O que quer dizer com e se alguém ver?Antônio deu uma risada fria. O motorista estava tão assustado que suava frio.— Vá para o hospital. — Ordenou Antônio.— Sim, senhor. — Respondeu motorista.No hospital, Fábio estava fazendo birra e se recusava a comer:— Eu quero ver minha mãe. Por que ela não vem? Mamãe...A babá não sabia mais o que fazer:— Fábio, você sempre foi tão obediente. Por favor, seja bonzinho, está bem?Fábio sempre foi gentil com a babá, mas agora, querendo ver Francisca, não queria dar o braço a torcer.— Eu não vou comer. Chame minha mãe agora.A babá ficou em apuros, pois não tinha o contato de Francisca. De repente, a porta do quarto se abriu. Antônio estava parado do lado de fora.— Sr. Antônio.A babá chamou.— Saia. — Ordenou Antônio.A babá saiu do quarto e o segurança fechou a porta.Agora, só restavam Fábio e Antônio na sala. Fábio olhou para a cara fechada do pai, sem entender o que estava acontecendo.— Tio Antônio, onde está minha mãe? — Perguntou Fábio.
Fábio sabia que seu pai estava com ciúmes. Ele começou a contar nos dedos, de propósito:— Um, dois, três... pelo menos uns dez.Dez...Isso definitivamente mudou a percepção de Antônio. Antes, quando ele e Francisca se casaram, não havia nenhum homem ao redor dela. Agora, tinha dez?— E então? Ela aceitou? — Perguntou Antônio.Fábio se recostou na cama e acariciou a barriga cheia, respondendo de propósito:— Eu não sei. Eu não sigo minha mãe o tempo todo.Antônio se levantou:— Descanse bem.Fábio, vendo isso, agarrou a mão dele. Quando sentiu a mão larga e firme do pai pela primeira vez, experimentou uma nova sensação de segurança.— Tio Antônio, para onde você vai?Antônio não respondeu e perguntou:— Mais alguma coisa?Fábio, achando que já tinha provocado o suficiente, decidiu esclarecer:— Você sabia que eu já te vi antes, na TV? Toda vez que você aparecia, minha mãe ficava paralisada, olhando.Antônio ouviu isso e seus sentimentos se misturaram:— Durma bem.— Tá bom.Fábio dorm
Antônio estava de pé sob uma grande árvore na entrada. Embora não pudesse ver, os seguranças já tinham informado que Francisca e Ahri tinham chegado juntos.Francisca olhou para Antônio e parou. Ela se colocou na frente de Ahri, evitando problemas desnecessários.— Eu cheguei. Pode ir agora. — Disse Francisca.Ahri assentiu:— Tudo bem, até a próxima.O carro de Ahri chegou silenciosamente. Francisca esperou ele entrar no carro e então se virou para entrar no hospital.Quando chegou perto de Antônio, ela perguntou:— Posso ver o Fábio agora?O rosto frio de Antônio não mostrava emoção alguma:— A essa hora, a criança já está dormindo.Francisca olhou para o celular e viu que já eram dez horas. Ela tinha se envolvido tanto na discussão sobre a música com Ahri que perdeu a noção do tempo.— Tudo bem, eu vejo ele amanhã.Antônio, ao ouvir isso, agarrou seu braço:— Você está realmente preocupada com a criança ou está fingindo?Francisca apertou os dedos.— O que você quer dizer?— Você sa
— Não pode esperar até a manhã acabar? Está com tanta pressa para fazer o quê? — Perguntou Antônio.Francisca percebeu o tom sarcástico em suas palavras.— Antônio, você está sendo irracional. Eu sou a mãe do Fábio e tenho o direito de vê-lo.— Você fala de irracionalidade? — A voz de Antônio ficou subitamente fria. — E me separar do meu filho por cinco anos, não é irracional?Francisca sentiu como se tivesse levado um golpe no peito. Ela deu um passo para trás:— Tudo bem, espero até o meio-dia para vê-lo.Antônio se aproximou e jogou mais uma frase, sua voz dura como pedra:— Ao meio-dia, vou levá-lo de volta para a mansão antiga.Mansão antiga? Francisca lembrou-se instantaneamente da conversa entre Mestre Pareira e Sílvia há dois dias.— Não. Fábio precisa morar comigo. — Insistiu Francisca.— Morar com você? Para ver você namorando com outros homens? — Disse Antônio de forma cruel.Francisca ficou atordoada. Namorando?— O que você está dizendo?— Se tem tempo para discutir comigo
