Antônio voltou para casa, procurando por Francisca em todos os lugares. Ele estava um pouco irritado. Sempre que saía, ele deixava uma mensagem, mas não fazia ideia para onde ela tinha ido.Francisca havia contratado uma cuidadora para cuidar de Helena e preparar as refeições na cozinha. Vez ou outra, ela olhava para Antônio, com uma expressão de aborrecimento, e não pôde deixar de lembrá-lo:- Srta. Francisca pode não retornar nos próximos dias. Ela me pediu para cuidar da Sra. Helena. A cuidadora disse com uma voz desconhecida.- Quem é você? - Perguntou Antônio, ouvindo a voz estranha.- Senhor, sou a cuidadora contratada pela Srta. Francisca para cuidar da idosa. - A cuidadora saiu e só então percebeu que ele era cego, incapaz de ver. Ela acrescentou rapidamente. - Senhor, cuidar de duas pessoas requer um pagamento extra. A senhorita Francisca só me disse para cuidar da idosa, não mencionou que eu também teria que cuidar de um cego.Um após o outro, ela se referiu a ele como cego.
Antônio estava parado na porta, ouvindo a conversa do lado de fora. Seu rosto não mostrava nenhuma expressão, mas suas orelhas estavam vermelhas.- Estão perguntando sobre vocês. Antônio disse aos seguranças.Os seguranças balançaram a cabeça negativamente. Em breve, os vizinhos começariam a lhes apresentar namoradas.Helena vivia em uma área remota de Cidade Sambo. As pessoas aqui só sabiam que Francisca era filha de sua empregadora, mas depois ocorreu algum problema e parecia que a Francisca tinha falecido. Mais tarde, descobriram que era um mal-entendido.A razão pela qual nunca encontraram Helena antes era porque, há cinco anos, Antônio veio com muitas pessoas e levou alguns vizinhos para interrogatório. Todos pensaram que Helena e eles tinham ofendido alguém muito poderoso, então, depois disso, tiveram medo de se aproximar de Helena.Quando Antônio perguntou sobre o paradeiro de Francisca e Helena naquela época, eles nem ousaram olhar para ele, então não reconheceram Antônio. Hoj
Antônio vagamente se lembrou de algo que aconteceu cinco anos atrás. Ele se lembrou de quando abandonou Francisca sozinha no dia do casamento. Lembrou-se do rosto cheio de lágrimas de Francisca quando seu pai faleceu, enquanto ele não mostrou nenhuma preocupação, apenas se importando com a traição da Família Oliveira. Antônio tentou se lembrar de mais, mas sua cabeça começou a doer ainda mais. Ele só pôde desistir de tentar lembrar e olhar na direção de Helena.- Helena, não posso prometer isso para você. - Disse Antônio. Helena ficou surpresa e então ouviu Antônio dizer:- Não posso permitir que a mulher que amo se case com outro homem. Eu prometo que vou mudar, serei bom com Francisca e nunca mais a machucarei.Helena não acreditava nas palavras falsas dele:- No fundo, sua mudança agora é porque você não pode mais ver. Se você estivesse bem, nunca seria bom para Francisca.Antônio não tinha argumentos. Agora, ele só poderia mostrar a Helena sua mudança para que ela acreditasse nele
- O que? - Perguntou Claudia, confusa.- O testamento do meu pai. - Respondeu Francisca.Antes de morrer, Domingo, preocupado com a possibilidade de a empresa cair nas mãos do filho irresponsável, fez um testamento secreto. Nele, parte dos seus bens foram deixados para Francisca, um bilhão de reais em fundos, e outra parte dizia que Francisca poderia assumir toda a herança, incluindo o Grupo Oliveira, ficando a seu critério decidir se aceitaria ou não.Esse testamento sempre esteve guardado com Francisca, ela nunca o havia mostrado. Se o mostrasse, o testamento original de Gabriela perderia sua validade legal.Quando Francisca se formou, ela não tinha interesse em administrar a empresa e nem em tomar a herança de sua mãe e irmão. Além disso, mesmo que ela mostrasse o testamento, sem nenhum poder por trás, ele não seria reconhecido.Mas agora era diferente, Francisca não era mais a jovem de coração mole de antes. Se Gabriela e os outros a pressionaram demais, ela não tinha medo de lutar
