O Antônio lia o relatório do exame médico anterior da Francisca e sabia que ela sofria de depressão grave.Também aprendia sobre essa doença, que podia causar perda de memória, mas não causaria o esqueço de alguém.Eles se conheciam há mais de dez anos!Vendo que o Antônio estava em silêncio, A Francisca olhava para ele e perguntava: -Você não é alguém que me machucou, não é?Essas palavras foram como um espinho perfurando o Antônio.Seus lábios finos se separavam ligeiramente e sua voz estava fria:- A senhorita Francisca está pensando demais, acabamos de nos conhecer por acaso.O Antônio descobria que, já que a Francisca queria fingir, deixá-la-ia fingir.De qualquer forma, ele não achava que os dois fossem marido e mulher do começo ao fim.Antes de partir, o Antônio pediu a alguém para assinaram contrato de cooperação com a Francisca.Voltou para o escritório.O Antônio voltava a fumar sem parar.Quando pensava na frase que a Francisca tinha dito:- Você não pode ser alguém que me ma
O estado de espírito de Marcelo era indescritível, sua mente se organizava rapidamente em busca de palavras para falar com Francisca.Deveria pedir desculpas primeiro? Ou perguntar onde ela esteve todos esses anos? Ou talvez.No entanto, antes que ele pudesse decidir, Francisca passou por ele sem sequer olhar.Marcelo ficou paralisado. Ele só percebeu tarde demais e se virou, mas Francisca já estava dentro do carro, dizendo gentilmente ao motorista: - Vamos embora.Observando o belo e sereno perfil da Francisca desaparecer diante de seus olhos, Marcelo demorou um longo tempo para se recuperar. Ele pegou o celular, pronto para ligar para Antônio e contar o que havia acontecido. Mas ao pensar no que Antônio havia feito a Francisca todos esses anos, Marcelo mudou de ideia. Com um interesse egoísta, anotou a placa do carro de Francisca e enviou alguém para descobrir onde ela morava agora.O Bentley preto seguia lentamente pela estrada. Francisca olhava calmamente pela janela, sem qualquer
O semblante de Catarina estava um pouco sombrio, sem entender o que estava acontecendo. Desde houve mais de quatro anos, Marcelo parecia ter se transformado em outra pessoa, ignorando todas as suas solicitações. Quanto a Antônio, Catarina também não tinha certeza se ele iria ajudá-la. Mas o que Catarina queria, não havia nada que ela não pudesse conseguir.- Descubra uma maneira, não importa como, mas obtenha as músicas dela. - Disse Catarina....Do outro lado, após desligar o telefone, Francisca manteve uma expressão calma e neutra nos olhos. Ninguém conhecia Catarina melhor do que ela! Ao longo desses anos, era no mundo do entretenimento ou na indústria musical, Catarina era uma oportunista. Ela roubava os resultados dos outros, tirava o sucesso dos outros... Se não fosse pela ajuda incondicional de Antônio e Marcelo, ela nunca teria chegado tão longe.Ninguém sabia o quão difícil era para uma pessoa com deficiência auditiva compor músicas. Ao longo desses anos, Francisca se esforço
Os dedos de Francisca se apertaram de forma pouco natural. Antônio sentiu sua rigidez e segurou firmemente sua mão pequena, beijando-a com autoridade e urgência.As costas de Francisca ficaram tensas, enquanto ela reprimia firmemente a sensação de resistência em seu interior.Fábio e Breno ainda estavam esperando por ela.Francisca decidiu se deixar levar por ele, para engravidar diretamente. Com esse pensamento, ela respondeu de forma desajeitada.Antônio hesitou por um momento, mas logo sua testa se descontraiu e ele desabotoou o colarinho, soltou o cinto.Francisca acabava de tomar banho e o frescor de seu corpo invadiu suas narinas. O coração de Antônio acelerou e ele não conseguiu mais se conter, colocando Francisca no sofá da sala e abrindo seu roupão.As palmas das mãos de Francisca ficaram ainda mais apertadas. Ela não ousava, ou talvez não quisesse, olhar para Antônio. Em vez disso, ela olhava para a luz quente acima de sua cabeça, enquanto imagens incontroláveis das inúmeras
