Benjamin saiu. A mãe de Benjamin, Íris, ainda não tinha voltado do exterior, onde estava se tratando. O plano de Chica de conquistar a futura sogra havia fracassado por enquanto.No entanto, só de pensar que Benjamin tinha aceitado seu presente, Chica ficou exultante e provavelmente não conseguiria dormir bem à noite.À tarde, as duas estavam apreciando os lindos tons de outono e tomando chá no enorme ipê-amarelo nos fundos da casa da família Júnior.- Lila, quando foi que você se encontrou com essa tal de Olívia? - Chica ficou alerta, com uma mistura de raiva e medo em relação a Olívia.- Foi anteontem, durante a apresentação musical da minha mestra. Eu a vi por acaso nos bastidores. - Dalila, cruzando as pernas, tomou um gole de seu chá e perguntou de soslaio. - Pelo seu tom de voz, parece que você tem uma rixa com essa Olívia.- Rixa? É uma inimizade mortal!- Nossa, é tão grave assim?- Lila, você está fora do país há tanto tempo que não sabe de muita coisa. Essa Olívia é uma verda
- Mas seus pais te amam, e você pode me ajudar a transmitir informações, ser meu agente infiltrado. Se unirmos forças, também poderemos lidar com aquela Olívia. No final, os benefícios superarão os custos! - Os olhos de Dalila brilhavam com desejo.Ao ouvir que teriam que lidar com Olívia, Chica ficou imediatamente animada e cheia de energia. - Ótimo, então vamos fazer uma aliança! Vamos ver como aquela vadia da Olívia ainda vai se atrever a se exibir em Yexnard!Dalila cruzou os braços, seus lábios rosados curvados em um sorriso arrogante e confiante.Desde pequena, ela havia sido uma princesa criada em luxo pela família endinheirada. Sua mãe e irmão sempre a mimaram demais, e desde a infância ela estudava com membros da realeza. Ela ganhava prêmios internacionais com facilidade, sua vida inteira transcorrendo sob os holofotes e aplausos. Ela nunca havia perdido para ninguém, e sempre conseguia o que queria.“Minhas mãos, reservo-as para serem seguradas por uma mulher.”Ao lembrar de
Olívia olhou fixamente para ele: - Você... O que você está fazendo aqui?Breno, que estava atrás, viu Diogo aparecer de repente mais uma vez e seu coração afundou, apertando os punhos discretamente.- Eles me disseram que apenas a Srta. Olívia pode usar este elevador, então eu esperei aqui. - Diogo sorriu suavemente, desviando o assunto.- Não é isso que estou perguntando, estou perguntando por que você veio me procurar? - A testa de Olívia se enrugou.- Hoje à noite, meu pai vai visitar sua casa, não é? Você não vai voltar para Matear? - Diogo sorriu calmamente. - Então vim buscá-la, para irmos juntos para Matear.Olívia mordeu suavemente os lábios vermelhos, com alguma dúvida.Isso parecia lógico.Mas ainda não era totalmente convincente.- Muito obrigada, Sr. Diogo, por ter vindo me buscar, mas meu irmão Gilbert já combinou de vir me pegar, ele deve estar chegando logo, então irei com ele. Nos vemos mais tarde em casa. - Olívia ainda sorriu educadamente.- Eu já informei ao Sr. Gil
Enquanto isso, do outro lado da rua, os vidros escuros da Lamborghini preta lentamente se abaixaram, revelando o rosto encantador de Charles. Seus lábios estavam cerrados e seus olhos frios e levemente avermelhados, observando fixamente o Bentley que se afastava. Ao se lembrar das imagens de Olívia e Diogo juntos, seu coração deu um salto doloroso e seu corpo foi tomado por um frio cortante.Ele não havia conseguido dormir durante dois dias e até os remédios para dormir não surtiam mais efeito.Desde aquele dia no concerto, quando se despediram, Charles andava distante e distraído, algo incomum para alguém tão focado no trabalho. Até mesmo em reuniões, suas atenções se dispersavam e ele não conseguia acompanhar os relatórios.Ele não sabia explicar esse comportamento, mas sabia que era Olívia a causa de sua insônia.Por isso, sem avisar nem mesmo a Dante, ele veio sozinho de carro até o Village Garden Hotel, esperando desde a tarde até agora.Não podia negar, ele queria ver Olívia. P
