- Que tal construir um boneco de neve? - Perguntou Antônio de repente.Ele lembrava que Francisca gostava da neve, como uma criança, mas no passado sempre ele a achava infantil.Francisca não esperava que ele sugerisse construir um boneco de neve, seus olhos brilharam por um instante e logo se apagaram:- Não, está muito frio lá fora, além disso é muito infantil.Antônio engoliu em seco.Francisca entrou no quarto:- Vou descansar, saia um pouco.Antônio achava que ela insistiria para que ele ficasse, como fez na noite anterior, mas para sua surpresa, ele saiu. Francisca suspirou aliviada e trancou a porta imediatamente, colocando algo para bloquear a entrada. Deitada na cama, ela logo adormeceu.Na manhã seguinte.Francisca acordou com a neve caindo lá fora, os flocos já eram bem menores e o sol brilhava. Ela abriu as cortinas, se preparando para se arrumar, quando de repente viu uma infinidade de adoráveis bonecos de neve no chão coberto de neve.Francisca ficou surpresa e abriu a p
Ficou um silêncio no ambiente. Sílvia levou um tempo para falar: - Sim, é ela.Cristina sorriu com um leve tom de sarcasmo:- Falando nisso, ela é filha da minha madrasta. Como irmã mais velha, desde que voltei, ainda não tive a oportunidade de conhecê-la.Sílvia concordou em permitir o casamento de Cristina com Admir e, naturalmente, investigou o background dela. Ela descobriu que Gabriela tinha muito respeito por Cristina e, ao saber da influência de sua própria mãe, Lara, acabou aprovando-a. Ela não queria outra nora tão inútil como Francisca.- Haverá muitas oportunidades para se conhecerem no futuro. Sílvia mudou de assunto, claramente evitando falar sobre Francisca.Cristina estava testando sua futura sogra e queria saber o que ela achava de Francisca. Agora, parecia que, quando se casasse com Admir, ela certamente teria controle sobre as finanças da Família de Pareira. Depois do jantar, Cristina saiu para dar um passeio com Admir. Sílvia a convidou para ficar, e ela não recuso
Ao chegarem à antiga mansão da Família de Pareira, a noite já havia caído.A empregada veio abrir a porta:- Mestre Antônio, Srta. Francisca, o jantar está pronto, só estão esperando vocês.Antônio perguntou à empregada sem expressão no rosto:- Como você se refere à Francisca?Antônio se lembrava de ter dito a todos os empregados antes de perder a memória que Francisca era a Sra. Francisca na Família de Pareira.A empregada abaixou a cabeça e imediatamente corrigiu:- Sra. Francisca.A empregada, era claro, se lembrava das palavras de Antônio, mas agora Admir era o chefe e ela costumava implicar com Francisca antes, já estava acostumada.Francisca não esperava que Antônio a defendesse. Surpresa, ela passou a ter uma visão diferente dele.Depois de descerem do carro juntos, foram para a sala de jantar.Admir e Cristina já estavam lá há algum tempo. Por causa dos acontecimentos do dia, Cristina estava discretamente aborrecida. Rapidamente, ela avistou o casal Antônio e seus olhos se fix
Cristina se levantou para ir junto, mas foi impedida por Admir:- Cristina, espere por mim aqui.Sua voz era gentil e, diante de Sílvia, Cristina não pôde recusar. Por dentro, Cristina estava insatisfeita. Afinal, ela logo se tornaria sua noiva e deveria ser a primeira a ser acompanhada. Quando Admir saiu, ela apertou com força a palma da mão.Lá fora, na escuridão da noite, a nevasca era intensa. Francisca pensou que Admir a levaria apenas até a porta e não recusou. Segurando a aba do casaco de Antônio, ela começou a caminhar, sem entender por que sua visão começou a ficar embaçada, nem conseguia enxergar claramente o caminho. Ela beliscou a própria mão para se manter lúcida.Antônio sabia que Admir os seguia e segurou firmemente a mão de Francisca, que estava quente.Francisca imediatamente ficou desperta e tentou puxar a mão, mas Antônio a segurou ainda mais forte e disse a Admir atrás deles:- Chega, se tiver tempo, é melhor focarmos em administrar bem a empresa.Admir parou de rep
