Diya nunca imaginou que Luís viria até ela para exigir a devolução de Bianca.— Ah, que ótimo! — Eduarda levantou-se de repente, furiosa, apontando o dedo para Diya enquanto despejava sua indignação. — Você esconde a nossa filha e ainda vem aqui nos perguntar por ela? Você cresceu debaixo do nosso teto por tantos anos, mas hoje conseguiu me surpreender! Quem diria, hein? Diya, você é uma atriz nata! Um desperdício você não estar no mundo do entretenimento!Luís, sentado ao lado, aproveitou para engrossar o coro com um tom sarcástico:— Pois é. A minha própria filha, e olha no que deu! Nem parece mais a mesma. Vai ver foi algum tipo de maldição da família Ribeiro. Mas, bem, isso já nem importa tanto... Você nunca quis nos reconhecer como seus pais, mas Bianca, ah... Bianca é diferente. Nós ainda contamos com ela para cuidar de nós na velhice. E se não encontrarmos a nossa filha, o que vamos fazer, hein?Enquanto dizia isso, Luís começou a forçar algumas lágrimas, deixando-as escorrer pe
A ordem de Diya para que saíssem foi simples e direta. Sua paciência já estava completamente esgotada, e ela não estava disposta a perder mais um segundo sequer com aquelas duas pessoas. — Você! — Eduarda ficou com o rosto vermelho de raiva, o pescoço tenso, e apontou o dedo para Diya, mas, por mais que quisesse gritar, nenhuma palavra saía de sua boca. Diya, no entanto, não perdeu a compostura. Com um olhar frio, ela também levantou a mão, mas com uma diferença: ergueu três dedos. — Dou a vocês três segundos para saírem do Grupo Ribeiro. Se não forem, vou chamar os seguranças. — Disse ela com uma voz firme, sem qualquer hesitação. Ao ver a seriedade no rosto de Diya, Luís percebeu que ela não estava sequer cogitando brincar. Ele sabia que, se continuassem ali, seriam expulsos na frente de todos. De repente, os olhos de Luís ficaram vermelhos, e sua expressão mudou completamente. — Diya, minha filha, faz tanto tempo que não nos vemos, e é assim que você trata seu pai? — Dis
As palavras de Luís soaram incrivelmente sinceras. Ele olhava para Diya com uma expressão cheia de humildade e lealdade. Antes que Diya pudesse dizer qualquer coisa, ele ergueu três dedos e jurou com convicção:— Papai jura que, daqui em diante, nunca mais se importa com a Bianca, aquela ingrata! Uma filha tão problemática assim pode muito bem morrer no mundo!Diya permaneceu em silêncio, apenas observando cada movimento de Luís. Sua mente estava ocupada analisando o que ele realmente pretendia com toda aquela encenação.Mas Eduarda, ao ouvir o que Luís disse, explodiu de raiva. Ela, que até então estava do lado dele, sentiu-se completamente traída.— Luís! Você ainda tem coragem de dizer isso? Você ainda é humano? O sangue que corre nas veias da Diya também é seu, mas o da Bianca não é? — Eduarda colocou as mãos na cintura e, de repente, soltou uma risada fria. — Ah, agora entendi. Você está tentando se aliar à Diya porque ela virou a presidente do Grupo Ribeiro, não é? Bianca está de
— Diya, você ainda não vai desistir? Você destruiu toda a felicidade da sua irmã! Será que você vai continuar insistindo no erro? — Gritou Eduarda, com indignação, apontando o dedo para Diya.Diante das acusações de Eduarda, Diya apenas sentiu que tudo aquilo era absurdo. Como ela estava "insistindo no erro"? Na verdade, era ela quem estava decidida a se divorciar, enquanto Zeus fazia de tudo para impedi-la! Ele até teve a audácia de envolver o avô dela na situação, tentando forçá-la a ter filhos com ele. Era ultrajante!Porém, antes que Diya pudesse responder, Luís interrompeu, agarrando a mão de Eduarda com uma expressão dramática de dor:— Você sabia o tempo todo que a Bianca estava sendo protegida pelo Zeus? Por que não me contou antes? Você faz ideia de como eu fiquei preocupado com a Bianca?Mas Eduarda já tinha perdido a paciência com Luís e seu jogo de interesses. Ela puxou a mão com força, afastando-o, e gritou com raiva:— Preocupado? Preocupado com o quê? Você não está nem a
