Isso sim é um verdadeiro homem! Um verdadeiro herói!- Ademir, hoje é seu dia de sorte, Breno está disposto a comprar aquele seu prédio inacabado. Você não vai agradecer? - Quitéria disse com orgulho.- Agradecer não é necessário, somos amigos, e eu não suporto te ver prejudicado. Traga o contrato que vamos fazer o negócio aqui mesmo. - Breno disse com um sorriso.- Eu disse que queria negociar com você? - Ademir soltou de repente.- O quê?Breno ficou atônito, surpreso.Quitéria e os outros também pareciam perplexos, sem entender.Aquele cara enlouqueceu?Por que ele recusaria dinheiro e ficaria com um monte de lixo?- Ademir, você não ouviu o que eu disse? Aquele prédio não vale nada, para que você quer ele? Melhor vender para mim. - Breno tentou persuadí-lo.- Se não vale nada, por que você o quer? - Ademir retrucou.- Claro que é para o seu bem. - Breno falou seriamente. - No final das contas, a culpa é minha, eu que confiei nas pessoas erradas, mas não posso prejudicar vocês. Entã
Beatriz hesitou várias vezes antes de falar.Ademir, observando isso, não pôde deixar de sorrir e disse:- Se tem algo que quer perguntar, pergunte.- Eu estou intrigada, por que você não concordou em vender o prédio inacabado para Breno? - Beatriz finalmente falou. - Todos sabem que aquele terreno não vale nada, mantê-lo não tem valor algum. Você deveria vender e minimizar as perdas.Embora anteriormente tivesse jurado que não se envolveria nos assuntos de Ademir, ela estava um pouco relutante ao ver que ele perdeu uma boa oportunidade.- Se todos acham que não vale nada, então por que Breno quer comprar? - Ademir devolveu a pergunta.- Ele não disse agora pouco? Que todos somos amigos e ele não quer te prejudicar. - Beatriz respondeu.- Você acha que Breno tem boas intenções? - Ademir sorriu significativamente. - Se ele realmente fosse responsável e comprometido, não teria desaparecido antes.- Isso...Beatriz franziu as sobrancelhas, pensativa.Ela inicialmente tinha suas dúvidas so
- Não se preocupe, posso morar em uma casa menor. Vocês, jovens, têm muita pressão. Nós, os mais velhos, devemos aliviar o fardo de vocês.- Eu não tenho nenhum fardo, estou vivendo muito bem.Os dois conversavam ao telefone, indo e vindo, mas sem dizer a verdade.Eduarda tratava Ademir como um tolo, e Ademir, com um sorriso no rosto, fingia ser um.Mas Beatriz, no banco do passageiro, já estava cansada de ouvir.Ela acreditava completamente nas palavras de Ademir. Senão, sua mãe nunca seria tão calorosa.Quando enganava os outros, ela ficava toda sorridente.Agora que sabia que tinha feito um mau negócio, não só escondia a verdade, mas ainda agia com grande dignidade, planejando recomprar pelo preço original.Que ganância!- Por que você não aceita um conselho? Estou fazendo isso pelo seu bem, me venda logo esse prédio inacabado! - Eduarda começou a se irritar.Se não fosse pelo dinheiro, ela o teria xingado sem pensar duas vezes.- Tia, por que está tão ansiosa para comprar o prédio
Ao cair da tarde, em um cassino subterrâneo.Carlos estava eufórico jogando pôquer do Texas, ao seu lado, sentava-se uma garota de cabelos curtos e vestimenta sensual.Pela quantidade de fichas na mesa, era evidente que ambos tinham ganhado bastante.- Eu tenho um par de damas, revele suas cartas! - Exclamou Carlos.De repente, um homem de nariz adunco do outro lado da mesa virou suas cartas abruptamente.- Um mero par de damas ousando me enfrentar? Abra bem os olhos e veja, eu tenho um trio de seis! - Provocou o homem.Carlos sorriu ironicamente e revelou suas cartas, mais dois seis.Junto com o seis já presente nas cinco cartas comunitárias, formava um trio.As regras do pôquer do Texas eram simples: cinco cartas comunitárias e duas na mão, combinando-se para formar a melhor mão de cinco cartas.Um straight flush é o mais alto, seguido por quatro iguais, full house, flush, trio, dois pares, um par, e a carta alta.- Carlos! Você ganhou de novo, incrível! - A garota de cabelos curtos