Catarina ouviu e perdeu toda a sua dignidade. Na frente de Claudia, ela se ajoelhou diretamente diante de Francisca:- Francisca, desculpe.Francisca ficou surpresa. Mas o primeiro pensamento de Claudia foi que Catarina estava tramando algo.- Catarina, o que você está fazendo? - Perguntou Claudia.Catarina ignorou Claudia e bateu a cabeça com força diante de Francisca:- Eu estava errada no passado, não deveria ter me passado por você para salvar as pessoas, nem deveria ter me voltado contra você. Desculpe, espero que você possa me perdoar.Francisca também não sabia por que Catarina estava agindo assim. Com base no seu conhecimento sobre Catarina, a menos que ela estivesse desesperada, ela nunca se ajoelharia diante de si mesma.Enquanto Catarina ficava de bruços no chão, seus olhos ficaram vermelhos. Não era por culpa, mas por inveja e raiva. Quem ela pensava que era para pedir desculpas a Francisca? Um dia, ela faria Francisca se ajoelhar aos seus pés também!Francisca se aproximou
Em breve, uma empregada abriu a porta da mansão e, ao ver a aparência simples de Francisca, um olhar de desprezo passou por seus olhos:- Você é a Francisca?- Sim. Estou procurando Gabriela e Lorenzo.A empregada os deixou entrar e, a caminho da sala de estar, informou Francisca:- A Sra. Gabriela saiu para outro assunto, e o Mestre Lorenzo está em casa.Sra. Gabriela...Mestre Lorenzo...Parecia que Gabriela e Lorenzo estavam indo bem nesses últimos anos.Na sala de estar, Lorenzo já estava esperando. Ele usava um terno sob medida caro, com um relógio Patek Philippe de valor milionário em seu pulso, até os botões de suas mangas valiam dezenas de milhares.Quando Francisca entrou, ele estava segurando uma famosa pintura do mundo para admirar. Claramente, ele não entendia o significado da arte e perguntou diretamente ao entregador da pintura: - Quanto custa essa pintura?- Nosso chefe gastou cento milhões em um leilão.O entregador o olhou com bajulação.- Cento milhões, tudo bem, eu
Francisca levantou a mão e massageou o pescoço dolorido antes de sair.Lorenzo, que estava caído de dor, não conseguia nem se levantar:- Francisca, como você ousa trazer pessoas para me bater? Você sabe quem eu sou agora?Francisca olhou para Simão. Sem hesitar, Simão chutou novamente o peito de Lorenzo.- Retire o processo! A voz fria de Simão ecoou.Lorenzo tentou abrir as pernas de Simão, mas não conseguiu. Ele implorou desesperadamente:- Está bem, eu retiro, retiro!Simão não retirou o pé. Os empregados ao redor viram o estado de Lorenzo e não ousaram ajudar.Lorenzo sentia cada órgão interno doer, seus olhos estavam cheios de lágrimas:- Irmã, eu errei, por favor, faça ele parar, eu vou morrer.Só quando estava completamente dominado, Lorenzo chamava Francisca de irmã. Francisca lembrou da infância, quando Lorenzo a batia, no começo ela se defendia. Naquela época, Lorenzo era mais novo e não podia vencer.Toda vez que ele a espancava, ele chorava miseravelmente e dizia:- Irmã,
Fábio?Breno ficou um pouco confuso. Mas logo entendeu, esses caras o confundiram com Fábio. Breno conhecia Guilherme, era um capanga do seu pai abusivo, também não era uma boa pessoa, provavelmente também não poupava sua mãe de sofrimento.- Por que você está me segurando?Breno perguntou calmamente a Guilherme.Guilherme ficou um pouco surpreso e estranhou por que Fábio não estava se fazendo de vítima e chorando como de costume. Não deu muita importância, se aproximou e pegou Breno das mãos do segurança:- O Sr. Antônio quer te ver.Ao ouvir que seu pai queria vê-lo, Breno não resistiu mais e permitiu que Guilherme o levasse para o carro. Ele ficou um pouco curioso, por que o pai não ficava em Cidade Sambo e veio até aqui? E justo do lado de fora da mansão, será que o pai estava seguindo a mãe o tempo todo? Ao pensar nessa possibilidade, Breno sentiu um arrepio na espinha.Que traiçoeiro!Um calafrio veio de fora do carro, Antônio não podia ver, mas ouviu o barulho.- Senhor, eu o tr