A mulher dele deveria ser cuidada como uma flor delicada, protegida por ele de todas as tempestades e perigos que a vida trouxesse.Olívia estava morta de fome, e seu estômago já roncava alto.Bianca correu para a cozinha, preparando o jantar para o casal, enquanto Olívia, inquieta, insistia que queria tomar banho.— Quero um banho de espuma bem cheiroso! Estou fedendo como esterco de cavalo!— Nem pense nisso. — Charles a pegou no colo e a levou de volta para o quarto. — O médico foi bem claro: nada de molhar os machucados por uma semana, ou pode infeccionar. Que tal se eu te der um banho de esponja?— Você acha que isso limpa de verdade? — Olívia fez um biquinho, frustrada.— Claro que limpa! Quem sempre te ajuda a se limpar, hein? — Ele sussurrou ao seu ouvido, com o hálito quente e a voz rouca de desejo. — Eu prometo que vou te deixar limpinha, por dentro e por fora.— Você... Você não comece com segundas intenções, tá? Hoje estou exausta, só quero dormir! — A mente de Olívia foi i
Depois de ajudá-la a se limpar, Charles, preocupado que ela se cansasse, a carregou até a sala de jantar.Ele havia passado o dia todo correndo de um lado para o outro, e sua camisa branca, sempre impecável, agora exalava um leve calor, misturado com o aroma de sua pele e o cheiro amadeirado do perfume masculino.Olívia sentiu a cabeça girar, mas, longe de achar o cheiro ruim, ela se aninhou no peito dele e inalou profundamente, como uma gatinha faminta.— O que foi? Está querendo me devorar? — Charles riu baixinho, esfregando seus lábios na testa dela.— Se eu quisesse, pelo menos você teria que tomar um banho antes, né? Está fedendo, seu porco! — Olívia virou o rosto, morrendo de vergonha. — Você não é todo certinho com a limpeza? Como é que não tomou banho hoje?— Não tive tempo. Depois do jantar, vou direto pro chuveiro.Olívia sorriu de leve, o rosto corando ao ouvir isso.A mesa estava cheia de pratos bem preparados. Alguns Bianca já tinha deixado prontos, então foi só esquentar,
O homem segurou sua cintura delicada com braços fortes, e apenas sorriu, olhando para ela com um olhar terno.Pietro e Vasco eram dois homens sempre ocupados, e raramente apareciam juntos. Quando isso acontecia, significava que algo sério estava acontecendo.Vasco soltou um arroto discreto e, então, seu semblante ficou sério.— A Tânia fez um teste de urina esta tarde. Confirmamos que ela está usando drogas. E atenção, é droga mesmo, não abuso de medicamentos. Mas ela nega, alegando que sempre acreditou estar tomando apenas injeções de vitaminas e nutrientes, e que foi o médico estético dela, o William, quem prescreveu. Ela jura que está sendo vítima de uma armação.Olívia ficou boquiaberta.De fato, os medicamentos da Tânia vinham do William. Ele tinha um profundo conhecimento de farmacologia, então Olívia nunca questionou, confiava cegamente nele.Mas nunca imaginou que ele pudesse estar injetando drogas na Tânia! E em uma quantidade tão grande... Era claramente uma tentativa de acab
O sangue de Charles começou a ferver, e ele murmurou com os lábios apertados:— Vocês são irmãos da Vivia, mas ela já tem namorado. Além disso, vocês não são mais crianças, deveriam saber respeitar limites.Pietro quase engasgou com a resposta, levando a mão ao peito e lançando um olhar incrédulo para Charles:— Se o Gilbert te ouve falando isso, ele te manda pro além na mesma hora.— Não manda, não. — Charles arqueou a sobrancelha com leve arrogância. — Ele não deixaria a irmã dele viúva.Pietro ficou sem palavras.Vasco realmente estava sobrecarregado. O caso de Tânia era muito sério. Ela não estava apenas envolvida com drogas, mas também tinha mortes em suas costas. Se não fosse condenada, se não fizesse justiça pelos mortos, ele não teria paz nem para dormir.Após o jantar, todos foram para a sala de estar para discutir o caso.Foi nesse momento que o celular de Vasco tocou. Era um colega da delegacia.Após a ligação, o rosto de Vasco estava visivelmente mais sombrio.— Aconteceu a
