Beatriz fez um esforço e se lembrou dos acontecimentos do dia anterior. Depois de beber dois copos de álcool no cassino ontem, ela desmaiou imediatamente, e não se lembrava de mais nada depois disso. Não tinha ideia de como havia sido salva.- Tudo culpa do maldito do Ademir! Foi tudo obra dele! - Eduarda disse com raiva.- Ademir? O que ele tem a ver com isso? - Beatriz ficou surpresa.- Você ainda não sabe? Foi ele quem conspirou com o dono do cassino, drogou você e planejou tirar vantagem de você. Felizmente, Carlos arriscou sua vida para te salvar. - Explicou Eduarda.- Mãe, você deve estar enganada. - Beatriz não pôde deixar de rir. - Ademir não faria algo assim comigo, muito menos usar esse tipo de tática suja. Vocês entenderam tudo errado.- Filha, você é muito ingênua, é por isso que foi enganada. - Eduarda falou seriamente. - Como diz o ditado, pode se ver o rosto, mas não o coração. Não se engane com a boa aparência de Ademir, ele está escondendo as piores intenções!- Mãe,
A morte de Carlos deixou todos atônitos por um momento.Eles estava vivo e bem na noite anterior, foi um choque grande demais.- Não! Impossível! Como meu irmão poderia morrer? - Beatriz balançava a cabeça freneticamente, incrédula. - Doutor! Por favor, salve o meu irmão, eu pagarei qualquer preço!- Lamento, mas não há nada que possamos fazer, por favor, aceite minhas condolências. - O médico balançou a cabeça.- Como isso pode acontecer? Como isso pode acontecer?As lágrimas de Beatriz caíam como chuva, e ela mal conseguia se manter de pé.Ela simplesmente não conseguia acreditar que seu irmão havia partido tão repentinamente.Quando o corpo foi levado para fora, Eduarda começou a chorar desesperadamente, tomada pela dor.- Meu filho! Meu querido filho!Ela tinha apenas aquele filho, tratado como um tesouro.Não importava o erro que ele cometesse, ela sempre o acolheria e protegeria.Mas jamais imaginou que perderia seu amado filho tão abruptamente, sem qualquer aviso.Ela não imagin
Quanto a Beatriz, ela estava sentada sozinha na cama do hospital, com um olhar vazio e um rosto abatido.Depois de um dia inteiro chorando, ela estava cansada.Sua mente estava confusa, seu corpo estava pesado. Ela se sentia um zumbi.Aquela história havia sido demais para ela.Nesse momento, Ademir entrou repentinamente no quarto do hospital, preocupado. - Beatriz... - Disse ele. - Soube que você foi internada, como está se sentindo? Precisa que eu dê uma olhada?Ela não reagiu. Permaneceu imóvel, como se tivesse se fechado para o mundo.- Beatriz, o que houve?Ademir estendeu a mão e acenou diante dela, mas percebeu que ela estava com um olhar vazio e uma expressão apática, sem qualquer sinal de emoção.À primeira vista, ela parecia um boneco sem vida.Parecia a expressão de alguém em choque.Ademir franziu a testa e rapidamente a examinou.O pulso dela estava irregular e sua vitalidade fraca. Era uma vela tremulante ao vento, parecia que poderia se apagar a qualquer momento.- Como
- Você ainda ousa se defender? O rosto do meu irmão está cheio de marcas da sua mão e ele sofreu um grave traumatismo craniano. Se não foi você, quem mais poderia ter feito isso? Por quê? Por que você foi tão duro? Mesmo que meu irmão tenha feito algo errado, você não tinha o direito de tirar a vida dele!Beatriz, com lágrimas escorrendo pelo rosto, desferia soco após soco no peito de Ademir.- Beatriz! A morte do seu irmão foi muito repentina, e tem algo estranho nisso tudo. Acredite em mim, eu jamais mataria o seu irmão! - Disse Ademir, com um semblante sério.- Acreditar em você? Os fatos estão bem diante dos meus olhos, como você quer que eu acredite em você? - Gritou Beatriz.A agressão era um fato, e a morte do irmão dela também era.Além disso, os médicos já haviam confirmado que o irmão dela havia morrido devido a um golpe na cabeça que resultou em uma hemorragia intracraniana.Tudo indicava que Ademir era o culpado.Mesmo que Beatriz quisesse acreditar que Ademir não teve inte
