YukiNossos passos eram de fugitivos, bem, foi praticamente isso que aconteceu, nós fugimos do karaokê. Rina estava bêbada e seu namorado um pouco mais sóbrio, então saímos de fininho e apressados. Alex me arrastou para fora como se o lugar tivesse pegando fogo. Agora estávamos em um elevador de um hotel nas proximidades, eu de um lado e ele de outro, mas mantemos nossos olhares um no outro. Olhares quentes, desejosos. Os andares pareciam nunca passar.As portas se abriram e Alex agarrou minha mão novamente, o quarto era quase no fim do corredor e assim que entramos e a porta foi fechada minha boca foi tomada.Suspirei ao fechar os olhos, o beijo estava apressado, afobado e erótico. Ele empurrou minha jaqueta pelos ombros até tirá-ra. Sorri entre o beijo por quase tropeçar tentando tirar os sapatos.Alex me ergueu e enrolei minhas pernas em sua cintura, o tênis que ainda estava pendurado em dos meus pés caiu pelo caminho. Puxei o ar pelo nariz sem interromper aquele beijo e mesmo qua
Yuki— Coloque, eu te quero dentro de mim. — Rebolei em seus dedos, manhosamente, não era o suficiente. — Não quero te machucar.— Não vai.Senti seus dedos saírem e em seguida ele se encaixou entre minhas coxas, ele se esfregou por um momento no meu penis que estava pulsando, pingando, eu estava no limite. Devagar, ele empurrou, relaxei ao máximo para recebê-lo, ainda assim, ele se deitou por cima e me beijou. Foi tão carinhoso. O beijo acompanhado de uma leve carícia em meus cabelos. Suas estocadas eram curtas e lentas, ele estava sendo cuidadoso e entrando aos poucos, afinal, ele não era tão pequeno. Gememos juntos quando ele entrou totalmente. Contraí ao seu redor, apertando, assim como minhas pernas que o abraçaram para puxá-lo, incentivando a ir mais. Abracei suas costas e ele me olhou de pertinho enquanto entrava em um ritmo mais contínuo. Passei a mão em seus cabelos curtos mal conseguindo agarrá-los, então, apenas apertei os músculos das suas costas antes de descer para
YukiA claridade era amortecida pelas cortinas, eu não sabia que horas eram, mas ainda não devia ser a metade da manhã. Alex estava agarrado na minha cintura, sua ereção matinal cutucando minha bunda e eu, com fome. Não dele, quer dizer, sim, mas agora eu queria encher meu estômago.Tentei sair com cuidado, mas ele me puxou no primeiro movimento.— Onde pensa que vai? — Sua voz estava rouca e arrastada.— Já é de manhã, Alex.— Eu sei.— Devemos ir. — Não, está bom aqui. — Alex, nós dormimos em um hotel, já é hora de ir pra casa — Insisti.— Não quero te soltar. E hoje é domingo, podemos ficar até mais tarde.— Eu ainda tenho que trabalhar hoje.— Eu sei, mas está cedo, apenas relaxe um pouco. Alex me puxou e obriguei-me a amolecer meu corpo, até porque estava mole de fato. Nós mal dormimos.— Estou com fome — reclamei e riu contra minha pele.— Ah, certo. Desculpe, amor, eu devia ter providenciado.Alex rolou na cama e alcançou o telefone na mesinha de apoio. Observei suas costas,
Alex— Certo, é só falar e pronto — afirmei em voz alta para ajudar a criar coragem. O celular espremido na minha mão estava sofrendo toda a pressão do meu nervosismo. Eu sei que não deveria estar, afinal eu sou um homem adulto que tem total controle e segurança da própria vida.Bem, teoricamente sim, agora na prática, algumas questões eram mal resolvidas. Eu tinha uma certa dependência emocional dos meus pais, sempre morei com eles e me preocupei em estar presente, compartilhar da minha vida com eles. Acredito que eles também não acham isso ruim, sou filho único e eles sempre foram amorosos comigo, eu tive sorte.Sei que parece ridículo, mas eu me sinto como um adolescente inseguro e com medo da reação dos pais. Eles não têm o direito de me julgar ou me proibir, é claro, mas será doloroso se me virarem as costas apenas por eu estar me relacionando com um homem. Eu não estou fazendo nada de errado, apenas amando alguém. Eu sei que não preciso da aprovação deles, mas mesmo assim, gos
