AlexAquela sua proximidade me deixou um pouco enciumado, eu sei que não devia, mas ninguém controla certos sentimentos e Diana, claramente estava interessada nele, seus olhos castanhos chegaram a brilhar.O pior é que eu estava certo, porque em um determinado momento, me vi sobrando entre aqueles dois, então precisei sair de cena, não queria empatar nada.Peguei mais uma taça de vinho e fui para a varanda, juntei-me a um grupo de pessoas que estavam em uma conversa animada e embora eu sorrisse, minha atenção estava em Yuki. Sempre nele.E foi assim boa parte da noite, Diana me tomou Yuki. Só me aproximei dele na hora de cantar os parabéns. Estava cansado, irritado na verdade, queria voltar para o meu apartamento vazio e silencioso, acho que não me encaixava mais em lugares barulhentos.Isso poderia ser verdade, no entanto, o real motivo para minha irritação, chamava-se Nakamura Yuki e ele é mais novo que eu, além de ser solteiro, o que lhe dava liberdade de querer terminar a noite c
AlexEu sou gay…Gay…Isso ficou ecoando na minha mente sabe-se lá por quantos segundos ou minutos, não sei… — Você nunca percebeu? — perguntou me tirando daquele limbo momentâneo.Yuki deu um longo suspiro antes de olhar para fora e meu olhar cruzou com o do motorista pelo retrovisor, ele rapidamente desviou e voltou sua atenção para a pista.Ótimo. Um expectador.Não tinha palavras para dizer, simplesmente todas fugiram no momento em que ouvi aquela afirmação.E sobre perceber… sim, mas... não.É claro que Yuki já tinha dado sinais, mas sei lá, eu não quis acreditar e neguei como muitas coisas.A negação é uma grande merda.Eu realmente sou um idiota. — Não… quer dizer… em alguns momentos talvez, mas depois achei que era só impressão minha, sei lá, eu não sou a melhor pessoa para perceber as coisas.Isso era verdade, infelizmente.— Vai se afastar por saber disso? — Yuki não me olhava, seu foco ainda estava na paisagem fora do carro.Realmente eu sou um idiota. Se ele está me faz
AlexFaltando alguns quarteirões para chegar no condomínio, diminuí meus passos, correr sozinho não era tão bom.Sinto falta de Yuki, dos seus incentivos disfarçados de ofensas por ele ser mais jovem que eu, porém, se fosse apenas silencioso, eu também não me importaria. Bastava estar com ele. Sentimentos são complicados. Não falo com ele desde aquele dia, o que nem é muito tempo, isso aconteceu na sexta e hoje é domingo, mas parece que muitos dias se passaram. Dizem que homens são práticos e insensíveis, bem, para mim até podia ser até um tempo atrás, mas as coisas mudaram um pouco pois eu me sinto tão perdido que não sei o que fazer. Eu só sei que preciso conversar com ele para resolver essas questões, o problema é que tenho medo de piorar ainda mais as coisas. — Alex-san! — Virei ao ouvir meu nome, era Kaito, ele vinha apressado com uma bagagem nas costas. — Bom dia. — E aí, Kaito. Bom dia. — Ele me acompanhou e olhei a mochila com um saco de dormir nas suas costas. — Voltou ma
Alex— Tudo bem. E gosto da comida que ele faz, principalmente, o café, mesmo que Yuki tenha me ensinado inúmeras vezes, o dele ainda continua sendo o melhor. — Mudei um pouco de assunto.— Eu concordo, o café dele é igual ao da nossa mãe, toda vez que tomo me dá a sensação que foi ela quem fez. — Não sei como ele consegue, ele nem usa medidas, simplesmente coloca o pó no filtro e depois joga água. Cara, é humilhante. Só falta ele me dizer que o jeito de jogar a água é que faz a diferença.Kaito riu ao concordar e eu o acompanhei, a essa altura já estávamos subindo as escadas do condomínio. Estava ansioso para vê-lo. Não dá para negar os fatos, mas quero tentar olhar isso de maneira mais apropriada, sem machucá-lo, para isso, preciso ter uma conversa honesta com ele.Eu preciso entender primeiro o que está acontecendo entre nós, mas não supor e imaginar, quero que ele me fale de forma clara o que está sentindo, eu também lhe devo isso, quero que ele entenda minhas questões.Sim, eu s
