Ganhar destaque na frente de tantas pessoas certamente trazia prestígio. Naquele momento, o celular de Hélio vibrou com uma nova mensagem. Ele baixou a cabeça para olhar e por um instante ficou paralisado. Só após confirmar repetidas vezes é que um sorriso apareceu em seu rosto.- Por que está sorrindo?Breno perguntou, com uma expressão pouco amigável.- Breno, acho que seus sonhos dourados estão prestes a serem destruídos. Acabei de receber uma notificação da empresa. Seu tio foi demitido. Agora vocês dois se tornaram pessoas desamparadas. - Hélio falou com um ar triunfante.- Você está falando besteira! - Breno franziu a testa. - Meu tio é o presidente! Quem teria a capacidade de demitir o presidente?- Naturalmente, seria o Sr. Eusébio. - Hélio afirmou com convicção.- Absurdo! - Breno não acreditou nem por um segundo. - Meu tio é o braço direito do Sr. Eusébio. Por que ele seria demitido? Pare de alarmar os outros!- Acredite se quiser.Hélio não quis perder mais tempo discu
- Como isso pôde acontecer? Breno desabou no chão, completamente desanimado. Nunca imaginou que a pessoa que havia insultado impulsivamente era o Sr. Eusébio, seu chefe imediato. Agora estava feito. Não só ele tinha sido demitido, como seu tio também estava no mesmo barco. Ambos haviam sido dispensados juntos.- Seu idiota! O que você está esperando? Vamos pedir desculpas ao Sr. Eusébio agora mesmo! O homem careca agarrou Breno pelos cabelos e o ergueu. Em seguida, o puxou violentamente pela porta afora. Breno encolheu o pescoço, como um pintinho, sem ousar resistir. - O que é isso? Quiteria estava tão chocada que não conseguia falar. Não podia acreditar que Breno, que até pouco tempo atrás estava cheio de si, agora estava em tal estado deplorável. - Quem age com arrogância acaba pagando o preço. Bem feito! Hélio resmungou e entrou em seu escritório. - Parece que o seu Breno está em apuros. Ademir falou, insinuante. - Isso é tudo culpa sua, seu pé-frio! Se
Assim que as palavras soaram, se ouviu um barulho de porta sendo aberta. Era a porta do escritório do gerente que se abria repentinamente. Imediatamente após, Hélio saiu correndo em estado de urgência. Ele estava tão apressado que quase tropeçou.- Quem é o Sr. Ademir aqui?Hélio olhou ao redor, seu rosto era de pura tensão.- Sou eu.Ademir avançou dois passos.- Sr. Ademir, realmente peço desculpas. Fui descuidado e negligente com vocês. Espero que você não me leve a mal.Hélio se aproximou rapidamente, e com uma mudança completa em sua atitude arrogante anterior, se curvou profundamente para Ademir.- O que?Tal deferência surpreendeu Quiteria e os outros. Hélio havia sido implacável antes, nem mesmo encarando Breno. Como é que ele estava tão submisso a Ademir agora? O que estava acontecendo?- Sr. Hélio, você está exagerando. Vamos direto ao ponto e falemos de negócios - Ademir foi direto.- Certo... - Hélio acenou repetidamente com a cabeça, sorrindo. - Por favor, entrem.- Por fa
Á tarde, na Mansão dos Ribeiro.Quando Ademir chegou ao local, após ser informado da situação, encontrou toda a família Ribeiro cercada por um esquadrão militar armado. Centenas dos melhores membros da família Ribeiro estavam de guarda na entrada, enfrentando o esquadrão militar sem ceder terreno a ninguém.- Todos da família Ribeiro, prestem atenção! Entreguem o criminoso imediatamente ou serão tratados como cúmplices! - Um oficial à frente gritou com uma voz que reverberou por um longo tempo. Soldados armados atrás dele tinham expressões sérias. Se recebessem um único comando de seu oficial, não hesitariam em abrir fogo.Olhando para a atmosfera tensa entre os dois lados, Ademir não pôde evitar franzir ligeiramente as sobrancelhas. “Como a família Ribeiro se envolveu com os militares?”- Oficial, qual é o motivo de tanta mobilização? - Ademir se aproximou para perguntar.- Estou aqui para prender um criminoso. Quem não estiver envolvido, sugiro que se retire imediatamente! - retrucou
