Os dedos de Francisca se apertaram de forma pouco natural. Antônio sentiu sua rigidez e segurou firmemente sua mão pequena, beijando-a com autoridade e urgência.As costas de Francisca ficaram tensas, enquanto ela reprimia firmemente a sensação de resistência em seu interior.Fábio e Breno ainda estavam esperando por ela.Francisca decidiu se deixar levar por ele, para engravidar diretamente. Com esse pensamento, ela respondeu de forma desajeitada.Antônio hesitou por um momento, mas logo sua testa se descontraiu e ele desabotoou o colarinho, soltou o cinto.Francisca acabava de tomar banho e o frescor de seu corpo invadiu suas narinas. O coração de Antônio acelerou e ele não conseguiu mais se conter, colocando Francisca no sofá da sala e abrindo seu roupão.As palmas das mãos de Francisca ficaram ainda mais apertadas. Ela não ousava, ou talvez não quisesse, olhar para Antônio. Em vez disso, ela olhava para a luz quente acima de sua cabeça, enquanto imagens incontroláveis das inúmeras
Francisca colocou o remédio no vinho tinto e trocou para uma camisola de alças reveladora e sedutora, indo em direção a Antônio, servindo-lhe um copo de vinho.- Por favor.Antônio observou cada movimento dela, pegou o copo de vinho, mas não bebeu. Em vez disso, ele começou a falar por conta própria:- Você voltou para Cidade C aos dez anos, e foi quando nos encontramos pela primeira vez.Francisca ficou momentaneamente surpresa, não esperava que Antônio se lembrasse do primeiro encontro deles. Ela não demonstrou nenhuma surpresa e empurrou o copo de vinho na direção dele novamente. No entanto, para sua surpresa, Antônio empurrou o copo de volta, com palavras que continham uma ordem indiscutível:- Você beba primeiro!Ao ver o copo de bebida à sua frente, que tinha sido adulterado, Francisca não hesitou. Ela pegou o copo e bebeu. O líquido desceu pela garganta, amargo e picante.Francisca sabia que se não bebesse, Antônio certamente ficaria desconfiado. Ele havia se movido com destreza
Simão avistou Francisca vestindo um fino pijama, completamente encharcada, encolhida no canto, com arranhões vermelhos em suas mãos e pernas. Ele rapidamente desligou a água, pegou um roupão e cobriu o corpo dela, ocultando sua figura que se mostrava vagamente.- Você está bem?A voz de Simão era alta, mas soou fraca aos ouvidos de Francisca.Francisca demorou um pouco para recuperar a consciência e olhou para cima, com os lábios pálidos respondendo:- Estou bem.- Eu vou te levar ao hospital."Simão se inclinou para abraçá-la, mas ela o evitou.Francisca mordeu os lábios com força:- Não. Todos os hospitais de Cidade C dependem da família Santos. Marcelo já sabe que eu voltei, e se ele descobrir que eu tomei remédios, certamente vai contar para Antônio! Se Antônio souber que havia remédios na bebida, será difícil para mim me aproximar dele no futuro.Ela respirou fundo para terminar de falar. Houve mais de quatro anos, ela fingiu estar morta. Se não fosse pelos esquemas de Henrique, e
Catarina ouviu a última frase e achou estranho.Guilherme, que não era de se intrometer nos assuntos dos outros, fez algumas piadas e não contou a Catarina sobre o retorno de Francisca.Catarina, esperta, não perguntou mais nada, mas guardou ressentimento contra Guilherme em seu coração e foi direto até Antônio.- Antônio, a Páscoa está chegando, sua mãe nos instruiu para jantar hoje à noite em casa. - Disse Catarina.Sem precisar pensar, Antônio sabia que seria mais uma pressão para os dois se casarem logo e terem filhos. Antônio nem levantou a cabeça: - Entendi.Ao ouvir isso, Catarina se sentou no sofá do escritório:- Não tenho nada para fazer hoje, vou esperar aqui.O dia todo? Antônio olhou para ela com desconfiança: - Você está sem fazer nada?Catarina ficou surpresa. Antes que pudesse responder, Antônio disse friamente: - Quando estou trabalhando, não gosto de ter pessoas estranhas por perto.Catarina ficou sem palavras. Ela se levantou: - Então vou esperar lá fora.Antônio
