Depois de matar o traidor, Ademir carregou Gabriela, enfraquecida, até o carro. A parte da mordida da serpente em Gabriela já estava negra e arroxeada, e o veneno continuava a se espalhar, deixando toda a coxa dormente.- Temos um problema... - Ademir observou com cuidado, sua expressão se tornando um pouco séria.Se fosse um veneno comum, ele poderia neutralizá-lo facilmente. Mas o veneno daquela serpente era excepcionalmente feroz! Ele não tinha ervas nem agulha de prata. Mesmo com suas habilidades médicas, seria difícil agir.Parecia que ele teria que sugar o veneno com a boca.- Venha ajudar. - Ademir chamou por cima do ombro.- Meu nome é Luísa! Luísa!! - Depois de corrigi-lo, Luísa subiu no carro e perguntou. - O que você precisa que eu faça?- Ajude sua irmã a tirar as calças. - Ademir ordenou.- O que você está pensando? Estou te avisando para não tentar nada engraçado! - Luísa fez uma expressão como se estivesse olhando para um pervertido.- Sua irmã foi envenenada, preciso su
Ao entardecer, em um quarto de hospital.Ademir despertou de um cochilo. No entanto, logo que abriu os olhos, um som ressoou em seus ouvidos.- Ademir, você está vivo. - A voz veio de Luísa, sentada ao lado, olhando para ele perplexa.- Como assim? Parece até que você queria que eu tivesse morrido. - Ademir respondeu irritado.- Eu só estou um pouco surpresa. - Luísa sorriu embaraçada.- E sua irmã? - Ademir não estava interessado em discutir.- Ela foi buscar remédio para você. - Luísa examinou ele de cima a baixo e disse. – Você foi envenenado quando sugou o veneno da cobra negra, foi muito arriscado! É um milagre você estar vivo agora!- Sim, a mordida daquela cobra é realmente terrível. É digno de estar entre os dez venenos mais extraordinários. - Ademir comentou com admiração. Ele era quase imune a todos os venenos. No entanto, o veneno da cobra negra da morte exigiu que ele dormisse um pouco para ser neutralizado, realmente assustador!- Suas palavras soam estranhas. - Luísa co
Nesse momento, em outro quarto de hospital, Bruno estava inconsciente, com um rosto pálido. Eduarda, juntamente com um grupo da família Silva, estavam discutindo o que fazer. Sem entender ao certo o que aconteceu, todos se questionavam. - Estranho, como o velho, que estava bem, ficou tão doente de repente?- Pois é! Ele sempre pareceu tão saudável, e agora, com essa doença, nem parece o mesmo de antes. É como se uma montanha tivesse desabado!Todos suspiravam, parecendo bastante consternados.- Como está o vovô? - Nesse instante, Beatriz, usando saltos altos, entrou apressadamente no quarto. Ela tinha acabado de participar de uma reunião na empresa quando recebeu a notícia do estado grave de seu avô e veio correndo.- Beatriz, pelo que os médicos dizem, parece que o velho não vai resistir. - Eduarda resmungou, balançando a cabeça.- O quê?! - O rosto de Beatriz mudou instantaneamente. - Como isso é possível? Ele estava bem ontem, não estava?- Também acho estranho. Talvez seja o desti
-Você está me dizendo que eu não posso fazer isso? Então me diga, quem mais pode salvar meu avô? – Surgiu na voz de Ademir um tom preocupante. Ele percebeu que argumentar com mulheres era inútil.- No momento, a única pessoa que pode salvar nosso avô é o Dr. Antônio, altamente habilidoso em medicina! - Beatriz falou, seu semblante carregado de seriedade. - Gustavo já foi buscar o Dr. Antônio. Se ele estiver disposto a ajudar, nosso avô estará salvo. Não precisamos de você, que não entende nada de medicina.- Dr. Antônio? Quem é esse? - Ademir quis saber.- O Dr. Antônio é o aprendiz avançado de Felipe! Especialista em casos difíceis. Ele é centenas de vezes melhor do que você! - Afirmou Eduarda com ar de superioridade. No momento em que sua voz cessou, duas pessoas entraram pela porta. O líder era Gustavo. Atrás dele vinha um homem na casa dos trinta anos. O homem vestia um manto longo e usava óculos; havia um ar de arrogância em seu semblante.- Gustavo, e então? Você conseguiu trazer
