Depois de se gladiar com Íris; Alexandro a deixou e retornou para a empresa quase voando. O resultado audacioso dele, em passar-lhe a perna e roubar-lhe um beijo estava visivelmente estampado em seu rosto, no formato de cinco dedos, onde ela fez questão de deixar suas impressões digitais como lembrete de que, quem brinca com fogo acaba queimado. No caso dele; ele saiu esbofeteado.Por outro lado, aquele tapa já deveria ser esperado e ele só lamentou por mais uma vez, ter metido os pés pelas mãos. Ficou claro para ele, que ela não era do tipo que aceitava imposição e que, se não fosse do jeito dela, nada feito.Lidar com ela era como pisar em ovos; exigia cautela, paciência e, principalmente, controle emocional, pois além de atrevida e rebelde, ela tirava qualquer cristão do sério, e, como dois bicudos não se beijam era bem provável que o casamento fajuto deles, acabasse antes mesmo de ele piscar um olho.Entrar no setor administrativo sem chamar a atenção era no mínimo impossível, poi
Depois de todo o ocorrido entre ela e o estranho que a beijou sem aviso prévio, Íris retornou para casa no final do dia, ainda amargando sua estupidez por ter-se deixado enganar por aquele belo homem.O beijo do desconhecido era outra coisa que estava tirando-lhe a paz, e mesmo tendo sido beijada no início da tarde, ele ainda queimava em seus lábios e, assustadoramente, ela ansiava pelos beijos do estranho de lábios macios.Deixando suas inquietações de lado, ela estacionou o seu carro e entrou em casa. Para sua surpresa, a família se encontrava toda reunida, em plena semana; o que era no mínimo estranho.O sorriso de deboche estampado no rosto de Catarina e Thais, ao vê-la não a agradou nenhum pouco. Geralmente quando isso acontecia era sinal de que ela ia levar uma bronca daquelas de seu pai. Contudo ela não lembrava-se de ter feito algo que pudesse contrariar ou desagrada-lo.De todas as possíveis causas de afrontas que pudessem ter feito, a única que lhe veio a cabeça foi a do des
A cabeça de Íris estava para dar um nó de tanta confusão para tentar entender o que se passou pela cabeça daquele louco para ter feito o que fez.Primeiro ele tentou seduzi-la e teve a audácia de beijá-la, para logo em seguida descartá-la como se ela fosse uma peça danificada ou imprestável.Sentir-se pisada em seu orgulho era humilhante e ela não deixaria barato. Aquele homem iria se arrepender amargamente pela infelicidade de ter cruzado o seu caminho.Para aumentar ainda mais a sua contrariedade, ela estava sendo obrigada a suportar a cara de zombaria de alguns membros de sua família.Estar diante daquela peça de roupa que despertava-lhe tantos sentimentos adversos, aumentou ainda mais a indignação dela e sem contar conversa ela a rasgou de cima a baixo.Depois de refazer cuidadosamente o embrulho, ela disse virando-se para Michaelis. — Devolva-lhe! Diga-lhe que é uma cortesia minha.— Por acaso, eu virei garoto de recado de vocês dois? — Michaelis disse ainda sustentando um risin
Depois daquela terrível discussão, não teria mais clima e nem espaço para Íris na casa de seus pais e ela pretendia sair daquele lugar – que um dia considerou como seu lar – de uma vez por todas.Mesmo triste por ter que deixar sua mãe, ela não teria mais condições emocionais para dividir o mesmo espaço com o seu pai. Apesar de ela ser uma jovem forte e decidida; ela não era de ferro: era humana, e como todos de sua espécie, ela sofria e algumas vezes era melhor entregar os pontos, como acabara de fazer. Ela podia até ser taxada de rebelde por sua família, mas não era burra e reconhecia muito bem que aquele era o momento de recolher as armas e aceitar passivamente sua derrota.Antes de deixar definitivamente a casa, ela arrancou o embrulho das mãos de Michaelis e pediu visivelmente transtornada.— Dê-me o endereço do dono dessa jaqueta.— Que merda, tu pretende fazer agora? — Seu irmão a questionou não gostando nenhum pouco da expressão no rosto dela. — Só dê-me o endereço. — Pediu