Sendo órfã desde pequena, Catarina sempre odiou ser desprezada pelos outros!As palavras de Marcelo fizeram com que ela se lembrasse de tantos anos atrás, quando ela tentou se encaixar naqueles círculos de jovens ricos, quantas vezes ela passou vergonha e se sentiu humilhada!- Espere até eu me tornar a Sra. Pareira, veremos quem vai me desprezar! - Disse Catarina....Catarina não mencionou Francisca, parecia que ela não sabia que Francisca voltou.Marcelo esperava do lado de fora da mansão Novo.- Jovem mestre, a Srta. Francisca não saiu hoje. Devo bater na porta? - Perguntou o guarda-costas.O guarda-costas não ousava fazê-lo esperar mais.Marcelo recusou:- Não precisa, vou esperar aqui até ela sair.Desde que soube que Francisca voltou ontem, Marcelo estava sentindo uma excitação que nunca havia sentido antes. Ele mal podia esperar para encontrá-la e perguntar sobre o passado.Mas quando ele pensava nas cenas em que ele intimidava Francisca no passado, ele não ousava procurá-la fa
Francisca não queria se envolver com um homem que não sabia distinguir entre certo e errado, e ainda retribuía favores com maldade.- Desculpe, há alguns anos eu tive uma doença e esqueci muitas pessoas e coisas. - Disse Francisca, se virando e voltando para casa.Marcelo, com sua imponente estatura, ficou paralisado no lugar.Esqueceu? Marcelo olhou para as costas dela, incapaz de se libertar daquilo por um longo tempo. Os guarda-costas ao lado nunca tinham visto Marcelo tão perturbado, nenhum deles se atrevia a falar.Francisca se jogou exausta no sofá, sem saber que neste momento, no aeroporto do país A, sua melhor amiga Claudia já havia comprado passagens antecipadas. Ela chegaria a Cidade C ainda hoje à noite.Enquanto isso, Breno arranjou um jeito de comprar passagens de avião para o mesmo voo pela internet, seguindo discretamente outras pessoas e embarcando no avião.Às sete da noite, quando Claudia desembarcou, ela ligou imediatamente para Francisca e ela não percebeu que atrás
Claudia respondeu: - Você não é uma criança de jeito nenhum, você é um adulto.Breno deu uma tapinha no ombro dela: - Aceita que dói menos. Vou pedir desculpas para minha mãe quando chegarmos lá.Claudia estava à beira das lágrimas. Se sentia enganada por uma criança, e o pior era que não podia simplesmente mandá-lo de volta sozinho. Embora achasse que ele estaria seguro viajando de avião sozinho.- Fique aqui quietinho e eu vou ligar para sua mãe, senão ela e Helena ficarão preocupadas com você.- Fique tranquila, deixei um bilhete para a vovó, dizendo que estou com você. - Respondeu Breno.Claudia: Seu garotinho espertinho.Ela pegou o celular e ligou para Francisca.Do outro lado, Francisca segurava uma xícara de café quente, sentada na varanda, quando atendeu o telefone:- Claudia.Claudia olhou meio culpada para Breno ao seu lado: - Francisca, eu queria te dar uma surpresa... mas...Francisca ficou confusa: - O que aconteceu?- Eu voltei para Cidade C, estou no aeroporto agor
Antônio respondeu: [Entendi.]Catarina, vendo que ele finalmente largou o trabalho, não resistiu e perguntou: - Será que é sua mãe mandando mensagem para nos apressar?Os lábios finos de Antônio se abriram levemente, revelando impaciência: - Não é.Catarina tinha a intenção de perguntar o que era, mas antes que pudesse falar, percebeu que o olhar de Antônio estava fixado do lado de fora da janela.O carro passou em frente ao Restaurante GoldenLua.Do lado de fora, com seu brilho dourado, desceram de um Bentley uma figura grande e outra pequena.Os olhos de Antônio involuntariamente se fixaram no menino pequeno, que usava um boné e uma máscara, tornando difícil ver o rosto dele, mas havia uma sensação indescritível de familiaridade. Ele observou os dois entrarem no restaurante.Antônio disse ao motorista: - Estacione.Catarina achou estranho: - O que está acontecendo?Antônio não respondeu, abriu a porta do carro e desceu diretamente.No restaurante GoldenLua.Claudia acabara de sa