Ponto de vista de Rick.
(Flashes do ser de capa escura do meu sonho retornam à minha mente de maneira frenética, mas nunca revelando sua face).
Recobro a consciência.
Tusso intensamente para liberar a água que estava em minha garganta e pulmões. Olho rapidamente ao redor, mas não vejo nenhum sinal de perigo. Sinto a água correr por meus pés, e a escuridão da noite esfriar meu corpo aos poucos. Levanto o rosto da terra alaranjada e úmida onde me encontro, e aos poucos me recomponho.
— A nave... — noto que ela está caída, parte sobre o rio, parte sobre a terra.
Está danificada. Não sei se funcionará novamente... Não sei se quero que funcione...
Começo a caminhar em direção à nave para passar a noite, já que não fa&ccedi
Ponto de vista de Joel.Dois dias depois do retorno das equipes à Hoag.***— Valissa! Venha, vamos embora!— Valissa! Ainda dá tempo! Corra até mim!Ela simplesmente, com olhar profundo e o sorriso mais lindo que havia visto em toda a minha vida, se despediu. O Fellah a atacou junto de minha pequena Hajora enquanto brincavam...— Valissa! — grito ao acordar.— Joel, está tudo bem?! — me indaga Anza, deitado em uma rede ao lado de minha cama.— Sim... É apenas um sonho horrível que continuo tendo repetidas vezes...— Valissa... Quem é?!— Era... Valissa era minha esposa...— O que houve com ela?— Um Fellah... Mas, prefiro não falar sobre isso...— Um Fellah?! &ldqu
Ponto de vista de Gorilla.— Saeed, e eu achando que por conhecer todos os elementos da tabela periódica conhecia todos os elementos do universo? — coço a cabeça por um momento — Bobagem... Venha, filho, vamos preparar a fornalha para derreter esse bloco de metal.— E o que tem nesse coisa, Al’ab? Vai fazer espada?— Que? Espada? Não! — ri por um momento — Vamos tirar algo de valioso e poderoso que está dentro do metal.— E o que é?— Confesso que ainda não sei, Saeed... Mas em breve descobriremos juntos.— Aqui... Me ajuda a colocar esse tampão na frente da fornalha... O metal mais resistente só derrete a partir de mil e quintos graus Celsius. — o garoto me auxilia e rapidamente encaixamos a tampa no local necessário — Isso, garoto... Vamos deixar aí
Ponto de vista de Isabela.— Ele está em algum lugar desse sistema solar... Só preciso encontrar onde... — digo a mim mesma enquanto navego em meus pensamentos em uma tentativa de conexão com meu pai.— Isabela? — ouço meu nome vindo do além.— O que? O que é Joel? — indago-o ao abrir os olhos e voltar da minha viagem mental, sentada em posição de meditação.— Desculpe atrapalhar... Mas, precisamos conversar...— Uhum... — consinto sem muitas expressões.— Sei que está fazendo seu máximo para suportar bem a ida de Rick, mas, acredite, isso pode ter sido bom de alguma forma.— Joel... Por que eu fico perdendo ele?!— Como assim?— É, Joel... Perdi ele quando criança, e agora parec
Ponto de vista de Danton.Fragor descobriu onde nós, humanos, estávamos instalados. Onde nós, na verdade, estávamos tentando fugir da aniquilação total da humanidade. Onde nós, meros mortais, tentávamos restaurar nossa dignidade coletiva.Isabela, minha sobrinha, cuidou ela mesma de todos os preparativos para o sepultamento de Léa e Rubi. A todo o momento via uma lágrima derramar as angustias de seu peito, mas, não isolada, nem detida em seus aposentos... Ela estava lá, à frente de todos nós... À frente dos problemas e circunstâncias, que, imaginei eu somente seu pai, Rick Price, conseguiria lidar. Descobri naquele momento que eles eram fortes o suficiente para levantar das cinzas, nos dias mais sombrios. Eles eram fortes...— Senhor Danton, contamos doze mortos, oito severamente feridos e nove com pequenas
Uma espécie alienígena invadiu o planeta Terra. A princípio achamos que conseguiríamos derrotá-los com nossas próprias armas. Descobrimos tarde demais, que éramos supersensíveis a uma substância em seu organismo, que chamamos de Paralyton.— DEZ — Inicia-se a contagem regressiva pelo computador de bordo.A substância entrava rapidamente na corrente sanguínea e nos paralisava.— NOVE —Lutamos e enfrentamos os mortons por quatro anos, até restarem poucos de nós sobreviventes espalhados pelo mundo.— OITO —Os mortons trouxeram com eles algumas criaturas e plantas de seu planeta, o que diminuiu muito nossas possibilidades de esconderijo e resistência a eles.— SETE —Johnson, nosso engenheiro espacial, mais conhecido como Gorilla, junto com a ajuda da bióloga Ami Funjoy projetaram e
A arca de Funjoy iniciou sua decolagem sem obstáculos, saindo do abrigo subterrâneo pela plataforma gigantesca que se abria sobre nós. Mortons que sondavam o local começaram a nos atacar de suas naves. Eles não queriam que deixássemos o planeta com vida. — Gorilla! Eles acertaram um dos propulsores traseiros! Estamos perdendo potência! — notifiquei apreensivo. — Saeed! Acione os propulsores auxiliares! — orientou Gorilla rapidamente, — Nós vamos sair sim! — Acionando propusor auxiliares em treis, dois, um! — respondeu o garoto Saeed com agilidade. A nave assim retomou a potência necessária. — Segurem firme! A turbulência será pesada! — informou Gorilla, ao sentirmos iniciar a trepidação da nave em passagem pela camada de ozônio. — Eles está recuando! Não vai tão longe para pegar nós... — observou Saeed ao findar da turbulência. — Ótimo. Não teríamos condições de combatê-los com a Arca em decolagem — evidenciou Gorilla.
Ponto de vista de Saeed.— Esse é meu trinta vídeo-diário. A rotina sempre a mesma, e isso já tá entediante... — disse sentado em frente à câmera, articulando e gesticulando com uma bolinha de pano e areia nas mãos — ganhei essa bola de Al’ab. Ele diz que vai me ajudar com tédio e stress. Aquela idéa de ser o primero a fica acordado não parece mais legal. Lea não é má companhia, ela só não tem muito assunto para conversa com Saeed, e quando conversa ela diz não me entende muito bem por causa do meu sotaque árabe. Por todo tempo tem prestado atenção no espaço e não vejo a Terra mais, faz já uma semana... Pensar que dexamos nosso planeta atrás é triste, mas sabemos que não tem muito de ser feito. É isso pelo hoje, desligando.— Gravan
Ponto de vista da Léa.— Olá novamente! Este, bem provavelmente, será meu último vídeo-diário antes da hibernação, então vou aproveitá-lo para dar algumas orientações... Essas são para Lisa: Dirceu, o cavalo marrom está doente. Não sei bem o que ele tem, mas tenho o medicado de acordo com os sintomas. Cuide dele, por favor, ele é muito bonzinho. Você não terá dificuldades para os exercícios diários, então mande ver! — após uma pequena pausa, prossegui — vou deixar uma nota para você, escrita em papel, o velho e antigo, que ainda nos serve bem — disse seguido de risos — essa informação é para você Lisa! E, Hector, não se intrometa! — disse franzindo a testa. — Acredito que seja só iss