Tatiana ficou surpresa e, sem perguntar o que havia acontecido com Giovanna, tentou se acalmar.- Mãe, não se desespere, vou pegar as chaves do carro e te levar para o hospital agora. - Disse Tatiana. - Eu levo vocês, prima, fique de olho na tia. - Disse Cristóvão, franzindo a testa.Ele havia seguido Giovanna e só a viu receber uma ligação, depois disso, seu rosto pálido mudou drasticamente e ela correu apressadamente, sem saber exatamente o que havia acontecido.Agora, assim como Tatiana, só ouviram que Geovane estava envolvido em um incidente, mas os detalhes provavelmente só seriam conhecidos no hospital.Sem fazer mais perguntas, Tatiana segurou a mão gelada de Giovanna e olhou para Cristóvão com gratidão.- Muito obrigada, primo. - Disse Tatiana. - De nada. - Disse Cristóvão, com um sorriso. Sem mais delongas, Cristóvão liderou os dois para fora da mansão.Sérgio os seguiu, com uma expressão igualmente sombria.- Não se apressem, com certeza não é nada sério. Chegando ao hospi
Conforme Rafael havia dito ao telefone, dois minutos depois, ele apareceu diante de Tatiana.Ele ouviu a conversa deles ao telefone e vagamente adivinhou do que se tratava. Como por acaso estava no hospital, rapidamente veio para cá.Ao chegar no local, o médico estava coletando sangue de Tatiana.Rafael, com os dedos longos apertando o relatório, franziu as sobrancelhas.- Não tínhamos combinado que seria o meu sangue? - Questionou Rafael, confuso. Tatiana fechou a mão em punho, sentindo a agulha fria penetrar sua veia, uma dor momentânea seguida por quase nenhum outro sentimento.Ela apertou a bola de borracha na palma da mão e sorriu para Rafael, que parecia preocupado.- Não se preocupe, eu sou a tia de Geovane, de qualquer forma, deveria ser eu primeiro. Se o Sr. Alves está sendo generoso, por que não fazemos juntos? - Sugeriu Tatiana. Rafael observou o sangue fluir lentamente para a bolsa de sangue, pressionando levemente os lábios.Em seguida, com suas longas pernas, se sentou
Leopoldo não ignorou o gesto de Wilma há pouco, sutilmente afrouxando o aperto em sua mão. Observando a teimosia nos olhos dela, ele sentiu uma crescente sensação de impotência. Após um longo momento, suavizou sua expressão e tom de voz antes de falar baixinho com ela.- Wilma, eu nunca pensei assim sobre você. Minhas palavras e ações podem ter sido um pouco desrespeitosas, mas foi porque a situação saiu um pouco do meu controle, inevitavelmente perdendo a calma. Espero que você possa se acalmar e conversar comigo sobre nosso relacionamento. Mesmo que você não queira se casar comigo, como mãe do Geovane, você não deveria considerar o que é melhor para ele? - Indagou Leopoldo. Como mãe do Geovane.Wilma, mais do que qualquer um, desejava pensar nele como uma mãe. Toda vez que via o pequeno sentado sozinho no escritório do diretor, se comportando de maneira tão doce e compreensiva, seu coração doía.Como ela poderia não querer?Mas nem tudo pode se desenvolver conforme o desejo do coraç
- Eu... - Hesitou Wilma. Wilma ainda estava confusa, parecendo não ter conseguido reagir completamente à avalanche de informações que tinha acabado de acontecer.Ela havia começado a falar quando viu Tatiana vindo em sua direção pelo corredor, com uma expressão apressada, provavelmente relacionada a Geovane, mas se aproximando pessoalmente por causa da regra do hospital contra barulho excessivo.Leopoldo também notou e interrompeu rapidamente.- Wilma, vou te dar um tempo para pensar bem, vamos ver como o Geovane está. Se você ainda desejar seguir com sua vontade como antes, eu não vou te forçar, mas ainda assim espero que você possa visitar o Geovane de vez em quando, para ao menos deixar ele saber que sua mãe sempre o amou e se preocupou com ele. - Disse Leopoldo.Assim que Leopoldo terminou de falar, Wilma desmoronou emocionalmente, sendo incapaz de segurar as lágrimas.Mas ela não conseguiu dizer uma palavra, seus olhos vermelhos expressaram tudo.Claro que ela estava disposta.Qu
