No escritório do presidente do Grupo Silva, Beatriz tomava um gole de café antes de mergulhar novamente no trabalho. Ultimamente, embora Ronaldo não mostrasse ação aberta, ele tramava em segredo, causando transtornos. Tudo, pequeno ou grande, acabava caindo em suas costas, forçando-a a trabalhar até altas horas da noite.- Srta. Beatriz...Nesse momento, uma jovem assistente bateu à porta.- O que foi?Beatriz ergueu os olhos para vê-la. Quitéria não era uma secretária muito confiável, então ela contratou uma assistente para ajudar a dividir a carga de trabalho.- Srta. Beatriz, acabaram de entregar um pacote para a senhora. Disseram que tinha que ser entregue pessoalmente, algo sobre uma surpresa. - A assistente segurava uma caixa de presente.- Coloque-a na mesa. - Beatriz acenou com a cabeça. - Já está tarde, pode ir para casa, não precisa me esperar.- Certo.Quando a assistente saiu, Beatriz esfregou os olhos cansados, finalmente deixou o trabalho de lado e focou na caixa de pres
- Dinheiro? - Beatriz franziu a testa. - Como vou conseguir tanto dinheiro agora?- Isso é problema seu, aqui só aceitamos dinheiro. - Severino disse calmamente.- Você só está dificultando as coisas! - O rosto bonito de Beatriz se tornou frio.Trinta e oito milhões em dinheiro, provavelmente seria necessário um caminhão para carregar.- Srta. Beatriz, tenha cuidado com suas palavras. Você quer a outra mão do seu irmão de presente?Severino olhou de lado.- Você! - Beatriz mordeu seu lábio inferior. - Pode me dar dois dias? Eu prometo trazer o dinheiro o mais rápido possível.- Posso te dar um tempo, mas em troca, você precisa beber comigo. - Severino se levantou lentamente, pegou dois copos do armário de bebidas, encheu-os e entregou um a Beatriz. - Beba isto, e eu considerarei te dar dois dias de prazo.- O quê?Olhando para o copo cheio, Beatriz franziu ligeiramente a testa.O outro claramente tinha más intenções. Ela não sabia da procedência da bebida.- Não vai beber? Então está m
Ademir entrou pela porta com passos largos, seu olhar era frio e intimidador. Assim que viu a mensagem de Beatriz, ele soube que algo estava errado, e correu para lá no mesmo instante. - Como você entrou aqui?! - Severino, com os olhos arregalados, recuou alguns passos, assustado.- Você me ligou, não foi para me chamar aqui? Agora que cheguei, está com medo? - Ademir começou a se aproximar lentamente. - Alguém, ajudem! - Severino gritou desesperadamente. No entanto, para a sua surpresa, não houve resposta alguma de fora. Seus capangas pareciam ter desaparecido subitamente. - Onde estão todos? Cadê meu pessoal?! - Severino continuou a gritar. Mas não importava o quanto ele chamasse, não havia nenhuma resposta. - Eu te avisei antes para não me provocar mais, senão, sua morte seria feia. Você achou que eu estava brincando? Ademir se aproximava cada vez mais. - Ademir! Este é o meu território, te aviso para não fazer besteiras, senão você não sairá por essa porta vivo! - Ameaçou
- Se você prometer não me matar, eu lhe direi a verdade. - Severino estava desesperado.- Não precisa, você vai morrer mesmo. - Ademir disse, e em seguida, realizou um movimento rápido com o pé.- Não!Severino soltou um grito terrível, e sua cabeça explodiu instantaneamente.Morto em um instante.- Sr. Ademir, os outros já estão imobilizados.Dois homens de preto entraram de repente. Eram os membros da elite do grupo guarda oculta.- Ótimo, limpem o local, e levem o corpo diretamente para a família Reis. - Ademir ordenou.- Sim.Os dois trocaram olhares e assentiram com a cabeça.Ademir, sem dizer mais nada, carregou Beatriz, que estava inconsciente, e saiu rapidamente do cassino subterrâneo.No entanto, assim que saiu pela porta principal, ele viu uma sombra escondida no canto.Era Carlos, que havia fugido antes.- Apareça!Ademir olhou para trás rapidamente.- É você? Que susto. - Carlos, aliviado ao reconhecê-lo, começou a reclamar. - Ademir! Por que você não veio antes? Você sabe
