"Não me diga que o Edu tentou parecer profundo e acabou assustando a doce Gabriela?" Tatiana pensou na possibilidade e, em silêncio, lamentou pelo futuro processo de cortejo de Eduardo. Se fosse esse o caso, seria um milagre se o Edu conseguisse encontrar uma esposa."O que ele tem de assustador?" Tatiana decidiu investigar o motivo, esclarecer a situação primeiro, para então tentar suavizar a imagem rígida que Gabriela tinha de Edu. Caso contrário, não sabia quando conseguiria chamar alguém de cunhada.Leo era emocionalmente insensível e não entendia o coração das mulheres e Edu era igual. Os outros primos nem mostravam sinais de gostar de garotas, quem dirá o resto."O chefe não é assustador? Toda vez que ele vem à empresa, está com uma cara fechada, parecendo bem difícil de lidar.""E você não sabe, ele nem parece que gosta de garotas. Uma vez, um investidor tentou colocar uma atriz no projeto e levou uma artista para um jantar com o objetivo de fazer ela brindar com o chefe. Mas o
- Pode ser, qualquer quantidade está boa. - Disse Pedro, tendo ficado satisfeito assim que obteve aprovação.Já era bom ter o que comer, por que exigir algo melhor?Diante da maneira como o Loh foi tratado, sendo acolhido daquela forma e ainda não sendo excluído pela família Orsi, poderíamos considerar que demonstraram uma notável paciência. Se estivesse em seu lugar, ele não permitiria nem mesmo a entrada dessa pessoa pela porta de casa.Também escolheram um intermediário bem cara de pau, nem esperaram o dono da casa os expulsar e já foram entrando.Ainda, os sentimentos de Pedro por Melissa ainda eram complicados.A tia já era arrogante e dominadora quando estava na Cidade R, se não fosse pela família Borges não ter muitos contatos conhecidos na Cidade B, nem teriam procurado por ela. Pensando que ela era parente da Tatiana, Pedro não pôde deixar de advertir.- Taís, aquela tia que nos trouxe à sua casa hoje, tentem manter o mínimo contato possível com ela. - Disse Pedro.Se ficarem
"Teu pedido de desculpas, para ela, não faz diferença alguma. Sem você por perto, ela até vive melhor."Cada palavra era como uma curva de faca, perfurando o coração de Lorenzo, arrancando o sangue de seu peito.Lorenzo permaneceu em silêncio, sem responder a Pedro, observando ele arrumar a comida da marmita.No topo, havia um pedaço de bolo, apenas uma simples base de bolo colocada em um prato de cerâmica, que não parecia tão refinado. No entanto, assim que foi levantado, um leve aroma doce foi sentido.Abaixo estava a comida, similar ao que Pedro havia comido na cozinha, só que fria, como se fosse um resto, ainda mais simples do que o que Pedro havia comido. Isso, combinado com a aparência atual de Lorenzo, o fazia parecer ainda mais lamentável e desolado.Pedro terminou de arrumar a comida e deu um tapinha no ombro do bom amigo.- Não é nada demais. Afinal, você apanhou hoje, o que de certa forma já serviu como um pedido de desculpas para Taís. Você veio para a Cidade B com esse pro
Lorenzo começou a tossir de repente, com uma dor aguda no peito, como se agulhas o estivessem picando incessantemente, vez após vez. Seus olhos ficaram vermelhos de dor, e os lugares em seu corpo que haviam sido golpeados por Eduardo também doíam por causa da tosse.Mas a dor física não se comparava à dor em seu coração, que parecia estar sendo cortado por uma faca e picado por agulhas, com alguém pacientemente adicionando cortes finos e contínuos, tão dolorosos que só de pensar já doía.Pedro, assustado com sua aparência, parou de mexer no celular e se levantou da cadeira para verificar o que estava acontecendo.- Lorenzo, o que houve com você? Você está se sentindo mal? Quer que eu te leve ao hospital? - Perguntou Pedro, preocupado. Lorenzo, apoiando a testa com a mão e com um sorriso demente em seus olhos vermelhos, parecia enlouquecido, evitando os movimentos de Pedro.Pedro estava desesperado, sem saber o que fazer, apenas continuava a falar, tentando tirar algo de Lorenzo. - Se
