Francisca ainda se lembrava até hoje do rosto de Antônio, que estava especialmente desagradável naquele momento. Ele a puxou para um lugar vazio e a repreendeu:- Você não acha que já está sendo humilhante o suficiente?Antônio jogou as rosas que ela segurava no lixo:- Vá trabalhar, não fique o dia todo mexendo com essas coisas bagunçadas.Naquele momento, Francisca ficou parada, apenas olhando para ele, sentindo seu coração se esfriar pela metade.- As pessoas geralmente são os homens que se declaram para as mulheres. Eu pensei que, ao me declarar para você, você ficaria feliz. - Disse Francisca.Afinal, os dois estavam casados e não havia progredido nada sobre amor, ela só...- A partir de agora, não fale mais sobre amor comigo, é infantil.Saiu Antônio, lançando essa frase.A partir desse momento, Francisca nunca mais ousou dizer eu te amo. Com tantos casais íntimos na rua, ela nunca teve a sensação de ter referendo o amor todos os dias.Ainda não estava escuro, e o som de fogos de
Antônio ouviu passos e olhou em direção à porta. Francisca se aproximou dele e perguntou:- Você machucou o Henrique?Antônio prendeu a respiração por um momento.- Não minta. - Acrescentou Francisca rapidamente.Antônio sentiu um aperto no coração e respondeu abafadamente:- Sim.- O quê? Você realmente o machucou?Francisca não conseguia acreditar.Um homem cego, como Antônio, teria realmente batido em Henrique, e ainda o deixou gravemente ferido. Francisca estava tão irritada que não sabia o que dizer, então deu um soco no ombro de Antônio. Antônio ficou completamente chocado, não esperava que Francisca fosse bater nele por causa de Henrique. Embora não tinha sido um golpe muito forte, ele se sentiu especialmente indignado. Afinal, ele era um homem! Se ela queria brigar, que brigasse, desde que não o matasse, que tivesse sorte. Embora pensasse assim, Antônio não ousou dizer isso em voz alta.- Francisca, é normal que haja conflitos entre homens, especialmente nós, rivais amorosos.
Assim que Francisca chegou em casa, ela deu a comida que comprou para Fábio, para que ele enchesse o estômago. Em seguida, ela foi para a cozinha ocupar-se, ignorando Antônio. No começo, Antônio pensou que era apenas um momento de mau humor dela, mas mesmo durante o jantar de Ano Novo, Francisca continuou ignorando-o.Fábio também percebeu a atmosfera estranha entre os dois e ele estava mais feliz do que qualquer um. “Papai deve ter feito algo para irritar a mamãe, bem feito!”Durante a refeição, Fábio propositalmente, na frente de Antônio, pegava comida para Francisca e até pedia para ela alimentá-lo:- Mamãe, eu quero comer frango, está muito longe, você pode me alimentar?- Claro.Francisca cuidou de Fábio o tempo todo. Antônio tentou pegar comida algumas vezes de falha, mas ela o ignorou. Depois de terminarem a comida, todos assistiram televisão juntos. Na sala, apenas Francisca e Fábio conversavam.Quando Francisca foi ao banheiro, Fábio se gabou para Antônio:- Tio Antônio, agor
- Então, espere até que você peça desculpas e faça as compensações para falarmos. Eu vou tomar banho, solte-me. - Disse Francisca.Antônio soltou sua mão, deixando uma leve marca de mordida em suas costas.Depois que ela saiu, Antônio ligou para Guilherme:- Faça com que alguém investigue o paradeiro do Henrique.Guilherme ficou confuso, não era preciso esperar até o Ano Novo para matar alguém, não era?- Senhor, já verificamos alguns dias atrás, parece que o Henrique ainda não se recuperou. Você quer dizer que devemos agir agora durante as festas de fim de ano? - Perguntou Guilherme.As próximas palavras de Antônio deixaram Guilherme completamente surpreso.- Você deve garantir a segurança dele, não deixe que ele morra.- O quê?Guilherme achou que tinha entendido errado.- Francisca descobriu sobre o Henrique e me pediu compensação e desculpas. Organize tudo para devolvermos alguns dos projetos que roubamos, como forma de compensação e desculpas. - Disse Antônio, relutante. Era a pri
