Antônio também não quis perder mais tempo com eles e disse a Francisca:— Vamos embora.Francisca assentiu:— Vamos.Os dois saíram com Fábio.Roberto riu baixinho:— Que ridículo, ele ainda se acha o presidente do Grupo Pareira? Patético.Eles não faziam ideia da tempestade que estava por vir.No caminho de volta, Francisca agradeceu sinceramente a Antônio:— Obrigada por defender o Fábio.— Ele é meu filho, é claro que eu vou defendê-lo, não precisa agradecer. — Respondeu Antônio com a voz ainda fria.Francisca sentiu que ele estava prestes a explodir e preferiu ficar em silêncio.Mas Antônio voltou a falar:— Você realmente acredita que Fábio não enganou Flávio para ir até a gruta?— Como Fábio saberia dessas coisas? — Perguntou Francisca.Ela sempre via Fábio como um cordeirinho dócil.Antônio ficou em silêncio por um momento, sem mostrar a gravação das câmeras de segurança a Francisca.No vídeo, Fábio levava Flávio até a gruta e, em vez de sair rápido, ficava por perto, bocejando,
Um famoso cantor se viu na situação de ter que ser garoto-propaganda de um medicamento para disfunção erétil... E aquele tipo de slogan: [O que fazer quando falta energia na hora H?]Ahri ficou furioso, seu rosto escureceu como carvão:— Não disseram que eu seria o embaixador da marca?O agente de Ahri pegou o material do anúncio e também ficou chocado:— Desculpe, deve haver algum engano. Ahri é um cantor de renome internacional. Se ele aceitar esse tipo de anúncio, será um desastre para a carreira dele.Se não fosse pelo escândalo da noite anterior, que resultou na quebra de vários contratos de patrocínio, eles não teriam aceitado assinar o contrato tão precipitadamente.Os olhos de Guilherme estavam cheios de sarcasmo. Ahri teve a audácia de flertar com uma mulher casada e ainda espera ser o embaixador da nossa empresa?— Não há engano algum. No momento, o senhor Ahri só está apto para este tipo de anúncio. Fazer dele o embaixador da nossa empresa poderia prejudicar nossa imagem.
Francisca inicialmente recusou, mas não conseguiu resistir aos pedidos de Claudia e acabou aceitando.À noite, Claudia foi buscar Francisca. Ao ver o curativo no rosto dela, perguntou preocupada:— Francisca, como está seu rosto agora?— Está muito melhor. O médico disse que em poucos dias poderei tirar o curativo.— Ainda bem.Claudia, ao lembrar da cena do ferimento no rosto de Francisca, sentiu um calafrio:— Vamos?— Vamos.Francisca entrou no carro com Claudia e perguntou como Breno estava se saindo ultimamente.— Breno parece se adaptar bem em qualquer lugar. Hoje, o Sr. Fernando levou Breno para o encontro também. Pode ficar tranquila, a segurança é total e Breno não correrá nenhum risco. — Respondeu Claudia.Francisca assentiu e depois falou:— Claudia, eu já te disse, Antônio já sabe a identidade de Breno e Fábio. Acho que não vai demorar muito para eles irem atrás de Breno.Claudia também pensava nisso e, após um momento de silêncio, disse:— Vou conversar com o Sr. Fernando.