Na sala de estar do primeiro andar, Gilbert, Pietro e Vasco, que estava vestido de maneira adequada, junto com duas senhoras, já haviam recebido Sr. Tiago e seu filho mais velho, Gael.- Gilbert, Pietro! Vocês estão ficando cada vez mais bonitos, não, desculpe-me, agora devo chamá-los de Sr. Gilbert e Sr. Pietro. Ah! Então esse é o seu filho caçula, Vasco, Sra. Maia? Hein, da última vez que o vi, ele ainda era um menino travesso e fofo, e agora se tornou um homem tão elegante e atraente! Onde ele está trabalhando atualmente?O presidente do Grupo Moura, Sr. Tiago, cumprimentou afetuosamente cada um dos filhos da família Bastos.- Eu sou policial, trabalhando na delegacia de investigações, Sr. Tiago. - Vasco respondeu com um sorriso discreto.- Você se tornou... Policial? - Tiago ficou um tanto surpreso, seus olhos brilhantes.Aos olhos deste grande empresário, os policiais eram os servidores públicos de nível mais baixo, ganhando pouco e enfrentando perigos, tendo de realizar os trabal
- Oi, Sr. Érico! - Gael se aproximou da Érico e fez uma reverência educada para cumprimentá-lo.Ele era meio-irmão de Diogo, então não se pareciam muito fisicamente. Diogo tinha um rosto delicado e atraente, com uma personalidade gentil; já Gael tinha traços mais angulares, sobrancelhas grossas e olhar penetrante como o do pai, além de uma estatura alta e forte.- Oi Gael, tudo bem com você? - Érico sorriu carinhosamente para esse jovem membro da família Moura, afinal, ele também o viu crescer. - Tiago, você não disse que traria o filho caçula também? Faz tanto tempo que não vejo o Diogo, por que ele não veio com você?- Ah, sabe como é, aquele moleque disse que tinha um compromisso de última hora e que ia chegar depois. - Tiago respondeu, olhando ao redor.- E a Vivia, Érico? Você não disse que ela também viria hoje à noite? - Tiago questionou, confuso.- Bem, a Vivia também disse que tinha algumas coisas para resolver primeiro e que ia vir mais tarde. - Érico não entendia muito bem
De repente, o salão ficou em silêncio, o ambiente se tornando estranhamente sutil.Olívia se virou surpresa, encontrando os olhos suaves de Diogo.O chamado de "Vivia" feito por Diogo fez o rosto de Gael ficar ainda mais sombrio.Érico olhou para sua filha querida, então observou Diogo, seu olhar se tornando indecifrável, mas ele apenas sorriu levemente: - Diogo veio especialmente buscar Vivia? Que incomodo.- Sr. Érico, não é nada demais.Pietro cutucou o braço de Gilbert ao seu lado e perguntou baixinho: - Gilbert, desde quando minha irmãzinha e o Diogo são tão chegados, eu nem sabia disso!- Será que tudo sobre a Vivia precisa que você saiba? - Gilbert respondeu casualmente.- Então você sabe que eles são tão íntimos?- Claro que sei.- Pô! Você está se exibindo pra mim?- Fui eu quem pediu para o Diogo buscar a Vivia.Pietro inspirou profundamente:- Mano, como você pode entregar a irmãzinha pra outro cara assim? Hoje em dia, as pessoas conhecem a fachada, mas não sabem o que há
À mesa do jantar, todos desfrutavam dos deliciosos pratos e do precioso vinho Lafite que Érico guardara por décadas. O ambiente era tão acolhedor quanto nos velhos tempos.Na verdade, para aqueles dois magnatas dos negócios, aquela refeição não passava de uma oportunidade de relembrarem os velhos tempos, não diferindo muito daquelas de vinte anos atrás. A grande diferença era que agora eles tinham filhos e netos para completar o quadro familiar.E desta vez, Tiago viera com um propósito específico: encontrar noras para seus dois filhos solteiros.Durante o jantar, Gael ocupava o lugar em frente a Olívia, enquanto Diogo sentava-se ao seu lado. A longa e larga mesa criava uma distância entre os que estavam em lados opostos, dando a estes uma evidente desvantagem em relação aos que se encontravam lado a lado.Gael via, impotente, o irmão caçula galanteando Olívia com toda a sua delicadeza e atenção, seus olhos brilhando com uma chama contida, quase deformando o garfo em sua mão de tanta