizer. — E o que acha de ser minha baixinha, minha baixinha gostosa, assim está melhor?
Dias Depois Cristine...Cristine:Mas uma vez Marcelo e eu estamos grudados, passamos a semana inteira juntos e agora estou ansiosa para saber como ele vai agir comigo durante a festa que vai fazer hoje em sua casa, não sei o que vai acontecer, mas espero não me decepcionar novamente com ele, pois se isso acontecer, por mais que eu esteja curtindo ficar com ele, vou parar por aqui, não desejo ficar me envolvendo emocionalmente com alguém para depois sair magoada, isso não é para mim. — Relaxa amiga, ele está muito na sua, o Murilo me disse que ele só fala de você. — July fala, animada, enquanto nos arrumamos para ir à festa. — Eu não sei, da outra vez ele estava super carinhoso e fez merda amiga, vai saber o que esse garoto tem na cabeça. — Cristine, Cristine e mais Cristine, é apenas isso que tem na cabeça dele. — Ela fala, divertida. — Que raiva, não gosto de me sentir tão envolvida com um cara, isso não é para mim amiga, ficar com um cara só é pavoroso, não quero ficar chorami
July Os dias passaram, e a situação entre Cristine e Marcelo estava cada vez mais clara para todos nós. Era evidente que minha amiga estava apaixonada, embora ela tentasse esconder. Sua relutância em admitir seus sentimentos era palpável, mas era impossível não notar o quanto ela estava envolvida com ele. Murilo e eu conversávamos sobre isso frequentemente. Ele acreditava que Marcelo estava igualmente encantado por ela, e eu concordava. Ele também me contou, que Marcelo nutria sentimentos por ela há algum tempo, mas sua fama de mulherengo e o fato de ele ter se envolvido com garotas que Cristine não suportava, afastaram os dois. Agora, porém, as coisas pareciam diferentes. Desde que se acertaram, Marcelo e Cristine não tinham se envolvido com mais ninguém. Eles estavam inseparáveis, e era uma questão de tempo até assumirem um relacionamento sério. Quando Cristine e eu nos encontramos com Murilo, ele estava nos esperando em minha casa. — Demoramos? — Perguntei, animada, aproximand