Era evidente que a morte de Carlos havia sido um crime planejado e executado por alguém.Mas quem seria o responsável?A família Reis ou a família Gomes?Ou talvez um inimigo invisível?E por que fariam isso?Seria somente para provocar discórdia entre ele e Beatriz?Olhando para a agulha negra em suas mãos, Ademir pensou em explicar a situação para Beatriz, mas no final, decidiu não fazer isso.Com o estado emocional dela, era improvável que acreditasse em suas palavras.Além disso, uma simples agulha não era uma prova convincente.A única maneira de limpar seu nome seria encontrando o verdadeiro culpado.Nesse momento, seu celular tocou e ele rapidamente atendeu.- Alô, Douglas, eu estava precisando mesmo falar com você sobre uma coisa...- Sr. Ademir! Temos um problema, a Gangue do Dragão Vermelho está em apuros! - A voz assustada de Douglas o interrompeu.- Problemas? O que aconteceu? - Ademir franziu a testa.- O grupo de homens de origem desconhecida acabou de invadir aqui, senho
- Maldito! Não imaginava que minha vingança chegaria tão rápido, não é? - Raíssa abriu um sorriso frio. - Eu já tinha te avisado, não me ofenda, ou você terá um fim sem um lugar para ser enterrado. E agora? Está com medo?Depois de voltar para casa, ela imediatamente mandou investigar a identidade de Ademir.Não precisaram ir muito longe para saber que aquele sujeito agora era o líder da Gangue do Dragão Vermelho, que sempre havia sido do seu primo mais velho, Raul. Agora Ademir tinha ido longe demais!Então, ela imediatamente atrás de Raul para fazer Ademir pagar pelos seus erros.- Parece que apenas uma lição não foi suficiente. Quer mais hoje? - Ademir falou calmamente.- Você está bem enganado se acha que vai encostar um dedo em mim hoje - Raíssa disse severamente. - Dê uma olhada no grande exército da família Reis!A família Reis era a única família antiga de artes marciais entre as cinco grandes famílias.Eles se dedicavam principalmente à proteção e segurança, fornecendo assistê
- Rapaz, você realmente deveria ter ouvido o conselho deles, mas, infelizmente, agora você não tem mais chance.Ângelo se aproximava cada vez mais, ele estava a no máximo cinco metros.Ele estava em seu alcance ideal de ataque, onde nenhum oponente teria como escapar.- Eu disse que ia fugir? - Ademir respondeu calmamente.- O quê? Depois de ouvir meu nome, você ainda pensa em resistir? - Ângelo perguntou com desprezo no olhar.- Resistir? Não, não, você entendeu errado. Eu só vou te derrubar. - Corrigiu Ademir.- Me derrubar? - Ângelo riu, com um ar zombeteiro. - Tá bom, eu te dou uma chance. Vou ficar parado aqui, você pode dar três socos. Se conseguir me fazer dar um passo para trás, eu te deixo ir.Ao ouvir isso, Raíssa e os outros exibiram sorrisos maliciosos.Todos sabiam que Ângelo tinha uma defesa impenetrável, à prova de balas e facas.Entre os lutadores do mesmo nível, ninguém poderia quebrar a defesa dele.Não importava se eram três socos ou trinta, ele ainda permaneceria im
Todos ficaram imóveis depois de ver Ângelo ser arremessado com um golpe.Com os olhos arregalados, como se tivessem visto um fantasma, o terror estampado em seus rostos.Ninguém esperava que Ângelo, até então arrogante, fosse derrotado tão facilmente.E ainda por cima, derrubado por um único soco.Não era ele que tinha a pele de bronze e os ossos de ferro?Ele não possuía uma força avassaladora?Como poderia ser derrotado tão facilmente?- Impossível!Neste momento, o sorriso no rosto de Raíssa desvaneceu, substituído por choque.Era Ângelo, afinal!Um mestre do nível Força do Nascimento!Um dos principais subordinados de Raul!Uma figura que fazia inúmeros guerreiros tremerem!E ele foi derrotado por um soco de Ademir?Como isso era possível?!- Essa é a força do Sr. Ademir? É assustador! - Exclamou Douglas, incrédulo.Ângelo, portador de uma força formidável, era o principal executor da família Reis.Não havia uma derrota conhecida dele.Com sua força, ele poderia facilmente aniquil