- Espere! - Vendo que o homem de meia-idade estava prestes a ir embora, Quiteria correu imediatamente em sua direção. - Sr. Hélio, talvez você não me conheça, mas deve conhecer o Breno.- Breno? - O homem de meia-idade arqueou uma sobrancelha. - Qual é a relação de vocês com ele?- Breno é meu homem! - Quiteria sorriu orgulhosamente. - Sr. Hélio, acredito que ele já falou com você com antecedência. Agora, podemos entrar no seu escritório?- Não podem. - O homem de meia-idade manteve uma expressão fria. - Eu repito, para me ver, é necessário marcar uma consulta com antecedência.- O quê? - Quiteria ficou momentaneamente atordoada. - Sr. Hélio, você ouviu direito? Eu sou a mulher do Breno, e vim aqui para falar de negócios com você.- E daí? - O homem de meia-idade riu friamente. - Não importa se é você ou mesmo o Breno, ambos precisam agendar um horário para me ver!- Você... Frustrada, Quiteria não sabia o que dizer. Ela nunca imaginou que seria barrada na porta. Nem mesmo o prestíg
- Como isso pôde acontecer? Não, não é possível!Breno arregalou os olhos, quase sem acreditar.Embora seu desempenho não fosse estelar, ele nunca havia cometido erros graves e sempre se sentiu confortável na empresa, amparado por quem o protegia.Com suas conexões, não via como um corte de pessoal pudesse lhe afetar.O que diabos está acontecendo?- Breno? Você foi demitido?Olhando para Breno visivelmente abalado, Quiteria também estava chocada."Não era para ser fácil fechar aquele negócio? Como ele não só não conseguiu, como também perdeu o emprego?"- Parece que temos um problema.Beatriz franziu ligeiramente a testa, pensativa.Ela tinha esperanças de que Breno pudesse ajudar, mas agora, parecia improvável.- Hélio! Fale a verdade, você está por trás disso, não está?Breno ergueu a cabeça bruscamente, com um olhar feroz.- Por que eu faria isso? Não tenho nada contra você. E mesmo se tivesse, não tenho o poder de te prejudicar. Você deveria olhar para si mesmo. - Hélio respondeu
Ganhar destaque na frente de tantas pessoas certamente trazia prestígio. Naquele momento, o celular de Hélio vibrou com uma nova mensagem. Ele baixou a cabeça para olhar e por um instante ficou paralisado. Só após confirmar repetidas vezes é que um sorriso apareceu em seu rosto.- Por que está sorrindo?Breno perguntou, com uma expressão pouco amigável.- Breno, acho que seus sonhos dourados estão prestes a serem destruídos. Acabei de receber uma notificação da empresa. Seu tio foi demitido. Agora vocês dois se tornaram pessoas desamparadas. - Hélio falou com um ar triunfante.- Você está falando besteira! - Breno franziu a testa. - Meu tio é o presidente! Quem teria a capacidade de demitir o presidente?- Naturalmente, seria o Sr. Eusébio. - Hélio afirmou com convicção.- Absurdo! - Breno não acreditou nem por um segundo. - Meu tio é o braço direito do Sr. Eusébio. Por que ele seria demitido? Pare de alarmar os outros!- Acredite se quiser.Hélio não quis perder mais tempo discu
- Como isso pôde acontecer? Breno desabou no chão, completamente desanimado. Nunca imaginou que a pessoa que havia insultado impulsivamente era o Sr. Eusébio, seu chefe imediato. Agora estava feito. Não só ele tinha sido demitido, como seu tio também estava no mesmo barco. Ambos haviam sido dispensados juntos.- Seu idiota! O que você está esperando? Vamos pedir desculpas ao Sr. Eusébio agora mesmo! O homem careca agarrou Breno pelos cabelos e o ergueu. Em seguida, o puxou violentamente pela porta afora. Breno encolheu o pescoço, como um pintinho, sem ousar resistir. - O que é isso? Quiteria estava tão chocada que não conseguia falar. Não podia acreditar que Breno, que até pouco tempo atrás estava cheio de si, agora estava em tal estado deplorável. - Quem age com arrogância acaba pagando o preço. Bem feito! Hélio resmungou e entrou em seu escritório. - Parece que o seu Breno está em apuros. Ademir falou, insinuante. - Isso é tudo culpa sua, seu pé-frio! Se