- Pai, além de beber, você fez alguma outra coisa? - Gabriela perguntou novamente.- O que você quer dizer com isso? - Edson perguntou, um pouco surpreso.- Pai, tente lembrar com cuidado, não pode haver erros! - Gabriela estava com uma expressão séria.- Acho que não me lembro de nada depois que comecei a beber. O que aconteceu? - Edson franziu levemente a testa, tentando se lembrar dos acontecidos. - Pai, a filha do Vice-general Yuri morreu ontem à noite! - Gabriela declarou surpreendentemente.- Morreu? Como assim? - Edson estava atônito. - Como isso pôde acontecer?- Ainda não sabemos os detalhes, mas os rumores lá fora estão dizendo que você matou a filha do Vice-general Yuri! - Gabriela falou novamente.- Eu matei? Eu? - Edson estava atordoado, com os olhos arregalados, balançando a cabeça em negação. - Não! Isso é impossível! Mesmo se eu estivesse bêbado, nunca faria algo assim, matar alguém! – Apesar de sua pouca tolerância ao álcool, seu comportamento sempre foi razoável. Ger
- Eles invadiram? - Gabriela mudou a expressão. - Rápido! Faça alguém pará-los! - Antes que a verdade viesse à tona, ela não permitiria que seu pai fosse levado.- Espere! - Edson de repente interveio, detendo o mordomo que estava prestes a sair. – Deixe-os entrar, ninguém deve impedir!- Pai, o que você está pensando? - Gabriela franziu a testa.- Se eu não fiz nada, o que tenho a temer? - Proclamou Edson em alta voz.- Mas...- Gabriela tentou argumentar.- Se tomarmos alguma medida violenta, será impossível me livrar de qualquer acusação. – Edson disse com um semblante sério. Ele sabia que desafiar abertamente o Vice-general Yuri não se tratava de algo pequeno, e, na melhor das hipóteses, seria resistência à prisão, na pior das hipóteses, seria rebelião. Essa era uma responsabilidade que a família Ribeiro não poderia suportar naquele momento.- O caçula está certo, não podemos enfrentá-los de frente. Avisem a todos: Os membros da família Ribeiro devem se afastar! - Décio gritou.- S
Ela sempre confiou plenamente em seu marido, mas o que viu diante de seus olhos, era algo que ela não conseguia aceitar.- Olhe só para você, Edson! Que tipo de coisa você fez?! - Décio estava furioso, enraivecido ao extremo. - Você é um desgraçado! Você não merece ser o líder da família! – A ira era tanta, que Décio acabou desferindo um soco no rosto de Edson.O escândalo estava abalando a reputação de toda a família.- Pai, eu...- Gabriela estava angustiada, ansiosa para falar, mas hesitante. No início, ela estava absolutamente certa de que seu pai tinha sido injustamente incriminado. Contudo, diante de todas as provas e testemunhas apresentadas, ela não conseguia encontrar uma defesa sólida. Na verdade, até o próprio Edson estava perplexo neste momento. "O rosto no vídeo é definitivamente o meu, e até a roupa e o estilo são os mesmos. Será que eu realmente matei alguém depois de ficar bêbado?" Edson não conseguiu suportar o impacto do golpe e cuspiu um jato de sangue, tornando seu
Devido à prisão de Edson, a família Ribeiro estava em ebulição. Todos estavam correndo de um lado para o outro, utilizando de todas as conexões e contatos possíveis, na tentativa de inocentar Edson. Afinal, Era se tratava do patriarca da família, do rosto da família Ribeiro. Se ele fosse condenado, não seria apenas Edson a ser arruinado, mas toda a família Ribeiro seria alvo de críticas e desprezo.Após emitir uma ordem familiar, Gabriela reuniu alguns de seus parentes mais próximos e confidentes em seu quarto para discutir estratégias. Ela não podia confiar plenamente em seu tio-avô e segundo tio-avô, cada um com suas próprias intenções.- O que vocês pensam sobre toda essa situação? - Gabriela olhou para ambos os lados, buscando as opiniões daqueles ao seu redor.- Será que papai realmente cometeu um erro enquanto estava bêbado? E por isso... - Luísa hesitou. Antes de ver o vídeo, ela tinha grande fé no caráter de seu pai. Contudo, com as evidências diante dela, ela não pôde deixar d