A notícia logo chegou até a cidade B. Giovanna, ao saber da notícia, finalmente dissipou a sombra causada pela lesão de Geovane, e, enquanto Geovane se recuperava, começou a se preocupar com o casamento de Eduardo. Boas notícias vêm em pares, e desde que a relação mãe e filho entre Wilma e Geovane foi revelada, o afeto entre eles começou a se encaminhar para a direção certa, se tornando doce e palpável aos olhos de todos, às vezes até demais para a própria Giovanna. Eles discutiram sobre a possibilidade de realizar o casamento no mesmo dia que os dois irmãos, mas devido à lesão de Geovane e à atitude da família Faria, isso não havia sido decidido. De qualquer forma, o casamento do lado da família Faria definitivamente não tinha problemas.Como mãe de Eduardo, Giovanna também estava planejando se deveria fazer uma viagem à cidade R. Afinal, como mãe do noivo, a etiqueta não poderia ser negligenciada. Tatiana consultou Hélio, pois Giovanna estava de bom humor ultimamente, além de e
- Está chovendo, por que está parada aí, não tem medo de pegar um resfriado? - Ecoou uma voz masculina.A voz calorosa de um homem veio de trás, interrompendo o clima de fofoca entre as irmãs, mas não era Eduardo. Quase por instinto, Tatiana se virou ao ouvir a voz, encarando o homem de terno escuro segurando um guarda-chuva.O guarda-chuva preto também se movia, cobrindo a cabeça de Tatiana, bloqueando exatamente uma gota de chuva que se formava, fazendo um som suave ao atingir a superfície do guarda-chuva.Tatiana pegou o guarda-chuva, sem conseguir expressar seus sentimentos naquele momento, apenas mecanicamente o usou para cobrir a si mesma e Gabriela, seus belos olhos ainda estavam fixos em Rafael.- Como você veio? - Perguntou Tatiana. - Por que, Taís não está feliz em me ver? - Indagou Rafael.Rafael estava de pé no degrau abaixo, seu olhar estava alinhado ao dela, com um sorriso nos olhos que brilhavam como estrelas sob a névoa e o vento frio. Na verdade, não precisava de guar
Ele lidava com seus inimigos de maneiras que se tornaram motivo de piadas e fofocas entre as pessoas externas, mas elas não sabiam que tudo o que ele fazia era uma luta para sua própria sobrevivência.Sofreu humilhações e pressões sob as mãos de um pai desprezível, buscando pacientemente substituir o poder do pai. O esforço que ele fez nesse processo foi surreal, mas para as pessoas ao seu redor, ele se tornou alguém que não respeitava os laços familiares, alguém cruel e impiedoso.Uma ironia.Ela não achava que usar táticas fosse algo tão terrível, contanto que não fossem usadas contra inocentes. Usar estratégias para se proteger, qual o problema nisso?As palavras do mundo exterior, como são diferentes das pessoas que atacam Gabriela sem conhecer a verdade?Pensando nisso, Tatiana também sentiu uma certa insatisfação em relação a Pedro.- Pedro, eu lembro do seu passado e não quero discutir com você, mas você poderia parar de ser tão infantil? Realmente, as ações anteriores de Rafael
Lorenzo despertou duas horas depois.Ele estava submerso em suas próprias fantasias e, sob a indução ao sono feita pelo Dr. Nico. Após o procedimento ele finalmente havia se acalmado e entrado em um sonho tranquilo.No sonho, Carolina ainda não aparecia, Tatiana continuava sendo a queridinha da família Garrote, sempre sorridente e seguindo ele por onde ia.Ele se alegrava ao ver ela olhando para ele assim.Por isso, ele justificadamente não queria acordar de seu belo sonho.Se não fosse por Pedro, que o procurava às pressas, ele poderia ter dormido por muito tempo.Ainda não satisfeito com a visão de seu sonho, ele foi abruptamente despertado, e Pedro não parecia muito bem. - O que foi? - Perguntou Lorenzo, impaciente. - Aquele desgraçado do Rafael, ele disse que a Taís sumiu e ainda suspeita que foi você quem fez isso. Que lógica é essa? Por que tudo tem que ser culpa sua? Taís desapareceu e eu também estou preocupado. Claramente ela sumiu bem debaixo dos olhos deles, e eu ainda nã
