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Alice

Ainda consigo sentir o hálito daquele imbecil em minha pele. Ai que ódio! Como ele pôde insinuar que eu subir aqueles degraus da minha profissão por causa da minha beleza? Eu quase morri por isso! Dei o meu sangue por isso! Enfrentei o inferno! Sou boa no que faço! Desgraçado!

Bufo de modo audível.

Me viro na cama e encaro o conhecido teto do meu antigo quarto. Essa é outra coisa que não sai da minha cabeça. Por que estou de volta a casa dos meus pais? Isso não faz sentido! Estou regredindo na vida profissional e na vida pessoal também!

Que saco!

Alguém bate à porta do meu quarto e eu olho na direção dela. A porta se abre devagar e minha mãe passa por ela com um sorriso meigo que não me convence. Em suas mãos há uma caixa de papelão. Eu me sento na cama e ela se acomoda na beira do colchão.

— Acabaram de entregar. — Ela diz me estendendo o objeto.

Eu a seguro e vejo os porta-retratos novos que havia levado para minha tão sonhada sala de chefe de redação. Solto um suspiro audível
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