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Capítulo 3 Assento do passageiro é exclusivo da namorada
Tatiana enrolou um pouco propositalmente.

Foi só quando Lorenzo fez a segunda ligação que ela saiu da mansão.

Quando a pessoa dentro do carro viu sua figura correndo em direção ao carro, sua sobrancelha franzida relaxou um pouco, depois de inclinou para ajeitar uma caixa de presente no assento do passageiro.

Tatiana abriu a porta traseira do carro e explicou formalmente:

- Sinto muito, tirei um cochilo à tarde e acabei te fazendo esperar.

Lorenzo deu uma olhada nela pelo retrovisor interno e apertou as mãos no volante, questionando:

- Você vai vestida assim para o banquete?

Tatiana fez um som de surpresa e olhou para sua própria roupa, perguntando:

- Isso não está bom? Não faz mal ir assim para um banquete familiar, certo?

Lorenzo jogou a caixa de presente do assento do passageiro em sua direção, ordenando:

- Vá se trocar.

A caixa branca tinha a etiqueta da marca Sparkles, e a embalagem era requintada. Tatiana reconheceu de imediato que era o mais recente vestido lançado pela Sparkles para primavera e verão.

Ela hesitou e colocou a caixa de volta, dizendo:

- Esse é o presente que você vai dar para a Carolina, seria inadequado eu usá-lo.

Lorenzo batia os dedos no volante, e seu movimento parou quando ele ouviu suas palavras.

- Ainda não divulgamos o divórcio, você quer ir assim ao banquete para envergonhar a família Borges? - Ele a repreendeu.

- Mas...

- Eu já preparei o presente para a Carol. Isso foi dado pela marca como modelo de marketing, eu esqueci no carro. - Lorenzo a interrompeu friamente, seu tom não admitindo discussão. - Vá se trocar.

- Está bem.

Sem escolha, Tatiana teve que pegar a caixa de presente, voltar para trocar de roupa e depois retornar.

O vestido degradê em tons de azul claro realçava ainda mais sua pele pálida, e a saia brilhava como uma pintura em movimento enquanto ela caminhava.

Se não fosse pela cintura um pouco solta, claramente não sendo do seu tamanho adequado, ela teria adorado o vestido.

Depois de trocar de roupa, Tatiana desceu as escadas rapidamente. Ao abrir a porta traseira do carro, ela percebeu de repente que a porta estava trancada.

A voz descontente de Lorenzo veio de dentro do carro:

- Sente na frente.

Tatiana franziu a testa, respondendo:

- Isso não parece apropriado.

Em seu subconsciente, o assento do passageiro era reservado para namoradas. Se não tivesse uma namorada, era para pessoas com quem tinha um relacionamento próximo. Obviamente, ela não se encaixava em nenhuma das categorias.

Lorenzo olhou de canto para ela, reclamando:

- Então, é apropriado me tratar como motorista?

- Não foi isso que eu quis dizer...

Tatiana coçou a cabeça e tentou explicar claramente para Lorenzo que assento do passageiro era exclusivo da namorada.

Após ouvir sua explicação, Lorenzo a encarou em silêncio por dois segundos e disse:

- Carolina não é como você, ela não vai se importar com esses detalhes. Entre no carro, não quero dizer isso de novo.

Tatiana insistiu:

- Então, eu não vou. Acredito que ela também não queira me ver.

Ela segurou a saia e começou a se afastar. O som da buzina do carro a interrompeu, seguido por uma voz masculina imperturbável:

- Entre no carro.

Tatiana suspirou. Ela puxou a porta traseira e viu que já podia abrir.

Ela ergueu a sobrancelha, segurando a saia enquanto se acomodava dentro do carro. Por causa do tamanho inadequado e do design complicado da saia, levou um tempo para se ajeitar.

Lorenzo deu partida no carro enquanto perguntava:

- A saia não está adequada?

Tatiana respondeu despreocupada:

- Ah, está um pouco folgada. Quando chegarmos, eu vou prender com um alfinete. Fique tranquilo, não vou te envergonhar.

Antes que ela terminasse de falar, o carro freou bruscamente, interrompendo o murmúrio de Tatiana.

Como ela não estava usando o cinto de segurança no banco traseiro, bateu a cabeça no encosto do banco da frente, a deixando zonza.

Maldito homem! Mesmo que ele quisesse matá-la, não precisava ir tão longe. Se algo desse errado, ele também se acidentaria.

Tatiana puxou o cinto de segurança e o prendeu silenciosamente, desviando o olhar para a paisagem que passava do lado de fora da janela.

Quando ela estava no exterior, ser atacada era compreensível. Afinal, ela ocupava o lugar de Sra. Borges e, naquela época, todos sabiam que ela gostava de Lorenzo. Seria mais conveniente fazer com que algo acontecesse a ela no exterior para, então, ceder seu lugar à Carolina. Mas agora, ela já assinou os papéis do divórcio obedientemente, então ele não deveria continuar com intenções em fazê-la desaparecer, certo?

Para evitar problemas no futuro, Tatiana esperava que a questão do divórcio fosse resolvida o mais rápido possível, então ela perguntou:

- Ah, sobre o divórcio, os trâmites já estão finalizados?

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