Observando o barulhento Carlos, a expressão de Ademir tornou-se excepcionalmente sombria. Ele realmente não esperava que o outro fosse caluniá-lo. Ele não só havia cometido um erro, mas estava tentando se livrar da culpa, era simplesmente revoltante!- Ademir! Eu não esperava que você fosse tão baixo. Não consegue conquistar minha filha e usa métodos tão desprezíveis? Você é um verdadeiro monstro! - Eduarda imediatamente começou a xingá-lo furiosamente.- Eu sempre soube que você era um hipócrita com aparência virtuosa! Não só nos enganou, como agora está prejudicando minha prima, um verdadeiro canalha! - Quitéria olhava furiosa.- Depois de tudo isso, você ainda não se arrepende? - Ademir franziu levemente a testa.- Do que eu deveria me arrepender? A culpa é claramente sua! Você prejudicou minha irmã! - Argumentou Carlos.Com o apoio de sua mãe, ele não tinha medo.- Seu canalha! Não toque na minha filha!Eduarda empurrou Ademir com força e então pegou Beatriz, que estava desmaiada,
Beatriz fez um esforço e se lembrou dos acontecimentos do dia anterior. Depois de beber dois copos de álcool no cassino ontem, ela desmaiou imediatamente, e não se lembrava de mais nada depois disso. Não tinha ideia de como havia sido salva.- Tudo culpa do maldito do Ademir! Foi tudo obra dele! - Eduarda disse com raiva.- Ademir? O que ele tem a ver com isso? - Beatriz ficou surpresa.- Você ainda não sabe? Foi ele quem conspirou com o dono do cassino, drogou você e planejou tirar vantagem de você. Felizmente, Carlos arriscou sua vida para te salvar. - Explicou Eduarda.- Mãe, você deve estar enganada. - Beatriz não pôde deixar de rir. - Ademir não faria algo assim comigo, muito menos usar esse tipo de tática suja. Vocês entenderam tudo errado.- Filha, você é muito ingênua, é por isso que foi enganada. - Eduarda falou seriamente. - Como diz o ditado, pode se ver o rosto, mas não o coração. Não se engane com a boa aparência de Ademir, ele está escondendo as piores intenções!- Mãe,
A morte de Carlos deixou todos atônitos por um momento.Eles estava vivo e bem na noite anterior, foi um choque grande demais.- Não! Impossível! Como meu irmão poderia morrer? - Beatriz balançava a cabeça freneticamente, incrédula. - Doutor! Por favor, salve o meu irmão, eu pagarei qualquer preço!- Lamento, mas não há nada que possamos fazer, por favor, aceite minhas condolências. - O médico balançou a cabeça.- Como isso pode acontecer? Como isso pode acontecer?As lágrimas de Beatriz caíam como chuva, e ela mal conseguia se manter de pé.Ela simplesmente não conseguia acreditar que seu irmão havia partido tão repentinamente.Quando o corpo foi levado para fora, Eduarda começou a chorar desesperadamente, tomada pela dor.- Meu filho! Meu querido filho!Ela tinha apenas aquele filho, tratado como um tesouro.Não importava o erro que ele cometesse, ela sempre o acolheria e protegeria.Mas jamais imaginou que perderia seu amado filho tão abruptamente, sem qualquer aviso.Ela não imagin
Quanto a Beatriz, ela estava sentada sozinha na cama do hospital, com um olhar vazio e um rosto abatido.Depois de um dia inteiro chorando, ela estava cansada.Sua mente estava confusa, seu corpo estava pesado. Ela se sentia um zumbi.Aquela história havia sido demais para ela.Nesse momento, Ademir entrou repentinamente no quarto do hospital, preocupado. - Beatriz... - Disse ele. - Soube que você foi internada, como está se sentindo? Precisa que eu dê uma olhada?Ela não reagiu. Permaneceu imóvel, como se tivesse se fechado para o mundo.- Beatriz, o que houve?Ademir estendeu a mão e acenou diante dela, mas percebeu que ela estava com um olhar vazio e uma expressão apática, sem qualquer sinal de emoção.À primeira vista, ela parecia um boneco sem vida.Parecia a expressão de alguém em choque.Ademir franziu a testa e rapidamente a examinou.O pulso dela estava irregular e sua vitalidade fraca. Era uma vela tremulante ao vento, parecia que poderia se apagar a qualquer momento.- Como