O Dr. Santini não acreditava muito que Vinicius tomaria os remédios obedientemente, ou melhor, ele achava que isso duraria apenas por um curto período de tempo.Depois de Mariane garantir várias vezes que não desperdiçaria os remédios, o Dr. Santini concordou em prescrevê-los.Vinicius ainda estava sentado nos degraus, ouvindo o burburinho vindo de dentro da casa. Ele virou a cabeça e disse:- Por que você está tão feliz por eu vou ter que tomar os remédios?Mariane saiu de casa e sentou ao lado dele, rindo?- Com um companheiro de doença, não é mais animado?Vinicius ficou sem palavras.Ela achava animado ter que tomar remédios para se tratar? Ela pensava que era uma festa?Mariane já havia pensado nisso. Ela apoiou o queixo, imaginando o futuro.- Depois que eu me curar, poderei voltar a atuar. - Ela olhou para Vinicius e sorriu. – Quando este dia chegar, Sr. Vinicius, considerando nossa experiência compartilhada, você poderia investir em meus filmes, que tal?- Você está sonhando.-
A foto não estava borrada, mas Vinicius aparecia apenas de perfil, e Mariane não conseguia discernir a emoção em seus olhos.Havia sido um período agitado nos últimos dois dias e, agora que estava mais calma, ela estava um pouco cansada.A relação entre ela e Vinicius parecia ter mudado.Pelo menos, pareciam estar mais próximos.Ao ver o outro lado dele esta noite, ela sentiu que estavam quase se tornando amigos.Comparado à desconfortável identidade de marido e mulher, essa nova dinâmica era muito mais confortável para ela.Ela suspirou de alívio e deixou o celular de lado.Mas quando se virou, percebeu que Vinicius ainda estava olhando para o celular.Ela puxou o cobertor e, casualmente, disse uma frase:- Boa noite.Depois de dizer isso, antes mesmo de receber uma resposta, ela se acomodou na cama obedientemente.Não demorou muito para que ele dissesse:- Dorme logo.Mariane revirou os olhos mentalmente.No segundo seguinte, a luz se apagou.Ela piscou no escuro. Ele não disse que n
Mariane voltou para Jardim Rosário e arrumou o quarto primeiro. Ela imprimiu a foto e fez um mural de fotos no canto da sala de estar da suíte, colando as fotos nela.Quarenta dias de selfies, a partir de hoje.Ela estava confiante de que conseguiria.Ela colocou todos os remédios de Vinicius no armário do seu quarto e o trancou.Depois de terminar essas tarefas, ela se sentiu muito relaxada.Coincidentemente, Tamires havia se mudado para um novo lugar e a convidou para se encontrar.Quando Mariane chegou à entrada do bairro sofisticado, Tamires já estava esperando, imaginando que ela estaria abatida, mas ela estava cheia de energia.- Você está diferente desta vez. - Exclamou Tamires.Mariane sorriu e sussurrou para ela, contando quase tudo, exceto a parte em que ela ficou se pegando com Vinicius.No elevador, Tamires olhou para seu rosto corado e não resistiu a chegar mais perto para cheirar.- O que você está fazendo? - Mariane afastou seu rosto.- Tem algo de errado com você.- O q
Mariane riu tanto que não conseguiu se endireitar, dizendo:- Você sabe a hora certa de se curvar.Tamires balançou a mão, respondendo:- Esquece, ele me atacou com dinheiro, não com tijolos. Não há motivo para ficar brava.Mariane deu um polegar para cima e perguntou se o trabalho estava indo bem para Tamires.- Está indo bem! - Tamires lavou um prato de uvas e comeu enquanto falava. De repente, ela lembrou de algo e se sentou de repente. - Mari, você se lembra da Gabrielle?Assim que Mariane ouviu esse nome, ela imediatamente mostrou aversão:- Lembro.Tamires sabia que ela não gostava de ouvir aqueles nomes, mas após refletir um pouco, ela disse em voz baixa:- Eu encontrei a mãe dela no prédio uns dois dias atrás.- Procurando você para comprar joias?- Claro que não. - Tamires disse. - Ela está trabalhando como faxineira no nosso prédio!Mariane ficou surpresa.Gabrielle era uma das agressoras no caso de bullying que ela sofreu anos atrás. Na época, o avô dela não queria que o ass
