A declaração de Zeus era autoritária e carregada de possessividade. Seus olhos vermelhos e penetrantes estavam fixos em Diya como se ela fosse sua propriedade, algo que ele jamais permitiria que alguém tirasse dele.O corpo de Diya ficou rígido, e seu coração acelerou incontrolavelmente."Se... se Zeus não estivesse bêbado agora, como seria?"Mas o mundo não funciona com "e se". Ela abaixou os olhos, reprimindo os pensamentos, e percebeu que não deveria ter brincado com Zeus. O que começou como uma tentativa de vê-lo se envergonhar acabou machucando a si mesma.Com um movimento brusco, ela afastou a mão de Zeus com um tapa e, sem hesitar, deu sua ordem:— Você consegue andar sozinho, não é? Então, se consegue, vá para casa agora mesmo!Ela olhou para o relógio e viu que já eram quase onze da noite. Mestre Santos, com sua idade avançada, certamente ficaria muito preocupado se soubesse que Zeus estava na rua, bêbado daquele jeito.Ainda assim, levá-lo de volta para a casa da família Ribe
Mas agora que ele estava dormindo, Diya simplesmente não conseguia tirá-lo da banheira e levá-lo até a cama.— Zeus, acorde! Se quer dormir, vá para o quarto e durma direito! — Disse ela, impaciente.Zeus abriu os olhos lentamente, ainda confuso, mas o que viu o deixou surpreso: o rosto genuinamente preocupado de Diya."Eu devo estar sonhando... ou estou vendo errado?"Ele arregalou os olhos, incrédulo, enquanto sua garganta se apertava em um reflexo nervoso.— Diya?— Quem mais poderia ser? Anda logo, levante! — Respondeu ela, revirando os olhos com impaciência. — Eu devo ter sido sua devedora em outra vida. Olha pra mim, saio de casa no meio da noite, deixo minha cama quentinha pra ir te buscar naquele bar nojento, você bêbado feito um idiota! Se não fosse por um colapso mental momentâneo, nunca teria feito uma coisa tão ridícula!Ela resmungava enquanto tentava, inutilmente, puxar Zeus para fora da banheira. Seus braços finos usavam toda a força que ela tinha, mas Zeus sequer dava s
O beijo de Zeus se aprofundava cada vez mais, mas o instinto de sobrevivência de Diya a fez reagir. Em um ato desesperado, ela cravou os dedos na axila de Zeus com força, fazendo-o se afastar como se tivesse levado um choque.Ele ficou ali, parado, encarando-a enquanto respirava ofegante, os olhos fixos nela.Foi então que Diya percebeu, horrorizada, que os botões de sua camisa haviam sido desfeitos sem que ela sequer notasse. Seu peito estava completamente exposto ao olhar intenso de Zeus.— Zeus, você é algum tipo de animal? Não consegue pensar em outra coisa além disso? — Gritou ela, furiosa.Diya estava indignada. Ele estava doente, bêbado e ainda assim não conseguia se comportar. Mas o que mais a irritava era ela própria: como pôde se deixar levar por um único beijo, quase perdendo o controle?Aquela troca de emoções, no entanto, pareceu ser suficiente para trazer Zeus de volta à sobriedade. Ele estava completamente acordado agora. Mas as lembranças das brigas recentes e da sombra
Zeus disse, visivelmente irritado: — Pelo amor de Deus, você não ficaria assustada se abrisse os olhos e visse um par de olhos enormes encarando você? Diya ficou indignada. Aquele sujeito, em vez de admitir que o comportamento dele era, no mínimo, estranho, ainda tinha a audácia de dizer que ela estava exagerando! — Quem não deve, não teme. Não é como se olhar para você fosse algo tão assustador assim. — Zeus respondeu com indiferença, mas, antes mesmo que Diya pudesse retrucar, ele abriu o roupão bem diante dela. — Diya, sobre isso, quero que você me dê uma explicação muito boa! Diya, que estava prestes a cobrir os olhos para evitar ver aquele exibicionismo descarado, congelou ao ouvir o que ele disse. Ela decidiu não desviar o olhar. Se Zeus queria explicações, ela queria saber exatamente do que ele estava falando. Zeus apontou com o dedo para o próprio pescoço, mais especificamente para uma marca na pele, e questionou sem rodeios: — Essa marca aqui, você sabe muito bem d