— Tem que pagar tanto assim? Ahri estava incrédulo.— O que você achava? Você sempre doa seu dinheiro ou gasta em futilidades. Agora não tem como pagar essa dívida. — Suspirou o agente.Ahri pediu para o agente calcular tudo. A única maneira de pagar a multa seria vendendo sua casa.— Então vamos vender a casa.Para Ahri, bens materiais como casa e carro não tinham tanta importância.— Você só pode estar brincando!Ignorando Ahri, o agente começou a procurar antigas parcerias. No entanto, todas as empresas estavam cientes da notícia e preferiam esperar até que a situação se resolvesse antes de retomar qualquer colaboração. Finalmente, quando o agente contatou o Grupo IM, obteve uma resposta diferente.— Contrato de três anos. Nossa empresa cuidará de todas as notícias negativas sobre Ahri na internet — Guilherme atendeu pessoalmente.O agente não consultou Ahri e aceitou o contrato. Ele pesquisou sobre a IM, que estava em rápida ascensão, sendo uma boa oportunidade de crescimento.Ahr
Francisca ficou constrangida e rapidamente diminuiu o volume do celular, mas, em um movimento descuidado, o aparelho escorregou e caiu sob o assento.Para piorar, as mensagens de áudio de Claudia começaram a tocar uma após a outra.[Se você decidir ficar com ele, me avise. Eu também quero conhecê-lo.][Ouvi dizer que ele nunca teve um relacionamento. Esses garotos inocentes são muito melhores que o Antônio...]Francisca se abaixou para pegar o celular, mas ele estava preso sob o assento e ela não conseguia alcançá-lo. Seu rosto ficou vermelho de vergonha. O motorista, sem saber o que estava acontecendo, olhou pelo retrovisor e, ao ver Francisca em uma posição comprometedora, rapidamente desviou o olhar.Finalmente, Francisca conseguiu pegar o celular e desligou as mensagens de áudio. Antônio estava com a expressão sombria:— Não disse que era só uma parceria profissional? Então você gosta de garotos mais novos?— Já falei, isso é um mal-entendido. — Explicou Francisca.Francisca rapida
Liliane viu Fábio e imediatamente sussurrou para Lívia:— Mãe, é aquele garoto. Não se deixe enganar pelo tamanho, ele é bem ardiloso.Lívia, ao ouvir isso, lançou um olhar feroz para Fábio:— Foi você quem machucou o Flávio?Flávio, sentado ao lado de Lívia, sentiu-se vitorioso ao ver que alguém estava defendendo sua causa e olhou para Fábio com desdém."Garoto tolo" Pensou Flávio. "Quer disputar o lugar de futuro herdeiro da Família Pareira comigo? Você ainda tem muito o que aprender."Na noite anterior, Liliane havia dito ao filho que Francisca não tinha apoio e que a Família Pareira seria dele no futuro.Francisca segurou a mão de Fábio:— Anteontem à noite, não fui clara o suficiente? Vovô, quer que eu repita mais uma vez?Mestre Pareira não gostava da atitude altiva de Francisca naquele momento e disse:— Francisca, anteontem à noite o Flávio estava confuso. O que você disse foi tudo baseado nas palavras do Fábio. Hoje, o Flávio me disse que nunca pensou em bater no Fábio.— Entã
Então, foi a vez de Fábio falar na gravação:— Você está me chamando? Por que eu deveria te ouvir?— Garoto selvagem, você tem coragem de me desafiar?— Flávio, se você quer um duelo, tem coragem de entrar sozinho?— Por que não teria?As poucas frases gravadas deixaram claro o que havia acontecido naquele dia.Flávio não esperava que Fábio tivesse gravado a conversa, e Liliane e os outros também ficaram surpresos.— Isso é falso, tudo falso... — Flávio olhou para Mestre Pareira com lágrimas nos olhos. — Bisavô, esse garoto selvagem está te enganando.Garoto selvagem... exatamente como ele havia chamado Fábio na gravação.Mestre Pareira, por mais que quisesse favorecer Flávio, não tinha mais como justificar:— Vocês ouviram, não é? Foi o próprio Flávio quem começou a confusão.Os pais de Liliane, que vieram especificamente para defender o neto, não aceitaram o resultado tão facilmente.Arlindo resmungou:— Algumas gravações provam o quê? Pode ser que esse garoto tenha provocado Flávio