Quando o carro parou em frente à casa de Aaron, Dominic não soube se deveria ou não descer.Ele ficou encarando a casa, sentindo uma onda de sentimentos tão bagunçada que ele nem mesmo respondeu quando foi chamado pelos polícias que estranharam museu silêncio e paralisia repentina.— Dominic, está tudo bem? — um dos policiais perguntou, preocupado.Dominic piscou algumas vezes, tentando focar sua visão na porta da casa. Finalmente, ele assentiu levemente, respirando fundo antes de abrir a porta do carro e descer.— Obrigado pela carona — murmurou, sem olhar para trás.Ele caminhou lentamente até a porta de Aaron, seus passos pesados como se estivesse carregando o peso do mundo. Cada movimento parecia exigir um esforço monumental, mas ele continuou, determinado a chegar ao seu destino.Quando finalmente chegou, hesitou por um momento antes de bater na porta. O som ecoou na noite silenciosa, e Dominic podia ouvir seu próprio coração batendo forte em seus ouvidos. A porta se abriu e Aaron
Aos poucos, Dominic abriu os olhos e encarou o rosto de Aaron. O médico ainda dormia e o escritor tirou alguns minutos para observar o outro, vendo com perfeição seus traços tão únicos, suas pálpebras descansando suavemente sobre os olhos, criando uma expressão serena. O médico parecia estar em sono profundo, o mais novo não sabia que horas eram, sentia uma leve dor de cabeça, mas não parecia ser de ressaca e sim por ter dormido pouco.Ele se levantou e procurou o celular, vendo que ainda eram cinco da manhã, ele saiu do quarto e caminhou até a cozinha, não ligou as luzes ou fez algum barulho, mas ficou extremamente surpreso quando viu a luz do cômodo acesa e Darío parado ali, bebendo cerveja.— Oi... — Dominic murmurou vendo o outro lhe encarar — não sabia que estava aqui...— Hum...Dominic não insistiu em algum diálogo, apenas pegou uma garrafinha de água e começou a caminhar de volta ao quarto, mas parou quando ouviu a voz do policial.— O que você quer? — Darío questionou e Domin
Dominic acordou quando mãozinhas pequenas cutucaram seu rosto.— Oi! — O garotinho falou sorrindo, segurando uma coberta pequena e azul.— Oi... — Dominic tentou acordar de verdade — quem é você?— Eu sou o Dominic! Você é o marido do meu padrinho? — Dominic se sentou, notando que estava sozinho na cama.— Não... sou um amigo dele! — O escritor respondeu se espreguiçando, logo depois pegando o menino e colocando-o sentado na cama.— Qual o seu nome?— Dominic também! — Sorriu — quantos anos você tem?— Oito! Vou fazer nove! — Sorriu — você que deu o Kripton para o meu tio?— Foi sim... gostou dele?— Gostei! O outro cachorrinho é seu? — Os olhinhos dele tinham uma curiosidade genuína.— É... gostou deles? — O escritor estava amando aquele menino.— Muito! Me dá um? — Pediu com uma expectativa infantil.— Seus pais deixam? — Antes do menino responder, James apareceu no quarto, vendo a situação.— Desculpa... ele entrou sem eu ver! — O policial se desculpou.— Sem problema! Posso dar um
Dominic se sentiu verdadeiramente triste quando viu o estado que Malik estava!As olheiras eram evidentes, o cansaço físico também transparecia por seus olhos, por seus ombros curvados, por inúmeros motivos e com certeza o escritor engoliu seco ao ter aquele olhar tristonho em sua direção.— Você veio.... — Hayden murmurou sorrindo um tanto cansado.— Você me chamou! — Dominic sorriu entrando na casa e deixando o cachorro no chão.— Um cachorro? — O médico perguntou vendo o animal começar a correr pela casa.— Achei ele ontem! Ainda não tenho um nome!— Por que não deixou na casa do Huang? — O tom de voz que Hayden usou fez Dominic se virar de uma só vez, olhando o mais velho que parecia sério demais.— Porque ele é meu! — Respondeu como se fosse óbvio.— Entendi... já comeu alguma coisa? — Começou a caminhar em direção a cozinha.— Não... acabei de acordar na verdade! — Respondeu seguindo-o.O silêncio foi quase instantâneo, ninguém disse mais nada, apenas ficaram quietos e Malik pr