No carro. Francisca sentia-se muito desconfortável, o médico disse que uma taça pequena de vinho não faria mal, mas hoje ela estava se sentindo especialmente mal, sonolenta e quente.- Antônio, para onde estamos indo, estou enjoada de carro.- Apoie-se em mim e durma um pouco, assim você não ficará enjoada.Antônio acalmou-a em voz suave.Francisca encostou-se no ombro dele e fechou os olhos. Estavam muito próximos, Antônio podia sentir o suave aroma que ela exalava. Ele reprimiu a agitação em seu coração.Finalmente, o carro chegou ao hospital. Antônio carregou Francisca diretamente para a sala de recepção privada.Após um exame completo, felizmente, o que foi adicionado à bebida não causou danos ao corpo dela. Assim que o efeito do medicamento passasse, estaria tudo bem. Marcelo chegou apressadamente ao quarto: - Antônio, o que aconteceu?Nesse momento, Francisca já estava adormecida. Depois de fazer um gesto para ele ficar quieto, Antônio levou Marcelo para fora do quarto.- Antôni
Cristina exibia um olhar altivo:- Afinal, minha madrasta é sua própria mãe biológica.Ao ouvir isso, Francisca respondeu diretamente:- Se você quer ser a Senhora da Família de Pareira, naturalmente deve me chamar de cunhada.Cristina engasgou. Não sabia porquê, mas desde que viu Admir acompanhando Francisca de volta na noite anterior, um instinto feminino a fez sentir aversão por Francisca.- Ainda prefiro te chamar de irmã, afinal, eu ainda não me casei. - Cristina concluiu e se aproximou. - Irmãzinha, hoje vou precisar que você me acompanhe para comprar as coisas necessárias para o noivado.Se não fosse por Admir, Francisca nem sequer consideraria lidar com ela:- Espere dez minutos.Após dizer isso, Francisca deixou Cristina sozinha na sala de estar e foi se arrumar.Cristina olhou ao redor. A Família de Pareira era realmente a maior de Cidade C. A residência de Antônio, embora discreta, exalava luxo em todos os cantos. Em comparação, o lugar onde Admir morava era muito mais simpl
Gabriela ficou pálida de repente, pensando se Francisca descobriu algo. Francisca continuou:- Por que minha própria filha biológica é inferior a uma enteada? Se você me odeia tanto, por que me trouxe ao mundo?Gabriela relaxou um pouco, soltando um sorriso sarcástico:- Se não fosse pelo seu pai, eu nunca teria te querido, o seu nascimento foi um erro!Francisca já ouviu essa resposta inúmeras vezes, pensava que já não se importava mais, mas seu coração ainda doía inexplicavelmente. Talvez ela realmente desejasse ter o amor materno como qualquer outra pessoa.Francisca olhou indiferente para Gabriela:- Se eu pudesse escolher, eu também não gostaria de ser sua filha.Dito isso, ela se afastou rapidamente.Gabriela observou as costas de Francisca se afastando e apertou silenciosamente as mãos. Nesse momento, Cristina se aproximou:- Mãe, o que vocês estavam conversando?Gabriela recobrou o sentido, seus olhos não mostravam indiferença em relação a Francisca, apenas ternura:- Nada impo
Francisca apoiou Admir de volta ao lugar onde ele morava antes de ir embora. Ela só voltou depois disso. Assim que entrou na sala, sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. Em um dia tão frio, o aquecedor sequer estava ligado.Francisca enrolou seu casaco mais apertado ao redor de si e entrou. Lá, ela viu Antônio sentado sozinho no sofá, com um rosto bonito, mas frio como gelo. Desde que ele perdeu a memória, Francisca raramente o via assim.- Por que não ligou o aquecedor? Você não sente frio? - Perguntou Francisca.Antônio olhou para ela ao ouvir sua voz:- Com tanta raiva, como poderia sentir frio?Sua voz irônica deixou Francisca ainda mais confusa:- O que quer dizer? O que quer dizer com tanta raiva?Antônio não podia acreditar que, mesmo agora, Francisca ainda estava fingindo. Ela realmente achava que ele era cego!Sem perder tempo com palavras, ele simplesmente tirou um maço de fotos e jogou na direção dela. As fotos se espalharam pelo chão, mostrando Francisca e Admir abra