Francisca colocou o remédio no vinho tinto e trocou para uma camisola de alças reveladora e sedutora, indo em direção a Antônio, servindo-lhe um copo de vinho.- Por favor.Antônio observou cada movimento dela, pegou o copo de vinho, mas não bebeu. Em vez disso, ele começou a falar por conta própria:- Você voltou para Cidade C aos dez anos, e foi quando nos encontramos pela primeira vez.Francisca ficou momentaneamente surpresa, não esperava que Antônio se lembrasse do primeiro encontro deles. Ela não demonstrou nenhuma surpresa e empurrou o copo de vinho na direção dele novamente. No entanto, para sua surpresa, Antônio empurrou o copo de volta, com palavras que continham uma ordem indiscutível:- Você beba primeiro!Ao ver o copo de bebida à sua frente, que tinha sido adulterado, Francisca não hesitou. Ela pegou o copo e bebeu. O líquido desceu pela garganta, amargo e picante.Francisca sabia que se não bebesse, Antônio certamente ficaria desconfiado. Ele havia se movido com destreza
Simão avistou Francisca vestindo um fino pijama, completamente encharcada, encolhida no canto, com arranhões vermelhos em suas mãos e pernas. Ele rapidamente desligou a água, pegou um roupão e cobriu o corpo dela, ocultando sua figura que se mostrava vagamente.- Você está bem?A voz de Simão era alta, mas soou fraca aos ouvidos de Francisca.Francisca demorou um pouco para recuperar a consciência e olhou para cima, com os lábios pálidos respondendo:- Estou bem.- Eu vou te levar ao hospital."Simão se inclinou para abraçá-la, mas ela o evitou.Francisca mordeu os lábios com força:- Não. Todos os hospitais de Cidade C dependem da família Santos. Marcelo já sabe que eu voltei, e se ele descobrir que eu tomei remédios, certamente vai contar para Antônio! Se Antônio souber que havia remédios na bebida, será difícil para mim me aproximar dele no futuro.Ela respirou fundo para terminar de falar. Houve mais de quatro anos, ela fingiu estar morta. Se não fosse pelos esquemas de Henrique, e
Catarina ouviu a última frase e achou estranho.Guilherme, que não era de se intrometer nos assuntos dos outros, fez algumas piadas e não contou a Catarina sobre o retorno de Francisca.Catarina, esperta, não perguntou mais nada, mas guardou ressentimento contra Guilherme em seu coração e foi direto até Antônio.- Antônio, a Páscoa está chegando, sua mãe nos instruiu para jantar hoje à noite em casa. - Disse Catarina.Sem precisar pensar, Antônio sabia que seria mais uma pressão para os dois se casarem logo e terem filhos. Antônio nem levantou a cabeça: - Entendi.Ao ouvir isso, Catarina se sentou no sofá do escritório:- Não tenho nada para fazer hoje, vou esperar aqui.O dia todo? Antônio olhou para ela com desconfiança: - Você está sem fazer nada?Catarina ficou surpresa. Antes que pudesse responder, Antônio disse friamente: - Quando estou trabalhando, não gosto de ter pessoas estranhas por perto.Catarina ficou sem palavras. Ela se levantou: - Então vou esperar lá fora.Antônio
Sendo órfã desde pequena, Catarina sempre odiou ser desprezada pelos outros!As palavras de Marcelo fizeram com que ela se lembrasse de tantos anos atrás, quando ela tentou se encaixar naqueles círculos de jovens ricos, quantas vezes ela passou vergonha e se sentiu humilhada!- Espere até eu me tornar a Sra. Pareira, veremos quem vai me desprezar! - Disse Catarina....Catarina não mencionou Francisca, parecia que ela não sabia que Francisca voltou.Marcelo esperava do lado de fora da mansão Novo.- Jovem mestre, a Srta. Francisca não saiu hoje. Devo bater na porta? - Perguntou o guarda-costas.O guarda-costas não ousava fazê-lo esperar mais.Marcelo recusou:- Não precisa, vou esperar aqui até ela sair.Desde que soube que Francisca voltou ontem, Marcelo estava sentindo uma excitação que nunca havia sentido antes. Ele mal podia esperar para encontrá-la e perguntar sobre o passado.Mas quando ele pensava nas cenas em que ele intimidava Francisca no passado, ele não ousava procurá-la fa