AlexMinha mãe arregalou os olhos e se engasgou, ela começou a tossir descontroladamente e de repente virou uma gritaria. O celular foi largado em cima da mesa e passei a ver apenas nosso luxuoso lustre que existe desde que eu me entendo por gente em cima daquela mesa de jantar. — Mãe! Alguém fale comigo! — Levantei nervoso porque só ouvia meu pai chamar o nome dela, ele gritou por algum empregado, depois ouvia todos falando ao mesmo tempo e minha mãe tossindo. — Gente, pelo amor de Deus!!Foram longos minutos de espera até que finalmente alguém pegou o celular.— Alex, por Deus. Você não sabe que não deve dar esse tipo de notícia na hora da refeição? Sua mãe quase morreu. — Meu pai estava vermelho e os cabelos loiros e grisalhos já não estavam tão penteados e alinhados. — Me mostre a mamãe. Ela está bem?Meu pai virou a câmera do celular e pude ver minha mãe sendo amparada por dois dos nossos empregados, havia um terceiro lhe entregando um copo com água. — Alex, agora conte essa
AlexCocei a testa ao lembrar daquela cena toda, nem de longe pensei que seria assim. Eu esperava que fosse mais tranquilo, se minha mãe não aceitar eu só poderei ficar triste, infelizmente.Olhei as horas mais uma vez no relógio pendurado na parede, queria vê-lo, eu disse a ele que falaria com meus pais, ele pediu que eu o participasse depois. Ele já estava em casa, mas não o vi quando chegou, ele apenas mandou uma mensagem avisando.Levantei e desliguei as luzes principais antes de sair. Toquei sua campainha apenas uma vez, a porta não demorou para abrir.— Entra aí. — Kaito me deu as costas, entrei e fechei a porta em seguida. — Yuki está no quarto.— Valeu.— Façam pouco barulho, por favor, meus ouvidos são sensíveis.Revirei os olhos e bati na porta do quarto de Yuki antes de entrar.— Oi, amor, muito ocupado? — Fui até ele para lhe dar um beijinho.— Oi. Não muito. — Olhou-me através daqueles óculos de armação preta que o deixavam charmoso e sexy, pena que ele só usava para estu
AlexYuki ficou pensativo por um momento, mas suavizou a expressão e sem parar os carinhos, respondeu:— Ele nunca aceitou o que eu sou e por isso, quase me matou.— O que? — Levantei do seu colo e sentei na sua frente, não estava acreditando no que ele estava me dizendo. — Quando foi isso?— Eu ainda morava na casa deles na época. Ele descobriu tudo e achou que iria me consertar. Era assim que dizia, que eu precisava de conserto e vergonha na cara.— Que filho da puta! — pressionei os lábios um no outro para não continuar xingando. — Desculpe, continue.— Foi um inferno, mas Kaito e minha mãe deram um jeito de me tirar de lá e nunca mais falei com meu pai, nem sequer voltei lá para ver minha mãe.— E sua mãe? Vocês conseguem se falar? — É bem raro, na verdade, Kaito quem conversa com eles com mais frequência.— Então ela simplesmente ficou ao lado dele? — É complicado entender, tento respeitar as razões dela. A violência psicológica e talvez física que ele impõe a ela é visível,ma
Alex— Você não me ajuda a manter as mãos longe de você assim com esses beijos indecentes.— Quem disse que quero que mantenha elas longe? Adoro suas mãos. — Estalou um selinho em meus lábios antes de esboçar aquele sorrisinho provocador. — Mas por hoje não posso, tenho que estudar. — Ele levantou e voltou para sua cadeira.— Quando você vai dormir comigo de novo? É tão bom ficar grudado em você.— Esses dias estão sendo puxados, tenho provas e alguns trabalhos para entregar na faculdade, mas prometo que na primeira oportunidade durmo lá com você. Ultimamente tenho dormido tarde, eu quase não tive disposição para ir correr nesses dias.— Me faz falta quando não vai, ninguém para me chamar de velhinho…— Que carente. — Ele colocou os óculos e folheou um livro. — Mas é sério, tenho que estudar, todo o tempo que posso fico com você, sabe disso. — Eu sei, quando você vai terminar essa sua maratona?— Vou ter um tempinho na outra semana.— Vamos para algum lugar?— Que lugar? — Olhou-me p