Depois de Alexandro deixar os seus filhos aos cuidados de Maya e Melina, ele dirigiu-se apresado ao porto de Pátras, que atualmente era como um refúgio para eles.Não saber o que estava acontecendo com Íris o estava preocupando bastante, pois, pela voz abatida dela, ele temia que ela não tivesse controlado seu ímpeto de não desmascará-lo, e ao invés de segurar-se, ela ter confrontado abertamente seu irmão. Sua futura esposa era o tipo de mulher que não baixava a cabeça para ninguém e isso poderia ser um forte indicativo de que ela se indispôs com Nikos.Deixando seus temores de lado, ele concentrou-se na estrada a sua frente e em pouco tempo chegou ao seu destino.Assim que estacionou o seu carro, ele a viu sentada em uma lanchonete a beira-mar, aparentemente dispersa do que acontecia ao seu redor.Como ele não sabia exatamente como estava o humor dela, naquele momento, ele puxou uma cadeira e sentou-se em frente a ela.— Que bom que veio. — Ela disse pegando-lhe as mãos.Aquele simp
O início da manhã de Íris foi cheia de turbulência assim como o final de seu expediente, que culminou na sua demissão e ela rompendo com seu irmão.Em compensação, o final de noite dela foi romântico e mais do que nunca, ela estava certa de que àquele contrato de casamento seria a solução para alguns de seus problemas: agora ela tinha alguém em quem podia confiar e se apoiar, quando sentisse sozinha e sem chão.Com a guerra declarada entre ela e Nikos, alguns membros de sua família certamente se dividiriam e provavelmente, ela perderia o apoio da maioria de seus familiares, mas, se isso de fato acontecesse, não seria nenhuma novidade para ela; surpresa seria se ela tivesse o apoio de todos eles.Mesmo sentindo-se melhor, Alexandro não a deixou voltar sozinha para casa: segundo ele; ela ainda estava muito abalada emocionalmente e, na cabeça dele, isso a tornava inapta para dirigir sozinha a noite.Diante desse argumento, ela não teve como dissuadi-lo dessa ideia e, mesmo discordando de
Depois do final de noite relaxante em companhia de seu futuro marido, Íris preparou-se mentalmente para enfrentar os membros de sua família. A contar pelo número de carros estacionados em frente à mansão, o confronto dela não seria apenas com Nikos, mas com toda a sua família.Sem saber o que a esperava ao cruzar a porta, ela pensou em dá meia volta e pegar o caminho de volta para Pátras, porém se fizesse isso estaria assinando sua carteira de covarde, e ela podia ser tudo, menos covarde.Após respirar fundo e preparar-se para mais um confronto, ela se revestiu de ânimo, liberou a guerreira que existia dentro dela e entrou.Para quem não a conhecia pensaria que ela fosse a mulher mais calma e centrada do mundo, porém só ela sabia do vulcão que fervia dentro de si, prestes a estourar ao primeiro sinal dela.Como para ela a melhor defesa ainda era o ataque, ela disse para demonstrar que não estava para brincadeira.— Vocês não têm mais casa, não? Ou estão querendo voltar para debaixo das
Íris não teve muito tempo para curtir sua pequena vitória contra o seu pai e contra alguns membros de sua família — que assim como ele; esperavam ansiosos pela derrocada dela —; pois logo em seguida ela foi surpreendida com a presença de sua mãe, de Cassandra e de Leandro — que para ela foi uma grande surpresa.O olhar de todos sobre ela era questionador, porém parecia que nenhum deles sentia-se a vontade para dar o primeiro passo para questioná-la ou repreendê-la. Aparentemente um estava esperando pelo outro.Frente à imparcialidade deles, coube a ela levantar a questão que tanto os incomodava — o contrato de casamento.— Não sei se perceberam, mas, apesar de minhas muitas habilidades, eu ainda não aprendi a ler mentes, por tanto, sugiro que digam o que os afligem, ou retirem-se, por favor. — Disse e acrescentou. — Estou cansada, física e emocionalmente; preciso de um banho relaxante e de uma boa noite de sono.Diante das palavras de sua filha, Dominique se sentiu impelida a falar, e