Os outros três ficaram boquiabertos, sem palavras.— Chad, já se passaram vinte anos! De onde você tirou essas provas? — Olívia agarrou a mão dele, ansiosa.Charles entrelaçou os dedos com os dela, a voz rouca e profunda.— Lembra que eu te disse que estava investigando uma antiga empregada que trabalhou para minha mãe?Olívia assentiu, obediente.— Parece que as pessoas têm um pressentimento quando algo ruim vai acontecer. Antes da Tânia ser presa, essa empregada já estava se preparando para fugir. Dante conseguiu encontrá-la a tempo, e eu usei alguns métodos para convencê-la a falar. — Ele suspirou, o peso da história refletindo em cada palavra. — Ela estava disposta a fazer qualquer coisa para proteger o filho. No meio do pânico, ela revelou informações que nem mesmo apareceram na gravação da Vilma.Charles sempre foi uma pessoa de bom coração. Se não fosse absolutamente necessário, ele jamais recorreria a ameaças. Ele jamais usaria a vida de uma criança como moeda para forçar algué
— E então, ela ouviu o silêncio absoluto no quarto, e logo depois... Eu vi com meus próprios olhos... — Charles não conseguiu continuar. Seu peito subia e descia com violência, os olhos estavam vermelhos, e suas narinas dilatavam a cada respiração pesada. Sua mão, que Olívia segurava, estava coberta de suor frio e não parava de tremer.Na mente de Charles, a cena de sua mãe caindo da janela, diante de seus olhos, era um pesadelo que nunca o abandonaria. Ele ainda podia ouvir o som abafado do corpo se chocando contra o chão, um som tão surdo e pesado que parecia reverberar em sua alma. Ele também conseguia se lembrar do estalo seco dos ossos se partindo.Bastou uma única visão daquela tragédia para marcar sua vida para sempre. A dor e o trauma daquela imagem o acompanhariam até o fim de seus dias, pesando sobre seus ombros como uma carga impossível de suportar.— Não fala mais, Chad, por favor... Não fala mais... — Olívia o abraçou com força, como se quisesse fundir seu corpo ao dele, d
Diogo respirava pesadamente, o suor misturando-se ao sangue que escorria pelo seu rosto anguloso. Seus olhos, sombrios e cruéis, emanavam uma aura assassina. Parecia um demônio que havia acabado de emergir das profundezas do inferno, mas, ao mesmo tempo, havia uma satisfação perversa em sua expressão, como se tivesse gostado do que acabara de fazer.— Sr. Diogo. — Cauã e Bruna inclinaram a cabeça em respeito.Diogo jogou o chicote ensanguentado no chão, tirou seus óculos de armação dourada e usou a ponta da camisa para limpar as gotas de sangue que haviam manchado as lentes.No País F, sempre que se sentia sob pressão ou frustrado, Diogo costumava ir para as montanhas caçar. Mas em Yexnard, ele não tinha essa opção. Então, ele descobriu que caçar pessoas era muito mais divertido do que caçar animais. E essa nova "atividade" se tornaria um passatempo frequente.Cauã, com a cabeça baixa, percebeu que a mão de Diogo estava ferida e ainda sangrava. Ele deu uma cotovelada em Bruna, que esta
Diogo sentiu uma onda de energia percorrer seu corpo abatido. — Quero ouvir os detalhes.— Dá uma olhada no seu celular. Tenho um presente pra você.Ele imediatamente virou o olhar para a tela e viu uma notificação de um novo e-mail.Bruna, de seu canto, não tirava os olhos das costas tensas de Diogo. A curiosidade sobre a pessoa do outro lado da linha, que parecia ter tanto poder sobre um homem normalmente implacável como Diogo, crescia cada vez mais.Diogo apertou os lábios pálidos e abriu o e-mail. Lá dentro, encontrou um documento médico emitido por um hospital.Suas sobrancelhas se franziram de imediato. Ele leu rapidamente o conteúdo, e seus olhos se arregalaram de choque. O impacto foi tão grande que seu coração deu um tranco doloroso, e ele quase deixou o celular cair no chão.— O que foi? Ficou assustado? — A voz do outro lado provocou, divertida.— Isso é verdade?... Não... Não pode ser verdade...Diogo relia o diagnóstico repetidamente, seu corpo inteiro tremendo, como se t