Tudo foi apagado?Antônio pegou os documentos e os folheou com cuidado, cada página deixava claro que não havia mais nenhum vínculo entre os dois.No final, ele viu o valor da indenização oito bilhões! Tanto dinheiro? De onde ela conseguiu isso?Antônio já havia mandado investigar a empresa de Francisca, os ativos líquidos mal chegavam a alguns milhões!Mesmo que vendesse a empresa, ainda não conseguiria juntar tanto. Antônio deu uma risada sarcástica e jogou os documentos direto no lixo:- Por que você acha que eu vou assinar isso?- Meu cliente disse que, se você não quiser assinar, significa que não se importa com esse dinheiro, ou seja, o que aconteceu no passado entre vocês dois deverá ser apagado.Melo abaixou a voz:- Espero que você não use isso para ir atrás de Francisca de novo. Você deve se lembrar de que foi você quem não quis, não ela quem não pagou.Melo também havia acompanhado o crescimento de Francisca e já queria defendê-la há muito tempo. Ele esperava ser expulso, ma
António estava parado na porta, olhando para as pessoas tão familiares lá dentro. Mesmo que tinha sido apenas cerca de duas semanas desde a última vez que a viu, ele sentia como se tivesse se passado muito tempo. Os seguranças saíram primeiro, ficando do lado de fora. António entrou, e a pressão no ambiente diminuiu.- Eu pensei que tivesse deixado bem claro.Francisca foi a primeira a falar.António se aproximou dela, com a luz às suas costas, impossibilitando que ela visse sua expressão. Ele não disse nada, apenas olhava fixamente para Francisca, sem desviar o olhar nem por um momento. Francisca não estava acostumada com esse tipo de olhar e recuou um passo.- O dinheiro, o Dr. Melo já te deu, certo? Nós terminamos.António ainda não havia dito uma palavra, seus olhos profundos refletindo apenas a imagem dela. Ele levantou a mão lentamente, mas antes que pudesse colocá-la sobre o ombro de Francisca, ela recuou alguns passos, evitando o contato. Francisca respirou fundo:- O que você
Antônio e Henrique estavam com os rostos machucados, nenhum deles estava muito melhor que o outro. No entanto, Henrique já estava ferido antes, não era páreo para Antônio, e quando o próximo soco de Antônio ia chegar, Francisca se colocou diretamente na frente de Henrique.- Já chega de confusão?Ela perguntou friamente, olhando para Antônio.Antônio ficou paralisado no lugar, a dor ainda em canto de sua boca. Ele limpou o sangue que escorria pelo canto e fitou profundamente Francisca, sem dizer nada.- Por favor, vá embora, ou eu chamarei a polícia!Francisca disse novamente.Antônio não conseguia expressar o que sentia no fundo do coração, pois antes, não importava quem fosse, Francisca sempre estaria ao seu lado. Agora, ela havia escolhido outro.Antônio desviou o olhar e saiu. Depois que ele foi embora, Francisca imediatamente foi verificar Henrique:- Você está bem?Assim que a mão de Francisca tocou o braço de Henrique, ele não pôde evitar uma inspiração brusca.- Estou bem.Mas
À noite, Francisca voltou para seu quarto para descansar. Deitada na cama, depois de fechar os olhos, a imagem de Antônio partindo lhe veio à mente involuntariamente. Aquela expressão, ela só havia visto quando os dois se casaram e ele foi enganado.Um incômodo subtil em seu coração fazia com que Francisca não dormisse tão tranquilamente. Do outro lado, Antônio estava hospedado em um hotel de luxo não muito longe dali, observando as ruas abaixo com uma expressão gélida.Henrique sempre acreditava que a Cidade C era o domínio de Antônio, mas não sabia que, lá, Antônio ainda se preocupava com sua imagem. Porém, no exterior, ele não se importava.Depois do incidente com Henrique, as pessoas da família Mourinho o levaram durante a noite e mantiveram tudo em segredo.Francisca não sabia que ele havia sofrido um acidente de carro. No dia seguinte, quando acordou, contratou alguém para consertar a porta. Durante esse tempo, ela pretendia ficar ali temporariamente, continuando a compor músicas
