- Levem ela agora!Noemia apontou diretamente para Beatriz, escolhendo arrastá-la à força.- Quero ver quem ousa! - De repente, um grito feroz ressoou pelo cômodo.Logo em seguida, Ademir entrou, acompanhado por Moisés, caminhando como se fosse dono do lugar.- Se alguém fizer besteira hoje, não diga que eu não avisei!- Ademir?O rosto de Beatriz se iluminou. Seu coração preocupado finalmente encontrou alívio.Ele não mentira; voltou são e salvo, como havia prometido.- Você está vivo?! - Noemia arregalou os olhos, incrédula.Antes de partir, ela tinha claramente visto Ademir ser cercado. Mesmo com habilidades incríveis, seria impossível escapar das mãos da família Marques.- O que? Você estava esperando que eu morresse? Afinal, eu salvei a vida da sua mãe. Você não tem nenhuma gratidão? - Disse Ademir, indiferente.- Não me engane! Não me importa como você escapou; se você ofendeu a família Marques, todos vocês vão sofrer! - Noemia gritou, com os olhos faiscando.- E daí se é a famí
- Por favor, Srta. Beatriz, me perdoe!Martim se ajoelhou e logo depois, toda a família Marques também caiu de joelhos.Beatriz e o resto dos presentes ficaram paralisados.Até Eduarda, que estava reclamando, parou de lamentar. Ela ficou parada, boquiaberta, sem conseguir reagir."A família Marques não veio para criar problemas? Por que se ajoelharam assim, de repente? Membros de uma grande família, elites da Cidade Z, por que se tornaram tão humildes?"- Srta. Beatriz! Me desculpe, fui cego e ignorante. Por favor, me perdoe!Vendo que Beatriz não reagia, Martim, ainda ajoelhado, começou a se esbofetear freneticamente.Seu rosto já estava inchado e vermelho, era uma situação dolorosa de se ver. No entanto, mesmo assim, ele não se atreveu a parar.Meia hora antes, no local do casamento, ao descobrir a verdadeira identidade de Ademir, ele ficou paralisado de medo. Pensou que iria morrer.Seu tio até o expulsou de casa para não envolver a família, cortou todos os laços.Mas, contra todas
Beatriz acenava repetidamente, com uma expressão estranha no rosto:- Na verdade, Sr. Martim, desde que não nos cause problemas, eu não quero nada de você.- Exatamente! Sr. Martim, por favor, levante-se. Olha para você, está sangrando tanto. Vou buscar um curativo para você.Eduarda correu para o quarto para vasculhar o armário de remédios.- Curativo?Martim franziu os lábios. "Perdi dois dedos, porra. Um curativo vai ajudar?"- Sr. Martim, talvez você devesse ir ao hospital? O sangue não parece querer parar. - Beatriz sugeriu cautelosamente.- Então, Srta. Beatriz, você me perdoou?Martim parecia esperançoso.- Suponho que sim. Só não me incomode mais no futuro.Beatriz acenou com a cabeça.- Sem problemas, sem problemas! Vou cair fora imediatamente e nunca mais vou importuná-la!Martim estava eufórico. Depois de uma profunda reverência para Ademir e Beatriz, ele e seu grupo saíram correndo.- Sr. Martim! Seu curativo!Eduarda acenava com o curativo, gesticulando freneticamente.Ele
Ao ver o recém-chegado, o sorriso no rosto de Ademir desapareceu instantaneamente e foi substituído por indiferença.- Quem te deixou entrar? Saia!- Não se confunda, vim ver minha nora, não tem nada a ver contigo.Frederico entrou, mancando e sorrindo alegremente.- Como assim, vocês se conhecem?Beatriz olhou ao redor, um tanto perplexa.- Você deve ser a Beatriz, né? Realmente, uma beleza rara! - Frederico falou com um sorriso no rosto. - Ah, ainda não me apresentei, sou o pai de Ademir, seu sogro.- Pai?Beatriz ficou atônita por um momento.Ademir tinha uma beleza clássica. O homem à sua frente, no entanto, estava longe de ser considerado bonito, eles eram muito diferentes.- Não acha que nos parecemos? - Frederico riu despreocupadamente. - O garoto puxou a mãe na aparência. Se ele fosse igual a mim, duvido que conquistasse uma esposa tão bonita quanto você.- Não fale assim, o senhor é muito imponente. - Beatriz ficou um pouco envergonhada.Não esperava que suas pequenas dúvidas
