Karina de repente voltou a si, soltando um grito e cobrindo o rosto, antes de sair correndo do banheiro."Meu Deus! O que foi que eu fiz? Calma, calma, sou médica, só vi um homem, por que me espantar? Isso, exatamente."Karina se forçou a se acalmar, respirando profundamente até conseguir se recompor.Ademir ainda não tinha saído, então ela não teve outra escolha senão esperar por ele. Depois do que acaboude acontecer, Karina não ousava andar por aí ou olhar demais.Ela então percebeu que havia uma caixinha de joias sobre a mesa de apoio, aberta, revelando uma pulseira com diamantes.Karina murmurou baixinho:— Que linda.— Você gostou? — De repente, a voz de Ademir soou.Ademir tinha saído e se aproximava, se sentando à beira da cama.Karina sentiu o rosto esquentar, tomada por uma timidez repentina.— O quê?— Perguntei se você gostou dessa pulseira. — Ademir pegou a pulseira, que Júlio havia acabado de entregar.Por que ele estava perguntando isso para ela?Karina achou estranho, e,
Karina hesitou por menos de um segundo antes de entrar no carro. Quanto ao motivo de Túlio estar na Universidade J, ou se era apropriado ela entrar no carro dele, esses pensamentos tiveram que ser deixados de lado por enquanto.— Obrigada, quero ir para o Cemitério City West.Cemitério City West. Túlio conhecia bem aquele lugar. Nos tempos de juventude, quando estavam apaixonados, ele costumava acompanhar Karina lá para prestar homenagens nos aniversários da morte de Heloísa.No entanto, o que será que a estava deixando tão apressada hoje?Ele não perguntou muito, apenas pressionou o pedal do acelerador:— Certo.Quando chegaram ao destino, o carro mal havia parado e Karina já havia saltado, quase caindo.— Karina! — Túlio rapidamente a segurou. — Cuidado.— Estou bem. — Disse Karina apressadamente. — Obrigada por me trazer, desculpe por ter tomado seu tempo, você pode ir, eu vou me virar.Dizendo isso, ela se virou e começou a correr.Atrás dela, Túlio ficou paralisado. Será que Kari
— Eunice, que tal...— O que vocês estão esperando? Eu não estou pagando vocês? Rápido, comecem a cavar! — Eunice não deu a Lucas a menor chance de falar, e sua atitude só a deixou ainda mais irritada. — Cada segundo que vocês perdem, vou reclamar de vocês!Eunice refletiu por um instante, achando que suas palavras não tinham sido suficientes para intimidá-los, então acrescentou com ferocidade:— Vocês conhecem o Ademir, não é? Ele é o namorado da minha filha! Se vocês me deixarem irritada, estarão irritando minha filha, e se irritarem minha filha, vão deixar o Sr. Ademir irritado!Os homens, que ainda estavam hesitando em continuar a escavação, ao ouvirem isso, não tiveram mais dúvidas.Na Cidade J, quem não conhecia Ademir?— Cavem!— Não...Karina, em pânico, correu desesperadamente, tentando impedir os homens.Mas como ela poderia ser párea para aqueles homens fortes e robustos?Foi nesse momento que ela machucou a mão, e o sangue começou a escorrer imediatamente.Os homens, assust
Karina lançou um olhar ligeiro ao homem à sua frente e soltou um riso de autodepreciação.— Foi meu erro, eu interpretei mal, achando que essa pulseira era para mim. Naquele momento, você deveria ter me dito que eu estava enganada.— O que ela disse? — Ademir, por um momento, não conseguiu entender o que estava acontecendo.Karina continuou:— Sr. Ademir, no futuro, não dê algo destinado à sua namorada para outra pessoa. Agora que eu a peguei, você terá que comprar outra para a sua namorada. Não acha isso um incômodo?Ao terminar de falar, Karina se virou e começou a sair.Ademir ficou com o rosto sombrio, imaginando que Karina havia encontrado Vitória. Onde ela encontrou Vitória?Isso não era importante. O importante era que ela viu Vitória usando a pulseira.Então, Karina estava chateada?Por quê?Mesmo que alguém devesse estar chateado, deveria ser Vitória, não Karina.A pulseira era originalmente para Karina.No momento em que Karina abriu a porta, Júlio entrou.Ele sorriu e a cump
