Beatriz acenava repetidamente, com uma expressão estranha no rosto:- Na verdade, Sr. Martim, desde que não nos cause problemas, eu não quero nada de você.- Exatamente! Sr. Martim, por favor, levante-se. Olha para você, está sangrando tanto. Vou buscar um curativo para você.Eduarda correu para o quarto para vasculhar o armário de remédios.- Curativo?Martim franziu os lábios. "Perdi dois dedos, porra. Um curativo vai ajudar?"- Sr. Martim, talvez você devesse ir ao hospital? O sangue não parece querer parar. - Beatriz sugeriu cautelosamente.- Então, Srta. Beatriz, você me perdoou?Martim parecia esperançoso.- Suponho que sim. Só não me incomode mais no futuro.Beatriz acenou com a cabeça.- Sem problemas, sem problemas! Vou cair fora imediatamente e nunca mais vou importuná-la!Martim estava eufórico. Depois de uma profunda reverência para Ademir e Beatriz, ele e seu grupo saíram correndo.- Sr. Martim! Seu curativo!Eduarda acenava com o curativo, gesticulando freneticamente.Ele
Ao ver o recém-chegado, o sorriso no rosto de Ademir desapareceu instantaneamente e foi substituído por indiferença.- Quem te deixou entrar? Saia!- Não se confunda, vim ver minha nora, não tem nada a ver contigo.Frederico entrou, mancando e sorrindo alegremente.- Como assim, vocês se conhecem?Beatriz olhou ao redor, um tanto perplexa.- Você deve ser a Beatriz, né? Realmente, uma beleza rara! - Frederico falou com um sorriso no rosto. - Ah, ainda não me apresentei, sou o pai de Ademir, seu sogro.- Pai?Beatriz ficou atônita por um momento.Ademir tinha uma beleza clássica. O homem à sua frente, no entanto, estava longe de ser considerado bonito, eles eram muito diferentes.- Não acha que nos parecemos? - Frederico riu despreocupadamente. - O garoto puxou a mãe na aparência. Se ele fosse igual a mim, duvido que conquistasse uma esposa tão bonita quanto você.- Não fale assim, o senhor é muito imponente. - Beatriz ficou um pouco envergonhada.Não esperava que suas pequenas dúvidas
- A comida chegou!Alegre com seu presente, Eduarda rapidamente preparou uma mesa cheia de pratos deliciosos. Cinco pratos e uma sopa, um verdadeiro banquete.Ademir estava prestes a sair com uma desculpa, mas foi forçado a ficar por Beatriz. No fim, ele acabou se sentando à mesa com Frederico, algo que pai e filho não faziam há mais de uma década. Enquanto comiam, os olhos de Frederico se umedeceram.Ele havia ansiado por aquele momento durante muito tempo e o dia havia finalmente chegado. Embora ainda não tivesse ganho o perdão do filho, já se sentia muito satisfeito apenas por compartilhar uma refeição.E certamente, poucos poderiam imaginar que Rei A, um homem temido e respeitado em batalha, derramaria lágrimas apenas por causa de um jantar.Após a refeição, Frederico escolheu deixar o lugar. Ficar por mais tempo poderia fazer seu filho se irritar.Ao sair da mansão, ele se sentiu incrivelmente revigorado.- Mestre, como foi? - Perguntou Júlio, sentado no banco do passageiro, a
Ela estava curiosa sobre o passado de Ademir. Depois de descobrir mais coisas sobre ele nos últimos dias, ela percebeu que havia um véu de mistério o envolvendo.- É complicado explicar tudo agora. - Ademir balançou a cabeça.- Tudo bem, então. Quando você estiver pronto para falar, me avise. - Beatriz esboçou um sorriso.- Combinado. - Ademir assentiu.- O clima está ficando mais frio, que tal irmos para o shopping comprar algumas roupas? - Beatriz propôs de repente.- Podemos comprar roupas, mas só para deixar claro, eu não tenho dinheiro. - Ademir deu de ombros.- Olha só para você, tão mesquinho! - Beatriz revirou os olhos. - Não precisa gastar nada, eu vou pagar por tudo hoje!- Muito obrigado, Presidenta Beatriz! - Ademir, querendo agradá-la, correu para ligar o carro.Nos três anos de casamento, as vezes que haviam saído juntos para fazer compras eram muito raras.- Ah, minha preciosa safira! Hoje é realmente o meu dia de sorte! - Assim que eles saíram, Eduarda imediatamente tir
