Athos saiu diante de uma espécie de base militar. Uma estrutura gigantesca de metal, com uma aparência de que tinha sido criada para resistir a absolutamente qualquer coisa.
Do outro lado, no horizonte, uma sequência de sobreposições de realidades. Era como se olhasse e enxergasse comunidade e mais comunidades refletidas em construções clássicas, modernas, com a natureza tentando se sobressair. Não era como se o planeta fosse curvo e as coisas desaparecessem. Era como se ele fosse se elevando gradativamente, mais e mais. Como se não houvesse limite para algo acabar, mas o que vinha em seguida era mais alto, coisa sobre coisa. Parecia até que tudo havia ser criado justamente para simplesmente causar essa impressão de quem olhasse dali.- Um dos dias mais aguardados por mim finalmente chegou, então? - Quando Athos virou-se, toda aquela estrutura gigantesca estava aberta, sem que tivesse existido nenhum ruído. Diante dele estava aquela que deveria ser Elaryan. Ele encarou-a nos oAthos tentou apagar as chamas, mas não conseguiu. Na verdade não houve tempo. Tudo já era apenas escombros. De repente surgiram pessoas. Antes de Athos conseguir se aproximar, eles começaram a agir. Eram manipuladores de matéria. Transformavam cinzas, pedaços de concreto, pedras e metais em estruturas novas, começando a reerguer a cidade. A cidade que Athos viu a distância, parecia muito bem elaborada, moderna e tecnológica. Agora, apesar de também ter um estilo de arquitetônico bem criativo e com estilo, era bastante diferente e um observador desinformado poderia dizer que era uma cidade inferior a anterior. - Quem é você? É o fiscal que Elaryan disse que viria? Muito bem, não atrapalhe, ok? - um homem falou com Athos, como que se esperasse mesmo alguém. - Você pode me explicar, pelo seu ponto de vista, tudo que aconteceu aqui, faz parte do protocolo. - Athos percebeu uma oportunidade e entrou no personagem. - Protocolo? E esse tipo de situação tem protocolo? Eu dev
- Não acredito, um portal de teletransporte! - exclamou uma das meninas. - Não tem como nos levar para outro planeta?Athos pensou bem e decidiu mentir.- Infelizmente não sou tão poderoso assim, consigo percorrer apenas curtas distâncias. - Elas se decepcionaram, mas era melhor assim. - Qual o nome de vocês?- Felicity e Giona. - A mesma que falou sobre o portal, falou pelas duas.- Vamos? - Athos insistiu e os três passaram.Ao saírem do outro lado, encontraram um cenário bizarro.Parecia que todo o povo da cidade estava brigando, mas eles não eram muito bons nisso. Na verdade eram horríveis. Batiam uns nos outros com socos e pontapés, mas eram desajeitados, mal machucavam uns aos outros. Algumas mulheres puxavam os cabelos de outras. Tentavam se ferir mas pareciam ter um poder de recuperação bom, então, para Athos, aquilo pareceu até como se f
Athos percebeu que algo acontecia com seu corpo e simplesmente permitiu. Não lutou contra e não sentiu mais nada. Passou para o outro lado como se nada tivesse acontecido, como se tivesse simplesmente atravessado um portal. Mas ele sabia que não era só isso. - Não tenho mais um corpo físico. Que coisa inacreditável. É como se eu tivesse morrido. Que lugar é esse? - É como se fosse uma segunda camada sobre o mundo em que estávamos. Para adentrar aqui, qualquer ser precisa, praticamente morrer. Não é bem morrer, mas se soltar de seu corpo físico, aqui dentro só fica sua mente. É um mundo criado pelo Deus Freyr ele cria tudo que quiser, toda essa estrutura é fruto da sua mente. Poucos têm poder suficiente para se manterem nesse estado, aqui, poucos mesmo. Surpreendente você ter conseguido, aliás. Mas quem consegue se torna imortal, enquan
- Enquanto saíamos, é possível que eu tenha visto Elaryan destruindo Freyr, mas não tenho certeza se foi isso mesmo. Dircle tentou acessar de novo o outro plano, mas não conseguiu. - Athos contou sua desconfiança para Adwig e Dafa. - O que aconteceria se ela conseguisse matá-lo lá dentro? Dentro de um plano criado por ele mesmo - Dafa teorizou a respeito. - Não sei se ela realmente o matou. Na verdade não sei exatamente o que vi. Não acho que seria possível matá-lo lá dentro, nem que, se fosse possível, ela conseguiria sair de lá. - Athos se sentiu confuso, não sabia muito bem o que pensar. - Bom, já que você está aqui, pode nos levar para outro lugar? Qualquer lugar seria muito bom. - Dafa concluiu. - Posso ir com vocês? - A garota que estava ao lado de Adwig perguntou.- Nós também estamos nessa! - Felicity falou com a concordância de Giona e Brandok. - Dircle vai também com seu Deus misericordioso - disse, pulando em seu ombro. - Gente, sinceramente, ap
