Sílvia vestia um vestido branco, bem arrumada, parecendo bem mais jovem. Quando entrou e viu Fábio, lembrou-se de Antônio quando criança.— Fábio, eu sou sua avó. — Disse Sílvia.Sílvia se inclinou, tentando abraçar Fábio. Mas ele se afastou:— Senhora velha, a senhora está enganada, eu não sou seu neto.Sílvia ficou sem jeito. Era a primeira vez que ela se encontrava como avó e não sabia bem como agir. Imediatamente mandou seus assistentes colocarem os presentes na frente de Fábio:— Fábio, isso tudo é para você.Mais presentes. Fábio olhou e viu uma fileira de seguranças segurando os jogos mais recentes, bonecos e alguns modelos de alta qualidade... Tudo parecia caro. Essa avó má tinha bastante dinheiro e era generosa, bem mais que Gabriela, e parecia mais bondosa.— Desculpe, senhora, minha mãe me ensinou a não aceitar coisas de estranhos.Estranho... Sílvia sentiu um aperto no coração.— Fábio, eu não sou uma estranha, você vai entender isso em breve. Pode aceitar meus presentes se
Sílvia ficou chocada mais uma vez:— O quê?Fábio suspirou:— Eu sinto muita falta da minha mãe e do meu pai. Eles devem estar querendo me ver. Você também tem um filho. Se ele estivesse no hospital e não permitissem que você o visse, você não ficaria triste?Fábio não tinha visto a mãe o dia todo. Perguntou ao segurança e soube que seu pai tinha dito que ninguém poderia vê-lo sem sua permissão. Ele começou a odiar o pai novamente!Sílvia ouviu Fábio falar sem parar, cheia de razões, e sentiu-se ao mesmo tempo feliz e irritada. Pelo que ele dizia, ele ainda não sabia que seu verdadeiro pai era Antônio!Sílvia apertou os punhos em segredo, sentindo um desprezo crescente por Francisca.— Fábio, Antônio é seu verdadeiro pai. — Disse Sílvia.Fábio entendeu o motivo dela estar ali:— Bobagem.Ele não quis mais fingir com Sílvia. Pegou os brinquedos que ela trouxe e começou a jogá-los nela.Sílvia se esquivou apressada:— Fábio, como você pode me bater?— Eu vou bater em você, sua vilã! — Gr
O que quer dizer com e se alguém ver?Antônio deu uma risada fria. O motorista estava tão assustado que suava frio.— Vá para o hospital. — Ordenou Antônio.— Sim, senhor. — Respondeu motorista.No hospital, Fábio estava fazendo birra e se recusava a comer:— Eu quero ver minha mãe. Por que ela não vem? Mamãe...A babá não sabia mais o que fazer:— Fábio, você sempre foi tão obediente. Por favor, seja bonzinho, está bem?Fábio sempre foi gentil com a babá, mas agora, querendo ver Francisca, não queria dar o braço a torcer.— Eu não vou comer. Chame minha mãe agora.A babá ficou em apuros, pois não tinha o contato de Francisca. De repente, a porta do quarto se abriu. Antônio estava parado do lado de fora.— Sr. Antônio.A babá chamou.— Saia. — Ordenou Antônio.A babá saiu do quarto e o segurança fechou a porta.Agora, só restavam Fábio e Antônio na sala. Fábio olhou para a cara fechada do pai, sem entender o que estava acontecendo.— Tio Antônio, onde está minha mãe? — Perguntou Fábio.
