AlexSorri. Ali estava a verdadeira Megan.— Eu sabia que tinha algo errado com essa conversa toda.— Você me conhece bem, querido. Eu jamais viria aqui para me humilhar daquela maneira.— Como eu pude ser tão cego e por tanto tempo? Você me assusta.— O amor costuma nos cegar realmente, confesso que foi um saco te aturar por tanto tempo. Mas eu ainda gostaria de me casar com você mesmo assim.— Diga logo o que quer, Megan. Nos poupe tempo.— Hmm, sabe, estou orgulhosa de você, resistiu a mim tão fácil, está com a língua afiada. Cadê aquele bom moço?— Megan — avisei.— Certo, certo. Vamos ao que interessa. Tenho uma proposta para fazer. Eu realmente tenho os documentos que incriminam o meu pai e a corja dele, quero fazer uma troca. Você por eles.— O quê? Acho que não ouvi direito.— Eu repito, querido. Eu lhe dou os documentos e em troca, você reata o noivado comigo, depois, voltamos juntos para Nova York como um casal apaixonado que somos. Lógico que o casamento não poderá demorar.
YukiRespirei aliviado quando terminei de subir as escadas do condomínio, o céu estava escuro não só pela noite, mas pela chuva, hoje não foi um dia muito bom, apesar do final de semana incrível com Alex. Foi uma correria ao longo do dia, eu tive uma prova e um seminário, eu não consegui sair no horário. No trabalho também não foi fácil, o dia de entrega de mercadorias sempre é um pouco caótico e quando sai, fui pego pela chuva, a sorte era que tinha um guarda chuva reserva no trabalho.E tinha a tal conversa com Alex, eu já imaginava o assunto, provavelmente iria me dizer que iria embora.Não é de hoje que ele estava estranho, muito pensativo, distante. Parecia preocupado. Então só podia ser essa a razão, além disso, ele me fez aquela pergunta.Já imaginei muitas vezes esse dia, eu só não imaginei que seria logo. Isso me doía tanto. Não sabia se ele iria querer tentar a distância ou terminar. O certo era terminar já que namoro a distância não costuma dar certo, eu não podia simplesm
Yuki— Yuki, o que…— Seu maldito mentiroso!! — Joguei as fotos na sua cara. — Você achou que eu não ia descobrir nunca?— Yuki, eu posso explicar, não é assim como você está pensando — ele disse ao passar os olhos nas fotos caídas no chão.— Não? E como é então?— Vamos entrar e conversar, eu te explico. — Ele tentou pegar na minha mão, mas me afastei.— Não me toque!! — Quase gritei, mas eu queria gritar e colocar para fora toda aquela dor. Eu o amava tanto…Como ele pode?— Yuki, por favor, vamos conversar, me deixe explicar.— Não há nada para explicar, está tudo claro nessas fotos, Alex Langley. Qual é o seu problema? Você estava mentindo esse tempo todo, me fazendo de amante. Isso tudo pra quê? Me diz… pra quê? — Solucei, droga não conseguia parar de chorar. — Pra que viver escondido aqui? Isso tudo para não descobrirem que você gosta de comer um homem? Você fez esse teatro todo por isso? — Não!! Pelo amor de Deus, Yuki. Eu te amo, isso tudo é um mal entendido, deixa eu explica
AlexHavia dias bons, outros nem tanto, também existiam aqueles em que eu terminava em um bar enchendo a cara, esses eram bem frequentes. Eu não era mais o mesmo.Encarei o teto enquanto dava calmas braçadas, o silêncio e a pressão da água tampava meus ouvidos me trazendo paz e calma, isso me fez parar, então apenas deixei meu corpo relaxar sobre a água.Era tão bom estar aqui dentro da água.Se eu me afogasse e morresse aqui, acho que somente meus pais sentiriam falta.Morrer era uma solução que somente uma mente fraca e perdida conseguia pensar, quantas pessoas não se matam por não aguentarem suas dores, no entanto, apesar de pensar nisso algumas vezes, eu me obrigo a seguir, viver meu dia; mas às vezes quando estou sozinho no silêncio, eu penso.Que ser humano triste eu me tornei. Não sei onde me perdi. Onde aquele Alex Langley está? Por que ele não volta com os seus sorrisos?Por que ele não volta?Fechei os olhos deixando o meu corpo afundar na água, aproveitando aquela calmaria.