— Karina. — Patrícia tocou em Karina, lembrando ela. — Será que estão te chamando?Karina finalmente levantou a cabeça e olhou na direção indicada.Bem ao lado delas, um carro prata se movia lentamente, como se estivesse passeando.Ao perceber que ela havia notado, o carro parou, e Júlio saiu, abrindo a porta.— Karina, você está indo para onde? Com essas coisas pesadas, venha, o Ademir disse que te levará. — E, enquanto falava, ele já segurava a alça da mala, prestes a colocá-la no carro.— Não precisa! — Karina segurou firme, recusando friamente. — Eu vou a pé.Júlio, sem saber o que fazer, olhou para o banco de trás do carro.Através do vidro da janela, Ademir viu o que estava acontecendo e imediatamente ficou em alerta.Ademir saiu do carro na hora, passou por Júlio, pegou a mala e ordenou friamente:— Abra o porta-malas.— Claro, Ademir!Com facilidade, Ademir levantou a mala e a colocou no porta-malas.Karina, tanto surpresa quanto irritada, correu até ele e agarrou seu braço.—
O homem estava parado bem perto, seu rosto era incrivelmente bonito, mas naquele momento estava coberto por uma expressão sombria. No entanto, ele não demonstrava isso.Karina ainda estava de mau humor com ele, tudo por causa do incidente com a pulseira.Ademir era um homem, e realmente não havia lidado bem com a situação.Ademir disse:— Sobre a pulseira, eu errei. Mas você também me entendeu errado, essa pulseira era para você desde o início.A voz de Ademir era baixa, pois ele também temia que a situação ficasse embaraçosa.Karina ficou surpresa. Por que ele estava mencionando isso de repente? Além disso, ele estava se explicando para ela? Estava se desculpando?— O quê? O que você disse?Karina não conseguia acreditar.Nesse momento, o rosto de Ademir ficou vermelho, e ele disse:— Se você não ouviu, esqueça!Para ele, já era difícil explicar uma vez, e essa mulher ainda queria que ele repetisse?Ele nem olhou mais para o álbum.Aquela curiosidade que tinha momentos antes já havia
A questão do cemitério foi resolvida assim.E não foi só isso, Túlio também encontrou um padre e marcou um bom dia e horário para a cerimônia.Naquele dia, o céu estava claro, e uma leve brisa soprava.Simão e Patrícia acompanharam Karina.Quando chegaram ao cemitério, Túlio já estava lá, esperando por eles.Karina ficou surpresa e desviou o olhar.Patrícia franziu a testa e lançou um olhar irritado para Simão:– Como ele veio parar aqui?– Como eu vou saber? – Simão, com sua cara de pau, fingiu não saber de nada.– Karina. – Mesmo sendo ignorado, Túlio não parecia se importar. – Vim prestar minhas homenagens à sua mãe. Se eu não soubesse de nada, tudo bem, mas sabendo e não vindo, eu me sentiria muito mal.Patrícia imediatamente questionou:– Você se sentiria mal?– Patrícia! – Karina segurou o braço de Patrícia e balançou a cabeça, pedindo para que ela não dissesse mais nada.Patrícia apenas fez uma careta e ficou em silêncio.Karina então olhou para Túlio:– Obrigada por vir se desp
"O quê? A camisa foi feita por ela?"Ademir estava incrédulo. Ao olhar novamente para a camisa, de repente, pareceu-lhe ainda mais bonita.— Você está dizendo que essa camisa foi costurada por você, ponto por ponto, com suas próprias mãos?— Sim. — Karina apertou os lábios.Heloísa, antes de falecer, era designer de moda e chegou a ter um ateliê em casa. Quando Karina mal conseguia andar, já segurava uma agulha e linha.Embora Heloísa tivesse partido cedo, Karina tinha uma base sólida desde pequena, e talvez tivesse herdado o talento da mãe. Fazer uma camisa não era nada complicado para ela.Ademir, apesar de aparentar calma, estava profundamente chocado por dentro. "Essa camisa foi realmente costurada por ela! Cada ponto saiu das mãos de Karina!"Karina observou cautelosamente a expressão de Ademir:— Na última vez que fiquei brava com você, me senti muito mal.Ela não podia confessar que se sentia culpada por ter usado o dinheiro dele, então inventou essa desculpa. Mas isso, sem dúvi