O rosto de Luís ficou pálido como papel. O silêncio tomou conta da sala, e o clima ficou extremamente constrangedor. Diya, no entanto, parecia ser a única que mantinha a compostura. Afinal, ela já sabia há muito tempo o quanto Bianca significava para Zeus. Nada do que ele fazia por Bianca a surpreendia mais. Mas, mesmo assim... por que ainda doía tanto? Com Luís e Eduarda encarando-a, Diya se esforçou para não mostrar qualquer fraqueza. Ela evitou instintivamente tocar no peito, onde sentia o peso de uma ferida invisível. “Diya, depois de tudo isso, ainda não percebeu? O Zeus só tem olhos para a Bianca! Você precisa esquecê-lo!” Disse para si mesma Diya.Antes que Diya pudesse responder, Zeus chegou. Não havia se passado nem dez minutos desde a ligação. Ao entrar na sala de espera, sua presença preencheu o ambiente. Alto, imponente e com um olhar frio, ele imediatamente dominou o espaço. Luís e Eduarda se sentaram mais eretos, e até a respiração deles parecia hesitante. Edu
Diya estava de pé em um canto, observando calmamente o desenrolar dos acontecimentos. As palavras de Zeus eram inacreditáveis, mas, mesmo assim, ela manteve a compostura, preferindo assistir à cena com tranquilidade. Ela queria saber como Zeus lidaria com as provocações e o drama sem fim de Eduarda.O que ela não esperava era que Zeus apenas erguesse o dedo indicador, pressionando-o contra os lábios enquanto fazia um leve "shhh".Eduarda imediatamente se calou. Seus olhos se arregalaram de medo enquanto encarava Zeus, a voz trêmula e cheia de pavor.— Você... o que você pretende fazer? Vai me mandar para o México também?Zeus soltou uma risada sarcástica, o som carregado de desprezo:— Como eu poderia? Você já está velha, seus órgãos não servem mais para nada. Mandar você para o México só faria com que reclamassem que você come demais.A voz de Zeus era dura e cheia de ironia, cruel o suficiente para arrancar qualquer resquício de esperança de Eduarda:— Eu só queria te avisar uma cois
Os acontecimentos foram tão rápidos que Diya mal conseguia entender o que estava acontecendo. Quando voltou a si, viu Zeus à sua frente, com o corpo vacilando, perto de desabar.Os seguranças imediatamente o seguraram, impedindo que ele caísse no chão. Diya se aproximou para perguntar como ele estava, mas, ao vê-lo de frente, seus olhos se fixaram na faca que antes estava nas mãos de Eduarda. Agora, ela estava cravada no abdômen de Zeus, de onde o sangue jorrava sem parar...A sala virou um caos. Zeus, já perdendo a consciência, agiu apenas por instinto. Ele segurou a faca enfiada em seu abdômen, arrancando-a com força e, sem hesitar, lançou-se na direção de Eduarda, tentando esfaqueá-la.Os policiais ficaram paralisados por um momento, mas logo correram em direção a Zeus, gritando:— Sr. Zeus, por favor, mantenha a calma!No último segundo, um dos policiais conseguiu puxar Eduarda, desviando seu corpo da trajetória do golpe. A faca, que teria sido fatal, atingiu apenas o braço dela.E
Diya soltou um leve riso irônico:— Se não fosse pela falta de atenção deles, como o Luís teria tido oportunidade de agir? Enfim, diga para os seus homens ficarem mais atentos da próxima vez.Ela suspirou. Não fazia sentido perder tempo culpando os seguranças agora. Esse tipo de problema era insignificante demais para ela gastar sua energia.Bernardo, no entanto, pareceu se lembrar de algo importante e comentou:— Mestre Zeus já foi levado para a sala de cirurgia. Ouvi dizer que a faca foi bem profunda e ele perdeu muito sangue. Você não vai até lá para vê-lo?Ele fez a pergunta quase sem olhar diretamente para Diya, mas acabou levantando os olhos no final de sua fala. A notícia de que a Srta. Ribeiro estava em processo de divórcio com Zeus já havia se espalhado por toda Malanje. Até mesmo Bernardo, que trabalhava diretamente com ela, não conseguia decifrar completamente seus sentimentos em relação a Zeus.— Não vou. Preciso de um pouco de paz. — Diya respondeu, massageando as têmporas