Alex— Já estou pronta.Virei e olhei para a mulher parada na sala, o corpo escultural ficava glorioso naquele vestido colado preto, no entanto, para mim ela só era atrativa para o sexo, nada mais.— Sua gravata está torta, deixe-me ajudá-lo!Minha reação foi rápida e involuntária quando segurei sua mão impedindo que me tocasse. Eu não gostava desse tipo de aproximação.— Desculpe, eu só queria ajudar.— Tudo bem. — Não queria prolongar a presença dela na minha casa, então peguei a carteira e tirei dinheiro mais que suficiente para um táxi. — Para o táxi. — Ela olhou para o dinheiro na minha mão e fez um pequeno bico.— Achei que pudesse me dar uma carona.— Infelizmente não poderei.— Ok, entendi. Você é aquele tipo de homem que não prolonga o contato com a foda, não é?— Essa conversa é realmente necessária? — perguntei indiferente esperando que ela pegasse as notas da minha mão. Se antes eu queria que fosse embora, agora quero mais.— Não. Não é necessária, até porque não é a prime
Alex— O suficiente? Não sei, talvez.— O senhor me parece mais abatido que o normal hoje.— Certamente é porque eu bebi todas e mais um pouco ontem.— E não está de ressaca ou com algum mal estar? Eu posso providenciar um remédio. O senhor já comeu alguma coisa hoje?— A essa altura eu não sinto mais ressaca, Henry. E você sabe que não como pela manhã, mas obrigado pela preocupação.— Não sei se isso é bom ou ruim — comentou, preocupado.— Bom com certeza não é. Agora se não houver mais nenhuma demanda, pode se retirar, por favor.— Sim, senhor. Desculpe se fui invasivo.— Não se desculpe, só evite. Meus pais já fazem esse papel incansavelmente. Se eu tiver fome, eu como alguns dos biscoitos que você insiste em deixar na minha gaveta.— Não diga como se fosse ruim, os biscoitos são ótimos e não é bom que fique de estômago vazio.— Henry, você parece minha mãe às vezes, relaxa, eu estou bem. — Voltei a atenção para os papeis na minha frente.— Certo, desisto de discutir por hoje. Com
Alex— Sabia que quando você está bêbado fala mais que a boca? Teve um dia que você ficou chorando por ele aqui no balcão até aquele gostosão do seu segurança te levar daqui. — Ela apoiou seu rosto em uma mão. — Eu já vi de tudo por aqui, mas fiquei surpresa em descobrir que o meu cliente mais assíduo sofre por um homem. Inclusive, imaginei muitas coisas, algumas até excitantes.— Você é uma pervertida! — Ri antes de beber um gole da bebida.— Ah... você não faz ideia. Mas então, esse Yuki é a razão para um homem bonito e bem sucedido como você viver em um bar enchendo a cara?— Sim e não.— Que resposta confusa.— Acredite, para mim também é.— Hum...Não era mentira, Yuki era uma razão para o meu declínio, mas não era a única. O grande problema foi que eu fiquei dependente dele também, emocionalmente, assim como eu era dos meus pais. Foi por isso que adiei tanto aquela conversa, eu tinha medo de ser rejeitado, de perdê-lo, mas no fim, foi exatamente isso o que aconteceu.Acontece qu
AlexYuki tinha se formado há poucas semanas, ele não postou nada, mas os amigos e o irmão, sim. Ele estava tão lindo que quase me entreguei ao impulso de ligar. Quando vivíamos juntos eu sonhava em participar desse momento com ele, pensava no seu rosto constrangido ao ganhar um presente extravagante.Ele me desbloqueou do aplicativo de mensagens e nem acreditei quando vi, porém, não recebi nenhuma mensagem dele, por mais que eu sentisse falta e tivesse muita vontade de falar com ele, não o fiz.Yuki me apagou da sua vida, essa que é a verdade, se ele quisesse, falaria comigo. Mas se eu pensar com mais clareza, não devemos nos falar, eu preciso esquecê-lo e manter contato com ele não vai ajudar.Parei em uma foto que ele estava olhando para o mar. Não sei quem tirou, mas ele está lindo com os cabelos bagunçados pelo vento, a paisagem atrás dele em nada se comparava aos seus traços.Desliguei o celular e encarei os prédios da cidade iluminada, a bebida já não descia tão amarga, minha c