Assim que as palavras soaram, se ouviu um barulho de porta sendo aberta. Era a porta do escritório do gerente que se abria repentinamente. Imediatamente após, Hélio saiu correndo em estado de urgência. Ele estava tão apressado que quase tropeçou.- Quem é o Sr. Ademir aqui?Hélio olhou ao redor, seu rosto era de pura tensão.- Sou eu.Ademir avançou dois passos.- Sr. Ademir, realmente peço desculpas. Fui descuidado e negligente com vocês. Espero que você não me leve a mal.Hélio se aproximou rapidamente, e com uma mudança completa em sua atitude arrogante anterior, se curvou profundamente para Ademir.- O que?Tal deferência surpreendeu Quiteria e os outros. Hélio havia sido implacável antes, nem mesmo encarando Breno. Como é que ele estava tão submisso a Ademir agora? O que estava acontecendo?- Sr. Hélio, você está exagerando. Vamos direto ao ponto e falemos de negócios - Ademir foi direto.- Certo... - Hélio acenou repetidamente com a cabeça, sorrindo. - Por favor, entrem.- Por fa
Á tarde, na Mansão dos Ribeiro.Quando Ademir chegou ao local, após ser informado da situação, encontrou toda a família Ribeiro cercada por um esquadrão militar armado. Centenas dos melhores membros da família Ribeiro estavam de guarda na entrada, enfrentando o esquadrão militar sem ceder terreno a ninguém.- Todos da família Ribeiro, prestem atenção! Entreguem o criminoso imediatamente ou serão tratados como cúmplices! - Um oficial à frente gritou com uma voz que reverberou por um longo tempo. Soldados armados atrás dele tinham expressões sérias. Se recebessem um único comando de seu oficial, não hesitariam em abrir fogo.Olhando para a atmosfera tensa entre os dois lados, Ademir não pôde evitar franzir ligeiramente as sobrancelhas. “Como a família Ribeiro se envolveu com os militares?”- Oficial, qual é o motivo de tanta mobilização? - Ademir se aproximou para perguntar.- Estou aqui para prender um criminoso. Quem não estiver envolvido, sugiro que se retire imediatamente! - retrucou
- Pai, além de beber, você fez alguma outra coisa? - Gabriela perguntou novamente.- O que você quer dizer com isso? - Edson perguntou, um pouco surpreso.- Pai, tente lembrar com cuidado, não pode haver erros! - Gabriela estava com uma expressão séria.- Acho que não me lembro de nada depois que comecei a beber. O que aconteceu? - Edson franziu levemente a testa, tentando se lembrar dos acontecidos. - Pai, a filha do Vice-general Yuri morreu ontem à noite! - Gabriela declarou surpreendentemente.- Morreu? Como assim? - Edson estava atônito. - Como isso pôde acontecer?- Ainda não sabemos os detalhes, mas os rumores lá fora estão dizendo que você matou a filha do Vice-general Yuri! - Gabriela falou novamente.- Eu matei? Eu? - Edson estava atordoado, com os olhos arregalados, balançando a cabeça em negação. - Não! Isso é impossível! Mesmo se eu estivesse bêbado, nunca faria algo assim, matar alguém! – Apesar de sua pouca tolerância ao álcool, seu comportamento sempre foi razoável. Ger
- Eles invadiram? - Gabriela mudou a expressão. - Rápido! Faça alguém pará-los! - Antes que a verdade viesse à tona, ela não permitiria que seu pai fosse levado.- Espere! - Edson de repente interveio, detendo o mordomo que estava prestes a sair. – Deixe-os entrar, ninguém deve impedir!- Pai, o que você está pensando? - Gabriela franziu a testa.- Se eu não fiz nada, o que tenho a temer? - Proclamou Edson em alta voz.- Mas...- Gabriela tentou argumentar.- Se tomarmos alguma medida violenta, será impossível me livrar de qualquer acusação. – Edson disse com um semblante sério. Ele sabia que desafiar abertamente o Vice-general Yuri não se tratava de algo pequeno, e, na melhor das hipóteses, seria resistência à prisão, na pior das hipóteses, seria rebelião. Essa era uma responsabilidade que a família Ribeiro não poderia suportar naquele momento.- O caçula está certo, não podemos enfrentá-los de frente. Avisem a todos: Os membros da família Ribeiro devem se afastar! - Décio gritou.- S