Dominic chegou na casa de Simon com os olhos cheios de lágrimas, sabendo que não tinha um lugar certo para ir, com a morte do imitador, ele poderia voltar para a sua casa, mas, ainda sim ele sentia um certo medo tomar conta de si.Quando Thayla abriu a porta, a mulher entendeu com apenas um olhar que o amigo não estava bem, deixou que ele entrasse e logo chamou o primo, Simon se apressou em começar a consolar o outro, ambos tentando entender o que o escritor balbuciava.— Dominic, o que aconteceu? — Simon perguntou com voz calma, colocando a mão no ombro do amigo.— Eu estraguei tudo, Simon. Estou cansado disso tudo. — Dominic falou com a voz embargada, tentando controlar as lágrimas.Thayla trouxe um copo d'água e entregou a Dominic, sentando-se ao lado dele. Ela sabia que ele precisava de apoio, mesmo que não pudesse resolver tudo de imediato.— Você não estragou nada, Dominic. Está passando por um momento difícil. O que aconteceu?Dominic contou a eles sobre como Malik reagiu ao se
DOIS MESES DEPOISNão tinha nenhuma informação há dois meses! Ninguém poderia dizer que sentiram falto ou estavam frustrados por não pegarem o verdadeiro SK, eles se distraíram com os inúmeros casos que tinham para resolver, afinal eram tantos que eles ao menos tinham tempo para se sentirem irritado com a falta de informações ou até mesmo qualquer pista.Aaron quase não estava indo até a UVE, ficando mais tempo na base do FBI, tendo que ajudar em casos extensos e trabalhosos, junto dele, seu irmão Kyan passou a trabalhar para capturarem o assassino do beco, um homem que estava deixando a cidade verdadeiramente aterrorizada.— Aaron, o chefe pediu para você falar com o legista! — Kyan avisou — foi o... — ele passou a procurar o nome do médico e Huang já estava de olhos fechados pensando que o destino não seria tão cruel com ele — Hayden Malik!Huang teve a certeza de que o destino não gostava dele, seu irmão não sabia daquela situação, por isso apenas concordou e passou a pensar como f
O médico legista estava prestes a encerrar mais um dia, fechando tudo e levando em sua bolsa, relatórios que como ele já havia dito a Huang, não existiam!— Malik! — A voz de Turner fez o médico se assustar minimamente, porém o suficiente para deixar suas chaves caírem, o legista se abaixou para pegar o objeto e quando voltou a ficar de pé, viu como o policial estava perto.— Turner... o que foi? — Perguntou recuando um passo.— Sabe aquele favor que o capitão pediu a você? — Seu tom era baixo, seus olhos pareciam atentos ao redor e sua postura claramente intimidaria qualquer um.— Favores seria o mais correto..., mas sim, eu sei do que está falando! — O médico notava a forma que o policial encarava sua bolsa.— Sabe que não pode dizer a ninguém, não é? Nunca! —
“Enquanto a equipe forense trabalhava meticulosamente, o detetive Mason observava cada detalhe, seu olhar atento procurando por qualquer pista que pudesse ter passado despercebida. Ele sabia que cada crime tinha uma história a ser contada e que os detalhes, por mais ínfimos que fossem, poderiam mudar o rumo de uma investigação.A detetive Collins, debruçada sobre a mesa de cabeceira, chamou a atenção de Mason com um aceno.— Olhe isso, John — disse ela, apontando para um pequeno distintivo de polícia parcialmente escondido debaixo do relógio parado. — Isso não deveria estar aqui.Mason franziu a testa enquanto se aproximava. Pegou o distintivo com cuidado, examinando-o à luz fraca da lanterna. — Este é o distintivo de um policial. Mas por que estaria aqui, neste quarto?