Íris nunca imaginou que uma alteração em sua rotina trouxesse tantos transtornos para ela, como ela tinha tido no começo da manhã: a começar pelo hospital, que, ao invés de pegar a direção para o Hospital Pátras, ela pegou o caminho inverso e só deu-se conta daquele pequeno detalhe ao avistar ao longe o Hospital Santo André; o que lhe custou alguns minutos perdidos, devido ao terrível engano.Esse equívoco consequentemente gerou o transtorno de ela chegar atrasada no seu primeiro dia de trabalho e, se não bastasse sua cota de atropelos por aquela manhã, ela atendeu em um dia o que não atendia em uma semana, e, ainda teve que cobrir o atendimento de outro médico, que teve um imprevisto de última hora: em resumo, ela estava esgotada no final do dia.Tirando esses pequenos contratempos, ela gostou bastante do ambiente de trabalho e da estrutura do hospital. Assim como o hospital do seu irmão, o atual dela, onde trabalhava e era sócia; era bem equipado e moderno, porém não chegava nem per
Como já era de se esperar, Leandro e Michaelis tiveram que gastar muita saliva para conseguir convencer o seu pai a levar adiante o contrato de casamento. Mesmo relutante, ele se viu obrigado a ceder e, a contragosto, marcou para o final daquela semana a assinatura definitiva do acordo pré-nupcial, segundo os critérios estabelecidos por ela; com ou sem a aprovação de Konstantinos.Como faltavam menos de quatro dias para a oficialização do noivado, e, os próximos dias seriam decisivos na vida dela, pois era apenas questão de tempo para ela subir ao altar; ao invés de retornar para casa — depois de intermináveis números de atendimentos —, ela dirigiu-se ao centro comercial. Embora tivesse um guarda-roupa extenso, naquela hora ela sentiu vontade de comprar algo mais ousado e, por que não dizer; algo mais sexy, afinal de contas, seu marido era jovem, cheio de vigor, e, se a ordem era surpreender; por que ela também não podia surpreendê-lo? Suas roupas íntimas eram comportadas demais e, s
A dor que Íris estava sentindo em seu peito, ao chegar em casa era imensurável e nenhum termômetro era capaz de medir a intensidade. Ela estava arrasada e destroçada por dentro. Vê-lo de braços dados com outra foi como receber uma apunhalada na alma, e ela sabia que aquela cena horrível a acompanharia para sempre. Mas, como não era possível arrancar aquela imagem de sua cabeça, ela teria que aprender a lidar com a dor da traição dele, assim como estava tentando lidar com a de seu irmão.Íris sempre se considerou uma mulher madura e forte, e ao contrário do que ele falou: ela era muito racional, mas era preciso reconhecer que ele tinha certa razão, pois, diante daquela situação, seu emocional prevaleceu. Mas, como ser racional diante daquela cena, onde o protagonista da traição era o grande amor de sua vida?Descobrir-se apaixonada por Alexandro a deixou extremamente vulnerável, pois mesmo diante de sua decisão de terminar de vez com aquele acordo, seu coração gritava latente em seu pe
Enquanto caminhavam de mãos dadas para a pracinha, muitas coisas passavam pela cabeça de Íris, e uma delas era que ela não queria mais lutar contra aquele sentimento que a fazia sentir-se viva, forte e segura. O sorriso que ele dirigia a ela era encantador e tinha o poder de quebrar qualquer resistência dela. Todas as vezes que o encontrava era como se fosse a primeira vez e, imitando os primeiros dias, a sensação de ternura sob o olhar dele a dominava. Diante daquele homem que andava ao lado dela, sem vergonha e sem preconceito, ela se questionava como era possível resistir a ele. Ela não queria mais resistir; ela não iria mais resistir... Ela não o entregaria em uma bandeja para Maia e nem para qualquer outra mulher: Alexandro não seria apenas o seu marido, como também o seu homem.Depois de chegarem a pracinha e sentarem-se, ele aproximou o seu rosto do dela e disse-lhe rouco de desejo.— Estou louco para beijá-la, para sentir a maciez dos teus lábios junto aos meus: não consigo