Quando chegou no planeta onde tinha perdido Silency, não teve tempo de se preocupar com a memória ruim. Tudo estava completamente destruído. O Planeta estava em ruínas, devastado. Ele conseguiu encontrar Médera, ela estava muito ferida. Ajudou ela a recuperar um pouco de energia e ela conseguiu levantar e falar.- Que sorte foi você vir até aqui. - Bom buscar você pois trouxe Adwig em segurança e agora Krakor acabou de voltar com Teleret, queria que o reencontro fosse com você. Mas o que aconteceu aqui? - Foi Poseidon! Mas me leve... Não me deixe perder isso! Conto para todos de uma vez. - Médera pediu e Athos atendeu. Ele fez uma varredura inicial e não encontrou a presença de ninguém, mesmo que pequena energia que fosse. Pensou que poderia voltar depois para averiguar novamente. Abriu um portal e saiu diante dos recém-chegados. Médera correu para abraçar Teleret que ainda estava nos braços de Krakor. - Na mesma hora que senti a presença de vocês, voltando po
- Como isso é possível? - Athos falou para si mesmo.A bagunça visual era absurda. Ele jamais poderia convidar alguém para entrar, não porque ele se importasse com o que iriam pensar, mas porque aquela disposição das coisas era praticamente um código secreto criado por sua mente. Mas era uma sobreposição de pensamentos, coisas, códigos e lugares. Se aquilo fosse mesmo algo de sua mente, se ele mudasse a ordem de algumas coisas como aquela que ele estava fazendo, ele iria abrir uma porta e sair... Ele não acreditava.Não era possível que aquilo pudesse ser mesmo a praia de Notrus do planeta Krimost. Athos atravessou a porta, que na verdade estava em anexo a sua casa, não a casa que Hermes tinha acabado de fazer para ele, mas sua casa naquela praia, quando viveu sua vida de nível 2. Ele tirou seu calçado, sua espada e correu pela areia. Era como se fosse uma
Athos recebeu a roupa que Hermes havia preparado para ele e tinha detestado. Primeiro porque tinha que deixar suas asas abaixadas e escondidas, algo que ele detestava, principalmente pelo acordo que tinha com Roc, o pássaro de sua simbiose. Quando se uniram, prometeu que jamais prenderia suas asas.Depois, porque achou ela muito larga e comprida, deixando-o estranho. Estava todo de amarelo e a cor pelo menos ele gostava. - Isso é mesmo necessário? - ouviu Móretar perguntar do lado de fora daquele provador enorme onde ele estava. Ele, então, resolveu rasgar a roupa, deixar as asas para fora e personalizar o corte, deixando-o mais fino e ajustado.- Agora sim! Bem melhor! - Saiu satisfeito e viu Móretar muito bem alinhado, um verdadeiro Rei. - O senhor é o Rei aclamado. Por mais que não queira ser mais. Pode ser que seja a única festa que participe. Nós convidamos quase toda a população. O certo é que esteja vestido de forma compatível. - Hermes estava realmente empe
Athos foi com Athena para a parte central do salão. Eles realmente andaram muito para chegar lá, o que era, no mínimo, estranho pois eles conseguiam ver aquele espaço desde que entraram. Aparentemente havia uma ilusão de ótica, com um leve inclinação imperceptível no chão e uma ruptura de espaço físico causada por aquele lugar, que permitia uma ampla visualização do que acontecia lá dentro, mesmo com o espaço sendo elástico.Hermes ainda estava tentando entender como tudo seria organizado e a música tocando fazia os convidados se soltarem e serem pouco abertos à organização.- Fazia tanto tempo que não ouvia música - Athos falou para Athena. - Pelo menos não dessa forma, tocada por instrumentos, mesmo que Hermes tenha feito alguma coisa para eles tocarem sozinhos, são instrumentos... Aliás, que homem tão poderoso que usa seus talentos dessa forma, não é mesmo? Chega a ser admirável. - Ele com certeza teve algum grande trauma associado a Elaryan. E posso arriscar pelo que o