Carlos nem olhou, pressionou a ponta do dedo na promissória e imediatamente voltou ao jogo de cartas. Entretanto, em menos de 15 minutos, os dois milhões de fichas recém-adquiridos foram perdidos novamente. - Carlos, acabou de novo, vai pedir mais emprestado? - Perguntou a garota de cabelos curtos.- Empresta! Empresta o quanto tiver! - Carlos quase gritou.Neste momento, ele já estava completamente cego de raiva, perdendo toda a razão. A única coisa em sua mente era ganhar dinheiro para recuperar suas perdas e esmagar a cara daquele homem. Duas horas depois. Carlos estava encharcado de suor, ofegante, com os olhos cheios vermelhos. Sua expressão era quase animalesca.- Desculpe, eu tenho uma trinca e um par, uma mão cheia, você perdeu tudo de novo.O homem de nariz adunco revelou sua mão, rindo com um ar superior.- Dinheiro emprestado! Vá pegar mais dinheiro emprestado para mim! Eu não vou continuar perdendo hoje! - Carlos rugiu.- Carlos, você já perdeu muito dinheiro, o cassin
No escritório do presidente do Grupo Silva, Beatriz tomava um gole de café antes de mergulhar novamente no trabalho. Ultimamente, embora Ronaldo não mostrasse ação aberta, ele tramava em segredo, causando transtornos. Tudo, pequeno ou grande, acabava caindo em suas costas, forçando-a a trabalhar até altas horas da noite.- Srta. Beatriz...Nesse momento, uma jovem assistente bateu à porta.- O que foi?Beatriz ergueu os olhos para vê-la. Quitéria não era uma secretária muito confiável, então ela contratou uma assistente para ajudar a dividir a carga de trabalho.- Srta. Beatriz, acabaram de entregar um pacote para a senhora. Disseram que tinha que ser entregue pessoalmente, algo sobre uma surpresa. - A assistente segurava uma caixa de presente.- Coloque-a na mesa. - Beatriz acenou com a cabeça. - Já está tarde, pode ir para casa, não precisa me esperar.- Certo.Quando a assistente saiu, Beatriz esfregou os olhos cansados, finalmente deixou o trabalho de lado e focou na caixa de pres
- Dinheiro? - Beatriz franziu a testa. - Como vou conseguir tanto dinheiro agora?- Isso é problema seu, aqui só aceitamos dinheiro. - Severino disse calmamente.- Você só está dificultando as coisas! - O rosto bonito de Beatriz se tornou frio.Trinta e oito milhões em dinheiro, provavelmente seria necessário um caminhão para carregar.- Srta. Beatriz, tenha cuidado com suas palavras. Você quer a outra mão do seu irmão de presente?Severino olhou de lado.- Você! - Beatriz mordeu seu lábio inferior. - Pode me dar dois dias? Eu prometo trazer o dinheiro o mais rápido possível.- Posso te dar um tempo, mas em troca, você precisa beber comigo. - Severino se levantou lentamente, pegou dois copos do armário de bebidas, encheu-os e entregou um a Beatriz. - Beba isto, e eu considerarei te dar dois dias de prazo.- O quê?Olhando para o copo cheio, Beatriz franziu ligeiramente a testa.O outro claramente tinha más intenções. Ela não sabia da procedência da bebida.- Não vai beber? Então está m
Ademir entrou pela porta com passos largos, seu olhar era frio e intimidador. Assim que viu a mensagem de Beatriz, ele soube que algo estava errado, e correu para lá no mesmo instante. - Como você entrou aqui?! - Severino, com os olhos arregalados, recuou alguns passos, assustado.- Você me ligou, não foi para me chamar aqui? Agora que cheguei, está com medo? - Ademir começou a se aproximar lentamente. - Alguém, ajudem! - Severino gritou desesperadamente. No entanto, para a sua surpresa, não houve resposta alguma de fora. Seus capangas pareciam ter desaparecido subitamente. - Onde estão todos? Cadê meu pessoal?! - Severino continuou a gritar. Mas não importava o quanto ele chamasse, não havia nenhuma resposta. - Eu te avisei antes para não me provocar mais, senão, sua morte seria feia. Você achou que eu estava brincando? Ademir se aproximava cada vez mais. - Ademir! Este é o meu território, te aviso para não fazer besteiras, senão você não sairá por essa porta vivo! - Ameaçou