Mariane estava satisfeita.Ela virou a cabeça e ouviu Vinicius bufar.Ela lembrou que teria que colaborar com ele mais tarde, então girou os olhos numa ideia repentina e disse:- Na verdade, meu desenho é apenas mediano.Ele olhou para ela.Ela se endireitou, não querendo irritá-lo, nem admitir que seu desenho era ruim.- Mas com certeza é reconhecível como um pavão. Preste mais atenção da próxima vez. - Ela disse.Vinicius bufou de novo.Para evitar constrangimentos, Mariane serviu um pouco mais de vinho para ele e ofereceu um sorriso doce.Vinicius manteve uma expressão fria, mas ainda bebeu o vinho.- Se você desenhar mais uma coisa bizarra dessas daqui a pouco, assuma as consequências por si mesma se você perder.- Não se preocupe, eu vou garantir que você reconheça. - Ela disse.Enquanto os dois conversavam, Kevin bateu na mesa e disse:- Ok, chega de concessões, adivinhem logo a metade restante.Todos colocaram seus copos de vinho no lugar.Mariane não perdeu tempo. Ela se levant
Com todos olhando, João fez um gesto de silêncio para todos.O ambiente ao redor do sofá ficou silencioso.Especialmente Kevin, que trocou olhares com João freneticamente.Ambos sendo homens, como poderiam não entender?Um coraçãozinho, Lucy falando para o Jack, não era "eu te amo"?Não tinha nada difícil de adivinhar.Os dois trocaram olhares e criticaram em silêncio Vinicius por ser reservado, insistindo que a esposa falasse primeiro antes que ele estivesse disposto a falar. Bryan achou que os dois estavam fazendo muito barulho com os olhares e não conseguiu resistir, pegou um lenço úmido e cobriu a cabeça de João.(João: Valeu, cara.)Victória se encostou em Marina, olhou para Mariane e percebeu que ela estava se sentando lentamente, segurando o caderno e dizendo com suavidade:- Você entende agora?Vinicius não disse nada.Ela fez um som de desdém e apagou algumas coisas no desenho.- Mari, está acabando o tempo. - Lembrou Victória.Marina começou a fazer a contagem regressiva.Mar
Mariane achou que Vinicius provavelmente não quereria ajudar, já havia forçado a barra com o jogo anterior, seria improvável que ele a ajudasse a pegar algo na caixa. Mas então ela pensou, sempre que Victória pedia algo, Vinicius geralmente cedia.Ela deu uma olhada nas costas de Vinicius.Ele se inclinou para frente, talvez para servir bebida ou algo assim, e depois de um momento, ele realmente se levantou.Mariane ficou surpresa por um momento, mas rapidamente disfarçou.Realmente, os amigos de infância eram diferentes.Ela apertou os lábios, colocou as mãos atrás das costas e deu um passo para trás.Vinicius foi até a caixa, pretendendo escolher uma aleatoriamente.Kevin tossiu levemente.Vinicius já sabia que ele estava aprontando algo, mas decidiu ignorar e olhou na direção do sofá.Lá estava Marina, com os braços cruzados, e uma das mãos apoiada no braço, fazendo um gesto com o número três.Ele desviou o olhar, achando aquela brincadeira realmente sem graça. Ele não estava corre
Mariane deu uma volta, perguntando. Todos queriam, mas se recusavam a devolver assim que saíssem pela porta.Ela não era boba, sabia que aquelas pessoas estavam brincando com ela.Ela sentou ao lado de Vinicius e disse diretamente:- A carta falou apenas em dar, não disse o que fazer se a outra pessoa não aceitar.Vinicius olhou para ela.Ela olhou de volta e disse:- Eu estou te dando isso.Kevin interrompeu:- É um presente forçado?- Sim, um presente forçado!Todos riram.Vinicius tomou um gole de sua bebida, colocou o copo na mesa e de repente estendeu a mão para pegar o cachorro.Mariane se esquivou e perguntou:- O que você está fazendo?- Você não me deu isso?Mariane sorriu maliciosamente e disse:- Eu vou segurá-lo para você, assim você não se cansa. - Ela até levantou o filhote de cachorro para ver o seu peso. - Ele é bem pesado.Pesado?Que absurdo.Ele teria que ter cuidado e usar força com apenas uma mão, porque se apertasse demais, poderia acabar matando o filhote.Ela nã