O vento frio assobiava nos ouvidos, e Admir ainda não soltava o braço de Francisca. Olhando-a nos olhos, perguntou novamente:— É verdade, Francisca?Ele passara todo o tempo no hospital estrangeiro pensando em voltar para encontrá-la, e agora ela estava apaixonada por outra pessoa? E essa pessoa era ninguém menos que seu próprio irmão gêmeo!Francisca não sabia o que dizer e negou veementemente:— Não.Ela havia se casado com Antônio por engano, confundindo-o com outra pessoa. E agora, recomeçava com ele por causa dos filhos.Ao ouvir a negação de Francisca, Admir não relaxou nem um pouco:— E quanto a mim?Na escuridão, seus lábios tinham um vermelho não natural.Francisca balançou a cabeça:— Nós já acabamos, solte-me, a culpa é minha.— Não quero ouvir desculpas.Admir levantou a outra mão, prestes a tocar o rosto de Francisca, quando um som de palmas soou, interrompendo:— Sr. Admir, o que está acontecendo aqui? Marcelo, vestindo um sobretudo preto, olhava fixamente para Admir, c
Não perguntar, não saber. Perguntar, se assustar.Claudia contou a Francisca que Ilídio a procurou para pedir que não se casasse com Marcelo. Ela, claro, não deu ouvidos a Ilídio, e durante a discussão, ele a beijou à força. Marcelo, ao ver a cena, não hesitou e deu um soco em Ilídio, que reagiu, e os dois começaram a brigar.— O que esse Ilídio quer? — Francisca franziu o cenho. — Ele não é casado? Pedir para você não se casar e ainda fazer isso, é nojento.Claudia assentiu:— Sim, na hora, eu queria matá-lo.Claudia se recostou na cadeira e respirou fundo.— Não sei o que eu via nele naquele momento. — Claudia riu de si mesma. — Talvez por achar que ele era bonito. Foi a primeira vez que vi um rapaz tão bonito...Ao falar de beleza, Francisca achava Marcelo mais atraente que Ilídio. Mas Claudia não se interessava por Marcelo, o que era estranho.— Francisca, estou tão confusa. Claudia abraçou Francisca.Francisca acariciou o ombro dela:— Claudia, pense bem. Não faça algo de que se
Depois de arranjar tudo, Antônio finalmente saiu do trabalho. Ao chegar na porta da mansão Oásis, ele não desceu do carro imediatamente, preferindo ficar sentado por alguns instantes.— Senhor, chegamos. — Lembrou Guilherme.Só então Antônio saiu do carro.Francisca estava no sofá, mexendo no celular, e acabou adormecendo de tanto sono.Quando Antônio chegou, a empregada disse que ela estava deitada no sofá. Ele se aproximou e tocou o braço dela.— Admir... — Disse Francisca.Por causa do que aconteceu na festa hoje, onde Admir segurou seu braço, ela instintivamente murmurou esse nome.A mão de Antônio se afastou imediatamente.Francisca acordou com seu próprio murmúrio e, ao abrir os olhos, viu Antônio com uma expressão fria, parado à sua frente:— Você voltou.Antônio não respondeu e subiu diretamente as escadas.Ignorada, Francisca sentiu um nó na garganta.Mais tarde, Antônio dormiu em seu próprio quarto. Francisca também dormiu sozinha.Fábio, ao levantar para ir ao banheiro, viu
O clima estava começando a esquentar e, quando a luz do sol entrou no quarto, Francisca percebeu que a neve lá fora já tinha derretido bastante. Ao olhar o relógio, viu que já eram nove horas da manhã. Hoje, ela precisava ir ao hospital para tirar as ataduras.Depois de organizar tudo para Fábio, Francisca estava prestes a sair quando ele segurou sua mão:— Mamãe, tio Antônio é realmente o meu pai, não é?Francisca sabia que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar essa questão e assentiu:— É, sim.— Mamãe, agora eu também tenho um pai, não sou mais um garoto sem pai, certo? Os olhos de Fábio brilhavam intensamente.Ao ouvir a expressão garoto sem pai, o coração de Francisca apertou. Nos últimos anos, ela sentia que devia muito ao filho.— Claro que sim, nosso Fábio e Breno têm um pai e uma mãe.Fábio continuou:— Mamãe, hoje, quando você voltar do hospital, você pode chamar o papai para irmos juntos à escola ver o irmão? Vamos fazer uma surpresa para ele.Francisca, ao ouvir isso
Antônio, naquela manhã antes de ir para a empresa, foi segurado pela mão de Fábio, que disse que o irmão queria vê-lo e pediu para que ele fosse à escola à tarde. Antônio pensou que realmente era hora de ver Breno, então concordou.À tarde, pediu ao motorista que o levasse para casa.Quando chegou, Francisca e Fábio já estavam prontos, esperando por ele.Fábio exclamou imediatamente:— Papai!— Sim. — Respondeu Antônio.Francisca se aproximou:— Vamos?Ela já tinha ligado para a família Santos, avisando que não precisava buscar Breno hoje.Os três entraram no carro, que ficou em um silêncio desconfortável. Fábio, sentado entre Francisca e Antônio, percebeu que precisava fazer algo.— Mamãe, por que você e o papai não dão as mãos? Eu vi outros pais segurando a mão um do outro com seus filhos. — Disse Fábio.Francisca também tinha notado e olhou para o rosto sério de Antônio, desviando o olhar rapidamente.No instante seguinte, Antônio estendeu a mão.Fábio incentivou:— Mamãe, segura a