Presente?O sequestro era um presente para ela?Se não fosse pela situação atual, Tatiana apenas gostaria de revirar os olhos para ele.Mas agora, ela tinha que conter todas as suas emoções.Suas mãos estavam amarradas atrás da cadeira, dolorosamente apertadas. Ela mexeu os pulsos e sua voz soava um pouco rouca.- Sr. Borges, seu jeito de receber os convidados é um tanto quanto inovador, não acha? Eu penso que poderíamos sentar e conversar decentemente, o que acha? - Sugeriu Tatiana.A escuridão do cômodo amplificava sua voz, assim como o eco frio e sombrio de Guilherme.Ele provavelmente havia trazido uma cadeira, cujas pernas raspavam no chão com um barulho irritante, como unhas arranhando uma madeira.O ruído cessou e ele se sentou, sua voz soava prazerosa.- Srta. Taís tem razão, deveríamos sentar e ter uma boa conversa. - Concordou Guilherme. Tatiana ficou sem palavras.Isso é o que ele chamava de uma boa conversa?Ela quase pedia por socorro mexendo as cordas em seus pulsos, que
Quando a imagem diante dos seus olhos se tornou cada vez mais turva, Tatiana também pareceu cultivar uma resistência, mordendo os dentes e competindo silenciosamente com ele. Mesmo que o comportamento dela não pudesse a proteger completamente. Justamente quando ela pensou que seria seu fim, a pressão em seu pescoço subitamente afrouxou, e ela caiu de lado como uma flecha desprendida! Repentinamente solta, Tatiana não se importou com a dor de sua cabeça batendo no chão e respirou pesadamente por instinto. Ela estava amarrada em uma cadeira, e seu corpo também torceu com a queda da cadeira. Seu braço esquerdo estava pressionado sob seu corpo e a dor se espalhou até seu córtex cerebral, quando finalmente ela recuperou um pouco da lucidez. Diante dos seus olhos, ainda havia um ambiente totalmente escuro, e seus dedos tocaram algo pegajoso no chão, enquanto um leve odor doce e metálico de ferrugem pairava no ar. Um calafrio súbito se espalhou dos seus pés até o topo da cabeça, fazendo
Não se sabe se foi ao ouvir as palavras de Guilherme, mas a pessoa suspensa de repente se debateu.Um medo começou a crescer no coração de Tatiana, que, apesar de mal conseguir se proteger, não pôde deixar de intervir.- O que você está pensando em fazer? - Questionou Tatiana. Então, Guilherme lançou um olhar de lado para ela.- A senhorita não gostou do presente que te dei, já que não gostou, então vou me livrar dele. Há algum problema? - Indagou Guilherme.Tatiana sentiu um calafrio.- Sr. Borges, não sei por que se deu ao trabalho de procurar um presente para mim, mas, sinceramente, o Sr. Garrote não foi o que mais me prejudicou no meu caminho até aqui. Mesmo que ele tenha seus erros, não parece justo que o Sr. Borges vá tão longe por isso. - Disse Tatiana. Das palavras de Guilherme, Tatiana percebeu sua malícia divertida.Guilherme estava simplesmente usando o nome dela para justificar sua violência.Ela então decidiu seguir a lógica dele.Se ele tratava isso como um jogo, certam
- Senhorita Taís, seus olhos são realmente bonitos, deixar você morrer assim parece um desperdício. - Disse Guilherme, enquanto apertava seu pescoço com uma força mediana, sem aumentar a pressão, mas olhando para ela de cima, como se observasse uma formiga, com um olhar que misturava piedade e um ar de condescendência.Seu polegar deslizava lentamente pelo queixo de Tatiana, seguindo o trajeto das veias onde o sangue pulsava.De repente, ele afrouxou o aperto, se inclinou um pouco, e sua respiração quente quase alcançou o ouvido de Tatiana.- O que acha de você me implorar para te deixar ir e eu não fazer mais nada com você? - Sussurrou Guilherme.Guilherme inclinou a cabeça, seu olhar sombrio carregado de um sorriso, arrepiava a espinha.Tatiana, com os olhos vermelhos, encarava ele, suportando tudo o que estava passando.Implorar a ele?Será que deveria agir como Carolina, chorando frágil e delicadamente para pedir sua misericórdia?Ou deveria renunciar ao seu orgulho e dignidade ape