Sentir o toque de Alexandro sobre o seu corpo era excitante e, se eles não estivessem em um local público, ela o deixaria ousar um pouquinho mais, mas, ela era uma médica conceituada, com um nome a zelar e não seria nada bom para a sua imagem, ser presa por atentado ao pudor. Por sorte o porto estava vazio e eles estavam fora do campo de visão das câmeras de segurança.Saber que a qualquer momento poderiam ser surpreendidos por alguém, a fez voltar a razão e ela o emperrou delicadamente.— Agora você faça o favor de abotoar os botões, que você ousou abri-los sem a minha permissão... Não sei se percebeu, mas estamos em um local público. — Disse apreensiva.— Perdoe-me pela ousadia de ter ultrapassado a zona proibida, mas ainda estou esperando você delimitar as áreas tocáveis de seu corpo. — Justificou-se enquanto abotoava a camisa dela. — Como aparentemente estava gostando, não quis ser indelicado com você. — Acrescentou sorriso ladino.— O que acabou de acontecer agora foi uma exceção
Depois de eles acertarem os últimos detalhes do contrato de casamento, ela retornou para casa, e da mesma maneira que saiu sorrateiramente, entrou novamente na mansão.Saber que a manhã seguinte seria decisiva para ela; a fez esquecer as interpela com sua família e, naquela noite, ela sentiu que não teria dificuldade em conciliar o sono: os beijos de Alexandro e as sensações que ele despertou no corpo dela eram maiores que sua capacidade de canalizar os seus problemas, pois o seu coração estava pleno de regozijo e não seria nem seu pai e nem Nikos a rouba-lhe a incrível sensação que ainda ardia em seu corpo e em sua alma.Mesmo recusando-se em admitir, Íris sabia que todos aqueles sentimentos desordenados que mexiam com suas emoções e com o seu imaginário, tinham raízes em seu desejo de pertencer aquele homem de olhos violetas e, talvez, por isso, fosse mais fácil para ela o envolver naquele jogo — que ela inventou —, pois assim ela assumia o controle da situação e o teria de fato com
Depois que Nikos retirou-se ela pode respirar mais aliviada e retomar a conversa que minutos antes estava tendo com Lucas.Saber que por pouco sua impulsividade não pôs tudo a perder, deu a ela uma breve dimensão de que não seria tão fácil conseguir segurar-se diante dele. Assim como ela, Nikos também estava jogando e, ao contrário dela, ele era extremamente centrado em seus objetivos e, se, ela não tivesse escutado atrás da porta, ele iria manipula-la sem que ela se desse conta, afinal, ela confiava cegamente nele. Todos os sorrisos, afetos e preocupações dele, eram fruto de um engenhoso plano para conseguir o hospital inteiramente para si. Era triste ter que admitir mas, seu irmão nunca a amou, provavelmente na mente dele a menção do nome dela era associado as ações e nada mais; as mesmas ações que ele as roubaria no fim do dia. Diante do quase “estraga tudo”, Lucas a advertiu.— Se pretende jogar com o teu irmão; autocontrole é a palavra de ordem... Tudo o que você não tem queri
Como já era de se esperar, a advertência ou suspensão dela caminhava junto a ela, a medida que se dirigia para o setor administrativo.Uma ou duas vezes ela parou e cumprimentou alguns pacientes que vinham ao seu encontro. Naquele momento a pressa era o de menos, afinal, dependendo do resultado ou humor de seu irmão, ela teria os próximos dias livres — sem pressa, sem horários, sem plantões exorbitantes —; apenas ela e o seu precioso tempo.Já na área administrativa, ela encontrou Helena, que caminhava a passos largos em direção ao elevador. Ao vê-la, ela a questionou.— Você sabe dizer-me se o Lucas ainda está atendendo?— Sim... Ainda tem três pacientes aguardando atendimento. — Respondeu amigavelmente.— Ótimo: assim tenho tempo de fazer-lhe um pedido... Se você estiver disposta a dar-me alguns minutos de sua atenção, claro!— Acredito que o meu irmão não vai se importar se eu atrasar alguns minutinhos. — Respondeu e a questionou. — O que quer pedir-me?— Quero pedir-lhe para deix