Diante da indiferença de Beatriz e da indignação generalizada ao seu redor, Ademir ficou sem palavras pela primeira vez. Depois de um silêncio prolongado, finalmente saiu do quarto do hospital. Ele sabia que, não importava o que dissesse, ninguém acreditaria nele. Ao ver Ademir saindo, as pessoas presentes naquele quarto de hospital alternavam entre escárnio e zombaria.- Já era hora de cair fora! Que incômodo!- Exatamente! Não tem um pingo de autoconsciência!- Dr. Antônio, o inconveniente já foi embora. O senhor já pode se acalmar. - Eduarda disse com um sorriso.- Antônio, faça isso por mim, não se importe com isso agora. O importante é tratar o doente. Depois te recompensarei generosamente! - Gustavo também começou a apaziguar.- Se até Gustavo está pedindo, acho que posso abrir uma exceção. Mas é só dessa vez, entendeu? - advertiu o homem de óculos.Todos assentiram e lançaram olhares gratos a Gustavo.- Com certeza, com certeza!"É incrível como as pessoas se diferenciam. Enqua
O Dr. Antônio, com seus óculos bilionários, voltou a diagnosticar Bruno, mas a pulsação confusa, deixou o médico nervoso com os olhos quase saltando para fora. Por um momento, ele ficou completamente sem saber o que fazer.- A situação parece ruim... - O homem de óculos mostrou uma expressão difícil e suspirou. - O paciente é fraco e está sofrendo de várias doenças. O frio percorre seu corpo, tornando a cura impossível. Melhor começar a preparar o funeral.Ao ouvir isso, todos ficaram cegos de raiva. - O quê?!-Meia hora de diagnóstico e essa é a conclusão? Preparar um funeral?!- Dr. Antônio! Por favor, salve meu avô, não importa o custo! - Beatriz entrou em pânico imediatamente.- Eu... - Justo quando o homem de óculos estava prestes a dizer algo, a porta foi abruptamente aberta. Ademir entrou, seu rosto sombrio. Sem dizer uma palavra, ele tirou uma agulha de prata e a inseriu rapidamente no peito de Bruno.A agulha começou a vibrar e girar freneticamente. Correntes invisíveis de en
Ao presenciar a cena, todos ficaram paralisados. Ninguém poderia imaginar que uma simples tigela de água quente pudesse acordar Bruno. Era surreal!- Ele realmente acordou?!- Não pode ser, será que o Ademir realmente curou a doença do velho?!- Que estranho, como ele conseguiu fazer algo que nem mesmo o médico Antônio conseguiu fazer?Observando Bruno, que estava com a face serena e respiração normal, todos se entreolharam, incrédulos. Por um momento, a forma como olharam para Ademir mudou. Ninguém queria acreditar que o responsável pela cura de Bruno não foi o Dr. Antônio, mas o inútil do Ademir.- Vovô, como você está se sentindo? - Beatriz rapidamente se aproximou para perguntar.- Estranho, eu estava sentindo frio e calor ao mesmo tempo, mas agora estou me sentindo muito bem- Bruno examinou a si mesmo, maravilhado. Até recentemente, ele achava que seu tempo estava se esgotando, que não passaria daquela noite. Nunca imaginou que, num piscar de olhos, aquele sentimento de estar à be
- Mestre! Como você veio aqui? - Ao ver Felipe, o homem de óculos ficou surpreso e imediatamente o saudou com respeito. Sua expressão era de profunda humildade.A família Silva ficou imediatamente entusiasmada.- Mestre?- Será que este é o famoso Felipe? -Será que ele veio para ajudar a curar o vovô?Ao reconhecer a identidade, todos se aglomeraram ao redor de Felipe com expressões bajuladoras em seus rostos.- Felipe, é uma honra recebê-lo! - Há muito ouço falar de sua reputação, Felipe. Te conhecer hoje é realmente uma honra!Cada um mais bajulador que o outro. Todos queriam garantir a atenção daquele médico renomado em todo o país. Afinal, não apenas suas habilidades médicas eram incríveis, mas ele também tinha uma vasta rede de contatos e uma grande influência, uma simples palavra dele poderia mudar o rumo de suas vidas.- Mestre, você não estava em reclusão? Por que apareceu aqui? - O homem de óculos estava curioso.- Tenho um amigo que me ligou há pouco, disse que você está aq