Mariane acabou de terminar sua apresentação e estava de bom humor. Além disso, Vinicius, pela primeira vez, diminuiu a própria imagem na frente dela, o que indiretamente elogiou seu avô. Ela passou a gostar um pouco mais dele.Ela se inclinou e perguntou:- Seu pai não presta e seu avô também não é uma boa pessoa?Chocante.Vinicius lançou um olhar para ela, claramente relutante em falar.Mariane fez um som de desaprovação e disse:- Não me admira que...- Não te admira o quê?“Que você seja tão desprezível. Seu pai não presta, e você ainda tem os genes ruins do lado da sua mãe. O que mais poderia ser esperado?”Mariane disse isso mentalmente, mas não ousou dizer mais nada para fora e, involuntariamente, seus olhos percorreram o rosto de Vinicius.- Nada. - Respondeu ela.Vinicius era uma pessoa que conseguia entender o que ela pensava com apenas um olhar. Ele não resistiu e estendeu a mão, querendo agarrar a bochecha dela.Antes que ele pudesse mudar de expressão, Mariane rapidamente
Nessa hora, houve um baque!A porta do pátio foi batida por alguém.Mariane ficou assustada e se virou rapidamente, seus olhos atravessaram a sala de estar e as duas portas do pátio, pousando no homem em frente à porta.Ela suspirou de alívio e colocou o bilhete no bolso.Vinicius entrou pela porta do pátio e franziu a testa ao ver a bagunça no quintal. Sem expressão, ele perguntou:- Esta é mesmo a casa do casal da pastelaria?Mariane achou que ele não poderia saber sobre Marcelo, pensou por um momento e pareceu desnecessário dizer a ele, e mesmo que dissesse, ele talvez não quisesse ouvir.Ela olhou ao redor e disse:- É a casa de um amigo de infância, vim dar uma olhada.Dizendo isso, ela saiu da sala de estar e fechou a porta.Ela se aproximou de Vinicius, cada vez mais perto, e só então percebeu que ele não estava com uma aparência muito boa.- O que aconteceu com você? - Ela terminou de perguntar e se lembrou de que ele tinha bebido, provavelmente não estava se sentindo bem por n
O som de uma bicicleta elétrica passando pela rua ecoou, tornando a cozinha ainda mais silenciosa.Mariane sentiu seu coração pulsar e ficou parada no mesmo lugar, imóvel.Recuperando o raciocínio, ela pegou o celular de forma entorpecida e ligou a lanterna.A luz iluminou a área, revelando Vinicius agachado, com a cabeça baixa, aparentemente aliviando a dor, mas também procurando algo no chão próximo.- Desligue isso! - Ele levantou a cabeça bruscamente e disse, seu olhar penetrante atravessou o feixe de luz e atingiu o rosto dela.Mariane ficou assustada e rapidamente desligou a lanterna.- Você está procurando alguma coisa? - Ela perguntou.Ninguém respondeu.Ela teve certeza.Ele realmente não conseguia ouvir.Como isso era possível? Vinicius tinha algum problema de audição?Um pequeno objeto metálico passou rapidamente por sua mente e ela entendeu de repente.Seria um aparelho auditivo?Ou algo parecido com um implante coclear?Sua mente estava confusa, mas ela se abaixou com cuid
- Senhora, vá para o banco de trás. Vou pedir a alguém para dirigir para você. O Sr. Vinicius tem assuntos a tratar e não poderá te acompanhar de volta para casa. - Na beira da estrada, Túlio cumprimentou Mariane apressadamente e foi em direção ao carro preto atrás.Mariane ficou parada na beira da estrada e, com a ajuda da luz da rua, conseguiu ver o rosto pálido de Vinicius no banco de trás.No segundo seguinte, ele abriu os olhos.Em um breve momento de contato visual, ele virou o rosto para o lado, a janela do carro subiu, bloqueando sua visão.O carro se afastou lentamente diante de Mariane.- Senhora, por favor, entre no carro. - Disse o motorista que ficou para trás.Mariane continuou olhando para as luzes traseiras do carro que se afastava até que não pudesse mais vê-las e só então voltou a si.Ao entrar no carro, ela revivia em sua mente as cenas na cozinha.“O que estava acontecendo afinal?”Isso já existia antes do casamento ou aconteceu durante os três anos de casados e ela