Paloma sempre fez trabalhos pesados e árduos, tendo uma saúde melhor que a de muitos jovens na sociedade atual. Apesar da respiração um pouco pesada, isso não afetava em nada o seu passo, mantendo a velocidade original enquanto seguia em frente. Ao ver isso, Lorenzo e Pedro não tinham mais o que dizer, silenciosamente a seguiram para longe.Ao passarem pelo caramanchão de uvas no jardim, Lorenzo, com um olhar de relance, percebeu uma figura encantadora e involuntariamente parou, fixando o olhar naquela direção. Sob a videira, a jovem com um sorriso doce estava pegando uma criança de poucos anos para colher os frutos maiores e mais coloridos do alto do caramanchão. Ao lado, em uma cadeira de vime, se sentavam duas belas mulheres em trajes de gala elegantes, uma delas, uma dama de semblante amável, observava Tatiana e a criança com um sorriso caloroso, enquanto a outra, um pouco mais jovem, também esboçava um sorriso suave, olhando pacificamente para a menina e o pequeno brincando sob a
- Você pode fazer muito mais. - Disse Tatiana.Segurando a mão do pequeno, ela caminhou para o lado, falando pacientemente e devagar, tentando fazer com que Geovane se tornasse uma ajuda para o relacionamento de Leo e Wilma. Era visível que Wilma gostava muito do menino. Ela estava disposta a ficar na Mansão da família Orsi principalmente por causa dele. Se conseguisse fazer com que Wilma gostasse ainda mais do seu pequeno sobrinho, poderia usar o menino para convidar Wilma para jantar mais vezes, e chamar Leo também. Com o vai e vem, os dois se encontrando mais, naturalmente as coisas mudariam. Embora Wilma fosse assistente de Leo há vários anos, jantares de trabalho e encontros privados com amigos eram diferentes. No trabalho, eles tinham uma relação de subordinação, mas fora dele, podiam começar como amigos, e o relacionamento poderia se desenvolver lentamente. Além disso, ela claramente sentia que Wilma também gostava de Leo, provavelmente porque, sendo uma moça, ela sentia q
- Que tal ficar mais alguns dias? Ainda não conversamos direito com a Taís. Você deveria aproveitar para se divertir um pouco. Aliás, você viu o velho do Aroma Restaurante hoje, não é? Ouvi dizer que Cidade B está organizando um grande concurso gastronômico nos próximos dias. Provavelmente é por isso que ele está aqui. Quem sabe a Taís também não vai participar? - Disse Pedro.Ansiosa, Pedro não esperou Lorenzo responder e continuou falando sozinho.- A gente também deveria ir lá conferir, mesmo que a Taís não queira falar com você. Você poderia pelo menos ver ela um pouco mais e já valeria a pena. - Concluiu Pedro. O mais importante era que Taís quisesse falar com ele. Ele queria ficar mais dois dias.Mas, vendo o estado de Lorenzo, parecia que seu desejo seria em vão.Para sua surpresa, a pessoa no banco do passageiro respondeu suavemente.- Então ficaremos mais dois dias. - Disse Lorenzo. - Sério? - Indagou Pedro.Ele se empolgou tanto que confundiu o acelerador com o freio, causa
Na Mansão da família Orsi na Cidade B.Depois de se despedir de alguns convidados importantes, o pequeno pátio voltou a sua tranquilidade habitual.O que era ainda mais raro era que Eduardo não discutiu com o pai e nem insistiu em ir embora. Ele até jogou uma partida de xadrez com Marcelo.Originalmente, ele estava jogando com Alex, mas, infelizmente, não conseguiu superar seu irmão mais novo, que passava os dias estudando algoritmos. Depois de perder várias partidas seguidas, ele se recusou a continuar jogando.Por coincidência, Leopoldo teve que lidar com assuntos da empresa, e a partida de xadrez com o pai também terminou.Surpreendentemente, Marcelo, que sempre olhou para Eduardo com frieza, falou com um tom mais suave, perguntando ao filho mais novo se ele queria jogar xadrez.Não só Eduardo, mas também Giovanna e outras senhoras que foram tomar chá da tarde e comer bolo ficaram chocadas.O severo pai, quando falou com tal tom com seus filhos?O pai sempre foi rigoroso com eles, e