Ao chegar em casa a primeira coisa que faço é gritar o nome de Ellen alegremente e rapidamente vejo uma figura assustada surgir na porta da cozinha. O lenço colorido marrado em seu cabelo sempre deixa seus cachos no alto da cabeça ainda mais charmoso. Ellen é uma negra linda, de olhos castanhos claros e mais de um metro e setenta de altura, sendo sincera eu serei eternamente grata pela ajuda que ela tem me dado nesses últimos meses.
-O que está acontecendo? –Pergunta assustada.
-Fui promovida a secretaria pessoal do senhor Drevitch. –Jogo meus braços para cima pulando de alegria.
O choque da notícia fica estampado nos olhos castanhos de Ellen, mas logo a felicidade vem átona e quando vemos estamos nos abraçando empolgadas.
-Eu não acredito. Como você conseguiu esse cargo tão almejado? –Pergunta surpresa e ansiosa.
-Agora não precisamos mais nos preocupar com nossas dívidas. –Respiro aliviada e mais do que animada.
-Mãe. -Daisy corre em minha direção se jogando em meus braços.
Aproveito o momento para pega-la no colo e enche-la de beijinhos no rosto, minha menina já estava grandinha e segura-la no colo era uma tarefa árdua.
Seus cabelos acastanhados exalam o cheiro delicioso do seu shampoo de frutas das princesas da Disney.
-Hum que cheirosa. –Esfrego meu rosto em seu pescoço fazendo-a rir.
-Tia Ellen acabou de me dar banho porque eu estava brincando com o Bob lá fora.
Bob é um Basse branco mesclado de marrom, preto e cinza que adotamos ao vê-lo machucado na rua depois de ser atropelado por um motoqueiro. O homem não prestou os devidos socorros ao pequeno animal e comovida com o pequeno cãozinho o adotamos.
-Você precisa secar esses cabelos mocinha. –Ellen faz cocegas na barriga de Daisy que se contorce rindo.
-Hoje você não apertou o Bob? –Pergunto curiosa.
-Não, a tia Ellen disse que se eu apertasse ele iria me morder de novo. –Ela faz bico me fazendo rir enquanto caminhamos para a cozinha.
-Isso mesmo ele não gosta de ser apertado. –Ellen diz.
-Mas ele não queria brincar comigo. –Ela faz uma carinha de triste se sentando na cadeira.
-Mas você não pode apertar ele porque ele não quer brincar filha. Se você fizer isso ele nunca mais vai querer brincar com você. Ele gosta de buscar a bolinha então porque você não j**a a bolinha para ele buscar? –A observo curiosa.
-Eu gosto quando ele fica comigo. –Puxa a barra de chocolate que estava sobre a mesa pronta para abri-la.
-Somente depois que você jantar. –Deixo um beijo em sua cabeça pegando a barra de chocolate de suas mãos.
-Sua mãe tem razão, chocolate somente depois de comer todo o arroz e feijão. –Ele coloca o prato de comida em sua frente e convencida ela aceita sabendo que não teria outra escolha.
Ellen chegou ao Brasil a poucos mais de cinco meses e por não saber falar fluentemente o português teve dificuldades em arrumar um emprego. Como minha casa é grande para apenas duas pessoas e ela era uma amiga próxima de Jana nos Estados Unidos a convidei para morar comigo e em troca ela poderia olhar Daisy para mim.
Depois que consegui me estabilizar na empresa comecei a pagar os dias de Ellen com Daisy. Ela trabalha muito bem e ainda me ajuda com os serviços de casa que nem mesmo é sua obrigação. Para recompensa-la lhe dou uma quantia em dinheiro para que ela possa comprar suas próprias coisas.
Nesses últimos meses o português de Ellen melhorou consideravelmente, ela ainda enrola algumas palavras e troca alguns verbos, mas está se saindo muito bem. O que eu mais gosto é ouvir seu sotaque puxado.
Jantamos calmamente enquanto jogamos conversa fora e fazíamos planos com o aumento que eu iria ganhar. De começo eu gostaria de comprar uma fantasia da Elsa para Daisy, pois a meses ela vem me pedindo, mas o dinheiro curto e contado não permite que eu lhe dê, entretanto agora vou conseguir lhe presentear.