Depois de Alexandro deixar os seus filhos aos cuidados de Maya e Melina, ele dirigiu-se apresado ao porto de Pátras, que atualmente era como um refúgio para eles.Não saber o que estava acontecendo com Íris o estava preocupando bastante, pois, pela voz abatida dela, ele temia que ela não tivesse controlado seu ímpeto de não desmascará-lo, e ao invés de segurar-se, ela ter confrontado abertamente seu irmão. Sua futura esposa era o tipo de mulher que não baixava a cabeça para ninguém e isso poderia ser um forte indicativo de que ela se indispôs com Nikos.Deixando seus temores de lado, ele concentrou-se na estrada a sua frente e em pouco tempo chegou ao seu destino.Assim que estacionou o seu carro, ele a viu sentada em uma lanchonete a beira-mar, aparentemente dispersa do que acontecia ao seu redor.Como ele não sabia exatamente como estava o humor dela, naquele momento, ele puxou uma cadeira e sentou-se em frente a ela.— Que bom que veio. — Ela disse pegando-lhe as mãos.Aquele simp
O início da manhã de Íris foi cheia de turbulência assim como o final de seu expediente, que culminou na sua demissão e ela rompendo com seu irmão.Em compensação, o final de noite dela foi romântico e mais do que nunca, ela estava certa de que àquele contrato de casamento seria a solução para alguns de seus problemas: agora ela tinha alguém em quem podia confiar e se apoiar, quando sentisse sozinha e sem chão.Com a guerra declarada entre ela e Nikos, alguns membros de sua família certamente se dividiriam e provavelmente, ela perderia o apoio da maioria de seus familiares, mas, se isso de fato acontecesse, não seria nenhuma novidade para ela; surpresa seria se ela tivesse o apoio de todos eles.Mesmo sentindo-se melhor, Alexandro não a deixou voltar sozinha para casa: segundo ele; ela ainda estava muito abalada emocionalmente e, na cabeça dele, isso a tornava inapta para dirigir sozinha a noite.Diante desse argumento, ela não teve como dissuadi-lo dessa ideia e, mesmo discordando de
Depois do final de noite relaxante em companhia de seu futuro marido, Íris preparou-se mentalmente para enfrentar os membros de sua família. A contar pelo número de carros estacionados em frente à mansão, o confronto dela não seria apenas com Nikos, mas com toda a sua família.Sem saber o que a esperava ao cruzar a porta, ela pensou em dá meia volta e pegar o caminho de volta para Pátras, porém se fizesse isso estaria assinando sua carteira de covarde, e ela podia ser tudo, menos covarde.Após respirar fundo e preparar-se para mais um confronto, ela se revestiu de ânimo, liberou a guerreira que existia dentro dela e entrou.Para quem não a conhecia pensaria que ela fosse a mulher mais calma e centrada do mundo, porém só ela sabia do vulcão que fervia dentro de si, prestes a estourar ao primeiro sinal dela.Como para ela a melhor defesa ainda era o ataque, ela disse para demonstrar que não estava para brincadeira.— Vocês não têm mais casa, não? Ou estão querendo voltar para debaixo das
Íris não teve muito tempo para curtir sua pequena vitória contra o seu pai e contra alguns membros de sua família — que assim como ele; esperavam ansiosos pela derrocada dela —; pois logo em seguida ela foi surpreendida com a presença de sua mãe, de Cassandra e de Leandro — que para ela foi uma grande surpresa.O olhar de todos sobre ela era questionador, porém parecia que nenhum deles sentia-se a vontade para dar o primeiro passo para questioná-la ou repreendê-la. Aparentemente um estava esperando pelo outro.Frente à imparcialidade deles, coube a ela levantar a questão que tanto os incomodava — o contrato de casamento.— Não sei se perceberam, mas, apesar de minhas muitas habilidades, eu ainda não aprendi a ler mentes, por tanto, sugiro que digam o que os afligem, ou retirem-se, por favor. — Disse e acrescentou. — Estou cansada, física e emocionalmente; preciso de um banho relaxante e de uma boa noite de sono.Diante das palavras de sua filha, Dominique se sentiu impelida a falar, e