Ao entardecer, na Clínica do Bem-Estar.A deslumbrante Gabriela entrou com um sorriso radiante, segurando uma garrafa de vinho.- Querido, estou de volta! Veja o que trouxe para nós. É um vinho excelente, tenho certeza de que você vai adorar!Enquanto ria, de repente ela parou. Percebeu que Ademir não estava na Clínica do Bem-Estar, no lugar dele havia dois idosos desconhecidos. O habitualmente embriagado Sr. Ivo estava, para surpresa dela, sentado com um semblante sério.- Sr. Ivo, quem são esses senhores?Gabriela perguntou, intrigada.- Você chegou, minha jovem? Deixe-me apresentar... Este é o pai de Ademir, e o outro é um velho amigo meu. Ivo, ao falar, apontou respectivamente para Frederico e Júlio.- Pai? - Os olhos de Gabriela brilharam. - Então é meu sogro que chegou. Peço desculpas por não ter reconhecido.Dizendo isso, ela prontamente pegou o bule de chá e serviu uma xícara para cada um dos presentes, sorrindo docemente:- Sogro, por favor, tome um chá!Frederico ficou um
- Gabriela, você ainda não jantou, certo? Vamos, eu te levo para comer. - Ademir não respondeu, mudando de assunto.- Agora que você mencionou, realmente estou com um pouco de fome. Pai, que tal irmos comer algo lá fora? - Gabriela virou-se.- Não se preocupe com eles, vamos comer sozinhos. - Ademir recusou imediatamente.Gabriela hesitou por um momento.Perceptiva como era, rapidamente notou que algo estava errado.- Gabriela, é o mundo de vocês dois. Nós, velhos, não vamos interferir. Vão lá. Frederico acenou com um sorriso.- Tudo bem, pai, depois eu trago algo para vocês.Gabriela não insistiu. Depois de trocarem algumas palavras, ela saiu com Ademir.Os dois entraram no carro, e depois de um longo silêncio, Gabriela finalmente falou:- Você e seu pai estão em conflito?- Conflito? - Ademir sorriu melancolicamente. - Se fosse só isso, seria simples.- O que está acontecendo? Você pode me contar? - Perguntou Gabriela, suavemente.Ela nunca tinha visto aquela expressão de tristeza n
Ao ver os corpos dos oito mestres renomados da “Lista subterrânea” caídos, a velha senhora ficou completamente atônita. O semblante calmo e sereno que exibia anteriormente desapareceu, substituído por um horror inimaginável. Ela pensou que com aqueles oito mestres contratados, a missão estava praticamente garantida. Quem poderia imaginar que aquelas máquinas de matar seriam aniquiladas em um instante? Nem mesmo tiveram tempo de reagir. Quem diabos era esse sujeito à sua frente?- Então esses são os oito mestres renomados de que você falava? Francamente patéticos. - Ademir balançou a cabeça. Eles nem sequer possuíam o poder da Força do nascimento. Como ousavam tentar assassiná-lo?- O que, o que você fez? - A velha senhora retrocedia, o rosto contorcido em pânico. - Vou perguntar apenas uma vez. quantos outros assassinos vieram? - indagou Ademir com uma voz gelada.- Eu não sei, os assassinos da “Lista subterrânea” agem independentemente, eu...- Tudo bem, você pode morrer agora.
O duelo entre os dois mestres da "Força do Nascimento" era tão intenso que guerreiros comuns nem ousavam se aproximar. Enquanto a batalha pegava fogo, dentro da Clínica do Bem-Estar, Frederico, Ivo e Júlio desfrutavam tranquilamente de suas bebidas.Acostumados com situações grandiosas, eles não davam muita importância a aquela escaramuça. No entanto, Eunice, a jovem que os servia, não compartilhava do mesmo ânimo.Ela espiava pela porta, claramente preocupada. "São tantos deles lá fora, e Moisés está sozinho. Como ele poderia ganhar? Seria ótimo se o Sr. Ademir estivesse aqui..." Em seguida, ela sacudiu a cabeça rapidamente. "Não, não! Eles vieram aqui exatamente para pegar o Sr. Ademir. Se ele estivesse aqui, seria ainda mais perigoso!"- Pare de se preocupar e traga mais uma garrafa de vinho. - Ivo chamou.- Claro, já vou...Ela rapidamente pegou outra garrafa do balcão. Notando a indiferença dos três homens, ela franziu a testa e perguntou:- Sr. Ivo, vocês realmente não estão pre