Não importa quantas vezes ele ligou para Tatiana ou enviou mensagens, não houve resposta alguma. Obviamente, ela não queria mais falar com ele. Assim, a alegria que surgiu com aquela chamada recebida lentamente se desvaneceu, deixando apenas tristeza e incerteza.Pedro nem se deu ao trabalho de prestar atenção nele, revirando os olhos com desprezo:- Não é minha culpa que a Taís não me bloqueou, entende? O problema é seu. Você que insistiu em tratar a Carolina como um tesouro precioso. Quem mais você pode culpar?Lorenzo permaneceu em silêncio, baixando a cabeça e girando o bilhete de avião em suas mãos. Até que o telefone sobre a mesa tocou, puxando seus pensamentos de volta. Ele lançou um olhar rápido e decidiu desligar a chamada de imediato.Pedro, notando o nome na tela do telefone, não pôde evitar um riso sarcástico:- Sério que não vai atender? Sua querida Carol está deitada no hospital, sem saber se vive ou morre. Desta vez é diferente do suicídio na delegacia, viu? As fotos do
Era como se um suspeito de crime de repente apresentasse provas e se entregasse diante do juiz. A frase de Vitória, "você já sabe de tudo", caiu pesadamente no coração de Lorenzo, como um martelo.A emoção de descobrir que havia sido enganado não era nada comparada ao choque de ouvir a confissão da boca da pessoa que o enganou. Que irônico.Olhando para trás, ele percebia que os mais de vinte anos de sua vida não passavam de uma piada. Desde o nascimento até conseguir se rebelar, ele era apenas um fantoche de Nanda, fazendo tudo o que ela mandava, acreditando em tudo o que ela dizia.Depois disso, ele se tornou um tolo enganado por mulheres.Sem querer ouvir mais nada de Vitória, Lorenzo desligou o telefone.- Pedro. - Após um momento de silêncio, Lorenzo finalmente falou novamente. - Você acha que Tati vai me perdoar?Ele havia sido tão negligente, abandonando Tati no exterior por três anos. Além disso, durante esses anos, ele foi rebelde, desobediente ao avô e tratou Tati mal. Não er
Ao pensar que esta era a garota de quem seu filho gostava, Giovanna já a considerava como sua futura nora em seu coração e, sem conseguir se segurar, queria se familiarizar e entender mais sobre ela, se aproximando ainda mais.Wilma, por outro lado, ficou um pouco assustada com o olhar direto e gentil de Giovanna:- Sra. Giovanna, eu acho que não seria apropriado ficar para o jantar. Além disso, a Srta. Taís disse que íamos passear juntas. Ela tem que ir ao aeroporto pegar um amigo à tarde, talvez não tenhamos tempo.- Com esse calor, onde vocês vão passear? - Reclamou Giovanna. - Sair para brincar no calor é demais, vocês duas são tão delicadas, e se queimarem a pele? Se for para ir ao shopping, não são todos iguais pelo país? Até no exterior é quase a mesma coisa, onde ela não foi? Na minha opinião, é melhor ficar aqui no jardim, colhendo frutas, fazendo companhia para esta velha e para este pequeno.Dizendo isso, Giovanna apontou para a cabeça do pequeno Geovane:- Não é, estudante
- Ela não perguntou, Leo, Wilma e Geovane se dão muito bem, sem mais delongas. - Tatiana olhou para trás, escondendo o significado profundo em seus olhos. - Além disso, por que ela perguntaria sobre Geovane? Ela nem aceitou se casar com você ainda, por que se apressaria em saber sobre Geovane? Sou eu quem está curiosa. Suponha que sua proposta de casamento seja aceita, o que você faria se a mãe biológica de Geovane aparecesse? Estou só perguntando por curiosidade.Leopoldo riu levemente:- O que há para resolver? Aquela mulher deu à luz ao filho mas não o criou. Se ela aparecer, você acha que eu devolveria Geovane a ela? Irmã, não pense demais nisso.Tatiana queria perguntar; E se a mãe de Geovane fosse Wilma? Mas no fim, ela não disse nada.Sua suspeita poderia não ser precisa, e falar isso poderia apenas fazer com que Leo e Wilma desconfiassem um do outro, o que não seria bom.Com todas as suas dúvidas reprimidas, ela forçou um sorriso e falou casualmente:- Tudo bem, Leo, vá cuidar
- Não! Não! Eu vou embora agora! - Nelson percebeu que algo estava errado, com a garganta seca, e correu para bater na porta.A porta do escritório do presidente era feita de um material especial, vidro unidirecional que permitia ver o exterior. Parecia frágil, mas era difícil de quebrar até mesmo com um martelo, quanto mais por uma pessoa apenas com as mãos e pernas trêmulas.Leopoldo olhou para ele indiferentemente, baixando os olhos casualmente para o seu celular.Era Tatiana quem tinha enviado algumas fotos, onde Giovanna estava com Wilma e Geovane colhendo frutas no pomar.Os três tinham sorrisos em seus rostos, e a luz do sol passando pelas sombras das árvores os iluminava, tornando a cena e as pessoas particularmente belas.Leopoldo deslizava as fotos casualmente, um sorriso terno se formando em seu rosto bonito, sem mostrar o ar opressivo de quando ameaçava alguém.Tatiana não só enviou fotos, como também gravou dois vídeos."Leo, quando você vai terminar o trabalho na empresa?