No teatro, às 10 da manhã, quando Mariane chegou ao camarim, estava animado lá dentro.A diretora Flávia estava dando instruções para Cláudia e alguns rostos novos, incluindo alguns rapazes.Mariane nem teve a chance de falar quando um jovem ao seu lado largou o roteiro que estava segurando e cumprimentou ela:- Olá, sou Ícaro.Mariane respondeu:- Ah... Prazer, Raíssa.“Que incômodo.”Ela precisava encontrar uma maneira de voltar rapidamente para o seu nome de verdade.Enquanto pensava nisso, a diretora Flávia a chamou e disse:- Cláudia te chamou, não é?- Sim.- Não precisa se preocupar. - Disse a diretora Flávia, dando um gole no chá. - Não precisamos competir com a Sabrina. Vamos seguir nosso próprio ritmo, ensaiar, subir ao palco, passo a passo.Mariane observou a diretora Flávia tão relaxada e assentiu com a cabeça.A diretora Flávia disse:- Perfeito, o elenco está todo reunido. Vocês devem se familiarizar primeiro. Hoje à tarde, faremos o primeiro ensaio completo.- Certo.Mar
- Conselho?! - A voz chocada de Tamires ecoou pelo restaurante.Mariane cobriu o rosto, sussurrando:- Fale baixo!Tamires engoliu em seco, perguntando com incredulidade:- Você entrou para o Conselho do Grupo Lopes?- Sim.- Com quantos por cento?- Menos de um por cento.- Ah... Menos de um por cento... - Tamires parecia decepcionada.Mariane disse:- Deve valer alguns bilhões no mercado.Tamires piscou os olhos e, no segundo seguinte, encolheu-se abruptamente, com expressão de dor, segurando firmemente o peito.Mariane ficou assustada, achando que ela estava tendo um ataque, pois ouviu dizer que Tamires teve miocardite quando era criança.- Tamy!Ela estava prestes a ligar para a emergência quando Tamires segurou sua mão, levantou a cabeça e disse com sofrimento:- Minha pobreza, certamente me entristece, mas o sucesso da minha melhor amiga me parte o coração ainda mais.Mariane ficou com cara de tacho.Tamires continuou:- Nós prometemos ser pobres juntas.Mariane respondeu:- Eu t
- Lucas, eu entendo que você está tentando me ajudar, mas isso não é bom. Seu retorno não foi fácil, não desperdice uma música tão valiosa para me promover, isso seria um desperdício dos seus esforços. - Disse Mariane.- Se é ou não é um desperdício, quem decide sou eu? - Ele perguntou calmamente.Mariane ficou sem palavras.- Todos os meus trabalhos anteriores foram avaliados pelo padrão de sucesso da minha mãe. Eu nunca me importei com as vendas das músicas ou com as opiniões dos fãs. Eu só me importava com quem eu estava escrevendo para. Se ela gostasse, era suficiente. Você não precisa se sentir pressionado, da mesma forma, não precisa se sentir em dívida comigo. Ter muita moralidade pessoal diminuirá sua felicidade, sabia? Estou fazendo um gesto de amizade para você, da mesma forma, você pode ignorar. - Ele disse.Mariane ficou sem palavras, tentando entender sua lógica.- Eu me casei com o seu tio, Lucas, isso não faz sentido, e além disso, sua atitude é questionável por natureza
- O Lucas é realmente assustadoramente popular. - Suspirou Nina antes de sair do trabalho.Cláudia a acompanhou até o estacionamento e disse em voz baixa:- Foi você quem o trouxe, não foi?Mariane ficou surpresa de como ela sabia.Cláudia deu de ombros e disse:- Não precisa explicar, já estou acostumada a ver milagres acontecendo ao seu redor. Se um dia você comprar o teatro e mandar o diretor Catelli embora, eu aceitaria tranquilamente.Mariane riu.As duas caminharam juntas e, antes de chegarem perto do carro, depararam-se com um grupo de garotas carregando câmeras e equipamentos. Cláudia fez um som de desaprovação e Mariane, ao ver aqueles equipamentos, sentiu um arrepio na espinha. Ela acelerou o passo e rapidamente abriu a porta do carro.Cláudia ainda não tinha percebido, mas Mariane já estava sentada dentro do carro.- Mari?Ao ouvir a voz da Cláudia, Mariane finalmente colocou a cabeça para fora e viu as garotas entrando no teatro pela porta dos fundos. Ela estava um pouco pr