Depois de um tempo, Mariane ficou com o rosto vermelho de tanto beber e Kevin veio brindar com ela, dizendo que agora eles eram amigos.- Mesmo se o Vinicius não estiver aqui, ainda seremos amigos, certo?- Certo!Mariane concordou de imediato e se preparou para beber.De repente, uma mão se estendeu ao lado, interceptando sua bebida.Ela piscou os olhos e olhou para o lado, encontrando o olhar descontente de Vinicius, quase perdendo o equilíbrio.Vinicius a segurou firmemente, dizendo:- Fique em pé direito.Ela inflou as bochechas e abraçou o cachorro, ficando imediatamente parada como um cordeirinho dócil.Kevin olhou curiosamente, questionando:- Ei, o que está acontecendo? Eu brindei com a Mari, não com você.Vinicius ergueu os olhos, com um olhar sombrio e fixo nele.Kevin não estava com medo e disse:- A Victória está aqui hoje, estou fazendo amizade com a prima dela, isso não te incomoda em nada.Mariane assentiu com a cabeça e, com um olhar confuso, tentou pegar a bebida de vo
- O que você está fazendo? - Perguntou Vinicius.Mariane ignorou e continuou a colocar as coisas de volta uma por uma.Vinicius estendeu a mão e puxou seu cabelo, dizendo:- Encontre meu pijama.Mariane virou a cabeça e olhou para ele, resmungando.Vinicius de repente sorriu.Ao ouvir ele rir, não era um riso frio, nem zombeteiro, ela ficou um pouco atordoada, virou a cabeça e piscou os olhos para ele.Vinicius olhou ao redor e viu uma pequena porta no canto, onde provavelmente estava o ninho dela.Ele se apoiou no balcão de joias. Com uma mão no bolso e aproveitando que ela não estava com a cabeça no lugar, ele ordenou:- Encontre o pijama que eu trouxe da Europa, de manga comprida e preto.Mariane apertou os lábios e se virou, fechando o armário à sua frente, caminhando até o lado, abrindo a porta e contando em voz alta, chegando ao número nove, antes de puxar uma peça de roupa.Vinicius olhou e era exatamente o que ele estava procurando.Ele estendeu a mão.Ela pegou a roupa de volt
Vinicius teve que admitir que Victória estava certa.De certos ângulos, Mariane era um pouco boba e adorável.Ela se comportava bem, especialmente quando estava mansa.E parecia tão macia...Isso o fazia querer estender a mão, apertar e amassar.Ela começou a comer o bolo.Quando ela tirou a primeira colherada, ele tocou suavemente em seu cabelo.Ela olhou para ele, um tanto relutante, mas achou que não havia problema em lhe dar uma pequena colherada, então estendeu a mão, alimentando-o como fez com a lichia.Vinicius não gostava muito de bolo, mas deitado ali, aproveitando-se dela, achou o sabor agradável.Ele dobrou uma perna, levantou a mão para cobrir os olhos e ouviu o som dela comendo ao seu lado.Inexplicavelmente, sentiu uma sensação de tranquilidade.Seu ouvido estava um pouco desconfortável, talvez por ter entrado água durante o banho, então ele decidiu tirar o aparelho auditivo, pois a orelha doía, provavelmente estava inflamada de verdade.Quando virou o rosto, viu que Mari
Vinicius ficou atônito.Mariane deu um passo para trás e, segurando a cintura, disse um pouco irritada:- Isso faz cócegas!Sua voz, meio manhosa e meio irritada, fez formigar o coração de quem ouvia.Vinicius reprimiu a estranha sensação, tentando parecer sério, e tentou novamente alcançá-la.Mariane recuou, mas ele ainda conseguiu tocá-la na cintura. Ela começou a rir sem parar, incapaz de se esquivar. Ela se virou e se encostou na parede, com a porta para o pátio à sua esquerda, banhado pela escuridão da noite.- Vinicius. - Ela chamou, e ele parou.Para ser honesto, ele sentiu que nem tinha tocado nela de verdade, só queria abraçar sua cintura e afastá-la do caminho. Como ela acabou rindo daquela forma, que nem uma boba?Mariane ficou cansada de tanto rir, encostou-se na parede e acabou escorregando para sentar no chão.Foi um baque.O som assustou Vinicius, e ele começou a se perguntar se o cóccix dela estava bem.Mariane realmente sentia um pouco de dor no traseiro, deu uma massa