Francisca estava um pouco preocupada. Se levasse Fábio para a Família de Pareira, não sabia se seria notado por certas pessoas da Família de Pareira. Sílvia sempre estava prestando atenção em Breno.Francisca estava prestes a recusar quando Fábio concordou rapidamente:- Ok, tio Antônio. Tio Antônio, você vai me levar para casa agora, certo? Você vai ser meu padrasto?Fábio estava cheio de curiosidade em seus olhos.A palavra padrasto deixou Antônio com uma expressão estranha. Fábio, de propósito, gritou alto: - Padrasto, vamos para casa.Francisca quase cuspiu o leite que estava bebendo:- Fábio, não grite assim.Fábio teve que segurar seu lado travesso:- Mamãe, vamos voltar com o tio Antônio para casa, estou entediado ficando em casa todos os dias. O médico também disse que eu deveria sair mais e relaxar um pouco, para que a dor não seja tão intensa.Desde que Fábio mencionasse sua doença como desculpa, Francisca nunca o recusaria:- Está bem.Francisca pensou que, se Antônio conti
Francisca e Fábio estavam do lado de fora, a mãe bonita e o filho adorável. Alguém espiou secretamente e viu que a criança se parecia muito com Antônio. Fábio também percebeu aqueles olhares hostis e franziu a testa. Realmente, não havia uma boa pessoa na família do pai.- Mamãe, preciso fazer xixi. - Disse Fábio.- Tudo bem, eu te levo. - Respondeu Francisca.Ela o levou até um banheiro próximo. Quando chegaram lá, Fábio disse:- Mamãe, você pode voltar e esperar pelo tio Antônio. Senão, ele pode não nos encontrar quando sair. Eu me lembro do caminho, posso ir até lá sozinho mais tarde.Francisca viu que o banheiro não estava longe e concordou:- Certo, se não me encontrar, me ligue.Tanto Fábio quanto Breno estavam com seus relógios telefones.- Tudo bem. - Assentiu Fábio várias vezes e entrou no banheiro masculino.Enquanto isso, na sala de estar, a maioria dos parentes de Antônio estava presente, mas Admir não estava em lugar algum. Roberto havia acabado de sair do hospital e manti
A sogra de Liliane, a mãe de Roberto, costumava ser apenas uma modelo de passarela, nunca recebendo o devido respeito, mas Sílvia era diferente. A família de Sílvia, o Grupo Chico, era uma empresa de destaque, com vários irmãos poderosos e ricos, controlando tudo. Conseguir o que quer era moleza para eles.Liliane sempre se ressentiu de não ser nora de Sílvia. Se fosse, seu filho Flávio já teria uma participação na Grupo Pareira. Liliane se sentia frustrada, mas não podia demonstrar nada. Ela cumprimentou educadamente para Sílvia e depois para a elegante Cristina ao lado. Cristina sorriu para ela e disse:- Cunhada.- Sim.Liliane assentiu e se afastou. Cristina observou sua partida com satisfação. Parecia que ela não era a única que não suportava Francisca. Ela teria que estabelecer uma conexão secreta com Liliane.Sílvia não viu Fábio e acabou perguntando a Francisca:- Onde está aquele menino que veio com você?- Fábio foi ao banheiro. - Respondeu Francisca honestamente.Sílvia olho
Fábio como poderia fazer algo tão desleixado? Na verdade, ele apenas respingou água na calça de Antônio. Ele fingiu que estava limpando:- Minha mãe disse que ser padrasto é mais difícil do que ser pai biológico, não fique bravo comigo, vou limpar para você.As pessoas quase riram em voz alta. Até Mestre Pareira, que raramente sorria, quase não conseguiu se conter. Mas ele ainda tinha bom senso, de onde surgiu essa criança? Era que era realmente filho de Antônio?Quando Mestre Pareira estava prestes a perguntar, Flávio, sentado ao seu lado, ficou surpreso: - Breno, como você chamou meu tio?Breno?Fábio não estava mais fingindo, olhou para Flávio com olhos bem abertos:- Eu não chamo Breno, eu sou o Fábio, o tio Antônio vai se tornar meu padrasto em breve, ele está com minha mãe.Ao ouvir isso, Flávio ficou completamente atordoado. Ele se parecia tanto com Breno, por que não o chamava assim? Ele olhou atentamente para Fábio, a única diferença era o pequeno garoto na sua frente, pareci