Não saber em quem confiar era no mínimo assustador, e naquele instante Íris sentia-se de mãos atadas diante de todo aquele complô. O que fazer em relação a Nikos era outra questão que estava tirando-lhe a tranquilidade, pois até poucas horas ela estava convicta de ser sócia dele, e, que, o dinheiro dessa sociedade lhe garantia um bom retorno financeiro no final de cada mês e, agora, com a perda das ações, ela estaria sujeita as vontades dele; estaria à mercê da boa vontade de um irmão a quem já não confiava e que era facilmente moldado as vontades de sua esposa.A verdade era que a situação dela a partir daquele dia se tornaria insustentável, pois era apenas questão de horas para Catarina e Thais se unirem e tornarem a vida dela no hospital, insuportável.A atmosfera daquela casa a sufocava e ela precisava urgentemente sair daquele lugar antes que ele tivesse o poder de rouba-lhe o ar. Aquela mansão era para ela naquele momento, a simbologia mais dura e cruel de uma prisão. Temendo
Vê-lo partir desencadeou um sentimento imenso de abandono nela, e ela teve que lutar contra si mesma, para tolher sua impulsividade, esquecer as palavras ofensivas e corre atrás daquele que teve o poder de mexer com suas emoções.De repente, ela deu-se conta que o não dele estava doendo mais nela, do que todas as possíveis traições de sua família. Miseravelmente ela era obrigada a admitir que o queria por marido; que ansiava pelos beijos dele e pelo toque daquelas mãos fortes sobre cada milímetro de seu corpo.Pensar no corpo dele sobre o dela, só aumentou-lhe a aflição, ao saber que aquele desejo, certamente morreria soterrado nos escombros de suas memórias.Embora soubesse que esses desejos seriam privados de seu corpo, ela recusava-se a aceitar que ele era inalcançável para ela e, nem que ela tivesse que rouba-lhe um único beijo, para enganar a chama que ardia em seu corpo; ela o faria.Com receio de ver sua determinação agonizar em suas mãos, ela o chamou, pelo nome e disse.— Ale
Está diante da versão melhorada de Íris era uma verdadeira surpresa para Alexandro e, mais surpreendente ainda foi descobrir que ela estava disposta a ajudá-lo a lutar contra os Varvakis. Esse fato extraordinário não reacendeu nele apenas as esperanças, como também devolveu-lhe o brilho no olhar que outrora fora roubado pela família dela. Ainda sem saber ao certo no que consistia o plano, e o porquê de ela se rebelar contra a própria família; ele estava disposto a cooperar e, seja lá qual fosse a solução que ela encontrou, ele a seguiria a risca para não perder seus filhos.Embora ciente de ter-se precipitado ao entregar os pontos; ele pretendia voltar atrás em sua decisão e se preciso fosse, iria engolir o seu orgulho e reconsiderar a proposta de Michaelis de não deixar a empresa.Frente à possibilidade de não ter que abrir mão dos gêmeos, ele a questionou ansioso.— Qual é a sua ideia para eu não perder a paternidade dos meus filhos?— Você vai procurar o Michaelis e dizer que que
Sentir o toque de Alexandro sobre o seu corpo era excitante e, se eles não estivessem em um local público, ela o deixaria ousar um pouquinho mais, mas, ela era uma médica conceituada, com um nome a zelar e não seria nada bom para a sua imagem, ser presa por atentado ao pudor. Por sorte o porto estava vazio e eles estavam fora do campo de visão das câmeras de segurança.Saber que a qualquer momento poderiam ser surpreendidos por alguém, a fez voltar a razão e ela o emperrou delicadamente.— Agora você faça o favor de abotoar os botões, que você ousou abri-los sem a minha permissão... Não sei se percebeu, mas estamos em um local público. — Disse apreensiva.— Perdoe-me pela ousadia de ter ultrapassado a zona proibida, mas ainda estou esperando você delimitar as áreas tocáveis de seu corpo. — Justificou-se enquanto abotoava a camisa dela. — Como aparentemente estava gostando, não quis ser indelicado com você. — Acrescentou sorriso ladino.— O que acabou de acontecer agora foi uma exceção