Zeus franziu a testa, sentindo que havia algo de errado na lógica de Diya. No entanto, a cena da noite anterior voltou à sua mente, e ele simplesmente não conseguia rebater nem explicar nada.Será que ele deveria confessar que, por não suportar ver Diya e Nelson trocando carícias, resolveu arrastar Pedro para procurar mulheres?Zeus levantou-se e foi até o espelho. Ao ver as marcas em seu pescoço, sentiu apenas nojo. Aquela mulher que ousou deixar marcas em seu corpo... ela estava condenada!— Levante-se, está na hora de comer.Zeus sabia que estava errado e decidiu não insistir nesse assunto.Diya, por sua vez, não queria continuar a conversa. Para ser mais específica, ela não queria dizer sequer uma palavra para Zeus!Depois de se lavar e se arrumar, o estômago de Diya começou a roncar. Ela queria sair imediatamente, mas foi atraída pelo cheiro da comida que vinha da cozinha.Zeus segurava um prato e colocou o último item da refeição na mesa. Antes que ela pudesse dizer algo, ele pux
Nelson trabalhava na Universidade Armano, e Zeus sabia disso muito bem. Por isso, Diya esperava que ele ficasse furioso com a situação.No entanto, Zeus sequer franziu a testa:— Juntos, então. Te dou uma carona.— Não precisa, vai atrapalhar o seu trabalho. Que vergonha seria!Diya soltou um sorriso sarcástico, recusando a oferta. Ela se arrependeu imediatamente. Como pôde dizer algo que desse a Zeus a chance de se envolver ainda mais com ela? Se Zeus a levasse até a universidade e acabasse encontrando Nelson, isso certamente resultaria em mais uma briga entre os dois. Mas Zeus, indiferente às preocupações de Diya, respondeu:— Não atrapalha, é caminho.Quando o carro começou a andar, Diya ainda não conseguia entender. A direção da Universidade Armano era completamente oposta à do Grupo Santos. Como Zeus teve coragem de dizer que era "caminho"?Depois de tomarem café da manhã do lado de fora, chegaram à Universidade Armano. Assim que saíram do carro, Diya avistou o diretor da un
— Que coincidência, Srta. Maya. — Zeus arqueou uma sobrancelha enquanto falava do palco. — Além disso, nós... não ficamos tanto tempo assim sem nos ver, certo?O olhar de Maya brilhou. Seus olhos, cheios de um charme sutil e um brilho úmido, pareciam dançar com intenções ocultas. Porém, ela respondeu com um tom propositalmente sério:— É mesmo? Então por que parece que faz tanto, tanto tempo?Ela apoiou os cotovelos na mesa e descansou o queixo nas mãos, olhando para Zeus com uma expressão de inocência deliberada.Zeus ficou surpreso. Por conta de sua posição e status, não faltavam mulheres tentando conquistá-lo, mas alguém tão ousada e desinibida como Maya era realmente algo novo para ele.Movido pela curiosidade, Zeus sentiu-se tentado a entrar no jogo e, com um sorriso no rosto, continuou: — E quanto tempo você acha que foi? Os dois trocavam palavras como se estivessem sozinhos na sala, enquanto a atmosfera entre eles ficava cada vez mais carregada de malícia. Os jovens univer
— Diya Gomes, se você não conseguir fazer Zeus Santos voltar para casa esta noite, não precisa nem pensar em voltar!Era véspera de Natal. As luzes brilhavam em todas as casas, famílias reunidas. Mas Diya, sozinha, acelerava sua moto pesada pela avenida à beira do rio, enfrentando o vento gelado enquanto se dirigia ao cruzeiro no mar para flagrar uma traição.Os rumores corriam em Cidade Malanje: Zeus, que não voltava para casa, havia gastado uma fortuna para alugar um luxuoso cruzeiro e fazer uma exibição de fogos de artifício para sua amante. Ainda ecoava em seus ouvidos o ultimato que sua sogra lhe dera no jantar de Natal da família Santos:— Diya, Zeus nem quer passar o Natal em casa porque não suporta ver você! Você está só ocupando espaço sem fazer nada. Se não conseguir engravidar do Zeus, é melhor acabar com esse casamento de uma vez e dar lugar a uma mulher que possa dar filhos para a família Santos!Já faziam dois anos de casamento. Diya sonhava todas as noites em ter um filh