Erol DemirEu sempre fui um homem de princípios, eu nunca quis ter um relacionamento antes, pois achava perda de tempo, nunca acreditei que fui feito para ser amarrado. Minha vida se resumia a noitadas com mulheres e ao meu bar. Isso já era o bastante.Mas como eu disse: era, desde que experimentei o casamento, a vida a dois, e estar com a mulher que sempre quis, não me vejo seguindo aquele estilo de vida novamente. Estou nas nuvens e meu coração já dizia o que a minha cabeça se negava.Contudo, em questões de minutos minha vida parece que falhou. Tudo porque essa louca da Tiffany apareceu.Quando recebi a mensagem no celular respondi o mais curto e sincero que poderia, eu não queria encontrá-la, não do jeito que a mulher supôs. Talvez em outra ocasião, com amigos em volta e com Nora participando.Apaguei a mensagem e deletei o número do celular da mulher, segui minha vida. Até o dia seguinte, estava ansioso para chegar em casa, me recordei a todo momento que fazia dois meses que eu e
Nora Bellini DemirObservo a chuva cair e o som das gotas sobre o telhado e o quintal de casa. Tomo um gole do café e sinto a brisa fresca no meu rosto. Olho para a piscina e a lembrança de algumas semanas atrás vem à minha mente.— Erol, me solta, piscina não, está chovendo. — advirto me segurando sobre os seus ombros largos e fortes.— Não mesmo, quero você toda molhadinha. — a frase soa como duplo sentido e começo a rir.Nós dois caímos na piscina, ele ainda me segura, voltamos a superfície, nós beijamos e nos abraçamos, as gotas da chuva cai sobre nós e isso não nos impede de nada, entre risadinhas e suspiros ardentes vamos tirando a roupa um do outro.— Filha? — ouço a voz de alguém e me tira dos meus pensamentos.Volto a realidade e olho para a mulher à minha frente.— Mãe?— Oi! Filha — Ela se senta ao meu lado no sofá, ajeita a própria roupa — está uma chuva intensa lá fora. — Olha para dentro da casa pela janela e repara no silêncio. — Erol não está em casa pelo visto.Sinto
Erol DemirMinha respiração está ofegante e meu coração acelerado, o que acabo de falar para Nora é verdade, eu respeitei o momento dela e dei o máximo de espaço. Mas já chega daquilo!Os olhos castanhos da morena estão faiscando de raiva, porém, não ligo.— Eu não quero te ouvir.— Será que dá para você parar de agir como se tivesse 5 anos? — pergunto me irritando. A boca dela se abre, e quando ela vai começar a protestar sou mais rápido; — Eu estou cansado Eleonor, precisamos conversar, eu não irei correr atrás de você para sempre.Ela cruza os braços e solta um muxoxo com a boca.— Então não corra atrás de mim — diz entredentes.Eu sei que ela fala daquilo da boca para fora, é tudo birra, se Nora não quisesse mesmo me ouvir, já teria me esmurrado ou gritado, mas ela continuava ali parada. Isso é um bom sinal.Pelo menos eu suponho que seja.— Nora, não aconteceu nada, ela chegou no bar completamente bêbada e eu fui ajudar. Somente isso, mas eu não sabia que iria acontecer algo daqu
Nora Demir BelliniEstou de braços cruzados e meu humor está péssimo, um silêncio mortal reina por todo lugar, encaro Alev mostrando toda a minha indignação, ele está segurando uma bolsa de gelo sobre os olhos enquanto esperamos por nossas mães. Depois de Erol ter se descontrolado e ter dado um soco no irmão. Nossos funcionários conseguiram controlar a situação e foi ali que fiquei sã novamente.Por mais que eu estivesse emputecida de raiva, não queria que aqueles dois brigassem principalmente por minha causa, os dois se amavam mais do que tudo, e eu conheço meu marido bem demais para saber que ele não ficaria bem depois daquilo.Por isso me coloquei na frente de Erol e me pedi calma, um soco já foi o suficiente, não iria deixar ultrapassar aquilo. Graças ao céu, Alev não revidou. Somente pediu para que ligasse para as nossas mães, atendemos o pedido.Para não chamar mais atenção — do que já havíamos chamado — fomos até nosso escritório e ficamos por lá.Sinto Erol me abraçar por trás