A outras coisas que preciso comprar para casa, como alguns utensílios para cozinha. Apesar de ter comprado uma casa em um bairro bom, o custo de vida no Rio é alto e a mobília da casa deixa um pouco a desejar, afinal gastei o dinheiro somente com o necessário, o resto guardei para a faculdade de Daisy já que ela não tem um pai que poderá lhe ajudar.
Minha mente vaga nas inúmeras possibilidades enquanto ajudo Ellen a retirar a mesa e lavo a louça que ficou. Como de costume ao terminar de lavar a louça pego as correspondências, um copo de suco e vou me sentar no sofá para relaxar e me concentrar. Passando algumas das correspondências percebo que a uma pendencia com a escola de Daisy e uma carta do banco em meu nome.
Achando estranho aquelas cobranças abro primeiro a da escola e sinto meu sangue ferver ao perceber que as parcelas estavam atrasadas desde que Ivan e eu terminamos e se eu não fizesse um acordo com a escola Daisy perderia a matricula e não poderia mais estudar ali até o valor ser quitado.
Ivan já não paga pensão e muito menos era um pai presente, o mínimo que ele poderia fazer era pagar a escola da própria filha, naquele momento sinto meu sangue ferver, mas com o aumento e boa conversa conseguiria resolver essa questão sem muitas dores de cabeça.
Esse novo emprego veio em uma ótima hora, pelo menos vou conseguir pagar as parcelas da escola sem problemas. Deixando aquele papel de lado abro o outro sem me importar muito, pois sabia que não deveria ser nada, mas ao terminar de ler a carta sinto meu sangue se esvair de meu corpo e tenho certeza que se eu não estivesse sentada estaria no chão agora.
Meu saldo estava negativo e constava um empréstimo absurdo em meu nome com parcelas atrasadas e aquilo me tira o chão.
Só podia ser uma grande e irritante brincadeira.
Sinto meus olhos pesarem com as lágrimas ao observar aquela carta e a ânsia toma meu estômago. Me lembro vagamente de assinar alguns papeis com Ivan dias antes do nosso termino e não posso acreditar que aquele empréstimo era real. A dívida exorbitante e a quantidade de juros que estava naquele papel fazia minha mente girar e minhas vistas embaçarem.
O valor era tão alto que girava em torno dos 300 mil reais e nem mesmo se eu trabalhasse minha vida toda conseguiria pagar aquela quantia em dinheiro.
O desespero e o ódio tomam conta de mim, além de ser traída e humilhada sou obrigada a pagar as contas daquele cretino? Como vou explicar minha situação para o banco? Eles não se importam se sou rica ou pobre eles só se importam em receber.
Eles também não se importam se Ivan está desaparecido ou sumido da cidade, na verdade eles não se importam com nada somente com o dinheiro.
O desespero que sinto é tão grande que acabo ligando para o advogado que me ajudou com a separação sem me importar que já estava tarde. Ele atende um pouco preocupado pela ligação repentina e acabo descontando toda minha fúria por telefone. Não faltei com educação, mas chorei todas as minhas magoas e ele ouviu pacientemente até eu me acalmar.
Juan pede para que eu leia o que está escrito na carta e depois de respirar e me acalmar leio e tento explicar toda a situação em que me encontro. Ele acha estranho e diz ser um caso delicado, pede para que eu deixe a carta com Ellen que ele passaria para pegar e analisar o ocorrido e eu agradeço sua atenção até o momento.
Angustiada e perdida, me via chorando copiosamente sentada no sofá, mal tinha subido de cargo e já me encontrava mais endividada do que poderia estar por uma vida inteira.
Simplesmente não sabia o que fazer, não sabia o que seria de mim ou melhor dizendo de nós, pois não era somente eu que estava embolada nessa loucura, mas Ellen e Daisy também.
Minha cabeça girava a mil graus, o ódio de Ivan havia triplicado e a vontade de mata-lo se tornava cada vez mais preocupante, pois eu sabia que se o visse em mina frente não pensaria duas vezes em esgana-lo e o assassinaria sem piedade.
