- Ele é bastante lamentável, considerando a situação atual, ele pode morrer sem que você o mate. - Mariane franzia a testa.Vinicius deu um grunhido leve e girou despretensiosamente o anel no seu dedo indicador:- Se esperar que ele morra de fome naturalmente, você acha que vai sobrar carne?Mariane, sem palavras, replicou:- Continuo com o mesmo pensamento, considere isso como acumular virtude, comendo menos carne.Vinicius olhou para ela:- Meu coração é mau, você quer que alguém com um coração mau acumule virtude?Mariane ficou sem palavras.Vendo o tempo passar, Mariane não tinha dúvidas de que, se o cavalo não cooperasse, Vinicius realmente mandaria alguém o despedaçar.Enquanto ela se debatia com isso, Túlio se aproximou de não muito longe, seguido por alguém carregando meio saco de ração, que exalava um cheiro estranho de longe.Vinicius olhou e imediatamente disse:- Abram o portão.- Sim.Os serviçais obedeceram e abriram a porta do estábulo.O cavalo, ainda preguiçoso, não mo
Vinícius mal mencionou e Mariane já soube que estava encrencada.- Eu tinha medo de sujar, coloquei na bolsa.- É um tesouro, realmente deve ser bem guardado.- Hum...Ela levantou a cabeça e, de repente, viu no espelho, encontrando seu olhar com o dele.Levou um susto e rapidamente desviou o olhar.- Uma pulseira falsa de dez milhões, onde comprou? - Ele perguntou friamente.Mariane respirou fundo.Esse desgraçado era realmente astuto, capaz de perceber que a pulseira era uma imitação barata.- Não é, o meu...Vinícius continuou olhando para o rosto dela através do espelho, calmamente, como um gato brincando com um rato, zombando dela:- Me dê o endereço, um dia desses mando o Túlio lá, comprar algumas, será um bom investimento.Mariane mordeu o lábio.Ela abriu a janela, para não morrer de raiva dele.- Você que começou a me enganar.O homem ficou em silêncio.Ela continuou:- Você claramente não queria matar o cavalo.- Se eu mato ou não o cavalo, se te engano ou não, depende do que
Mariane ficou paralisada, sem se mover.Vinicius tinha esse talento, com poucas palavras, deixava as pessoas sem saída.- Já que te dei o título de Sra. Lopes, se lembre de manter a pose da Sra. Lopes! Se um dia você se desmontar, será esmagada por sua própria desgraça e nem me darei ao trabalho de recolher seu corpo.Essas palavras eram um aviso para ela.Essas coisas aconteceram com ele desta vez, mas se os velhos antiquados da Mansão dos Lopes descobrissem, ele não hesitaria em a abandonar.- Eu entendi. - Ela disse suavemente, com a voz rouca.- Entendeu? Eu acho que você não está nada lúcida, ainda pode ser amiga de Dimitri. - Ele zombou novamente.Mariane respirou fundo, se lembrando do motivo de ter se tornado amiga de Dimitri e também da sua aparência miserável na delegacia, enquanto ele enviou alguém para resgatar o agente de Luana.Engolindo a amargura em seu coração, ela manteve uma expressão tranquila, falando sem emoção:- Não posso dizer que somos amigos, mas de fato sou
Mariane não falou de imediato e Lucas esperou um pouco antes de perguntar:- Quem te maltratou?Eles se conheciam há pouco tempo, e, embora Mariane estivesse tocada pela sua perspicácia, ela ainda não se sentia confortável em compartilhar seus problemas com ele.Depois de pensar um pouco, ela disse:- Briguei com alguém esta noite, provavelmente muita gente viu.- Você está preocupada que a família Lopes peça explicações?Mariane respondeu brevemente.- Não se preocupe, eu te ajudo. - Ele falou suavemente, mas com convicção.Mariane se sentiu envergonhada, ela só tinha ajudado ele espontaneamente e, na verdade, foram os médicos que fizeram o trabalho real. Ela apenas passou a mensagem, e agora ele estava retribuindo.Que pessoa grata.Ela então pensou naquele idiota do andar de baixo. Dizem que mesmo um casamento de uma noite merece gratidão por cem dias e ele nem ao menos a insultou.Com esses pensamentos, seu tristeza desapareceu de repente. Ela suspirou aliviada e disse:- Estou bem