A voz de Gabriela ecoava pelo telefone, trazendo um toque de resignação.- Na verdade, eu já tinha essa ideia, só que já quebrei o contrato uma vez, se acontecer de novo, nem sei quem seria o grande tolo a pagar por mim. - Respondeu Gabriela. - Edu, é claro! - Exclamou Tatiana, prontamente. Gabriela soltou uma grande gargalhada, e depois, um pouco envergonhada, reprimiu o riso.- Então você está planejando me fazer trair meu chefe, o Presidente Orsi sabe disso? - Perguntou Gabriela. Tatiana deu uma risada sarcástica.- Então agora você está defendendo o Edu? Lembro que você costumava reclamar comigo sobre como os capitalistas são desalmados. - Brincou Tatiana. Gabriela deu uma leve tossida.- Os tempos mudaram. - Afirmou Gabriela. Entendi.Tatiana compreendeu e não disse mais nada.- Então, cunhada, traga meu irmão para casa logo. Quanto ao seu trabalho, tenho certeza de que Edu ficaria feliz em ajudar. - Disse Tatiana. Pensando bem, a intenção de trazer Gabriela da empresa anter
A notícia logo chegou até a cidade B. Giovanna, ao saber da notícia, finalmente dissipou a sombra causada pela lesão de Geovane, e, enquanto Geovane se recuperava, começou a se preocupar com o casamento de Eduardo. Boas notícias vêm em pares, e desde que a relação mãe e filho entre Wilma e Geovane foi revelada, o afeto entre eles começou a se encaminhar para a direção certa, se tornando doce e palpável aos olhos de todos, às vezes até demais para a própria Giovanna. Eles discutiram sobre a possibilidade de realizar o casamento no mesmo dia que os dois irmãos, mas devido à lesão de Geovane e à atitude da família Faria, isso não havia sido decidido. De qualquer forma, o casamento do lado da família Faria definitivamente não tinha problemas.Como mãe de Eduardo, Giovanna também estava planejando se deveria fazer uma viagem à cidade R. Afinal, como mãe do noivo, a etiqueta não poderia ser negligenciada. Tatiana consultou Hélio, pois Giovanna estava de bom humor ultimamente, além de e
- Está chovendo, por que está parada aí, não tem medo de pegar um resfriado? - Ecoou uma voz masculina.A voz calorosa de um homem veio de trás, interrompendo o clima de fofoca entre as irmãs, mas não era Eduardo. Quase por instinto, Tatiana se virou ao ouvir a voz, encarando o homem de terno escuro segurando um guarda-chuva.O guarda-chuva preto também se movia, cobrindo a cabeça de Tatiana, bloqueando exatamente uma gota de chuva que se formava, fazendo um som suave ao atingir a superfície do guarda-chuva.Tatiana pegou o guarda-chuva, sem conseguir expressar seus sentimentos naquele momento, apenas mecanicamente o usou para cobrir a si mesma e Gabriela, seus belos olhos ainda estavam fixos em Rafael.- Como você veio? - Perguntou Tatiana. - Por que, Taís não está feliz em me ver? - Indagou Rafael.Rafael estava de pé no degrau abaixo, seu olhar estava alinhado ao dela, com um sorriso nos olhos que brilhavam como estrelas sob a névoa e o vento frio. Na verdade, não precisava de guar
Ele lidava com seus inimigos de maneiras que se tornaram motivo de piadas e fofocas entre as pessoas externas, mas elas não sabiam que tudo o que ele fazia era uma luta para sua própria sobrevivência.Sofreu humilhações e pressões sob as mãos de um pai desprezível, buscando pacientemente substituir o poder do pai. O esforço que ele fez nesse processo foi surreal, mas para as pessoas ao seu redor, ele se tornou alguém que não respeitava os laços familiares, alguém cruel e impiedoso.Uma ironia.Ela não achava que usar táticas fosse algo tão terrível, contanto que não fossem usadas contra inocentes. Usar estratégias para se proteger, qual o problema nisso?As palavras do mundo exterior, como são diferentes das pessoas que atacam Gabriela sem conhecer a verdade?Pensando nisso, Tatiana também sentiu uma certa insatisfação em relação a Pedro.- Pedro, eu lembro do seu passado e não quero discutir com você, mas você poderia parar de ser tão infantil? Realmente, as ações anteriores de Rafael