No aeroporto de Cidade B, perto do rio.- Velho, eu já te avisei com antecedência: se você tentar ser enigmático novamente e irritar minha jovem mestra, pode esquecer não só dela cozinhar para você, mas também de pisar no Aroma Restaurante de novo! - Gael, seguindo o fluxo de pessoas que saíam do terminal do aeroporto, não parava de resmungar. Ele não tinha cessado durante todo o caminho.Logo atrás vinha Hélio, de cabelos grisalhos, com as pálpebras caídas, ignorando completamente Gael. Só depois de Gael repetir impacientemente, Hélio acenou displicentemente com a cabeça:- Entendi, entendi. Quantas vezes mais você vai dizer isso para parar? Como se eu não levasse a sério uma questão tão importante quanto comer.Ele já havia sido prejudicado uma vez por ser pretensioso, não se atreveria a repetir o erro.Gael, no entanto, não acreditava:- É melhor que seja assim.Se não fosse por este velho ser seu amigo de longa data, ele não o teria trazido.Mas, não há dúvida de que o velho era um
Virando a cabeça, dois idosos de cabelos grisalhos já se aproximavam.Depois de tanto tempo sem ver, Gael mal conseguia esconder sua alegria no rosto. Se não fosse pela idade avançada, talvez ele até corresse ao encontro dela:- Irmã mais nova, quanto tempo sem nos vermos!Embora já fosse de idade, Gael tinha um espírito jovem. Seu cabelo quase todo caído, restava apenas um pouco na parte de trás da cabeça, que ele prendia de forma estilosa e adorável.- Faz tempo mesmo! - Tatiana respondeu a Gael sem a formalidade de um jovem diante de um ancião, dando-lhe um leve soco no braço.Leopoldo observava com um sorriso ao lado. Se ele conhecesse melhor Gael, certamente brincaria dizendo que Gael só estava um pouco careca, e não completamente.Enquanto conversavam, ouviram duas tosses leves atrás deles.Foi então que Tatiana percebeu Hélio seguindo Gael. Mesmo tendo notado sua presença antes, agora tinha certeza de que era ele, se sentindo ainda com sentimentos mistos.Ela tinha se concentrad
- Tudo bem, Loh, você está bem preparado. - O motorista era Pedro, e o carro era novinho, trazido pela filial do grupo antes deles decolarem.Pedro, além de gostar de mulheres bonitas, tinha um certo interesse por carros. Quanto a itens como relógios de grife, ele não entendia muito, preferindo a emoção de perseguir um Maybach pela estrada:- Ouvi dizer que os filhos ricos de Cidade B sabem se divertir mais do que os de Cidade R, às vezes até organizam corridas de carro. Loh, você está interessado?Lorenzo mantinha o olhar fixo no Maybach à frente, sem dar atenção a Pedro:- Se concentre na direção.- Estou dirigindo direitinho, falar não atrapalha... - Pedro foi interrompido quando o carro fez uma curva, e, ao perder de vista o carro à frente, ele freou bruscamente. Depois de procurar por algum tempo, não encontrou nenhum carro à frente, como se tivesse desaparecido no ar.Sem encontrar o carro, Pedro não se conteve e soltou um palavrão.Como o carro que estava à frente desapareceu ap