Fábio sabia que seu pai estava com ciúmes. Ele começou a contar nos dedos, de propósito:— Um, dois, três... pelo menos uns dez.Dez...Isso definitivamente mudou a percepção de Antônio. Antes, quando ele e Francisca se casaram, não havia nenhum homem ao redor dela. Agora, tinha dez?— E então? Ela aceitou? — Perguntou Antônio.Fábio se recostou na cama e acariciou a barriga cheia, respondendo de propósito:— Eu não sei. Eu não sigo minha mãe o tempo todo.Antônio se levantou:— Descanse bem.Fábio, vendo isso, agarrou a mão dele. Quando sentiu a mão larga e firme do pai pela primeira vez, experimentou uma nova sensação de segurança.— Tio Antônio, para onde você vai?Antônio não respondeu e perguntou:— Mais alguma coisa?Fábio, achando que já tinha provocado o suficiente, decidiu esclarecer:— Você sabia que eu já te vi antes, na TV? Toda vez que você aparecia, minha mãe ficava paralisada, olhando.Antônio ouviu isso e seus sentimentos se misturaram:— Durma bem.— Tá bom.Fábio dorm
Antônio estava de pé sob uma grande árvore na entrada. Embora não pudesse ver, os seguranças já tinham informado que Francisca e Ahri tinham chegado juntos.Francisca olhou para Antônio e parou. Ela se colocou na frente de Ahri, evitando problemas desnecessários.— Eu cheguei. Pode ir agora. — Disse Francisca.Ahri assentiu:— Tudo bem, até a próxima.O carro de Ahri chegou silenciosamente. Francisca esperou ele entrar no carro e então se virou para entrar no hospital.Quando chegou perto de Antônio, ela perguntou:— Posso ver o Fábio agora?O rosto frio de Antônio não mostrava emoção alguma:— A essa hora, a criança já está dormindo.Francisca olhou para o celular e viu que já eram dez horas. Ela tinha se envolvido tanto na discussão sobre a música com Ahri que perdeu a noção do tempo.— Tudo bem, eu vejo ele amanhã.Antônio, ao ouvir isso, agarrou seu braço:— Você está realmente preocupada com a criança ou está fingindo?Francisca apertou os dedos.— O que você quer dizer?— Você sa
— Não pode esperar até a manhã acabar? Está com tanta pressa para fazer o quê? — Perguntou Antônio.Francisca percebeu o tom sarcástico em suas palavras.— Antônio, você está sendo irracional. Eu sou a mãe do Fábio e tenho o direito de vê-lo.— Você fala de irracionalidade? — A voz de Antônio ficou subitamente fria. — E me separar do meu filho por cinco anos, não é irracional?Francisca sentiu como se tivesse levado um golpe no peito. Ela deu um passo para trás:— Tudo bem, espero até o meio-dia para vê-lo.Antônio se aproximou e jogou mais uma frase, sua voz dura como pedra:— Ao meio-dia, vou levá-lo de volta para a mansão antiga.Mansão antiga? Francisca lembrou-se instantaneamente da conversa entre Mestre Pareira e Sílvia há dois dias.— Não. Fábio precisa morar comigo. — Insistiu Francisca.— Morar com você? Para ver você namorando com outros homens? — Disse Antônio de forma cruel.Francisca ficou atordoada. Namorando?— O que você está dizendo?— Se tem tempo para discutir comigo
— Tem que pagar tanto assim? Ahri estava incrédulo.— O que você achava? Você sempre doa seu dinheiro ou gasta em futilidades. Agora não tem como pagar essa dívida. — Suspirou o agente.Ahri pediu para o agente calcular tudo. A única maneira de pagar a multa seria vendendo sua casa.— Então vamos vender a casa.Para Ahri, bens materiais como casa e carro não tinham tanta importância.— Você só pode estar brincando!Ignorando Ahri, o agente começou a procurar antigas parcerias. No entanto, todas as empresas estavam cientes da notícia e preferiam esperar até que a situação se resolvesse antes de retomar qualquer colaboração. Finalmente, quando o agente contatou o Grupo IM, obteve uma resposta diferente.— Contrato de três anos. Nossa empresa cuidará de todas as notícias negativas sobre Ahri na internet — Guilherme atendeu pessoalmente.O agente não consultou Ahri e aceitou o contrato. Ele pesquisou sobre a IM, que estava em rápida ascensão, sendo uma boa oportunidade de crescimento.Ahr
Francisca ficou constrangida e rapidamente diminuiu o volume do celular, mas, em um movimento descuidado, o aparelho escorregou e caiu sob o assento.Para piorar, as mensagens de áudio de Claudia começaram a tocar uma após a outra.[Se você decidir ficar com ele, me avise. Eu também quero conhecê-lo.][Ouvi dizer que ele nunca teve um relacionamento. Esses garotos inocentes são muito melhores que o Antônio...]Francisca se abaixou para pegar o celular, mas ele estava preso sob o assento e ela não conseguia alcançá-lo. Seu rosto ficou vermelho de vergonha. O motorista, sem saber o que estava acontecendo, olhou pelo retrovisor e, ao ver Francisca em uma posição comprometedora, rapidamente desviou o olhar.Finalmente, Francisca conseguiu pegar o celular e desligou as mensagens de áudio. Antônio estava com a expressão sombria:— Não disse que era só uma parceria profissional? Então você gosta de garotos mais novos?— Já falei, isso é um mal-entendido. — Explicou Francisca.Francisca rapida