Erol DemirTudo está indo perfeitamente bem, depois que eu e Nora nós resolvemos de vez, tudo entre nós ficou mais gostoso e não falo só de sexo, nosso respeito, carinho, amizade e amor aumentaram bastante. Evitamos o máximo ter alguma discussão boba, mas quando acontece, nós resolvemos na hora, combinamos de nunca mais dormir separados ou ficar sem se falar.Observo o relógio dando um sorriso, daqui a pouco ela chegará em casa, como hoje é o meu dia de folga, eu fico de fazer o jantar, e preparei algo delicioso para nós: três formas de pizza média, com sabores de frango com catupiry, queijo diferentes e calabresa, era só esperar Nora chegar, enquanto ela toma um banho coloco tudo no forno.Me sinto desafiado quando cozinho para a minha esposa, afinal ela é a melhor chef de cozinha do mundo, e sempre que experimenta algo que faço, ela elogia.Meus pensamentos são despertados quando ouço o interfone tocar. Franzo o cenho porque sei que não é minha mulher, vou até a câmera instalada no
Nora Bellini DemirConsegui deixar tudo em ordem e sai para o hospital, David iria fechá-lo e abrir o restaurante durante a minha ausência. Corro até o balcão e falo com a recepcionista.— Boa tarde, o quarto do senhor Zeki Demir, sou a nora dele — me apresento a recepcionista, ela me encara e pega um adesivo de convidada para me entregar.— Sexto andar, quarto 2B — informa.Sorrio e agradeço, colo o adesivo na blusa no meu peito esquerdo e vou até à porta do elevador, assim que entro, aperto no andar, mordo os lábios com força em puro nervosismo.O elevador para no andar, sai apressada, quando viro no corredor encontro meu marido com as mãos apoiadas sobre o corrimão, enquanto minha sogra e Alev estão chorando silenciosamente. Eu dou um abraço nela e cumprimento o outro com um aperto no braço, em seguida vou para Erol.— Ei, estou aqui. — digo rapidamente abrindo os braços para o meu homem.Os braços do moreno me envolvem e o sinto se abaixar para ficar com o rosto apoiado no meu pes
Erol DemirUm dia atrás Depois que despedi da minha esposa no telefone sinto um vazio dentro de mim, só faz algumas horas que Nora está longe de mim e a saudade me corrói. Observo meu pai resmungar, pelo que o médico havia dito, ele está bem. — Olá filho. — Meu baba diz forçando a voz seca e rouca. — Opa, não force muito. — sorrio — devagar tudo bem? Vou pegar um pouco de água — vou até o filtro de água, pego um copo descartável, encho e levo de volta até meu pai —, a mamãe daqui a pouco estará aqui — aviso. — Seu irmão esteve... — Deu um gole no copo de água. — Nós brigamos e... — Eu sei. Não se preocupe com isso — me sento na cadeira ao lado dele. — Está tudo bem, agora beba a água. Não deve se preocupar com isso, está bem? Dou um sorriso confiante observando meu pai me obedecer e tomar toda a água do copo. Um tempo depois ouço o barulho na porta e minha mãe entra. — Querido, como se sente? — ela pergunta — Estou bem, fique tranquila — responde. — Alev? — Ele está se senti
Erol Demir— Amor precisa mesmo disso? — Ela pergunta risonha, segurando no meu ombro com as duas mãos, enquanto está com uma venda preta sobre os olhos.— Sim, precisa. — Respondo.Nora solta um muxoxo de reclamação e continua andando devagar. Vou segurando em sua cintura e a guiando com cuidado. Entro com ela no elevador do apartamento que aluguei, e aperto no andar. Ela faz a carinha de sapeca tentando tocar tudo em volta.— O que está aprontando, meu maridinho gostoso?Solto uma risada e resolvo provocá-la.— Querida, não estamos sozinhos no elevador. — Vejo suas bochechas corarem, não resisto e dou uma apertadinha. Tão safada comigo na cama e ainda, sim, tão fofa em algumas horas. — Estou brincando meu amor, estamos sozinhos.— Erol — me repreende, conseguindo me atingir nos meus ombros com um tapa e faz um biquinho. — Pare de ser sacana comigo.Dou outra risada.— Você é gostosa demais. — digo dando um selinho nela surpresa.— Estou ansiosa, você colocou esse pano nos meus olhos