Francisca achou que Antônio não demoraria a sair por conta própria, mas nos dias seguintes, ele acabou abrindo uma filial de Grupo Pareira bem perto de onde ela morava.Tinha que admitir, Antônio era um gênio dos negócios, prosperava em qualquer lugar que fosse. Ele havia se relacionado com vários empresários ricos dessa cidade.Todas as manhãs, Francisca recebia um buquê de flores e um presente valioso. Mas ela jogava tudo no lixo toda vez.Naquele dia, Antônio chegou a comprar todo o quarteirão onde Francisca morava e se mudou para a casa ao lado da dela.Bastava ficar no terraço para ver um ao outro. Foi quando Francisca, compondo umas músicas no terraço, percebeu a presença dele.- Se você gostar de morar aqui, então vamos nos estabelecer por aqui mesmo. - Disse Antônio.Francisca não o olhou, pegou suas partituras e voltou para dentro de casa. Do outro lado, Guilherme tinha acabado de chegar com uma equipe para reformar o imóvel, e viu Antônio parado no terraço, olhando fixamente
Francisca sentiu um leve aperto no peito. Essa era a primeira vez que ela era a esposa de alguém, afinal, quando era que ela não havia sido a primeira dele também? Havia frieza no olhar de Francisca: - Antônio, volte para a Cidade C, não quero que você me aborreça.Antônio a abraçou, o corpo um pouco enrijecido, a voz rouca:- Não vou voltar, tenho todo o tempo e paciência do mundo.Francisca ficava cada vez mais confusa, erguendo o rosto para encará-lo:- Você sempre não gostou de mim. Por que agora está me perseguindo dessa forma?Antônio engoliu em seco. - Porque eu nunca pensei em me divorciar! - Ele disse, afastando os lençóis e se levantando. - Quando você precisar de algo, é só me procurar, a partir de agora eu sou seu proprietário.Francisca nem sequer viu Antônio saindo. Ela entrou em contato com o antigo proprietário ainda naquela noite e descobriu que a casa havia sido vendida.Ela só pôde mandar trocar a fechadura eletrônica. Recentemente, uma de suas novas composições hav
Afinal, para surpresa de Antônio, aqueles homens atrás não o seguiram. Ao chegar do lado de fora, Francisca respirava fundo, e ao erguer o rosto, Antônio notou os ferimentos em seu rosto:- O que houve?Francisca, lendo seus lábios, mais ou menos entendeu o que ele queria dizer:- Não foi nada.Ela soltou a mão de Antônio, não querendo continuar a conversa com ele naquele momento, e foi em direção ao local com mais pessoas. Antônio a seguiu rapidamente, segurando sua mão:- Você foi agredida?Nesses últimos dias, Antônio havia seguido Francisca. Hoje, viu quando ela foi a um restaurante, então a acompanhou, e acabou presenciando a cena no corredor.- Me solte.Francisca não queria que Antônio visse seu ar desordenado. Mas Antônio não a soltou, segurando firmemente seu queixo, as marcas de dedos em seu rosto bem visíveis. Ele olhou em direção à porta do restaurante, onde dois homens americanos ainda observavam a cena.De repente, Antônio entendeu tudo. Ignorando a resistência de Francis
O coração de Antônio disparou. Entretanto, as palavras de Guilherme o deixaram gelado:- O resultado é que não há relação sanguínea.Não houve relação sanguínea...Então Francisca não havia mentido para ele, e o filho que ela esperava havia morrido antes de nascer. Fábio e a outra criança eram de Henrique! As mãos de Antônio se fecharam com força, os nós dos dedos ficando brancos, e sua garganta parecia estar em chamas.- Entendi.Ele desligou o telefone. O ar dentro do carro parecia ter ficado mais frio, e Antônio olhou para as marcas de mordida em suas próprias mãos, seu semblante gelado. Antes, ele havia achado que Francisca o havia enganado, mas agora via que era ele o tolo. Não pediu ao motorista para voltar para casa, mas foi até um bar nas proximidades....Quando Francisca voltou, ainda abalada. Nesse momento, Helena e os outros ligaram.- Mamãe.- Mamãe.Os dois filhos apareceram na tela. Francisca teve certeza de que Antônio não havia a seguido de volta e então se atreveu a r