Mariane estimou que Paloma também estivesse agindo por falta de opção, caso contrário, não pediria a uma estranha para ajudar.Ela concordou naturalmente e, sentada no canto, Paloma olhou para ela com gratidão.- Já chamamos a polícia. Os detalhes serão explicados aos seus pais pela polícia. A criança está bem, mas seria melhor ela descansar um pouco para se recuperar. - Disse a professora.Mariane agradeceu e foi falar com Paloma.Quando Paloma a viu, se levantou imediatamente e falou baixinho:- Desculpe, irmã, por te incomodar.- Não se preocupe.Mariane colocou sua bolsa de lado e perguntou pacientemente sobre a situação dela.- São os cobradores de dívidas novamente. Eles disseram que, se eu não pagar, vão incendiar a fábrica da minha família.A menina falava enquanto as lágrimas corriam pelo seu rosto.Mariane rapidamente compreendeu a situação da família dela e percebeu que o foco deveria ser a mãe de Paloma.Então, ela levou Paloma para fora da escola e, como se fosse uma mãe d
Mariane, na verdade, ainda esperava que a família Duarte, mãe e filha, vendesse a casa, mas assim que ela falou, Paloma começou a chorar.- Eu não posso deixar meu pai.Com essa frase, não havia mais o que discutir.O advogado achou que roubar a escritura da propriedade não era viável, primeiro, porque Paloma não era a dona da casa, e segundo, se a mãe de Paloma fizesse alarde, o escritório de advocacia sofreria.Enfim, como os outros não se importavam, Mariane, que era de fora, também achava que isso não era viável.Paloma estava decidida e pediu que ela a levasse ao banco para pelo menos perguntar.A menina ainda era menor de idade, Mariane não podia a deixar ir sozinha.Sem outra opção, ela teve que a levar.Um empréstimo de mais de dez milhões, e Mariane, que tinha uma boa presença, até foi bem recebida pelo gerente no início, mas assim que soube que o proprietário do bem hipotecado não estava presente, ele se recusou a prosseguir. Isso não era uma brincadeira?Expulsas do escritór
Mariane piscou os olhos ao ouvir isso.Ela não acreditava que João não tivesse conexões no setor empresarial, ele simplesmente não queria ajudar, aproveitando para assistir ao espetáculo.Afinal, quem não sabia que ela e Vinicius não se davam bem?- Ele... - Ela abriu a boca, em seguida disse. - Você sabe como é a minha relação com ele.João curvou os lábios num sorriso:- Afinal, são marido e mulher, cunhada, se você pedir, Vini também vai se sentir mal em recusar, não é?Mariane não se conteve:- Ele vai recusar, não estou mentindo para você.João riu, com um tom de zombaria:- Briga de casal, não é tudo resolvido dormindo juntos?"Esqueça, nós dois nem estamos dormindo na mesma cama agora."João se inclinou para frente, erguendo uma sobrancelha:- Cunhada, com o temperamento do Vini, você tem que mimar ele e não pode o enfrentar diretamente.Ao ouvir isso, Mariane tomou um gole de chá, de repente animada:- Vocês brincam com ele, costumam mimar ele também?O sorriso nos olhos de Joã
- Você tem visita, então eu não vou incomodar. - Disse Mariane.João assentiu e perguntou:- Quando marcamos?“Melhor um encontro casual que uma data marcada”, Mariane pensou por um momento e disse:- Que tal esta tarde? Hoje está nem frio nem quente, e o jardim do Rosário é perfeito para ver o pôr do sol.- Ótimo! - João sorriu satisfeito. - Então vou convidar algumas pessoas. Quanto ao Vini, cunhada, você pode convidar ele primeiro. Se não conseguir, eu falo com ele por você.Mariane achou que, apesar de ele estar apenas observando a situação, era uma pessoa muito mais decente do que Vinicius.- Certo.Ela pegou sua bolsa, se levantou e saiu do escritório com a confusa Paloma. Assim que chegou à porta, viu Colles se aproximando. Mariane prontamente colocou sua máscara.Colles também a viu e imediatamente reconheceu que ela era a mulher que estava sentada ao lado de Vinicius na mesa de jogo.Parecia que ele queria dizer algo, mas a secretária de João já estava ali, dizendo que o Sr. J