- A comida chegou!Alegre com seu presente, Eduarda rapidamente preparou uma mesa cheia de pratos deliciosos. Cinco pratos e uma sopa, um verdadeiro banquete.Ademir estava prestes a sair com uma desculpa, mas foi forçado a ficar por Beatriz. No fim, ele acabou se sentando à mesa com Frederico, algo que pai e filho não faziam há mais de uma década. Enquanto comiam, os olhos de Frederico se umedeceram.Ele havia ansiado por aquele momento durante muito tempo e o dia havia finalmente chegado. Embora ainda não tivesse ganho o perdão do filho, já se sentia muito satisfeito apenas por compartilhar uma refeição.E certamente, poucos poderiam imaginar que Rei A, um homem temido e respeitado em batalha, derramaria lágrimas apenas por causa de um jantar.Após a refeição, Frederico escolheu deixar o lugar. Ficar por mais tempo poderia fazer seu filho se irritar.Ao sair da mansão, ele se sentiu incrivelmente revigorado.- Mestre, como foi? - Perguntou Júlio, sentado no banco do passageiro, a
Ela estava curiosa sobre o passado de Ademir. Depois de descobrir mais coisas sobre ele nos últimos dias, ela percebeu que havia um véu de mistério o envolvendo.- É complicado explicar tudo agora. - Ademir balançou a cabeça.- Tudo bem, então. Quando você estiver pronto para falar, me avise. - Beatriz esboçou um sorriso.- Combinado. - Ademir assentiu.- O clima está ficando mais frio, que tal irmos para o shopping comprar algumas roupas? - Beatriz propôs de repente.- Podemos comprar roupas, mas só para deixar claro, eu não tenho dinheiro. - Ademir deu de ombros.- Olha só para você, tão mesquinho! - Beatriz revirou os olhos. - Não precisa gastar nada, eu vou pagar por tudo hoje!- Muito obrigado, Presidenta Beatriz! - Ademir, querendo agradá-la, correu para ligar o carro.Nos três anos de casamento, as vezes que haviam saído juntos para fazer compras eram muito raras.- Ah, minha preciosa safira! Hoje é realmente o meu dia de sorte! - Assim que eles saíram, Eduarda imediatamente tir
Ao entardecer, na Clínica do Bem-Estar.A deslumbrante Gabriela entrou com um sorriso radiante, segurando uma garrafa de vinho.- Querido, estou de volta! Veja o que trouxe para nós. É um vinho excelente, tenho certeza de que você vai adorar!Enquanto ria, de repente ela parou. Percebeu que Ademir não estava na Clínica do Bem-Estar, no lugar dele havia dois idosos desconhecidos. O habitualmente embriagado Sr. Ivo estava, para surpresa dela, sentado com um semblante sério.- Sr. Ivo, quem são esses senhores?Gabriela perguntou, intrigada.- Você chegou, minha jovem? Deixe-me apresentar... Este é o pai de Ademir, e o outro é um velho amigo meu. Ivo, ao falar, apontou respectivamente para Frederico e Júlio.- Pai? - Os olhos de Gabriela brilharam. - Então é meu sogro que chegou. Peço desculpas por não ter reconhecido.Dizendo isso, ela prontamente pegou o bule de chá e serviu uma xícara para cada um dos presentes, sorrindo docemente:- Sogro, por favor, tome um chá!Frederico ficou um
- Gabriela, você ainda não jantou, certo? Vamos, eu te levo para comer. - Ademir não respondeu, mudando de assunto.- Agora que você mencionou, realmente estou com um pouco de fome. Pai, que tal irmos comer algo lá fora? - Gabriela virou-se.- Não se preocupe com eles, vamos comer sozinhos. - Ademir recusou imediatamente.Gabriela hesitou por um momento.Perceptiva como era, rapidamente notou que algo estava errado.- Gabriela, é o mundo de vocês dois. Nós, velhos, não vamos interferir. Vão lá. Frederico acenou com um sorriso.- Tudo bem, pai, depois eu trago algo para vocês.Gabriela não insistiu. Depois de trocarem algumas palavras, ela saiu com Ademir.Os dois entraram no carro, e depois de um longo silêncio, Gabriela finalmente falou:- Você e seu pai estão em conflito?- Conflito? - Ademir sorriu melancolicamente. - Se fosse só isso, seria simples.- O que está acontecendo? Você pode me contar? - Perguntou Gabriela, suavemente.Ela nunca tinha visto aquela expressão de tristeza n