Mariane reconheceu o carro, um Bugatti Veyron, edição mundialmente limitada.Ela deu a volta para ver a placa do carro e fez um som de desaprovação.Atrás havia uma fileira de 13, organizados de forma ordenada.Normalmente, as pessoas evitam ter o número 13 em suas placas, mas esse cara conseguiu ter uma fileira inteira.Tamires disse:- Impressionante.Mariane também ficou curiosa:- Quem é esse cara?- Não importa quem ele é, com certeza é alguém importante. - Tamires se aproximou para ver melhor e, com uma expressão dolorida, colocou a mão no peito. - Não é à toa que dizem que algumas pessoas nascem em berços de ouro, enquanto nós nascemos no estábulo dos bois de carga.Mariane deu de ombros e queria se aproximar para ver melhor.Tamires a segurou pelo braço e disse:- Vamos embora logo, se não sairmos daqui, vou ficar com olho vermelho de inveja. - Ela começou a esfregar os olhos. - Ai, meus olhos doem!Mariane riu e empurrou Tamires para fora, rindo:- Você é a rainha da dramatiza
- Sabrina só teve um impulso indevido. - O diretor Catelli sorriu, sem graça.Mariane se levantou e pegou a água que a assistente lhe entregou, sorrindo ao dizer:- Acho que não, ela planejou isso meticulosamente e já tinha tudo planejado.- Raíssa...Mariane levantou a mão, interrompendo as palavras do diretor Catelli:- Se você quer que eu a defenda, então só posso te dizer a verdade. Eu não tenho essa habilidade, mesmo se eu tivesse, não a usaria. Eu não consigo retribuir o mal com o bem.O diretor Catelli não esperava que ela fosse tão direta e era possível notar que o rosto dele demonstrava um pouco de constrangimento.- Tudo bem, deixemos isso de lado por enquanto. Vamos falar sobre você. - O diretor Catelli mudou de assunto. - Você está no teatro há um tempo, mas ainda não assinou contrato. Vamos assinar o acordo quando tivermos tempo e você fará parte do elenco oficialmente.O movimento de Mariane ao beber água atrasou um pouco, ela pensou por um momento e disse:- Não precisa
Mariane se aproximou do diretor Colles com humildade, abraçando-o em cumprimento, com um sorriso elegante:- Ainda não agradeci a você. Mesmo depois de tanto tempo, ainda se lembra de mim.- Se eu pudesse esquecer alguém tão bonita como você, teria que ir a um neurologista. - O diretor Colles brincou.- Você me lisonjeia demais.A diretora Flávia achou que eles estavam enrolando demais e lembrou diretamente ao diretor Colles sobre o assunto principal.- Ok, vou direto ao ponto. - O diretor Colles pensou por um momento e disse a Mariane. - Raíssa, tem interesse em fazer uma participação especial em nossa equipe de produção?Assim que Mariane ouviu isso, ela corrigiu sua expressão facial, ficando mais séria:- A novela “Norte Nortista” ainda não foi concluída?- Só falta uma personagem, a Dora, que é uma personagem coadjuvante. - O diretor Colles suspirou. - São apenas algumas cenas, mas já tentei várias atrizes e não estou satisfeito com nenhuma delas.Mariane não estava desinteressada.
O cavalo parou e Mariane finalmente conseguiu ver quem estava montando nele.Era Renata.De repente, ela entendeu. Essas garotas vieram atrás delas por sugestão de Renata.Renata estava usando um traje de equitação amarelo-claro, com cabelos pretos e lisos soltos. Ela tinha franja reta, e quando uma brisa passou, seus cabelos flutuaram suavemente. Ela gentilmente afastou o cabelo do rosto e sorriu para Mariane, dizendo:- Mari, que coincidência.Mariane permaneceu impassível?- Não acho que seja uma coincidência, prima. Você deve ter planejado isso de propósito para me encontrar porque estava com saudade de mim, não é?- Claro que sim, faz um tempo desde que nos vimos.Renata levantou intencionalmente a mão e balançou a pulseira que estava usando.Mariane desviou o olhar em silêncio.Aquela pulseira era o presente que ela deu a Silvio da última vez, junto com o contrato de compra da casa.- Como está sua saúde depois do aborto da última vez? - Renata perguntou.- Já me recuperei, não s