Rui não perdeu tempo e apontou a câmera para o rosto do jovem que descia do carro.Era realmente uma pessoa desconhecida. O menino usava óculos e tinha um rosto um tanto familiar, mas definitivamente não era Lorenzo nem seu amigo.Giovanna se tranquilizou e disse:- Por favor, deixe ele entrar. Deve ser um amigo da Taís, se lembre de ser cortês.- Claro. - Respondeu Rui.Rapidamente, Rafael foi conduzido para dentro da Mansão da Família Orsi.Mesmo tendo liderado a família Alves por muitos anos, Rafael ainda ficou impressionado com o tamanho da Mansão Orsi.Eles realmente nem se comparavam com a família Alves nem com a família Borges.Com os irmãos da família Orsi unidos, eles eram realmente imbatíveis.O mais famoso era Eduardo, o segundo filho da família Orsi, cuja Empresa de Entretenimento Starpulse, apesar de ter sido fundada há apenas alguns anos, já havia superado os níveis superiores da indústria, chegando quase ao topo da pirâmide empresarial.Sem mencionar o Grupo MRC, que est
Mas Tatiana não notou aqueles olhares. No entanto, Rafael, que ainda estava sentado no mesmo lugar, viu todos aqueles olhares curiosos. Ele calmamente escondeu as emoções, e tomou um gole de chá. Quando seus lábios finos se afastaram da borda da xícara, ele ouviu a voz de Giovanna.- Então você deve ser um Alves, certo? Posso perguntar de onde é sua família e onde você trabalha agora?- Sim, tia Giovanna, meu sobrenome é Alves. Atualmente estou na Cidade P, sou o Rafael Alves do Grupo KL de Cidade P, não sei se a senhora já ouviu falar. - Respondeu Rafael educadamente.Giovanna não acompanhava os assuntos do mundo dos negócios e tinha passado os últimos anos se recuperando na Mansão Orsi, então naturalmente não sabia nada sobre a família Alves da Cidade P. No entanto, a reação de Sérgio lhe deu uma ideia.- Você é o filho da família Alves de Cidade P, Rafael Alves? - Disse ele.Rafael ajustou os óculos no nariz e disse:- Sim.Sérgio expressou sua admiração incessantemente.- Uma pes
Sérgio definitivamente não havia esquecido os tempos de infância em que aprendeu a cozinhar e foi "torturado" pelo pai, às vezes até zombado por aquele senhor idoso.Era, sem dúvida, o pesadelo de sua vida.Havia uma rixa entre seu pai e aquele senhor, mas de alguma forma sempre acabava envolvendo ele.Não apenas na infância, mesmo depois de ter casado e tido filhos, sempre que aquele senhor e seu pai se encontravam, suas habilidades culinárias eram trazidas à tona para serem discutidas.Por sorte, as duas famílias não tinham muito contato, então ele não tinha que lidar com aquele estresse.Ele pensou que nunca mais veria o velho senhor da família Valente em sua vida, alguém que, apesar de falar de forma venenosa e desagradável, possuía habilidades impressionantes e uma personalidade indomável.Ele nunca imaginaria que o encontraria na Mansão da família Orsi.Sérgio ficou paralisado por um bom tempo, pensando até que tinha se confundido. Ele não ousou o cumprimentar, temendo que o senh
Giovanna esperou pelo momento certo para falar:- Nossa cidade também tem muitos pontos turísticos interessantes, e não é uma má ideia fazer um passeio nesta época do ano. Podemos sair pela manhã, dar uma volta, e quando ficar mais quente, voltamos. À tarde, podemos ficar no quintal conversando e colhendo algumas frutas. Por coincidência, minha filha voltou para casa não faz muito tempo. Sr. Alves, se não se importar, poderíamos levar a Taís conosco, assim ela pode se familiarizar um pouco com a Cidade B.- Eu não me importo, claro, se a Taís também não se importar. - Respondeu Rafael sem olhar diretamente para Tatiana. - Afinal, eu também não conheço bem a Cidade B, e se por acaso escolhermos um lugar ruim para visitar, não seria bom para a Taís.Ele sabia que não podia ter muita pressa.Se concordasse imediatamente com Giovanna, poderia acabar assustando Tatiana. Ele não queria perder todo o progresso que havia feito.Portanto, preferiu ser retraído.Giovanna, no entanto, não concord