Ellen aparece na sala animada e feliz com uma taça de vinho em comemoração, mas ao perceber meu estado ela me olha preocupada.
-O que aconteceu? –Se aproxima deixando as taças e o vinho sobre a mesinha de centro da sala.
-Olha isso Ellen. Olha o que aquele desgraçado fez. –Entrego as cartas para ela mostrando todos os meus saldos negativados.
Ao ler a carta ela me olha desesperada e magoada.
-Você conseguiu um emprego melhor e agora vai ter que pagar as dívidas que ele fez? Isso é um absurdo. Você precisa ir à delegacia, ele já não paga a pensão e agora faz isso. –Ela me olha perplexa.
-Liguei para o advogado e ele verá o que pode fazer, mas acredito que não tem muito a ser feito, pois me lembro vagamente de assinar alguns papeis alguns dias antes de eu pega-lo com sua amante. –Começo a chorar novamente.
Ellen me abraça tendo inutilmente confortar meu coração e apesar de ser um abraço cheio de piedade, carinho e amor a magoa que sentia naquele momento não se aplacaria por nada.
-Ellen eu não terei mais dinheiro para lhe pagar. –Sinto as lágrimas me tomar novamente e a angustia me sufoca.
-Não me importo Hana, ficarei aqui para te ajudar com Daisy e a casa, se Ivan acredita que poderá vencer desta maneira, está inteiramente enganado. Juntas somos mais fortes do que ele e se for necessário tentarei arrumar um segundo emprego para lhe ajudar, afinal serei eternamente grata por me acolher e não fechar a porta em minha cara como muitos fizeram. –Ellen sorri apertando os meus ombros.
Aquele ato de compaixão e carinho faz com que eu chore mais, se não fosse por Ellen não sei o que seria de mim neste momento.
-Vamos lá, se anime, para tudo nesta vida tem um jeito você não pode desistir agora Hana, Daisy precisa de você. –Ela sorri me puxando para um abraço apertado.
-Obrigada. –Digo a abraçando. –Eu não sei o que seria de mim sem você. –Falo com sinceridade.
Não conseguia expressar o tamanho da minha felicidade por ter Ellen ao meu lado naquele momento, mas serei eternamente grata por seu apoio e compreensão.
Acabamos por conversar um pouco sobre a dívida e tentar entender o que se passava, mas no final não conseguimos entender nada. Depois de desgastantes minutos tentado achar uma solução Ellen foi dormir e eu segui para o quarto de Daisy cabisbaixa.
Observo minha menina dormir calmamente e acaricio seus cabelos delicadamente enquanto ela dormia serenamente.
-Só você para me dar forças para seguir em frente. –Sussurro baixinho acariciando seus cabelos lisos feito os meus.
Desnorteada, mas um pouco mais conformada tomao um banho demorado para me livrar de toda a tensão do dia a dia. Saio do banho coloco um pijama fresquinho e me jogo na cama para tentar por um momento esquecer meus problemas, mas dormir pelo jeito seria a última coisa que faria naquela noite.
Toda a minha vida passa pela minha mente como um filme desde o momento em conheci Ivan até o dia da traição.
-Me odeio por ter amado tanto um homem como aquele.- Falo frustrada comigo mesma e imagens do senhor Drevitch toma minha mente.
Tentando retirar as imagens daquele homem dos meus pensamentos me reviro pela cama de um lado para o outro na tentativa de esquece-lo, mas era impossível já que ele era extremamente lindo e misterioso.
Drevitch na minha mente era relacionado a uma imagem boa já que ele me ofereceu um emprego melhor que mudaria a minha vida, e Ivan relacionado a uma imagem ruim que sempre destrói tudo de bom que acontece ao meu redor.
É a mesma coisa de relacionar o anjo ao demônio, com certeza Ivan era a pedra no meu sapato, melhor dizendo ele era a montanha inteira.
Apesar de todos os funcionários tratar Drevitch como um deus, algo naqueles olhos tempestuosos e calculistas me chamou a atenção, não sei ao certo o que pode ser, mas sei que por trás de toda aquela pose de indiferença ele esconde algo.
