Túlio conseguiu forçar um sorriso.- Não venha com diplomacia para cima de mim! - Roberto não poupava palavras. - A família Marques não é muito audaciosa? Agora, me mostre um pouco dessa audácia!Ao ouvir isso, a expressão de Túlio ficou um pouco desconfortável. Ser humilhado publicamente assim era algo que ele jamais toleraria em circunstâncias normais. O problema era que a pessoa à sua frente era realmente alguém com quem não podia se meter.- Por que ficou calado? Onde foi parar toda aquela coragem? Até tem a audácia de intimidar meus amigos! Você realmente tem muita coragem! - Roberto apontou para os narizes deles e começou a xingar.A atitude autoritária de Roberto era como se ele estivesse repreendendo netos. Túlio e Martim baixaram a cabeça, indignados, mas incapazes de falar. Os convidados em volta estavam boquiabertos e em completo silêncio. Ninguém esperava que Túlio fosse humilhado daquela forma, e ainda mais, sem ousar responder.- O que estão esperando? Se ajoelhem e peçam
O boato corria que a família Marques tinha dois Grandes Mestres, conhecidos como Demônio Negro, ancorando seu poder. Eles raramente mostravam seus rostos, então foi uma surpresa geral que Danilo os tivesse trazido consigo.Roberto acariciou o queixo, ponderando sua próxima jogada."O que importa ser um Deus da Guerra? Ele não pode fazer nada contra a nossa família Marques," Martim pensou secretamente, um toque de arrogância em seu rosto.- De fato, meu irmão é impressionante! - Túlio inflou o peito, recuperando sua confiança original. Embora a família Braga fosse poderosa, a família Marques também não era de se menosprezar.Graças à presença de Danilo, todos na família Marques se sentiram mais corajosos.- Ademir, parece que a família Marques não está me dando muito respeito. Devo tomar uma ação? Roberto se virou para Ademir, seu tom sugeria uma pergunta.Com um simples aceno de cabeça, ele estaria mais do que pronto para dar uma lição na família Marques. Haveria alguém para cuidar das
Olhando para o homem de meia-idade corcunda e manco, destituído de qualquer dignidade, Danilo e outro ficaram tão apavorados que suas cabeças pareciam prestes a explodir. A figura diante deles era a autoridade suprema do País A; mesmo o filho do imperador teria de lhe mostrar um imenso respeito. Não era exagero dizer que, se ele quisesse, poderia matá-los ali mesmo.Ao ver o homem corcunda, o rosto de Ademir escureceu imediatamente. Nos seus olhos, chamas de raiva ardiam.- Isso vai ser interessante. - Roberto disse, esboçando um sorriso torto. Ele imediatamente se afastou, ostentando uma expressão de prazer malicioso.Sob os olhares de todos, o homem entrou mancando pela porta. Não exibia dignidade nem poder; tudo o que havia nele era mundano. No entanto, à medida que avançava, a multidão inexplicavelmente se dispersava. Finalmente, ele parou diante de Ademir.- Quanto tempo, garoto. Você cresceu bastante. - Frederico disse, olhando para Ademir, que era meia cabeça mais alto do que el
Naquele momento, na família Silva. Eduarda estava revirando os armários e gavetas, suando em bicas. Roupas, bolsas, tudo empacotado em grandes malas.- Beatriz! Rápido, encontre todas as joias de ouro e prata da casa! Não podemos ficar em Cidade A, precisamos arrumar nossas coisas e fugir para o exterior. Já comprei as passagens e ainda temos algumas centenas de milhares na conta bancária. Com alguns objetos de valor, será o suficiente para vivermos por um tempo. - Gritou Eduarda, com um olhar particularmente ansioso.Tendo rompido o noivado publicamente e insultado a família Marques, não havia lugar para eles nem na Cidade A, nem em todo o País A.- Beatriz! O que você está fazendo parada aí? Vá arrumar sua coisas agora! Vendo que sua filha não reagia, Eduarda ficou ainda mais ansiosa.- Mãe, não chegamos a esse ponto ainda. Não precisamos fugir. - Beatriz balançou a cabeça. - Minha filha, você ainda não percebeu a gravidade da situação? - Eduarda deu um tapa na própria coxa. -
