Capítulo 33
Karina riu de raiva, balançando a cabeça:

— Eu queria dizer obrigada. Obrigada por me defender.

Ademir ficou surpreso, será que ele ouviu errado?

De repente, Ademir cobriu o ferimento, sentiu uma dor intensa.

— Ademir? — Karina se inclinou, nervosa, colocando a mão em seu abdômen.

Ele levantou o olhar para Karina, e seus olhos eram incrivelmente belos, como duas gotas de mercúrio branco, claras e translúcidas, e dentro desses olhos brilhantes, parecia haver pequenos fragmentos de mercúrio negro.

Lá dentro, havia apenas Ademir.

O coração de Ademir amoleceu.

No segundo seguinte, aquela sensação desapareceu.

Karina falou de forma severa:

— Eu te disse para não fazer esforço! E você ainda vai brigar com os outros! Quer voltar para a sala de cirurgia, é isso?

Essa mulher, mudava de atitude mais rápido do que virava uma página. Não tinha acabado de agradecê-lo?

Ademir segurou a mão dela:

— E por quem você acha que eu briguei? Se está achando ruim, então não se preoc
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