Yuki— Como eu ia saber que você estava acompanhando? — Kaito se calou quando a porta do quarto abriu— Oi, Bom dia.— Bom dia, Richard, não sabia que estava aqui em casa. — Lancei um olhar para Kaito, só faltava ele ser inconveniente.— Desculpe, acabei ficando — respondeu constrangido. — Preciso ir ao banheiro.— Fique à vontade — Kaito apontou para a porta do banheiro.— Vocês não eram só amigos? — Kaito se aproximou e perguntou sarcástico depois que Richard entrou.Ignorei Kaito pois eu não conseguia pensar nisso, queria saber de Alex. O que ele deve ter pensado ao me ver nu na cama com outro homem? Porque certamente viu. O fato dele já saber não era a mesma coisa que ver. Mas para ele sair da forma como Kaito havia dito, com certeza não gostou do que viu, ao mesmo tempo que isso era bom, também era ruim.— Não esquenta com o Alex, Yuki, depois vocês conversam. E também ele não tinha nada que ter uma reação daquela, precisava ver a cara dele. Talvez assim ele caia na real e tome
AlexA imagem ainda martelava em minha cabeça e me levou a imaginar como foi antes deles se entregarem ao sono, na certa exaustos de tanto transar.Pensava também em quem seria o passivo ou ativo, ou se os dois desempenham ambos os papeis. Como seria Yuki gemendo… deveria ser lindo. Mas aí a imagem dele rebolando em cima de mim se formou, ele gemendo meu nome de forma arrastada.Tirei o braço do rosto mas continuei com os olhos fechados e dessa vez, não evitei levar minha mão para meu pau. Apertei por cima da roupa, sentindo a rigidez. Desci meu short junto com a cueca, nem me dei o trabalho de tirá-los completamente, ficaram embolados no meio das minhas coxas.Ainda com os olhos fechados, segurei em minha ereção, a glande já estava melada, apenas espalhei com os dedos e movimentei devagar. As imagens de Yuki nu sentado em cima de mim eram nítidas na minha cabeça, eu o imaginava me engolindo completamente, rebolando, subindo e descendo repetidas vezes, apertando meu pau, gemendo com o
YukiInsegurança.Eu passei o dia com esse sentimento entalado na garganta, mesmo que tivesse companhia e estivesse me divertindo, não parei de pensar nele e nessa situação nem por um momento, agora olhando para ele, isso aumentou. Mas seu olhar era de raiva e não fazia o menor sentido. Isso começou a me encher, só que eu já estava bastante cheio, quase transbordando.— Precisamos conversar — disse a ele com a pouca calma que consegui.Alex ficou em silêncio, olhou-me por mais um momento antes de abrir caminho para que eu entrasse. Seu quarto estava um pouco escuro, sendo iluminado apenas pela luz da cozinha e o notebook em cima da mesinha, ao lado, uma cerveja aberta e outras várias latinhas no chão. Entrei no cômodo e não me preocupei em sentar, apenas ele que se sentou na cama.No dia em que me revelei para Alex, foi como se um peso saísse de cima dos meus ombros. Na verdade, eu não ia falar, mas me irritou o fato dele começar a falar daquela mulher, me irritou mais ainda por ele
AlexEstava paralisado.Observei Yuki sair batendo a porta e só depois voltei a respirar direito, então, me sentei. O que aconteceu aqui?Ele me beijou…Ele realmente me beijou…A sensação da sua boca contra a minha foi… Foi aquela sensação de frio na barriga ou a tal borboleta no estômago, como um adolescente que faz algo pela primeira vez.Era uma sensação de adrenalina.Lambi os lábios ainda sentindo aquela sensação. Foi o meu primeiro beijo com um homem, bem, não tanto porque não o correspondi, mas ainda assim…De todas as reações que pensei que Yuki teria, essa foi a mais surpreendente. Ele simplesmente me roubou um beijo.Eu… eu gostei de ter um beijo roubado por ele.Levei os dedos aos lábios como se ainda sentisse seu toque. Aquela língua saliente… sinto vontade de chupá-la. Recolhi a mão, eu não devia estar achando isso bom.— O que você fez, Yuki?… O que você está fazendo comigo?Bebi o restante do líquido da latinha em grandes goladas, eu precisava ficar bêbado o quanto an