- Levem ela agora!Noemia apontou diretamente para Beatriz, escolhendo arrastá-la à força.- Quero ver quem ousa! - De repente, um grito feroz ressoou pelo cômodo.Logo em seguida, Ademir entrou, acompanhado por Moisés, caminhando como se fosse dono do lugar.- Se alguém fizer besteira hoje, não diga que eu não avisei!- Ademir?O rosto de Beatriz se iluminou. Seu coração preocupado finalmente encontrou alívio.Ele não mentira; voltou são e salvo, como havia prometido.- Você está vivo?! - Noemia arregalou os olhos, incrédula.Antes de partir, ela tinha claramente visto Ademir ser cercado. Mesmo com habilidades incríveis, seria impossível escapar das mãos da família Marques.- O que? Você estava esperando que eu morresse? Afinal, eu salvei a vida da sua mãe. Você não tem nenhuma gratidão? - Disse Ademir, indiferente.- Não me engane! Não me importa como você escapou; se você ofendeu a família Marques, todos vocês vão sofrer! - Noemia gritou, com os olhos faiscando.- E daí se é a famí
- Por favor, Srta. Beatriz, me perdoe!Martim se ajoelhou e logo depois, toda a família Marques também caiu de joelhos.Beatriz e o resto dos presentes ficaram paralisados.Até Eduarda, que estava reclamando, parou de lamentar. Ela ficou parada, boquiaberta, sem conseguir reagir."A família Marques não veio para criar problemas? Por que se ajoelharam assim, de repente? Membros de uma grande família, elites da Cidade Z, por que se tornaram tão humildes?"- Srta. Beatriz! Me desculpe, fui cego e ignorante. Por favor, me perdoe!Vendo que Beatriz não reagia, Martim, ainda ajoelhado, começou a se esbofetear freneticamente.Seu rosto já estava inchado e vermelho, era uma situação dolorosa de se ver. No entanto, mesmo assim, ele não se atreveu a parar.Meia hora antes, no local do casamento, ao descobrir a verdadeira identidade de Ademir, ele ficou paralisado de medo. Pensou que iria morrer.Seu tio até o expulsou de casa para não envolver a família, cortou todos os laços.Mas, contra todas
Beatriz acenava repetidamente, com uma expressão estranha no rosto:- Na verdade, Sr. Martim, desde que não nos cause problemas, eu não quero nada de você.- Exatamente! Sr. Martim, por favor, levante-se. Olha para você, está sangrando tanto. Vou buscar um curativo para você.Eduarda correu para o quarto para vasculhar o armário de remédios.- Curativo?Martim franziu os lábios. "Perdi dois dedos, porra. Um curativo vai ajudar?"- Sr. Martim, talvez você devesse ir ao hospital? O sangue não parece querer parar. - Beatriz sugeriu cautelosamente.- Então, Srta. Beatriz, você me perdoou?Martim parecia esperançoso.- Suponho que sim. Só não me incomode mais no futuro.Beatriz acenou com a cabeça.- Sem problemas, sem problemas! Vou cair fora imediatamente e nunca mais vou importuná-la!Martim estava eufórico. Depois de uma profunda reverência para Ademir e Beatriz, ele e seu grupo saíram correndo.- Sr. Martim! Seu curativo!Eduarda acenava com o curativo, gesticulando freneticamente.Ele
Ao ver o recém-chegado, o sorriso no rosto de Ademir desapareceu instantaneamente e foi substituído por indiferença.- Quem te deixou entrar? Saia!- Não se confunda, vim ver minha nora, não tem nada a ver contigo.Frederico entrou, mancando e sorrindo alegremente.- Como assim, vocês se conhecem?Beatriz olhou ao redor, um tanto perplexa.- Você deve ser a Beatriz, né? Realmente, uma beleza rara! - Frederico falou com um sorriso no rosto. - Ah, ainda não me apresentei, sou o pai de Ademir, seu sogro.- Pai?Beatriz ficou atônita por um momento.Ademir tinha uma beleza clássica. O homem à sua frente, no entanto, estava longe de ser considerado bonito, eles eram muito diferentes.- Não acha que nos parecemos? - Frederico riu despreocupadamente. - O garoto puxou a mãe na aparência. Se ele fosse igual a mim, duvido que conquistasse uma esposa tão bonita quanto você.- Não fale assim, o senhor é muito imponente. - Beatriz ficou um pouco envergonhada.Não esperava que suas pequenas dúvidas