Passo toda noite em claro com meus conflitos internos entre quem é Layonel L. Drevith e como Ivan conseguia ser tão absurdamente cretino e cafajeste.
Na manhã seguinte percebo que não importa quanto tempo eu lute com minhas dúvidas internas ou crie soluções imaginarias, minhas dúvidas somente piorariam me deixando ainda mais decepcionada e magoada.
Com muito esforço me levante da cama sentindo todo o meu corpo dolorido, a cabeça pesada por ter chorado a noite toda e os olhos inchados. Lavo meu rosto e tomo um banho demorado, infelizmente as bolsas embaixo dos meus olhos estavam grandes e perceptíveis e acabo tentando esconde-las com uma maquiagem reforçada, mas nem mesmo os maravilhosos produtos da Mac resolveram meu problema.
Hoje seria o meu primeiro dia com o sr. Drevitch e todo o meu animo do novo emprego tinha ido por água abaixo com a m*****a notícia da dívida de Ivan. Eu estava irritada, casada e com dor de cabeça, mas não podia descontar em ninguém e sorrir era primordial nessa situação.
Visto uma saia lápis cintura alta preta, uma blusa de cetim verde oliva manga curta devido ao calor e um salto agulha básico. Não estava animada para usar acessórios, mas ainda assim coloco uma pulseira e um anel para finalizar.
Ajudo Daisy a se arrumar para ir à escola e como sempre ela estava mais do que animada, não estava com fome por isso saio de casa após me despedir de minha menina e Ellen indo direto para o trabalho.
Não posso me atrasar, pois sei que o senhor Drevitch gosta de pontualidade. Ele é rígido com horários e isso serve como uma regra para a empresa em geral desde os primeiros andares até o último.
Ele é um homem controlador e enigmático apesar de muito gentil.
Layonel Lincoln Drevitch.Me acomodo atrás da mesa de carvalho tomando uma boa taça de vinho seco tinto para acalmar meus ânimos e meu estado de espírito para essa tarde.Eu amo essa empresa e dou minha vida por ela, é por isso que não tolero erros, mas sou eternamente grato aos meus funcionários que se dedicam ao máximo para manter tudo em perfeito funcionamento.Infelizmente tive que dispensar minha secretaria pessoal, pois ela estava passando dos limites com suas provocações e insinuações explicitas.É tolerável algumas insinuações, mas chegar em minha sala e encontra-la nua sobre minha mesa foi um certo choque. Obviamente amaria seguir meus instintos e dar a ela o que queria, mas por re
Chego no serviço cansada, as olheiras de baixo dos meus olhos são evidentes mesmo passando corretivo, base e pó as marcas arroxeadas embaixo deles são notáveis.Uma noite sem dormir para mim é o mesmo que levar um soco nos olhos, suspiro atordoada olhando para o mar de papéis que eu teria que arrumar enquanto Drevitch terminava uma teleconferência com alguns franceses. Pelo menos era o que estava escrito na agenda sobre a mesa que eu resolvi analisar por curiosidade. Tirando aqueles pensamentos da cabe&
Layonel Dispensei à Srta. Ravallo para que ela pudesse arrumar suas malas e parando para pensar por um momento fiz certo em contrata-la como minha secretaria. Ela é uma mulher centrada e muito boa no que faz, as vezes um pouco insegura, mas sempre me surpreende com seus serviços bem feitos.O que mais me surpreende é sua organização, nunca consegui organizar as pastas como deveriam e as vezes perco partes de contratos importantes tendo que refaze-los, mas ela conseguiu arrumar anos de trabalho acumulado em apenas um dia. Isso me surpreendeu de tal maneira que não consigo descrever em palavras, não consegui acreditar no que meus olhos presen