A atmosfera tensa e rígida deixou Tatiana extremamente constrangida. Ela segurou Pedro, que estava ficando cada vez mais irritado, e explicou:- Desculpa, Pedro, é que hoje o seu irmão me ajudou muito, e à noite ele me trouxe ao hospital, e como ele me deu carona até aqui eu não achei que...- Ele não é meu irmão! Pedro explodiu com Tatiana pela primeira vez, se soltando friamente da mão dela. Na porta do quarto do hospital, onde havia pouco espaço, os três acabaram se enfrentando, e Pedro, sem controlar sua força, fez com que a mão de Tatiana batesse forte no batente da porta.A dor no braço fez Tatiana gritar de dor, e ela instintivamente cobriu o braço com a mão. Vendo isso, os dois irmãos mudaram a expressão imediatamente.- Taís!- Taís...Ambos chamaram por ela ao mesmo tempo, e se apressaram em verificar a gravidade do ferimento de Tatiana. Ela acenou com a mão, escondendo o braço ferido atrás do corpo.- Não é nada, só não estava esperando isso, não se preocupem.Ela não conh
Taís estava com os pensamentos um pouco confusos. Ela não queria pensar no homem que, naquele momento, jazia na cama de hospital, tão frágil que mal podia se levantar, mas sua mente, sem perceber, ela fantasiava sobre como ele estaria no futuro. Haveriam cicatrizes feias marcando seu rosto, olhares estranhos das pessoas ao redor? Só de pensar nisso um tormento tomava seu coração.Taís se esforçou para suprimir todas aquelas imagens de sua mente, e abriu o tubo de pomada para focar em outra coisa. Ela levantou a manga fina de sua blusa, expondo as inúmeras cicatrizes. Eram marcas que, apesar de terem sido suavizadas pelo tempo, ainda eram visivel o suficiente para serem chocantes.Havia também uma mancha roxa e vermelha no local onde ela havia batido o braço na porta. Pedro queria ver a marca que ele acidentalmente causou em Taís, mas a visão das cicatrizes antigas o fez congelar. As marcas deixadas pelas facas no braço de Taís, longas e finas, embora não cobrissem todo o seu braço de
Pedro estava com uma dor de cabeça terrível. Estava prestes a começar a xingar, quando ouviu Rafael dizer de maneira displicente: - Em vez de ficar aqui discutindo comigo, é melhor terminar logo essa refeição, assim eu posso dar o fora mais rápido e parar de te incomodar. Pedro olhou para o homem que fingia limpar os óculos de grau com desdém. Ele queria poder arrancar aqueles óculos e os pisotear até virarem pó! Aquele hipócrita! - Eu estou te dizendo, fica longe da Taís. - Avisou Pedro, e pegou os talheres para começar a comer. Rafael lhe lançou um olhar de relance e colocou os óculos de volta, esboçando um sorriso preguiçoso.- Mas o que eu posso fazer? A Taís até me pediu ajuda, e até notei que a tia Giovanna gosta muito de mim. Eu não quero me afastar da Taís, ela é tão adorável... Pedro imediatamente perdeu a vontade de comer.- Rafael! - Se não fosse pelo fato de a comida ter sido feita por Tatiana, provavelmente ele já teria jogado tudo em Rafael. - Você sabe mui
Ele simplesmente não esperava que Tatiana reagisse daquela maneira. Em vez de dizer cruelmente que ele merecia, ela prometeu cuidar de seus ferimentos. Mas as palavras que ela deixou antes de partir ainda eram como uma lâmina, e destruíram qualquer esperança remanescente que ele tivesse. Independentemente do que ele pensasse agora, entre ele e ela, não havia mais possibilidade. Um amor despedaçado realmente não poderia ser reparado?Na mente de Lorenzo, restavam apenas as palavras que Tatiana havia dito ao partir. Ele não tinha o menor interesse nas disputas entre os irmãos da família Alves. Mesmo quando ouvia a discussão dos dois, em sua mente só havia Tatiana.- Como Rafael pode ter algo a ver com a Taís?Pedro estava puxando uma cadeira para se sentar ao lado da cama de hospital, mas parou com a pergunta e soltou um riso irônico.- Você me pergunta? Ninguém sabe o que ele estava pensando, desde os tempos na família Lacerda, ele sempre perguntava sobre ela para Ademir... - Pedro se