Hana RavalloAcomodo-me em uma das poltronas encantada com tudo que ele reservava por dentro. O seu interior mais parecia uma casa do que um avião. Claro que não esperaria menos de algo que vem da família Drevitch, mas mesmo assim me surpreendeu.Layonel conversa com um homem que acredito ser o piloto e não consigo entender como ele pode ficar vinte e quatro horas do seu dia com aqueles ternos desconfortáveis. Sinceramente estou começando a achar que ele esconde algo por trás daqueles panos caro e elegante. Na verdade, ele é um homem charmoso e sensual, exala luxuria e poder, mas ainda a algo nele que me confunde e intriga.Mexo no celular na tentativa de aliviar a tensão do meu corpo por ser primeira vez dentro de um avião, mas o medo não colabora muito com o meu psicológico e depois de alguns minutos Layonel se acomoda na poltrona a minha frente m
-Está atrasada Srta. Ravallo.-Me chame de Hana por favor. –Pegando minha bolsa que estava jogada sobre a poltrona do quarto para acompanha-lo.-Você está vinte minutos atrasada. –Ele insiste no meu atraso.-Desculpa senhor. –Tento encurtar o assunto.-Vamos a festa amanhã não se atrase novamente. –Ele ajeita os óculos de grau com o dedo indicador indo em direção ao elevador.-Sim Senhor. –Suspiro e vejo ele me observar.-Pode me chamar de Layonel. –Me surpreendo com seu pedido, mas fico feliz por poder chama-lo informalmente pelo menos aqui.Ao sair do elevador me surpreendo por estarmos no telhado do prédio e não no térreo. Havia um helicóptero a nossa espera e aquilo não reconforta meu coração.-Você não disse que teríamos que voar uma segunda vez. –Digo desanim
Douglas me apresenta toda a casa e conta um pouco da história explicando que aquela era a residência dos Drevitch antigamente. Pelo que percebi Layonel viveu sua infância junto com seus avôs e pais nesta casa, mas Douglas não entrou em detalhes sobre o que ouve depois disso.Apesar de estar curiosa para saber mais sobre essa família incrível contenho minhas inúmeras perguntas apenas para mim.Seguimos pela casa até chegar em um imenso quintal onde levava as indústrias, uma cerca baixa separa a casa do local de produção, provavelmente para não deixar que os turistas invadam o espaço privado da família.-A muito tempo todos viviam feliz aqui e os turistas enchiam esse lugar, hoje a procura por esse lugar ainda é grande, mas não encontram mais os moradores da casa presente. –Douglas sorri entristecido.Tento o máximo que posso cont
Depois de um longo interrogatório de Clarisse que me fez rir, Layonel me guia até a sala de jantar que obviamente era esplendida como todos os cômodos daquela casa, e a mesa de madeira se estendia com lugares para no mínimo umas 20 pessoas.A mesa estava posta a nossa espera, com algumas garrafas de vinho e lugares postos para duas pessoas.Optaria por tomar um banho ante do jantar, mas não trouxe roupas, pois achei voltaríamos para o hotel ainda hoje.Elegantemente ele puxa uma das cadeiras oferecendo-a para mim e constrangida com ato cavalheiro e inesperado me sento tentando esconder a surpresa em minha face.-Vamos as degustações. -Não foi uma pergunta e sim uma afirmação.Ele segura uma garrafa a abrindo com habilidade colocando um pouco do líquido em uma das taças que está sobre a mesa.-Veja esse é um vinho seco. -Ele se inclina me m
Layonel me acordou cedo para tomarmos café da manhã e seguir de volta para salvador. A viagem foi feita em silêncio, ele tentou frustrantemente me distrair com alguns assuntos aleatório, masnão funcionou, minha mente estava longe demais e viajar com meios de transportes aéreos não era o meu forte.Além disso os pensamentos da noite passada ainda estavam me atormentando e por mais que eu tente esconder o meu estado crítico e lamentável de espirito estava frustrada demais comigo mesma para conseguir. -Está tudo bem? –Seus lindos olhos verdes preocupado me encaram curiosos. -Sim. –Resmungo com um sorriso contido nos lábios. -Não é o que parece. –Ele murmura mais para ele do que para mim. -Meios de transporte aéreo não é o meu forte. –Culpo o helicóptero. -Algo além disso lhe incomoda Hana, é visível. –Ele comenta com a atenção voltada para frente. -Me desculpe. –Desvio o olhar observ